Crônicas De Whitörn escrita por maisutoGUN


Capítulo 10
Reforços de Quatro Patas


Notas iniciais do capítulo

Quem já leu o Guarani vai perceber a semelhança de Sir Modric com o Don Antonio de Mariz. Não na velhice é claro. xD

Capítulo curtinho para o deleite! xD



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Seguiam para Regalyen em trotada, Sir Modric com Monserrat agarrada em sua cintura logo atrás. Àquela altura, depois de horas de cavalgada, já chegavam a cidade da primeira parada, onde o objetivo era passar a noite, comprar um cavalo para Monserrat e se atualizar sobre os intentos do Rei-Logo-Abaixo sobre Beilerivhov, e por consequência ter informações sobre Roswell pai de Monserrat.

Dormiram em uma estalagem e logo pela manhã foram à taberna menos perigosa que conseguiram encontrar na rua principal da cidade. A patrulha fazia a ronda matutina para despertar os bêbados que ainda zanzavam sonâmbulos e errantes ou mesmo cutucar, ou quem sabe esbofetear, um ou outro com caso mais grave de estiramento dos membros no meio da via pública de acesso ao palácio.

Não havia intenções por parte de Sir Modric de ir ter com o Protetor de Regalyen, pois não tinha tempo a perder com aquele velho imbecil do Orivens. Isso se ele já não estivesse morto e seu primogênito Goloin não tivesse assumido em seu lugar. O lugar ainda parecia pacato  e tranquilo. Se Goloin fosse regente daquele lugar haveria caos instaurado nessas muralhas no mesmo instante, então pode se supor que o velho ainda estava vivo.

Não é como se Sir Orivens fosse algum tipo de velho alucinado, mas os seus assuntos saudosistas do tempo em que ainda existiam criaturas mágicas andando livremente naquelas terras era tedioso o bastante para fazer qualquer homem pular de cima da Torre Alta da Biblioteca Principal de Regalyen, que por um acaso estava bem a sua frente nesse momento. O Cavaleiro dos Olhos Violetas encarava aquela construção pontuda e toda construída a base de mármore e obsidiana, o que fazia as partes de mármore brilhar em tons de cinza, com os olhos do passado em que esteve ali com seus amigos de aventuras, Sir Drevyan, Sir Roswell e Dontullo, o bardo de cem dedos, quando ainda jovens e desimpedidos por nenhum conflito entre suas regiões podiam aventurar-se pelo norte e leste do continente em busca de criaturas mágicas ainda libertas.

Sir Modric lembrou da vez em que junto com Sir Roswell e Dontullo derrotaram um outro Lich que não Dimarell, aquele poderosos de verdade, que possuía uma proteção de vários guarda-costas mortos-vivos e andava montado em um dragão de esqueletos expostos conhecido como Dracolich. Ele não tinha lembrança de como se safaram eles três. Lembrava apenas que quem os liderava era Sir Roswell, sempre Sir Roswell os liderava. Não lhe faltava carisma. E que Sir Drevyan havia sido envenenado na aldeia antes dessa por esse mesmo Lich que agora caçavam com uma sede tamanha por vingança.

Aquela luta realmente tinha sido muitas vezes mais emocionante do que está contra o meio homem e seu morto-vivo fraco. De fato ele era um Recém-Queimado. Era a primeira vez que ouvira aquele termo, estava escondido esperando a oportunidade certa de aparecer, mas ouvira tudo o que se sucedera naquela cena, então de fato achava que o título de recém-queimado caía bem ao meio homem. Não há lutas fáceis, apenas há lutas sem embaraço. Aquele foi o caso.

Iam em direção ao estábulo próximo quando Monserrat terminara seu relato a respeito de sua luta com Banqüifar.

- Segundo seu relato, você é uma adição de muito valor a nossa Ordem, pequena Pluma de Prata. - Sir Modric seguia pensativo, mas agora seu pensamento se anuviava mais adiante, quando houveram adições no seu pequeno grupo aventuresco. Um caçador do Sul, um Mago de magia boa e um alquimista. Alquimista esse que aindava andava pelos mesmo caminho do Cavaleiro de Olhos Violetas se mantendo na Ordem Paladina dos Sete Rios juntos. Os únicos que se mantiveram. O mago, Mirno, depois da derrocada final do ultimo vilão que o grupo enfrentou foi se estabelecer como mago no Reino de Wichpyke, onde ficavam as escolas de magia do continente do Norte. O caçador do Sul, Zakko, foi se emprestar seus braços fortes e sua pontaria afiada nos portões da humanidade, o Protetorado de Manigart.

Logo Monserrat encontraria com o alquimista, Nesto, e teria seu iniciamento nas artes das curas pelas plantas. Antes disso, Sir Modric tinha consigo que os Lichs os encontrariam antes de chegarem a Ordem. Porém quando lá chegassem estariam seguros. Antes porém teriam que passar por Sandoval e Rosmandia. Ao menos no Reino dos comércios em cada esquina eles poderiam se perder de seus possíveis agressores na multidão incessante. 

Eles chegaram aos estábulos com o cavalo arrancado da carroça que os levariam primeiro a corte de Farss. Ele era um belo garanhão quando o tiraram da carroça, mas agora estava esbaforido, cansado e não prosseguiria viagem por um bom tempo. Se manter um cavalo correndo por muito tempo, sua boca simplesmente espuma e ele morre. Decidiram simplesmente trocar o cavalo por outro que fosse feito para aguentar melhor arranques e até dias incessantes de galope. Outro menor e o mais rápido, o tanto rápido quanto essa proporção reduzida o poderia ser.

Eles foram conversando por todo o caminho até a sua próxima parada depois de ter saído do estábulos. Eles iriam agora para a Relíquia de Ferdgarst, a Terceira Relíquia do Reino de Sandoval. Iriam se não fossem abordados no meio do caminho por uma corja de ladinos e mercenários que paravam a via.

- Alto Senhor e... - O líder que falava olhou para Monserrat e sorriu com dentes podres. - Senhoritinha! Precisaremos desse cavalo e de todo o ouro que tiverem!

- Bom, pequena Pluma de Prata. Essa é a hora de eu ver do que você é realmente feita. - Sir Modric desceu de seu cavalo recém-adquirido com um sorriso no rosto e tirando sua espada alva da bainha e a apontando para a face do líder dos bandidos gritou em um urro de fazer um Urso-Coruja tremer. - Avante, pequena!


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Notas finais do capítulo

Uma fala isolada nesse capítulo. Um diálogo. Uma nova experiência. Não sei se se repete, isso daí. Eu não sou muito descritivo, então necessito dos diálogos. Mas eu necessito expandir o universo um pouco e para que houvessem mais diálogos iria necessitar de um capítulo gigantesco. No próximo as coisas voltam ao normal e provavelmente será um capítulo de duas mil palavras de novo. MWAHAHA.

Não pretendo usar esse Dontullo na história. Ele tá em outro continente, um perigoso, e não cabe na história.

Fiz esse capítulo meio que na correria. Não exite de me apresentar qualquer erro, capitães! :)

Comentem também essa chance que a Monserrat tem de se mostrar valorosa perante aos olhos violetas do Sir Modric! xD