– Isso – Carlos Daniel a puxou e a beijou, um beijo cheio de fogo e paixão, desejo e sinceridade Paulina não podia evitar e se lançou ao beijou o correspondendo a altura do beijo, com fogo, desejo carinho e ternura.

Paulina estava ofegante e incrédula com o beijo que acabara de dar, ela cessou o beijo dizendo – não, não Carlos Daniel, isso jamais podia ter acontecido.

– por que não Paulina, eu gosto muito de você, te admiro, admiro sua capacidade de resistir a mim ... – Carlos Daniel foi impedido de continuar.

– gostar, admirar, admirar não é amar, eu tenho que fazer minha vida ao lado de um homem que me ame. Pelo que eu sou não por minha aparência ou capacidade. – disse Paulina se levantando da cama.

– Paulina, por acaso você me ouviu terminar, o que tinha começado? Espero que preste bem atenção no que irei lhe dizer – diz Carlos Daniel se levantando e indo em direção até ela, e a trazendo para que se sentasse novamente.

– em nenhum momento disse que não te amava, você simplesmente me interrompeu e falou por mim, vejo que ama meus filhos como se fossem seus, e realmente quero que sejam, basta você quebrar esse orgulho bobo, assim que eu te der uma prova de meu amor, quero que fique aqui comigo ao meu lado, para sempre, EU TE AMO PAULINA, é isso que queria dizer, que por vergonha, ou quem sabe timidez, medo, medo de ser rejeitado, medo desse amor ser impossível, só quero que saiba, que irei aonde for, para te encontrar, não importa o quão distante esteja, eu irei, eu irei te buscar porque te amo, e nunca duvide disso, nem mesmo Paola vai nos separar, e você não irá embora está decidido.

Após Paulina ouvir tudo isso ficou emocionada, mas pois seu orgulho acima de tudo e não deixou que nenhuma lagrima caísse, ela prestou bem atenção em tudo, nos mínimos detalhes e apenas disse isso – Não acredito.

Carlos Daniel por sua vez deixou lagrimas rolarem e disse – que prova maior você quer Paulina, estou cansado, foi um erro ter me apaixonado por você, jamais pensei que você não confiasse em mim, e jamais pensei que fosse tão orgulhosa, seu orgulho fere as pessoas, e me feriu muito nesses últimos dias, foi um erro ter acreditado que fosse ingênua, indefesa, pois seu orgulho ele esta acima de tudo e de todos, esse seu orgulho faz com que você não deixe ninguém se aproximar de você. – Carlos Daniel abaixa a cabeça, e chora descontroladamente, e também estava muito alterado – me apaixonar por você foi o maior erro da minha vida.

Paulina ficou incrédula com tudo que ouvir, e se arrependeu ao extremo de ter falado que não acreditava nele, jamais pensou que ele houvesse falado a verdade, pensou que queria se aproveitar dela, Paulina em uma atitude bem pensada, levantou a cabeça de Carlos Daniel, que olhava para o chão, até que alcançasse seu olhar, assim que os olhares se cruzaram Paulina disse – desculpa Carlos Daniel, pensei que estava apenas brincando com meus sentimentos, jamais pensei que você, você Carlos Daniel Bracho, se apaixonaria por uma simples mulher do litoral. – Paulina estava ao choros também.

–esse é seu problema Paulina, não confia em ninguém, nem em mim que vim, me declarar para você, no grande amor, na paixão que sinto por você. – disse Carlos Daniel desabafando tudo que estava o machucando.

– perdão Carlos Daniel, a vida me deu motivos para não confiar em ninguém, você não sabe por tudo que eu passei desde pequena com minha mãe, você esta acostumado ao luxo, e boa vida, nunca teve que medir esforços para conseguir o que queria. Enquanto a mim, trabalhei duro para sustentar eu minha mãe, tive que fingir que confiava em algumas pessoas, porque se não passariam por cima de mim, sem se importar. Já me sofri demais com o amor, e não estou disposta a sofrer de novo, porque se não jogo tudo para o alto, e já não estarei mais disposta a lutar e ganhar a vida que mereço – Paulina desabafou aquele momento precisava disso, seu coração sentiu um grande alivio ao falar tudo isso para alguém.

– mas isso não faz que você duvide do meu amor, eu te amo Paulina, e já não estou disposto a ficar correndo atrás de quem não crê e mim, e não dá valor no que digo – Carlos Daniel sentia-se mais aliviado.

Paulina nada disse, e um silencio invadiu o quarto. Os dois choravam, o choro foi tanto que chegaram a soluçar ... o silencio foi embora quando Carlos Daniel resolve perguntar algo, - pelo menos me responda se você ficará aqui, nem que seja pelas crianças e para enfrentar a Paola, se não for entendo perfeitamente, não irei ficar insistindo em algo que para mim já deu – disse Carlos Daniel secando as lagrimas.

– claro, se você prefere que eu enfrente-a ficarei – disse Paulina tentando conter as lagrimas, que não queriam para de rolar em seu rosto.

– prefiro – disse Carlos Daniel seco, e levantando-se, foi em direção a porta.

– aonde vai ? – perguntou Paulina pois não havia acabado ainda.

– vou para meu quarto descansar, já não tenho mais nada que fazer aqui – disse ele saindo e dando uma batida não muito forte na porta.

Paulina se Debulhou em lagrimas ao vê-lo sair dali, deitou-se novamente agarrando seu travesseiro, nem roupa colocou continuou ali como estava, apenas de roupão.

Carlos Daniel também foi para o quarto, chorou tanto até suas dormir. A hora do almoço chegava tanto um como outro havia dito a Lalinha que não iriam almoçar, o almoço acontece sem maiores acontecimentos, a noite logo chega.

Patrícia e Rodrigo queriam ir a Mansão Bracho, mas foi informado que os patrões ficaram o dia inteiro trancados em seus quartos e não saíram de lá para nada. Paulina havia tomado alguns remédios fracos para insônia, o dia passou e Paola sequer deu noticias sobre a troca com a Usurpadora.