Une Nuit Sur Mon épaules escrita por Nequica


Capítulo 10
2ª fase - capítulo 2: O mico




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O caminho de volta pra casa foi divertido!

Sarah é a mais inteligente, com certeza. Ela está no segundo ano do curso de direito. O sotaque dela é engraçado, ela pronúncia os erres um pouco mais fortes. Giovanna também tem o sotaque, só que o dela é um acontece com menos frequência. A Gi está fazendo um curso para ser designer de  interiores. Ela já está no terceiro ano do curso. É dois anos mais velha que a Sarah, e já tem 19 anos.

Quando chegamos em casa, as meninas começaram a arrumar as roupas e os objetos que trouxeram da França no novo quarto. Aproveitando que elas estavam ocupadas, eu fui até a academia para por a malhação em dia.

Fui correndo a distância que separava a academia da minha casa. Liguei meu Mp3 , e ele começou a reproduzir uma de minhas músicas favoritas.

A música me fez pensar em todos o momentos que eu já vivi.

 

E quando eu estiver triste,
Simplesmente me abrace.

Quando eu sofri a minha primeira decepção amorosa, minha mãe ficou abraçada comigo durante horas. Ela me explicou que a dor de um coração partido é inevitável, mas o sofrimento é opcional.

 

E quando eu estiver louco,
Subitamente se afaste.

As brincadeiras de mau-gosto que os meninos faziam que me tiravam do sério. Eu brigava com eles e depois fazíamos as pazes, que só serviam para brigarmos de novo.

 

E quando eu estiver fogo,
Suavemente se encaixe...

 

O beijo que o Cê me deu no meu quarto no meu quarto, o dia em que fizemos o blog. A forma de carinho mais doce que eu podia algum dia sonhar em receber.

E quando eu estiver triste,
Simplesmente me abrace.

O abraço dado no parquinho por ele, para me consolar depois da morte do Cas. O momento inesquecível que passamos.

[FLASH BACK]

 

Ele me olhou assustado ao ouvir a minha voz, se levantou do balanço, correu a pouca distância que nos separava e me abraçou forte. Correspondi ao abraço começando a chorar também. Ficamos abraçados por muito tempo, cerca de 15 minutos, até que ele me soltou e se sentou no chão.

Sentei ao lado dele, e comecei a encará-lo. Então ele foi se aproximando do meu rosto, chegando cada vez mais perto da minha boca. Podia sentir a respiração dele acariciar a pele do meu rosto.

E ele colou os lábios nos meus, em um beijo de consolo. E enquanto me beijava me abraçou forte novamente, para me aproximar mais do corpo dele.

Lentamente ele foi se afastando e me disse:

- Mô... Eu preciso de você pra ser feliz. Eu preciso de você para a minha vida ter um sentido. Eu quero um motivo para abrir os meus olhos para um novo dia. Eu... eu amo você.

- Eu também te amo Cê- Declarei.

Encostei minha cabeça no ombro dele  e fiquei até me recuperar do que tinha ouvido. Nos levantamos cerca de uma hora depois pra ir pra casa. Ele me levou até o portão da minha casa e nos despedimos com um selinho de leve.

Antes de ir embora ele me abraçou e sussurou em meu ouvido:

- Eu nunca vou te abandonar.Tchau, meu anjo.

- Tchau Cê.

[FIM DO FLASH BACK]


E quando eu estiver bobo,
Sutilmente disfarce...

 

O momento e que contei pra Maga que tinha beijado o Cê. Meu Deus, Que gritaria! 

Mas quando eu estiver morto,
Suplico que não me mate.
Não Dentro de ti.
Dentro de ti...
Mesmo que o mundo acabe, enfim,
Dentro de tudo
Que cabe em ti

 

Sem perceber, sorri ao recordar essas lembranças.  Cada uma delas me mostrou que apesar de existirem problemas, eu sempre tenho alguém pra me amparar, me dar forças, mesmo quando tudo parece perdido.

Então tomei uma decisão:

A partir de agora, nada mais irá me abalar.  Vou viver intensamente cada momento, e me entregar de corpo e alma ao amor que sinto pelo Cê.

Quando cheguei na academia fui direto para o banheiro. Abri meu armário para pegar minha roupa de ginástica, me troquei e saí do banheiro, me deparando com a pessoa que eu mais desejava ver no momento saindo do banheiro masculino.

- Oi baixinha!

- Oi Cê! Que coincidência! Os dois na academia!

- É, precisava colocar a malhação em dia;

- Eu vim fazer a mesma coisa. Quer companhia? – ofereci.

- Claro! Sempre é bom ter você por perto...

Senti meu rosto esquentar na hora, denunciando que eu estava corada. Olhei para o lado tentando disfarçar. Erro terrível! Tropecei em um colchonete eu estava na minha frente e caí de cara no chão, fazendo com que todos que estavam na academia olhassem na minha direção.

Ouvi uma risada baixa que logo se tornou uma gargalhada. E o pior, é que em alguns segundos milhares de risos preenchiam o ar, fazendo com que eu corasse ainda mais!

Levantei-me sozinha, e me dei conta de que o Cebola traidor que tinha começado a rir. Olhei pra ele como se pudesse fulminá-lo com os olhos, e ele ficou quieto no mesmo instante.

- É... Desculpa Mô? Você se machucou?

- Eu estou bem. Só bati a boca.

- Xii... Está começando a inchar. Quer que eu pegue gelo pra você?- Ofereceu ele sendo prestativo.

-Agora você quer ajudar né? Mas pode deixar C – E – B – O – L – I – N – H – A! – Disse o mais cinicamente que pude. –Eu mesma pego o gelo!

Comecei a andar em direção a recepção. Sorrindo simpaticamente perguntei para a moça atrás do balcão:

- Você poderia me dar gelo, por favor?

Ela ergueu o rosto, e quando olhou para mim arregalou os olhos. Sem entender o motivo do espanto, peguei o gelo que ela me ofereceu segundos depois do meu pedido.

Entrei no banheiro para olhar no espelho o tamanho do estrago causado pelo tombo.

MEU DEUS! Agora entendi a reação da recepcionista. Meu lábio inferior estava inchado, e bem no meio estava começando a ficar roxo. Era só o que me faltava: Um beiço grande e roxo. Deixei o gelo encostado nele até derreter. Aproveitei que estava no banheiro e me troquei. Eu é que não ia malhar daquele jeito!

Saí do banheiro com a cabeça baixa, tentando disfarçar um pouco, e não achei o Cê para me despedir. Aquele traidor tinha ido embora! Mas ele não perde por esperar.

Enquanto saía da academia liguei o meu Mp3, e voltei andando pra casa.

Abri a porta e fui direto para a cozinha pegar mais gelo. Me encostei na pia, e vi que Sarah estava passando pela porta, para falar comigo.

- Bonjour prima! Você sabe que horras  a sua mãe vai servir o almoço? Porque eu não comi direito no avião e... Uh-la-la! O que aconteceu com você?

- Eu caí na academia, mas não foi nada sério. - Falei tentando encurtar o assunto.

- Sei viu...

A campainha tocou, e Sarah foi correndo para atender.

- Prrima! É pra você!

Quem será que estava me chamando? Eu não estava esperando visitas!

Saí da cozinha e me deparei com uma cena que nunca imaginei que veria...


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