Capítulo 04.

— Chegamos. — a voz melodiosa de Edward soou.

Isabella despertou, saindo de seus pensamentos espessos. Piscou algumas vezes até então ver com perfeição a bela residência da família do marido.

— Espero que esteja pronta, querida. — sorriu, um misto de ironia e desdém.

Com um lamentar interno, ela saiu do carro, seguida por ele. Avistou seus familiares todos junto com os Cullen, abraçados, os aguardando com aquele mesmo sorriso maravilhado de sempre.

— Olha só, o casal Hollywood. — em voz alta, Charlie zombou de ambos, causando risos em todos.

— Papai, por favor. Não somos Hollywoodianos. — Isabella rolou os olhos, o abraçando com carinho.

— Desculpe, pequena. Sentimos sua falta! — confessou, com os olhos marejados.

Com o coração apertado, a mulher o abraçou novamente, tão forte e intenso quanto antes. Um abraço que dizia tanto, sem mesmo que ela abrisse a boca.

Era como um pedido de ajuda desesperador ao pai.

Secando as lágrimas, se separaram e se olharam.

— Ora, pequena, estava com tanta saudade assim de mim assim? — brincou.

— Mais do que possa imaginar, papai. — respondeu, sincera.

Ele a olhou com carinho e beijou-lhe a testa.

Bella cumprimentou a mãe, que chorava também e lhe passava constantemente a mão pelos cabelos. E cumprimentou todo o restante das famílias, que não era tão pequena assim.

— Bom, maninha, enfim conseguiu levar o grande para o altar, heim. — cutucou Rose, a loura de olhos azul cobalto, que riu, abraçando o noivo.

— Sim, maninho. Melhor escolha que pudemos tomar! — exclamou, os olhos brilhavam.

Um pouco incomodado, Edward sorriu e deu um riso baixo, felicitando aos dois. Aquilo imediatamente chamou a atenção da irmã, que desconfiou que algo havia errado com o irmão.

Percebeu também que Bella e ele haviam chegado juntos, mas transpareciam estarem tão distantes. Não era possível que ninguém mais havia percebido isso. Ela soube que teria que prensá-lo na parede para lhe dizer o que estava havendo.

[...]

O casal guardaram suas bagagens na suíte máster e se aprontavam para uma pequena festa em família e com os amigos mais íntimos. Já no dia seguinte seria o primeiro ensaio para o casamento.

— Quem virá mesmo? — Edward perguntou à loura, enquanto dava o nó em sua gravata slim.

Ela, que escovava os longos fios dourados, somente o olhou pelo espelho mal-humorada.

— Não.

Uma resposta direta e seca.

— Bom, — limpou a garganta — de qualquer forma esteja impecável, e seja mais afetiva, por gentileza.

Com um impulso, ela jogou a escova em direção à ele, que desviou antes de ser atingido.

— O que foi isso? — com os olhos arregalados, questionou logo.

— Não me provoque, Edward. — ela rosnou.

— Minha nossa.. — ele riu. — Você é ainda mais louca do que eu me lembrava.

— Mais uma palavra ou vou estapear você. — a loura colocou os brincos e retocou o batom vermelho escarlate.

Edward levantou os braços em sinal de rendimento, ainda rindo debochado.

— Pronta, esposa? — ela se aproximou dele, ficando frente a frente com ele. Ela segurou na gravata dele e foi subindo os dedos até chegar ao nó, e então com um empurrar intenso, ela ajeitou a gravata dele.

Ele tossiu com a experiência de quase “enforcamento” e se recompôs, enquanto ela sorria maldosa.

— Mas é claro, marido. — respondeu, pegando a bolsa de mão.