Ele a prensou na porta enquanto ocupava-se nos lábios quentes dela. Ela respondia a todas as caricias do rapaz e embora tivesse acabado de conhecê-lo, sentia-se na obrigação de satisfazê-lo. 

Ela procurou a maçaneta atrás de si e quando finalmente conseguiu abrir a porta e ascender a luz do quarto, viu os dois irmãos encarando-a bravos. 

- Pode me dizer o que estava fazendo até tarde na rua, mocinha? – Dean perguntou. 

O rapaz que estava com ela olhou fixamente para os dois, um pouco assustado. 

- Eu pensei que vocês iam sair hoje? – Ela disse surpresa. 

- Ah, e só por isso você acha que pode trazer qualquer pro nosso quarto e dar uns amassos legal enquanto tinha me prometido uma noite de sexo selvagem. – Dean respondeu. 

- Qual é, Dean? Pensei que a gente já tinha discutido sobre isso. 

- Pera aí, você prometeu uma noite de sexo selvagem à ele  - o rapaz perguntou. 

- É, mas foi uma brincadeira... 

- Eu estava como testemunha – Sam se intrometeu. – E posso dizer com certeza que não tinha nada de brincadeira na ocasião. 

- Olha! Eu mato vocês... Mas antes vou cortar o seu cabelo enquanto estiver dormindo, Sammy. E você Dean, vou te amarrar na cama e tirar todos os pêlos da sua sobrancelha, um por um. Depois vou mergulhar o Sam numa banheira de perfume feminino e então vou cortar os dois em pedacinhos, mas claro que não antes de pintar todo o Impala com vinte mil e quatro batons vermelhos. 

- Já chega! To indo nessa. – O rapaz bateu a porta atrás de si. 

- Satisfeitos? – Jill perguntou. 

- Não o suficiente – Sam respondeu cruzando os braços. 

- O quê? Vão me privar de sexo casual espantando todos os rapazes com quem eu aparecer de agora em diante? Vão queimar todas as minhas pinças e jogar fora meus perfumes, xampus e sabonetes? 

- Se você quiser, eu posso resolver esse lance de sexo casual – Dean comentou. – Mas a princípio é isso mesmo... 

- Não, obrigada – Ela respondeu nervosa e então tacou a bolsa em Dean. – Cara, eu tava tão afim de... 

Ela então interrompeu a frase... Não daria o gostinho de ter sido derrotada a Sam e Dean. 

Jill jogou-se na cama de casal e bufou de raiva. 

- Já vai dormir? – Sam perguntou. 

- Já! – Ela respondeu brava. – Não quero falar com vocês. 

- Vai tirar esse jeans e essa jaqueta e colocar um pijama – Dean disse enquanto ligava a TV e acomodava-se na poltrona. 

- Eu definitivamente não to afim! – Ela respondeu. 

- Você quer que eu vá aí tirar suas roupas? – Dean levantou-se. 

- Isso tá me cheirando a desafio! – Ela cruzou os braços, ainda deitada. 

- Sammy, segura ela – Dean pediu e o irmão assim o fez. 

Sam segurou os braços de Jill na cama enquanto Dean aproximava-se para descalçar as botas pretas da garotas. Jill gritava de ódio enquanto chutava tentando impedir que Dean continuasse. 

- Dá pra parar de se mexer? – Dean pediu.

- Não! Não! E NÃO! – Ela gritou. 

- Sammy, mais forte! 

Sam teve que praticamente deitar-se em cima de Jill para que Dean conseguisse desabotoar a calça da garota. Segurando na barra do jeans, foi se afastando até a garota estar somente de calcinha. 

- Seus pervertidos! – Ela gritou – Eu vou explodir seu carro, Dean Winchester. Sam, me larga. 

- Vai passar logo se você ficar quieta – Sam pediu. 

- Sai de cima de mim – ela gritou novamente. – Cara, não acredito que vocês fizeram isso só pra me forçar a vestir pijamas. 

- Não acredito que você fez esse escândalo todo só porque estávamos te forçando a vestir pijamas. – Dean disse divertido. 

- Seus... Pervertidos! Maníacos Sexuais. Odeio vocês – Ela gritou. 

- Jill, só termina de vestir seu pijama! – Sam disse enquanto saia de cima da garota. 

Ela bufou e levantou-se da cama. Foi até a mala e pegou o primeiro pijama que encontrou. Tirou a jaqueta e a blusa ali mesmo na frente dos rapazes e então vestiu o pijama. 

- Tomem cuidado essa noite – Ela ameaçou. – Vocês correm o perigo de acordarem sem sobrancelhas... Ou cabelo... Ou orelhas... Ou pênis.