Crônicas De Whitörn escrita por maisutoGUN


Capítulo 13
Equipe de Ataque da Floresta


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo já tava metade escrito então... Toma pra vocês! U.u xD



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A criatura continuava olhando fixamente para um ponto atrás de Monserrat e de Sir Modric. Ela não piscava e sua boca continuava escancarada como se fosse soltar um urro de agonia em algum momento.

– Essa é a minha criação. Meshuggah! - Aquele sorriso parecia familiar para Monserrat, mas foi Sir Modric quem externou sua dúvida.

– Lich! - Pelo que Monserrat notava o ódio de Sir Modric por Lichs só aumentava a cada encontro com os mesmos. O Cavaleiro de Olhos Violetas transbordava puro asco enquanto encarava aquela criatura grotesca e decadente a sua frente.

– Desculpe minha falta de modos. É que já estou morto há muito tempo e parei de ser enviado em missões. Chamem-me de Zayde, um Lich Alquimista.

– Agora esses boçais tem castas! - Sir Modric estava tão furioso que cuspia sangue por ter mordido os lábios forte demais. - Volte pra sua toca, mago das trevas, e não me deixe ver sua cara novamente! - O Grão-Cavaleiro estava exaltado e gritava.

– Nunca pensei que um Grão-cavaleiro se levaria a tal atitude apenas de ver um ser das trevas - O sorriso amarelo aumentava. - Fico lisonjeado.

Monserrat começou a andar em direção a criatura chamada Meshuggah, levantando a espada a cima da cabeça, mas Sir Modric a impediu interpondo o braço a sua frente e balançando a cabeça com uma expressão mais a mena do que a que demonstrou quando cruzou novamente o olhar com o do Lich. Parecia que Sir Modric estava ignorando totalmente a criatura e concentrava os seus esforços em prender a atenção do Lich. O porque ela não sabia ainda, mas recuou e deixou que Sir Modric continuasse.

– O único motivo que me leva a crer que você saiba quem eu sou e provavelmente saiba quem Monserrat é... - O Lich inclinou um pouco a cabeça de lado, mantendo o sorriso no rosto. Um sorriso nojento de várias formas. - É que está nos caçando diretamente.

– De fato, Sir Modric. Apesar de estar vestido apenas de couro, sem ao menos uma capa pelo que compete seu titulo de Grão-Cavaleiro, seus olhos não me enganam. - O Lich tirou o capuz e uma cabeça decrepita, diferente da de Dimarell, que parecia apenas queimada, com apenas um olho e um sorriso com dentes podres agora o encarava. Parecia que além de ter sido queimado, Zayde foi enterrado há muitos anos e se decompunha em um processo muito lento. - Apesar de eu mesmo só ter metade de um olho, até eu consigo notar quem vocês são.

O Alquimista das trevas deu um passo a frente e mantinha o sorriso no rosto enquanto falava. - O Lich Rei me deu uma tarefa muito importante, que era levar os Filhos dos Deuses quando esses se cruzassem aqui em Ferdgarst. E cá estou. - Sir Modric não interrompeu o Lich, mas guardou aquela ultima frase que o deixou inquieto e com uma sobrancelha levantada. - E voltando na sua primeira questão, sim, nós temos castas. Somos uma sociedade bastante ramificada e complexa, com homens em várias áreas de conhecimento.

Somos divididos em três tipos de Lich pelo Lich Rei. Temos os nossos Lichs botânicos, que trabalham exclusivamente na área de plantas venenosas e com animais pestilentos. Há os Lichs puros ou Lich Magos, que são os que tem guarda-costas mortos-vivos, ou como gostamos de chamá-los, Pestes. E atacam escolhidos do Lich Rei, assim como estou fazendo e há a minha casta de alquimistas. Nós tentamos criar criaturas para serem usadas em larga escala pelo Lich Rei. Falhamos miseravelmente até agora, isso é fato, mas eu tenho confiança que o meu Meshuggah será uma boa arma. Esse é só um protótipo e nada como testar em presas tão importantes.

Aquele sorriso tenebroso tinha sumido do rosto do Lich, mas logo que terminou seu discurso o sorriso voltou. Monserrat se perguntava porque eles tinham que fazer isso. Criaturas do mau não deveriam sorrir. Ainda mais quando suas faces ficavam medonhas daquele jeito. Zayde assustava Monserrat muito mais do que Dimarrell. Aquele rosto putrefato e aquele criatura medonha que trazia consigo. Mas ela olhava para o lado e reparava que Sir Modric não estava tão preocupado quanto ela. - Não está pensando em atacar esse monstro sozinho, não é Modric?

O Cavaleiro sorriu para ela, balançando a cabeça negativamente. - Isso não vai ser necessário! - Agora Monserrat havia notado também, atrás das duas criaturas da trevas se erguia um urso gigante de cor marrom e olhos amarelos. Ele vinha em uma velocidade surpreendente para todo aquele corpanzil e pulou por cima do alquimista das trevas, que só teve tempo de virar para trás e acompanhar a passagem do bicho gigante com total impotência e um olhar estupefato.

Foi o tempo do Lich gritar "NÃÃO!!" e o urso já havia metido suas garras poderosas pelas costas do Meshuggah que em sua agonia ainda não conseguia gritar. Assim que a garra saiu do corpo era perceptível para o mago alquimista o olho laranja, que era a alma de sua vítima consumida das sua trevas. Se o olho fosse acertado daquele angulo o Meshuggah não conseguiria se recuperar. O Lich empregou muito tempo e sacrifícios naquela criatura para ela ser derrotada daquela forma, e quando percebeu uma flecha indo em direção ao buraco criado pelo urso, levantou o cajado que trazia as costas, o que a tornavam curvas, ficou ereto e defletiu o golpe da flecha em pleno ar, fazendo a ponta fincar impotente ao chão.

O Urso estava entre Monserrat e Sir Modric e o Meshuggah e Zayde, rosnando para os ultimos como se sua sede de aniquilação fosse insaciável. Assim que um garoto de cabelos ruivos compridos e roupa de couro com um arco que ia da sua cintura a sua cabeça, feito de uma madeira clara e reluzente, surgiu dentre as arvores o urso ficou em duas patas e todo o resplendor daquela criatura imponente pode ser sentido. Monserrat até sentiu uma certa reverência pela força daquele urso.

– Boa tentativa, Raju! Vamos nos empenhar mais no próximo ataque. - O garoto estava sorridente e confiante de que derrotaria aquelas criaturas das trevas. E logo atrás dele surgiu uma garota maior que ele poucos centímetros com uma roupa estranha branca que cobria todo o seu corpo e um casaco feito de pele de animais. Apesar de sua aparência bela, o que realmente chamava atenção é que em sua íris havia um xis laranja cruzando seus belos olhos verdes. A garota levantou a mão em direção ao urso e ordenou: - "Raju, fique onde está! Proteja os forasteiros!". E logo em seguida jogou uma semente ao chão que fez brotar uma árvore humanoide com quase três metros de altura. "Vá lutar, sabugueiro!"

Sir Modric encarou Monserrat com uma sobrancelha levantada e sorriu de canto de boca. "Você viu isso, Pequena Pluma de Prata? Estão nos querendo tirar da brincadeira! Isso é o que dá andar por ai com essa roupa de gente furtiva!"

Monserrat deu uma risada e seguiu Sir Modric ao combate já puxando Coração de Rubi da bainha, enquanto Sir Modric fazia o mesmo com a Osso de Ruiz. As duas espada causaram um clarão que fez o urso por os braços por sobre os olhos. "Atacar, pequena!"


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Notas finais do capítulo

PS1: Zayde se lê Zeide, e sim, foi inspirado no Zakk Wylde. Mas o Zakk Wylde é muito dahora, o Zayde... xD
PS2: Lembrar que o Norte é o Reino dos Homens, são escassos o caso de magia, a Monserrat que é azarada mesmo, quem manda ser protagonista. xD Por isso ela não conhecer a vestimenta de uma druída e perfeitamente compreensível.
PlayStation 3: Próximo capitulo tem bolacha correndo solto a torto e a direito. Vai ser uma Boss Fight do tamanho da com o Dimarrell. Até porque o Zayde é melhor.
Estão curtindo a estória? Tá ficando chato? Comentem, comentem! xD