Telefone escrita por 01


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Históriazinha mal pensada, sem grandes fins. Se gostarem: reviews; se encontrarem erros: reviews; se odiarem: reviews. De qualquer modo, mandem reviews.

Abraços e mais abraços da megu-chan ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/40049/chapter/1

O telefone tocava escandalosamente enquanto eu tentava terminar de escrever minha fiction. Eu tentava ignorá-lo, aumentando o volume do rádio,  mas era impossivel. Vencida pelo incomodo, atendi.

_Quem é? - Eu estava aborrecida.

_Olá, Raio do Sol! Como vai você hoje? - A voz masculina dizia, tranquila e alegre. Eu não conhecia aquela voz. Quem era o homem que me ligava?

_Quem é?! - Insisti.

_Hm. Já vi que está mal humorada. Ah! Mas você está tão bonita hoje! Como pode estar de mal humor? Essa sua blusa branca cai tão bem em você! - Como ele sabia que roupa eu estava usando? -  Sabe, eu pensei que você não ouviria o telefone tocar, de tão alto que estava o volume do seu rádio agora a pouco. Ou talvez você estivesse ignorando o telefone, o que faz mais o seu tipo. Eu sei o quanto odeia quando interrompem a sua escrita. Aliás, eu quero ler o que está escrevendo. Venho me torturando há semanas, tentando imaginar o que você está escrevendo. O que é? - Ele dizia alegre. Era uma voz doce e aconchegante.

_Quem é? Que droga! Diga logo ou eu desligo o telefone! - Berrei.

_Nossa, nossa. Acalme-se, Raio do Sol. - Ele ria.

_Por que me chama de "Raio do Sol" ? Você é louco? - De onde ele havia tirado aquele apelido?

_Ora! Por causa dos seus cabelos louros! Sabia que em manhãs como a de hoje, enquando você escreve, os raios de Sol entram pela sua janela e te deixam a coisa mais linda do mundo? Sério! Seus cabelos ficam ainda mais louros, é como se você fosse o Sol. Ah, e quanto a eu ser louco, eu acho que não sou... Bem, talvez eu seja, mas isso não importa.

_Chega. - Desliguei o telefone e voltei a escrever. Minutos depois, o aparelho voltou a tocar. Atendi, aborrecida.

_Que foi agora?!

_Akemi? Filha, que nervosismo todo é esse? - Era minha mãe.

_Ah, mãe, é você! Desculpe. Tem um idiota ligando pra cá falando um monte de coisas idiotas. - Suspirei.

_Oh, filha, se ele continuar a incomodar, ligue para a polícia. - Ela pareceu preocupada.

_Não, mãe. Não é para tanto. Mas diga, por que ligou? - Eu caminhava pela casa.

_Ah, filha!  Sua irmã deu à luz! Ontem à noite! Desculpe por não ter ligado antes. Eu sei o quanto trabalha naquele hospital, e sei que quando chega está cansada então resolvi deixá-la dormir e ligar hoje de manhã, já que você disse semana passada que estaria de folga hoje. - Ela parecia feliz.

_Que bom! E como ela é? - Eu sorria.

_Linda! Mas sua irmã, Akane, quer que você escolha o nome dela. Até agora a pobrezinha está sem nome porque Akane insistiu que você deveria escolher o nome. - Mamãe dizia.

_Certo... Vejamos... Hoshi. Diga à Akane que o nome dela deve ser Hoshi, porque significa estrela, e ela deverá ser brilhante como uma estrela, e será inspiração de poemas e canções. - Eu disse tranquilamente. Akane sempre foi apreciadora das estrelas, iria gostar do nome.

_Que lindo nome, Akemi! Sua irmã vai adorar! Opa, ela está chamando! Ligo mais tarde! Adeus, querida! - Ela desligou e voltei a escrever. Logo, o aparelho escandaloso voltou a me irritar.

_Oi? - Eu tentava ficar calma.

_Raio do Sol! Eu tentei ligar, mas acho que alguém conseguiu discar seu numero antes de mim, não é? Vejo que ficou feliz. Sua irmã já deu a luz? É o que seu sorriso me diz. - O desconhecido havia voltado.

_Como sabe dessas coisas todas? - Eu estava confusa, mas mais tranquila.

_Ah! É simples! Eu te observo desde que se mudou. Sabe, quando você chegou ao novo apartamento, pensei "Nossa, ela é tão novinha e já mora sozinha!". Então, como semanas depois saiu no jornal que uns ladrões estavam invadindo apartamentos e eu te considerava muito frágil,  resolvi tomar conta de você. Desde então, observo sua rotina e vigio seu apartamento quando você sai. Mas eu acho que me enganei quanto à você ser frágil. O que você fez com aquela caixa de leite foi assustador.

_Como você me observa? Eu nem te conheço! - Aquilo não fazia sentido algum.

_Conhece sim, pouquíssimo... Mas nós já nos vimos várias vezes. - Ele parecia muito calmo. - Mas ainda assim, eu já amo você, seu jeito, as caretas que você faz enquanto escreve, o jeito que você ri das coisas que você mesma escreve, o jeito como você abre a cortina, como você quase quebra o telefone quando ele não funciona, a careta que faz quando alguém te interrompe em algo, o jeito como você organiza sua mochila para ir trabalhar no hospital... Tudo em você me deixa tão alegre!

_O q... - Nesse momento, olhei pela janela e vi meu vizinho em sua varanda, que ficava de frente para meu apartamento. Ele estava ao telefone e sorria como nunca. Ele olhava fixamente para mim. Então entendi tudo. Era ele, Suichi, meu vizinho, quem me ligava. Eu já havia visto ele várias vezes no elevador e corredores do prédio, mas nunca havia falado com ele diretamente. Inumeras vezes, tive que pedir ao porteiro que avisasse à Suichi que prendê-se seu cachorro, que estava fazendo cocô no meu tapete, inumeras vezes ouvi Suichi contando piadas ao porteiro e perguntando à ele qual era o numero do telefone da pizzaria. Era um homem alto, de cabelos e olhos escuros, muito bonito, e que sempre estava sorridente. - Suichi!

_Ela descobriu! - Ele gargalhava, acenando para mim. - Agora que já sabe quem te admira, que tal sairmos hoje a noite?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!