Crônicas Do Olimpo - A Maldição Do Titã escrita por Laís Bohrer


Capítulo 11
A Morte de Megan


Notas iniciais do capítulo

"... Minhas antigas aventuras pareciam tão infantis e iniciantes perto do que eu estava sentindo naquele momento."
— Megan

"Eu não vou abandonar
Tudo aquilo que eu possuo
Pra fazer você sentir como se não fosse tarde demais
Nunca é tarde demais"
— 3 Days Grace - Never too Late (Nunca é Tarde demais)

—_____________________________________________________

Lay : Galera que ainda não viu "O Mar de Monstros" ou tem medo de ser uma bosta de Manticore, não pense besteira, super recomendo... E Hermes Shippa Percabeth! Luke não gosta que andem no telhado do Andromeda. Tyson lembra! E o Cabeça de Alga vai descobri! ^^ Não entendeu? Então veja o filme depois noiz conversa



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Nos seis avançamos para a van, foi quando um helicóptero surgiu diante de nossos olhos, eu acho tão triste esses mortais achando que seu alvo éramos nos, mas no fundo eu estava feliz por Percy não ter se esquecido de mim. O helicóptero era de um modelo militar preto e lustroso, como o que vimos no Westover Hall.

- Eles conhecem a nossa van. – percebeu Percy. – Eles vão atirar se entrarmos nela.

- Eles vão atirar se nos respirarmos! – exclamei.

- Talvez, estejam atrás deles. – sugeriu Hansel.

- Talvez, eles pensam que nós somos eles. – falei.

Zoë praguejou em grego antigo e correu na direção da van mesmo assim, é... Não tinha jeito mais rápido de despista-los  mesmo, então fui a terceira a seguir a Caçadora, a primeira foi Bianca.

Assim que estávamos todos na van, Percy olhava a todo instante para trás. Uma hora ele perguntou.

- Mas ainda não entendo como eles podem usar mortais! – exclamou meu irmão.

– Mercenários – Zöe disse, amargurada. – É desagradável, mas muitos mortais lutam por qualquer causa desde que sejam pagos. São tão... Desprezíveis.

Minha parte mortal falou mais alto que o meu medo e disse:

- Eu também amo você, Zoë.

Mas fui ignorada totalmente. Hansel perguntou:

– Mas esses mortais não veem para quem estão trabalhando? – perguntei. – Não percebem todos os monstros em volta deles?

Zoë sacudiu a cabeça.

– Não sei o quanto eles veem através da Névoa. Duvido que eles se importassem se soubessem a verdade. Por dinheiro, a maioria morreria.

Eu tinha a impressão de que não escaparíamos tão fácil dessa vez, o helicóptero continuava vindo até nos em um momento bem melhor que o nosso pelo meio do trânsito de Washington D.C.

Thalia fechou os olhos e começou a rezar.

- Ei! Pai... Um Raio seria ótimo agora, não?

Do jeito que nossa situação estava eu logo iria rezar para Poseidon e pedir de aniversário atrasado um maremoto.

O céu continuou cinza e com neve. Nem sinal de uma trovoada de ajuda – Ou maremoto.

– Ali! – disse Bianca. – Aquele estacionamento!

– Seremos encurralados – Zoë disse.

– Acredite em mim – falou Bianca.

Zoë pareceu hesitar por um momento então ela disparou com a van através de duas pistas de trânsito e para dentro do estacionamento de um shopping na margem sul do rio. Nós deixamos a van e seguimos Bianca descendo alguns degraus em velocidade máxima.

- Logo ali! – apontou a di Angelo. – Há uma estação de metrô. Vamos para o sul. Alexandria.

- Qualquer coisa. – disse Hansel com a voz afinada como sempre acontecia quando ficava nervoso.  Vocês sabem...

Compramos nossas passagens e descemos passando pelas catracas, olhando para trás por algum sinal de perseguição. Nada.

Alguns minutos depois nós estávamos seguros a bordo de um vagão em direção ao sul, indo para longe de Washington D.C. Quando nosso trem veio para superfície, pudemos ver o helicóptero rodeando o estacionamento, mas ele não veio atrás de nós ou suspeitou aonde estávamos.

Hansel suspirou aliviado.

- Foi Ótimo! Bianca. Salvou nossas vidas.

- Hansel, você chega a ser tão dramático quanto Grover. – disse Percy.

- Ele é 50 por cento a mais. – falei.

- A menos. – corrigiu Percy.

- A Mais.

- A Menos...

- Não comecem vocês dois. – disse Thalia esfregando os dedos na testa como se tentasse afastar uma forte dor de cabeça.

Nos seis avançamos para a van, foi quando um helicóptero surgiu diante de nossos olhos, eu acho tão triste esses mortais achando que seu alvo éramos nos, mas no fundo eu estava feliz por Percy não ter se esquecido de mim. O helicóptero era de um modelo militar preto e lustroso, como o que vimos no Westover Hall.

- Eles conhecem a nossa van. – percebeu Percy. – Eles vão atirar se entrarmos nela.

- Eles vão atirar se nos respirarmos! – exclamei.

- Talvez, estejam atrás deles. – sugeriu Hansel.

- Talvez, eles pensam que nós somos eles. – falei.

Zoë praguejou em grego antigo e correu na direção da van mesmo assim, é... Não tinha jeito mais rápido de despista-los  mesmo, então fui a terceira a seguir a Caçadora, a primeira foi Bianca.

Assim que estávamos todos na van, Percy olhava a todo instante para trás. Uma hora ele perguntou.

- Mas ainda não entendo como eles podem usar mortais! – exclamou meu irmão.

– Mercenários – Zöe disse, amargurada. – É desagradável, mas muitos mortais lutam por qualquer causa desde que sejam pagos. São tão... Desprezíveis.

Minha parte mortal falou mais alto que o meu medo e disse:

- Eu também amo você, Zoë.

Mas fui ignorada totalmente. Hansel perguntou:

– Mas esses mortais não veem para quem estão trabalhando? – perguntei. – Não percebem todos os monstros em volta deles?

Zoë sacudiu a cabeça.

– Não sei o quanto eles veem através da Névoa. Duvido que eles se importassem se soubessem a verdade. Por dinheiro, a maioria morreria.

Eu tinha a impressão de que não escaparíamos tão fácil dessa vez, o helicóptero continuava vindo até nos em um momento bem melhor que o nosso pelo meio do trânsito de Washington D.C.

Thalia fechou os olhos e começou a rezar.

- Ei! Pai... Um Raio seria ótimo agora, não?

Do jeito que nossa situação estava eu logo iria rezar para Poseidon e pedir de aniversário atrasado um maremoto.

O céu continuou cinza e com neve. Nem sinal de uma trovoada de ajuda – Ou maremoto.

– Ali! – disse Bianca. – Aquele estacionamento!

– Seremos encurralados – Zoë disse.

– Acredite em mim – falou Bianca.

Zoë pareceu hesitar por um momento então ela disparou com a van através de duas pistas de trânsito e para dentro do estacionamento de um shopping na margem sul do rio. Nós deixamos a van e seguimos Bianca descendo alguns degraus em velocidade máxima.

- Logo ali! – apontou a di Angelo. – Há uma estação de metrô. Vamos para o sul. Alexandria.

- Qualquer coisa. – disse Hansel com a voz afinada como sempre acontecia quando ficava nervoso.  Vocês sabem...

Compramos nossas passagens e descemos passando pelas catracas, olhando para trás por algum sinal de perseguição. Nada.

Alguns minutos depois nós estávamos seguros a bordo de um vagão em direção ao sul, indo para longe de Washington D.C. Quando nosso trem veio para superfície, pudemos ver o helicóptero rodeando o estacionamento, mas ele não veio atrás de nós ou suspeitou aonde estávamos.

Hansel suspirou aliviado.

- Foi Ótimo! Bianca. Salvou nossas vidas.

- Hansel, você chega a ser tão dramático quanto Grover. – disse Percy.

- Ele é 50 por cento a mais. – falei.

- A menos. – corrigiu Percy.

- A Mais.

- A Menos...

- Não comecem vocês dois. – disse Thalia esfregando os dedos na testa como se tentasse afastar uma forte dor de cabeça.

Bianca riu de nos, parecendo bem satisfeita com sigo mesma.

- Vi essa estação quando eu e Nico passamos por aqui no verão passado. Eu me lembro de ter ficado bastante surpresa em vê-la, porque não estava lá quando nós moramos na capital.

Hansel juntou as sobrancelhas.

- Mas aquela estação parecia bem velha.

- Eu apenas acho. – disse Bianca. - Mas confiem em mim, no tempo em que moramos aqui quando criancinhas, não havia metrô algum.

Thalia se inquietou no assento.

- Nada de metrô?

Bianca assentiu.

- Estranho... – murmurou Percy.

Sabia que todos pensavam a mesma coisa. Eu não sabia nada sobre D.C., mas não via como todo o seu sistema de metrô poderia ter menos de doze anos.

– Bianca – disse Zöe. – Há quanto tempo atrás...

 A voz dela foi cortada pelo som de um tup-tup-tup. O barulho do helicóptero estava ficando mais alto de novo.

- Temos que trocar de trem. – disse Percy. – Próxima estação.

Durante a próxima meia hora, tudo no que pensávamos era escapar em segurança. Trocamos de trem duas vezes. Eu não tinha ideia para onde estávamos indo, mas depois de um tempo despistamos o helicóptero.

Por azar, quando finalmente saímos do trem nos encontrávamos no fim da linha, em uma área industrial com nada além de armazéns e trilhos de ferrovias. E neve. Muita neve.

Suspirei.

- E agora? – perguntei.

Aparentava estar mais frio aqui. Eu tremia um pouco, mas Percy parecia normal com seu novo casaco de pele de leão de Neméia. Vagamos pelo pátio da ferrovia, pensando que poderia haver outro trem de viagem em algum lugar, mas havia apenas fileiras e fileiras de carros de carregamento, a maioria coberta de neve, como se não tivessem se mexido em anos.

Um sem-teto estava junto a uma fogueira acesa em uma lata de lixo. Nós devemos ter parecido bem patéticos, porque ele nos deu um sorriso banguela e disse:

- Precisando se aquecer? Venham!

E como idiotas, nos fomos.

Nós nos amontoamos ao redor da fogueira dele, Thalia estava batendo os dentes. Ela disse:

– Bem, isso é ó-ó-ótimo.

- Meus cascos estão virando picolé. – disse Hansel.

- Pés. – corrigi.

– Talvez devêssemos comunicar o acampamento – Bianca disse. – Quíron...

- Eles não podem mais nos ajudar. – disse Zoë - Nós devemos terminar a missão por nossa conta agora.

Meu olhar foi direto para o pátio da ferrovia. Eu estava pensando que Jake estaria em algum lugar com ferimentos graves e em perigo é claro. Ártemis estava acorrentada. Um monstro do juízo final estava solto. E nós estávamos presos nas periferias da capital, dividindo a fogueira com um sem-teto.

– Sabe – o sem-teto disse. – Você nunca está completamente sem amigos. – Seu rosto estava encardido e sua barba emaranhada, mas sua expressão parecia amigável. – Vocês crianças precisam de um trem que vai para oeste?

Zoë começou a conversar com ele, ninguém percebeu quando eu me levantei e me afastei um pouco, perdendo o olhar em algum lugar, e meu coração pesava comigo. Meu cabelo batia no meu rosto fortemente em um combo com um vento frio. Foi quando uma voz atrás de mim disse:

- Posso me juntar a você?

Não respondi Percy já estava sentado ao meu lado, compartilhando seu casaco de pele comigo. Ele acariciava o meu cabelo, lembrei-me do quanto esperei para te-lo por perto. E quando fracassei ao tem tentado salva-lo no mundo inferior.

- A gente vai conseguir salvar ele. – disse ele como se lesse meus pensamentos. – Você vai ver.

Não respondi.

- Sabe quem você me lembra, Meg? – perguntou ele e eu retribuo com um olhar de quem pede resposta. – A Mamãe.

Estremeci, e não foi de frio. Ninguém nunca falara da minha mãe para mim, ou algo assim.

- A...

- Você tem o rosto dela. – disse ele. – Sally era seu nome.

- É um nome bonito. – falei finalmente. – E ela... Esta viva?

Ele não me olhou e nem respondeu, entendi aquilo como o que parecia... Não.

- Você vai se lembrar. – disse ele. – Eu acredito em você.

- Eu sei. Cabeça de alga. – falei.

- Annabeth me chamava assim. – ele contou.

- Jake me chama assim. – falei.

- É... Eles nos amam mesmo. – disse ele acariciando meu cabelo em um sorriso triste.

Hesitei apenas olhando para o nada e passando os dedos na neve, minhas mãos já estavam frias como a de um morto.

- Percy... A Profecia...

Ele sacudiu a cabeça e me interrompeu:

- Eu não ligo para essas coisas. – disse ele. – Nos escrevemos nosso próprio destino. O Oráculo apenas se baseia nas opções.

- Mas e se eu falhar? Se eu não conseguir eu...

- Eu já te disse. - disse ele. - Eu acredito em você Meg. Você não esta sozinha, eu estarei lá.

Deixei aquilo amadurecer na minha cabeça, fiz o possível para acreditar em Percy, mas alguma coisa estava errada... Mas eu não sabia o que.

Quando voltamos para a fogueira o homem sem-teto já não estava mais lá, segundo Bianca ele simplesmente sumira depois de lhes apontar para um trem de carregamento, brilhando e sem neve. Era um daqueles trens que carregam automóveis, com cortinas de malha de aço e três andares de carros dentro. Ao lado do trem de carga dizia LINHAS SOL OESTE.

A lata de lixo à nossa frente estava fria e vazia, como se o homem tivesse levado as chamas consigo. Uma hora depois estávamos nos deslocando ruidosamente para oeste. Não houve problema sobre quem iria dirigir agora, porque todos nós pegamos nossos próprios carros de luxo. Zöe e Bianca estavam esparramadas em um Lexus no andar de cima. Hansel estava brincando de piloto de corrida atrás do volante de uma Lamborghini. Percy preferiu ficar sozinho em uma Land Rover. E Thalia tinha feito ligação direta no rádio de uma Mercedes SLK preta para poder escutar as estações de rádio de rock alternativo da capital.

Abri a porta do seu carro e falei:

- Posso ficar por aqui?

Ela deu de ombros e considerei uma afirmação, pulei para o banco da carona. Estava tocando System of a Down - Aerials, eu lembro de já ter ouvido ela antes em algum lugar, mas não consigo me recordar de qual.

Fiz o possível para me cobrir com a jaqueta meio rasgada de Jake. Até que Thalia disse:

- Você tem alguma ideia de qual seja o monstro?

Sacudi a cabeça.

- Não.  - falei. - E você?

- Não, mas com certeza não era o leão de Neméia. Esta bem longe disso.Temos um longo caminho a percorrer.

- O que quer que seja esse misterioso monstro, o General disse que virá atrás de você. Queriam isolar você do grupo. Aí o monstro apareceria e lutaria com você no mano a mano.

- Legal, gosto de ser usada como isca. - disse ela. - Mas... Você sabe para onde estamos indo, não sabe? São Francisco. Era para lá que Ártemis estava indo.

- Jake falou algo sobre a mãe dele querer arrasta-lo para lá. - falei. - Mas o que tem de tão ruim em São Francisco?

– A Névoa é mais densa lá, pois é muito perto da Montanha do Desespero. Magia dos Titãs, o que restou dela ainda resiste lá. Monstros são atraídos para aquela área de um jeito inacreditável chega a ser sobrenatural.

- Montanha do Desespero?

Thalia ergueu a sobrancelha para mim.

- Você realmente não sabe de nada, não é? Pergunte para Zoë ela é a especialista.

Ela olhou fixamente através do para-brisa. Pensei em perguntar sobre o que ela estava falando, mas também não queria soar como uma idiota. Odiava a sensação de que Thalia sabia mais do que eu, então fiquei de boca fechada.

O sol da tarde brilhou através da malha de aço da lateral do vagão de carga, fazendo uma sombra no rosto de Thalia. Pensei no quanto Zoë e Thalia eram opostas uma da outra.

Zoë era toda formal, parecia uma princesa. E Thalia tinha seu jeito rebelde e suas roupas punks... Mas elas tinham o mesmo brilho de fúria no olhar. O mesmo tipo de tenacidade. Nesse momento, sentada nas sombras com uma expressão carregada, Thalia parecia uma das Caçadoras.

Então a ficha caiu.

- É isso...

- Isso o que? - ela franziu a testa confusa.

- Por isso você e Zoë se odeiam tanto? - perguntei. - Você foi chamada para a Caçada.

Seus olhos ficaram perigosamente brilhantes. Achei que ela ia me atirar para fora da Mercedes, mas ela apenas suspirou.

- Eu quase me uni a Caçada. - disse ela. - Luke, Benjamin, Annabeth e eu encontramos com elas uma vez, e Zoë tentou me convencer. Ela quase conseguiu, mas... Eu não queria abandonar Luke. Quer dizer, ele nunca me decepcionou, eu não queria decepciona-lo.

Os dedos de Thalia agarraram o volante.

- Entendo. - falei.

– Zoë e eu começamos uma briga. Ela disse que eu estava sendo estúpida. Afirmou que eu iria me arrepender da minha escolha. Disse que Luke ia me desapontar algum dia. E no final... Você sabe.

Pensei em contar para ela que Ártemis queria me chamar para a Caçada também, e eu recusei, mas a deusa me dará um prazo para eu me decidir.

Aquela conversa estava deprimente.

- Eu sei como é ser decepcionada. - falei me lembrando de Silena.

- É... mas seu caso é mais delicado, eu acho... Você não desiste de trazer Silena de volta. - disse ela. - É idiota, Megan... Mas eu queria essa sua determinação para isso.

- Sei. - falei. - O ruim dessa determinação é que ela machuca, tanto a mim quanto as outras pessoas.

Falei me erguendo do banco, não queria continuar ali.

Thalia não discutiu, para ela parecia que não faria diferença eu ali. Então sai da Mercedes e sentei no banco do motorista da Lamborghini de Hansel, que dormia no banco de trás.

Pensei em Jake, fiquei com medo de dormir... de sonhar.

- Não tenha medo dos sonhos, Meg. - disse uma voz ao meu lado.

Pulei ao ver o homem sem-teto no banco de carona ao meu lado. Seus jeans estavam tão desbotados que eram quase brancos. Seu casaco estava rasgado. Ele parecia um tipo de ursinho de pelúcia que tinha sido atropelado por um caminhão.

– Se não fosse pelos sonhos – ele disse. – Eu não saberia metade das coisas que sei sobre o futuro. Eles são melhores que os tabloides do Olimpo.

Ele pigarreou, então levantou as mãos dramaticamente:

Sonhos como um podcast
Fazendo download pelos meus ouvidos
Eles me contam coisas bacanas

- Apolo? - perguntei, pois eu sabia que ninguém poderia fazer um haicai tão ruim como aquele, com exceção... do próprio.

Ele colocou o dedo nos lábios.

– Estou incógnito. Pode me chamar de Fred.

- Um deus chamado Fred? - perguntei.

- Zeus insiste em algumas regras. Sem interferências quando há uma missão humana. Mesmo quando algo realmente grande está errado. Mas ninguém mexe com a minha irmãzinha. Ninguém. Acho que você entende não é?

Pensei em Percy e em Tyler.

- Sim, entendo Frodo.

- Fred. - corrigiu.

- Desculpe. - me senti o Sr. D agora. – Você pode nos ajudar, então?

– Shhh. Já estou ajudando. Você já olhou para fora?

– O trem. Quão rápido estamos indo?

Apolo abafou o riso.

– Rápido o suficiente. Infelizmente, estamos ficando sem tempo. É quase pôr do sol. Mas imagino que atravessaremos um grande pedaço dos Estados Unidos com vocês. Já é uma coisa boa.

– Mas onde está Ártemis?

Seu rosto escureceu de repente.

– Eu sei muita coisa, e vejo muito. Mas mesmo eu não sei isso. Ela está... nublada para mim. Não gosto disso nem um pouco.

- E Jake?

- É realmente muito fofo como você se preocupa com aquele garoto. Eu Shippo vocês dois. Mas eu realmente não sei.

- Você o que? - perguntei. - Ah esquece...

Sabia que os deuses tinham dificuldade em levar a sério os mortais, mesmo meio-sangues. Nós vivíamos vidas tão curtas, comparados aos deuses.

– E o monstro que Ártemis estava perseguindo? – perguntei. – Você sabe o que era?

– Não. – Apolo disse. – Mas tem um que deve saber. Se vocês ainda não tiverem achado o monstro quando chegarem a São Francisco, procurem por Nereu, o Velho Homem do Mar. Ele tem uma boa memória e um olho afiado. Ele tem o dom do conhecimento sobre coisas às vezes obscuras para o meu Oráculo. Entende?

- Não...

- Imaginei... - disse. - Mas eu gostei de você Meg. Então, desejo-lhe uma boa missão se é que isso é possível... Vou preparar um haicai para você para...

- Ah, não precisa se incomodar. - falei.

- Adoro haicais, não será incomodo. - disse ele. - Então tente dormir um pouco... E quando voltar, desejo-lhe uma boa viagem.

Queria protestar que não estava cansada, mas assim que Apolo estalou os dedos só me lembro de adormecer.

Eu estava lutando com um guerreiro de armadura negra, mas eu não reconhecera aqueles olhos. Eu lutava com toda a fúria, tentando realmente matar a figura. Havia gosto de sangue na minha boca, este mesmo escorria do canto da minha boca e  meu ante braço.

- Desista, Megan. - aquela voz... - Você nunca vai conseguir salva-los.

Então eu vi, estávamos naquela mesma caverna e dessa vez, não haviam pedras, apenas três pessoas acorrentadas, uma delas era Silena, a segunda era Jake e a última era Percy... Percy estava em perigo? Não importa, era só um sonho não?

Claro que não, nunca era só um sonho.

Eu dei um golpe no guerreiro que seu elmo voou longe, revelando cabelos cor de areia e uma cicatriz na bochecha... Era Luke... Mas não era. Seus olhos estavam completamente dourados como se ele estivesse sendo possuído, mas sua voz era a mesma.

E eu queria mata-lo.

- Desista... Você esta em desvantagem.

- Cale a Boca... - mandei.

- Esta confiante demais...

Então ele tentou me dar uma estocada, o chão começou a tremer em um terremoto. Mas Luke não parecia ligar para isso. Então ele me atacou, eu defendi. As nossas lâminas se encontravam com um estalar que ecoava na caverna toda vez que ela tremia. Então Luke me deu aquele golpe que fazia a espada cair da mão do adversário, aprendi isso com ele no meu primeiro ano no acampamento meio-sangue. Baixo. Ele errou. Mas então no momento em que eu tirava minha espada do caminho para fugir daquele truque. Eu tremi quando senti a lâmina perfurar bem no meio da minha barriga. A Dor foi tão real, senti meu sangue gelar.

Luke olhava para mim vitorioso.

- Você perdeu. - disse ele.

Eu olhava para ele sem expressão, eu fui tão fraca... Apolo dizia que os sonhos mostram coisas para nos, que sem eles ele não saberia do que sabe... "o amor da cria do mar arrancado será"... Eu iria...

- MEGAN! - Percy gritou acorrentado, foi a última coisa que ouvi antes de despertar.

Acordei com um grito

Hansel bateu a cabeça no teto do carro quando pulou em um susto.

- O que?! Onde!? Pelas barbas da minha mamãe bode... O que aconteceu?!

Não tive nem tempo de ficar confusa por causa do menino-jegue. Pois quando eu ia responder ouvi alguém gritar.

O Grito de Percy.


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Notas finais do capítulo

"Inimigo, amigo familiar
Meu começo e meu fim
Verdades partidas, sussurrando mentiras
E Isso machuca de novo"

Red - Nothing and Everything (Tudo e Nada)

—___________________________________________________

"E as promessas quebradas
Lá no fundo
Cada palavra se perde no eco
Então uma última mentira
Eu vejo através dela
Dessa vez eu finalmente te deixo
Ir"
— Linkin Park - Lost In the Echo (Perdido no Eco)




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