I Love You escrita por Lost


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Quando vi a foto essa ideia veio a minha cabeça, espero que gostem ^^



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Seu sorriso fraco, porem tão cheio de vida iluminava seu rosto pálido trazendo-lhe vida. Seus cabelos azuis quase brancos, tão belos quando um véu de noiva tecido em fios de diamante unicamente para ela. Seus olhos tão doces, num tom azul prateado escondiam sua dor, emanando a alegria de uma criança.


Adentrei o quarto ouvindo sua doce voz chamando-me e com um sorriso terno, devolvi-lhe a delicadeza de cada gesto seu. Acariciei seu rosto como se tocasse no mais fino cristal e pegando-a em meu colo como a mais rara boneca de porcelana a coloquei em uma cadeira de rodas, levando-a para fora do branco quarto.

Meu coração simplesmente não suportava vê-la. Não suportava mais ver seu sofrimento tentando esconder-se em seus olhos, por mais que fosse impossível. Por que não posso sofrer em seu lugar?

Observava sua figura angelical cantar junto aos pássaros do jardim e o vento brincar alegremente com os fios de seus longos cabelos quando a mesma começara a tossir sangue. Meu coração parou e meu corpo moveu-se desesperado sem saber o que fazer. Sua dor era visível em cada gesto seu. Seu medo estava estampado no brilho de seus olhos... Meu sangue gelou e como se jamais tivesse tido um coração senti um vazio tomar conta de meu peito enquanto o ar tornava-se pesado, quase impossível de respirar.

Meus olhos doíam de tanto impedir-me de chorar em sua frente. Meus olhos doíam de tantas noites que chorei zelando por seu sono desejando que acordasse com o amanhecer. Já não havia o que ser feito... Quando a conheci já sabia... Sabia que ela esperava pela morte... Mas mesmo assim apaixonei-me por ela...

...

Soquei a arvore a minha frente enquanto as lagrimas que caiam incessantemente de meus olhos pareciam queimar minha pele tão gélida pela chuva de inverno. Tentava esquecer o som de sua doce voz, que teimava em cantarolar o som de seu coração, mesmo que sem forças para separar seus lábios. Tentava esquecer seus doces sorrisos de criança e seus olhos tão puros, tão delicados e atormentados pelo medo.

Queria esquecer cada segundo único que passamos juntos, que despertou algo em mim que jamais sentirei novamente... Queria lembrar-me de cada detalhe de cada momento que ela criou em minha memoria e jamais poderei descrever.

Joguei o buquê de flores na lápide deixando que as flores se desmanchassem e as pétalas fossem carregadas pelo vento enquanto meu corpo caia derrotado de joelhos sobre seu tumulo enquanto as lágrimas sufocavam-me e um grito amarrava-se aos meus lábios trincando meus dentes quase os rachando.

Como posso... Viver sem ela?

Amor... Um sentimento único que jamais seremos capazes de por em palavras... Um sentimento do qual não podemos viver... Um sentimento que dá vida a um doce sorriso, um meigo olhar, um bater do coração, assas a alma, razão de ser, de existir. Uma faca envenenada, aguardando para perfurar seu coração...

Quando ela se tornou a alma que dá a vida a esse misero corpo. Quando ela se tornou a única razão de eu sorrir, de eu chorar. A única razão de acordar todos os dias... A única a quem procuro quando abro os meus olhos. A única a quem desejava ouvir a voz... Quando ela tornou-se insubstituível para mim...

Perdi tudo...

A morte levou-a lenta e dolorosamente de meus braços enquanto nada pude fazer além de vê-la partir...

Via sua imagem em cada gota que me tocava, sentia seu doce perfume ser carregado pela brisa que tanto se divertia tocando-lhe os fios de seda de seus cabelos, sentia seus braços envolverem-me e sua voz pedindo-me para não chorar a cada lágrima que derrubava. Como... Como desaparecer com o vazio deixado por aqueles a quem mais amamos? Como simplesmente esquecer-me daquela que me deu uma nova vida...

Odiava-a por partir. Odiava-a por ter me feito sofrer. Odiava-a por ter me apaixonado por ela. Amava-a. Amava-a com cada célula de meu ser. Precisava dela, mais que do ar que respiro. Mais que o corpo que visto... Amava-a...

Em passos arrastados, a alma penada em meu corpo arrastava essa carcaça inútil pelas ruas, amaldiçoando-se por estar preso à vida carnal, por estar preso longe dela... A chuva apenas tornava-se mais forte, mas isso já não importava... Nada mais importava...

Segui um caminho incerto. Por tempo desconhecido. Meus olhos já haviam perdido seu brilho e apenas as lágrimas que deles caiam eram capazes de brilhar. Sinistro brilho que guiava meu coração. Meus braços se moveram e sem hesitar por um único segundo, jogou a veste carnal de meu corpo de enorme ponte abraçando a morte como velha amiga.

De que adianta viver uma vida se não poderei dividir com a pessoa por quem meu coração bate?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Sendo sincera: É minha primeira fic desse estilo então não sei se ficou muito bom.

Comentários?



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