A Lenda de Irumina (The Irumina Legend) escrita por Andy Miira


Capítulo 8
Castelo Irumina


Notas iniciais do capítulo

Um novo capítulo da Lenda de Irumina!



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Narradora: Rita

Yay! Ganhei um novo Onii-chan! Espero que o Marcus Nii-chan e o Lou Nii-chan não tenham ficado com ciúmes... Mas confesso que tive que reunir muita coragem para beijar a bochecha do Andy... Lembrar disso agora me deixa corada!

Eu, Andy e Greenie saímos de Risun e seguimos pela estrada de terra que levava até o Castelo Irumina. Tínhamos que correr para chegar a tempo no castelo, antes da tal “importante cerimônia”. E para piorar, tivemos que enfrentar algumas criaturas selvagens que apareceram de repente no meio da estrada! As criaturas estavam agindo de uma forma estranha, normalmente elas não atacam pessoas sem motivo algum... Greenie disse que sentia “uma aura estranha” ao redor das criaturas, como se elas estivessem sendo possuídas por algo... Mas graças à lupa mágica de Andy, ao “flower power” (quero dizer, poder da Natureza) de Greenie e, principalmente, graças às minhas magias de Terra, conseguimos derrotar os inimigos facilmente! Yay!

Quase no final da tarde, enfim chegamos a Irumina Castle Town. Fiquei um pouco nervosa, pois, há algum tempo, eu e meus irmãos tentamos invadir a cidade (bem, na época não tínhamos escolha a não ser roubar para sobreviver, né?!), mas os guardas nos bloquearam antes mesmo de atravessarmos a ponte movediça! Era o efeito da nossa infâmia como os Bandidos Dasher, meus irmãos saíram tão machucados daquela vez...

Um guarda se aproximou do Andy, e o Andy apenas mostrou a joia de Risun, explicando que ele fora enviado por Malthier para entregar a joia ao rei Jakku. O guarda entendeu a situação e liberou o caminho para entrarmos na cidade de Irumina. A propósito, acho que ouvi o guarda falando algo como “a joia para a princesa”... O que será que isso significa?

Nem acreditei quando passamos pela ponte movediça e atravessamos a grande muralha que cercava a cidade e o castelo. Que cidade enorme e bonita! Era muito maior do que qualquer vilarejo onde eu e meus irmãos havíamos entrado. Infelizmente não tínhamos muito tempo para passear, pois precisávamos correr mais um pouco até o castelo e já estávamos em cima da hora!

Bem na hora do pôr do sol, finalmente chegamos ao Castelo Irumina. Por causa da cerimônia que estava prestes a começar, o castelo estava todo bonito e enfeitado, e entravam várias pessoas muito elegantes e bem vestidas. Também havia muitas mesas espalhadas, formando um grande banquete cheio de comidas saborosas, que me deixaram com água na boca! Os guardas nos levaram até a Sala do Trono, e então Andy finalmente entregou a joia de Risun para o rei Jakku.

“Missão Cumprida!” – pensei.

Estranho, na Sala do Trono estavam presentes apenas o rei e seus principais súditos. Não havia nenhum sinal da rainha ou de algum príncipe ou princesa naquela sala...

—--x---

Narrador: Andy

Ao anoitecer, a cerimônia finalmente começou, e então finalmente entendi do que ela se tratava. Era o aniversário de 13 anos da filha do rei, a princesa Dianna Irumina! Aquela joia de Risun era um presente do vilarejo para a princesa. Após um longo discurso para os convidados da festa, o rei pegou em suas mãos um pingente, onde a joia de Risun estava pendurada, e colocou o pingente no pescoço da princesa.

— Vida longa à Princesa Irumina! – os convidados comemoravam.

Todos os convidados da festa ficaram animados aproveitando sua estadia especial no castelo; comendo, bebendo e dançando sem parar, como se aquela noite fosse a última noite de suas vidas. Vários rapazes da festa pediam a Greenie para dançar com eles, sendo que alguns destes já tinham suas companheiras (que ficavam, compreensivelmente, enciumadas). Rita estava ocupada saboreando e enchendo sua pequena barriga com o grande (e delicioso) banquete.

— Que menina mais comilona! – falei alto. Rita sorriu para mim e, após me mostrar a língua, continuou esbaldando-se com a comida.

Alguns casais de convidados estavam “especialmente” animados, se abraçando e se beijando (e alguns indo juntos até cantinhos escondidos do castelo, para fazer sabe-se lá o quê...). Por outro lado, a princesa não parecia estar tão animada com a festa, pois seu rosto estava com uma expressão fria e séria o tempo todo. Notei certa tristeza em seu olhar...

De repente, o rei Jakku se aproximou de mim e disse que queria conversar algo comigo, em particular. Lembrei-me do que Greenie me cochichou, pouco antes de sairmos de Risun:

“- Andy, aceite. Pode ser que o rei conheça alguma forma de fazer você voltar ao seu mundo.”

Sem pensar duas vezes, aceitei conversar com o rei.

Jakku me levou até a biblioteca do castelo e me apontou um mapa do reino de Irumina.

— Andy, vou ser direto. Eu sei sobre o seu contato com a Lágrima da Natureza e sei sobre o poder que despertou em você. Acredito que, com as devidas “circunstâncias”, você poderia se tornar um guerreiro de poder inimaginável, muito mais forte do que todo o meu exército!

— C-como assim?! Eu, tão poderoso assim?

— O seu corpo absorveu a Lágrima da Natureza, não é? Só que aquela é apenas uma das “Doze Lágrimas Elementais”, os doze fragmentos da “Lágrima Final”... Uma pedra preciosa que possui um poder incrível, pelo menos é o que as lendas dizem...

— Lágrima Final... – falei, da boca pra fora.

— Se você tivesse o poder de todos os doze fragmentos, imagine! Voltando ao assunto principal... Provavelmente o nosso reino lhe pareceu um lugar bem iluminado e pacífico, não é? Porém, há uma grande escuridão engolindo Irumina aos poucos... Na medida em que os dias passam, cada vez mais seres de nosso reino vão sendo possuídos pelas Sombras, entidades criadas utilizando a magia das Trevas. As Sombras corrompem os seres normalmente dóceis e os transformam em monstros perigosos. Muitas pessoas do meu reino já sofreram por causa desses monstros, e temo que, logo, as Sombras irão alcançar este chão onde pisamos...

— Que situação terrível! Mas o que poderia estar criando esses monstros?

— Eu sei exatamente “quem” está os criando. Um mago conhecido apenas como Chaos, de origem desconhecida. Ninguém sabe qual é o seu objetivo, mas acredito que ele esteja atrás de poder... Atrás de um importante tesouro escondido no castelo... – o rei abaixou a cabeça, então continuou explicando – tentei enviar muitos de meus soldados para acabar com essa ameaça, mas de nada adiantou. A maioria desses soldados não voltou para o reino...

— Entendo...

— Mas, pelo que a Lenda de Irumina conta: “Quando a escuridão estiver prestes a engolir toda a luz, o Herói Lendário, aquele capaz de controlar os 12 elementos, surgirá, e utilizará a luz da Lágrima Final para acabar com a escuridão”. Eu acredito que você seja esse Herói. Por isso, como rei de Irumina, imploro pela sua ajuda, Andy Aliance...

— Mas eu nem sei o que fazer! Esse Chaos parece ser poderoso demais! Eu nem tenho tanto poder assim como você pensa!

— Ainda não tem, garoto. Mas logo terá... E eu também sei que você veio da Terra, sou um dos poucos que conhece a ligação entre os dois mundos. Se você acabar com a ameaça de Chaos, eu poderia lhe mostrar uma forma de você voltar ao seu mundo.

— Se eu aceitar, posso acabar morto. Mas essa pode ser minha única chance de voltar para casa... – pensei, lembrando-me da minha família, dos meus amigos e de Luna, que provavelmente estavam preocupados com o meu sumiço.

— Tudo bem, parece que não tenho escolha... E-eu farei o possível para ajudar o seu reino...

— Excelente. Amanhã pela manhã eu quero mostrar a você o tesouro que está escondido neste castelo. Acredito que ele fará você entender melhor o seu poder... Mandarei arrumarem um quarto para você. Por ora, apenas descanse e aproveite a festa, Andy.

Saí da biblioteca, pensativo. Fiquei refletindo sobre tudo o que Jakku me disse...

— Hã, Dianna? Você estava aqui? Ei! Para onde você está indo, filha? – Jakku enxergou sua filha em um canto da biblioteca, ouvindo escondida a conversa. Mas a menina fugiu rapidamente da sala.


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