Mistakes escrita por SayakaHarume


Capítulo 2
Capítulo 01 — Lies


Notas iniciais do capítulo

Hey gente que mora no meu coração!
Aqui o primeiro capítulo dessa fanfic! Apenas para introduzir o tema e dar mais uns hints básicos do que vai acontecer. Alias, cada título de capítulo vai ser o título de uma musica que vai ter a ver com o capítulo.
A música da vez é Lies Marina and The Diamonds.
Link: http://letras.mus.br/marina-and-the-diamonds/lies/traducao.html
Lembrando que uma parte do capítulo e passa no passado e outra no presente.
A única coisa que posso dizer agora é: Enjoy! Nos vemos nas notas finais!
Betado pela linda Last Rose of Summer.



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Mistakes

Autora: Iamela Freitas

— Capítulo 01: Lies —

— Anos atrás —

A jovem Annabeth Chase estava profundamente entediada e irritada. Estava sentada no sofá da casa de alguém que mal conhecia, com um barulho ensurdecedor que ousavam chamar de música, cercada de gente bêbada fazendo coisas quem não se lembrariam no dia seguinte. Bebeu mais um gole do conteúdo do seu copo vermelho e sentiu sua garganta arder com o álcool descendo. Festas do ensino médio, como as detestava! Mas era a festa de um amigo de Luke, e ela não podia pedir a ele que não viesse. E deixá-lo vir sozinho também estava fora de questão. Não que ela fosse ciumenta. Não muito.

Suspirou enquanto ignorava algumas garotas tagarelando ao seu lado e observou Luke um pouco mais a frente, concentrado em um jogo de sinuca com outros garotos. De tempos em tempos ele se voltava pra ela e sorria como quem pedia desculpas, e seu olhar era uma promessa muda de que logo eles iriam embora da festa. Ela sempre sorria de volta e balbuciava um tudo bem. E em seguida ele voltava ao jogo. Luke Castellan. Era melhor amigo e namorado de Annabeth. Ela não se lembrava de um dia que não tivesse o admirado profundamente, se recordava perfeitamente de como aquela admiração fora evoluindo para algo mais, até que um dia ela conseguiu que ele a pedisse em namoro. Mas era isso. Apenas isso. Ela não se enganava pensando que Luke a retribuía. Não, ela sabia bem que ele ainda pensava em outra, e nunca veria a ela, Annabeth.

Sacudiu a cabeça e terminou de beber o que estava em seu copo e depois o largou no chão, junto com inúmeros outros que tinham sido largados pelos outros participantes da festa. E ela não ocultou seu sorriso de alívio quando viu Luke vir até ela.

— Vamos? — Ele chamou.

A loira apenas assentiu e se levantou e pegou a mão dele. Os dois saíram da festa da mesma maneira que entraram: de mãos dadas. Quem estava sóbrio o suficiente para perceber a saída deles, teve o mesmo pensamento de quando os viram chegar: eles eram um casal perfeito. Mas talvez apenas Annabeth tenha percebido que o momento da chegada e o momento da saída foram os únicos momentos que eles tinham ficados juntos naquela noite.

Entraram no carro em silêncio e Luke tomou seu lugar atrás do volante. Annabeth não ficou preocupada, sabia que ele era responsável e não beberia antes de dirigir. Ficaram parte do caminho em silêncio, apenas ouvindo a música do rádio. Até que a garota resolveu falar algo:

— Ah... Luke, será que amanhã a gente pode ir ao cinema? — Ela se sentia tola por ter vergonha de chamar seu namorado pra sair, mas ela nunca sabia o que esperar como resposta.

— Bem, eu estava pensando em estudar amanhã. — Luke aproveitou a parada no sinal vermelho para olhar para Annabeth meio desconsertado. — Tem problema de sairmos outro dia?

— Não, claro que não, sei que está se preparando para as provas pra universidade. — Ela falou suavemente, sem deixar que ele notasse sua decepção. — Só estava pensando que estamos passando pouco tempo juntos. Mas eu sei que você está precisando estudar mais do que nunca.

Luke sorriu e pegou a mão dela e deu um beijo no torso, para em seguida soltá-la e voltar a dirigir, uma vez que o semáforo tinha ficado verde.

— Tenho sorte de você ser tão compreensiva. — Ele comentou com um leve sorriso.

— Eu sou sua melhor amiga, Luke. — Ela soltou de repente.

— E sempre vai ser. — Foi a resposta murmurada.

Mas Luke não entendeu o que Annabeth queria dizer. Talvez tenha sido a pouca bebida que ela tinha consumido que a fez falar daquele pequeno incomodo que ela tinha. Que nunca passaria de amiga para Luke. Mesmo que eles andassem de mãos dadas, trocassem beijos... ainda seriam só amigos.

E ela, que sempre tinha um plano pra tudo, não sabia como reverter aquela situação.

–x-

Annabeth vestia um jeans surrado e um suéter azul quando saiu de casa naquela manhã. Amarrou o cabelo loiro em um rabo de cavalo enquanto caminhava — de forma desanimada — para a casa de sua amiga Piper. Dobrou a esquina e teve que se desviar de alguns homens que traziam coisas de um caminhão de mudanças e as levavam para a casa ao lado de Piper, mas quase esbarrou em um garoto que devia ter sua idade.

— Desculpe. — Ela disse em um tom educado.

— Tudo bem. — O garoto de olhos verdes sorriu e recuou um passo para que ela passasse.

Annabeth murmurou um agradecimento, foi até a casa de Piper e tocou a campainha. Observou os arredores enquanto esperava a amiga abrir a porta. Então sentiu alguém agarrar seu ombro e ela foi puxada bruscamente para dentro.

— Não acredito que você falou com ele! — Alguém, que Annabeth acreditava ser Silena, sua amiga, tagarelava enquanto a puxava pelo corredor para a sala. — Estamos observando a mudança deles a horas!

— Eles podem chamar a polícia, suas stalkers¹! — Annabeth riu, quando finalmente chegou a sala e viu Piper com um binóculo espiando por entre as persianas.

— Eu só vi entrar três camas. — Piper narrou. — Mas são quatro garotos. Talvez um deles só esteja ajudando na mudança. Tomara que o loiro fique!

— Oi pra vocês também. — Annabeth riu. — E antes que vocês perguntem, eu não falei nada de mais com o garoto com quem eu esbarrei, nem sei o nome dele.

As outras duas fizeram uma expressão desanimada. E então começaram a tagarelar como tinham descoberto que a casa do lado tinha sido alugada por alguns garotos que vinham de São Francisco para Nova Iorque para estudar na cidade. Piper estava encantada pelo loiro que ela ainda não sabia o nome, mas que a tinha ajudado no dia anterior com algumas sacolas de compras que haviam rasgado fazendo as maçãs rolarem e tentarem fugir pra Nárnia.

— Você foi fisgada mesmo, heim? — Annabeth zombou.

— Não viaja, Annie. — Piper se sentou ao lado da amiga. — Eu só quero conhecê-lo, só isso. Mas tenho certeza que você não veio aqui por causa dos meus novos vizinhos.

— Apesar de que eu não me surpreenderia se fosse! — Silena brincou.

— Menos, Silena. — Annabeth revirou os olhos. — É Luke. Sou eu. É tudo.

— Eu já deixei bem claro o que eu acho disso. — Piper revirou os olhos e tornou a se levantar, começando a organizar a bagunça da sala.

Piper tinha dezesseis anos, como Annabeth, e já tinha dito várias vezes que era contra o namoro da amiga com Luke. Annabeth olhou a amiga com um sorriso fraco. Então sentiu que Silena lhe abraçava seus ombros.

— Ignore a índia e conte o que aconteceu. — Disse sorrindo para a amiga de cabelos loiros.

— Ele... está tão distante. — Annabeth disse em voz baixa. — As vezes eu tenho a sensação que só tenho um namorado na frente das pessoas, quando estamos só nós, ele volta a ser só meu amigo... Até quando ele me beija parece ser meio por obrigação.

Silena e Piper trocaram olhares. Então a Cherokee fez um gesto impaciente. E se sentou na mesa de centro, com os braços cruzados.

— O que realmente você quer que a gente diga? — Piper disse exasperada. — Eu odeio falar isso, mas...

— Você me avisou, eu sei. — Annabeth completou a frase da amiga. — É que... já faz um ano que ela foi embora. Quando ele vai me dar uma chance de verdade?

— E quando você vai se dar uma chance, Annie? — Silena perguntou de forma carinhosa. — Você... devia se dar uma chance de conhecer outra pessoa. Claramente não é seu momento com o Luke. E você não deve ficar perdendo tempo esperando que esse momento chegue, sendo que pode ter outra pessoa a sua espera.

Annabeth sorriu para Silena, apesar de não acreditar em alma gêmeas, destino e tantas outras coisas que a amiga acreditava. Piper por sua vez só se levantou, e disse como quem finalizava a questão:

— Luke é um covarde. E você também. — E foi pra cozinha.

— Ela realmente não gosta do Luke. — Annabeth comentou.

— Ela adora o Luke, Annie. O que ela não gosta é de te ver sofrendo assim. — Silena disse com uma expressão sem graça. — Mas sério, por que você se sujeita a isso? Ele ainda não está pronto pra seguir em frente, e acho que ele não vai estar tão cedo.

— Eu... estou me esforçando tanto. — A outra disse olhando para o chão. — Não vou desistir fácil assim.

— Você que sabe. — Silena deu de ombros. — Vou atrás da índia maluquinha, e volto com ela e brigadeiro de panela, que tal?

Annabeth riu e assentiu e viu sua amiga ir em busca da meia-irmã. Piper e Silena eram irmãs por parte de mãe, sendo Silena um ano mais velha. A mãe das duas era uma herdeira rica de uma empresa de cosméticos que não tinha nem um pouco de responsabilidade. Mas era inegável que adorava as duas filhas. A casa em que as duas viviam era um presente dela, para que morassem perto da escola. Silena tinha um bom relacionamento com a mãe, mas Piper vivia tendo pequenas discussões com ela, principalmente no que se tratava de roupas, já vivia querendo renovar o guarda-roupa de Piper, deixando-a realmente impaciente.

— Annie? — Piper chamou sem esconder seu acanhamento, enquanto se aproximava e sentava ao lado da amiga. — Desculpe, é que... você é minha amiga, não gosto de ver você entrando aqui com essa cara triste.

— Eu entendo, Pips. — Annabeth abraçou a amiga. E estava prestes a falar mais alguma coisa quando as duas ouviram a campainha tocar.

Piper McLean deu de ombros antes de se levantar e ir atender a porta. Ela abriu e se deparou com um adolescente vestido quase totalmente de preto. A exceção era a estampa vermelha dos Ramones na camisa.

— Ah, eu e aqueles animais estamos nos mudando pra casa do lado. — Ele disse, com as mãos nos bolsos. — Sou Nico di Angelo. Será que vocês tem uma lanterna pra emprestar?

A essa altura Silena e Annabeth estavam logo atrás de Piper.

— Ah, claro. — Silena disse com um sorriso e foi buscar a lanterna, enquanto as outras garotas continuaram a conversa.

— Fiquei sabendo que vocês são de São Francisco. — Piper comentou.

— É, eu, Jason e Leo somos. Beckendorf é da Califórnia. Ele só chega amanhã. — Nico explicou.

— E o outro garoto? — Annabeth perguntou, mas depois se arrependeu. Mas explicou a pergunta. — Eu vi que tinha quatro levando a mudança pra dentro, além dos caras da companhia de mudanças.

— Ah, é o Percy. — Foi a resposta do garoto. — Ele é daqui de Nova Iorque mesmo. É meu primo.

— Aqui a lanterna. — Silena chegou e entregou a lanterna vermelha.

— Obrigado. — Nico se despediu meio sem jeito.

As três garotas voltaram para dentro e depois de se entreolharem, em um acordo silencioso correram pra janela e continuaram espiando pela persiana. Conseguiram ver os quatro garotos pela janela deles desempacotando móveis e começando a montá-los e e-ntre risadas comentaram sobre quão bom seria ter os novos vizinhos por perto.

— Eu tenho que ir gente. — Annabeth disse a certa altura. — Tenho que ir estudar.

— Você vai é na casa do Luke que eu sei. — Piper disse sem tirar os olhos da janela.

— Não ligue pra Pips. — Silena riu. — Eu te levo até a porta.

As duas foram em silêncio até a porta. Annabeth adorava Piper e a considerava sua melhor amiga, mas não podia negar que em certas horas preferia os conselhos de Silena.

— O que acha que eu devo fazer? — Perguntou, as mãos remexendo na barra da blusa. — Sobre Luke.

— Você deve fazer o que quer fazer. — Foi a resposta de Silena. — Ou vai ficar se atormentando com um monte de “e se”.

Annabeth sorriu e abraçou Silena antes de sair. Quando se afastava pela calçada, viu o mesmo garoto com quem esbarrara anteriormente sair e colocar caixas vazias no gramado. Ele percebeu que ela o tinha visto e acenou antes de correr de volta pra casa, sem nem dar tempo para Annabeth acenar de volta. De qualquer maneira, ela resolveu deixar pra lá.

–x-

Luke estacionou o carro na frente da escola e olhou para Annabeth.

— Você está tão calada hoje. — Ele disse sem fazer menção de sair do carro. — Está tudo bem?

— Luke... você não acha que precisamos conversar? — Ela arriscou, meio cautelosa.

— Sobre?

— Sobre nós dois. E... — Annabeth hesitou por um momento. — E Thalia.

— Pra que quer falar sobre isso? — Luke disse impaciente, pegando sua mochila no banco de trás e saindo do carro.

Annabeth se soltou do cinto e se apressou em segui-lo, abraçando seus livros.

— Luke, é sério. — Ela insistiu assim que alcançou o namorado.

— Não tem mais nada pra falar. — Ele rebateu, andando ainda sem olhar pra namorada. — Ela se mudou pro outro lado do oceano, está feliz e nós estamos felizes por ela. E nós dois estamos juntos agora.

— Você não parece feliz. — Annabeth agarrou o pulso de Luke e o fez parar e se virar pra ela. — Luke, você sabe o que eu sinto por você. Mas o que você sente por mim? Sinceramente.

Ele sorriu fracamente antes de beijá-la suavemente.

— Eu te adoro, Annie. — Foi a resposta assim que ele se afastou.

Então Luke pegou a mão de Annabeth e os dois entraram no prédio da escola. E o que deixou Annabeth frustrada é que, provavelmente, Luke não estava mentindo. Mas isso não indicava que era a resposta que ela queria.

–x-

Já era hora do almoço e Annabeth colocava alguns livros dentro de seu armário e pegava outros. Então ouviu um burburinho e quando olhou, várias garotas estavam cercando o que possivelmente era um novato. Ela apenas prestou atenção o suficiente para sentir pena dele. Ainda concentrada em equilibrar seus livros, se sobressaltou ao sentir uma mão em seu ombro.

— Ei, você é a garota do outro dia. — Ele disse com um sorriso. — Desculpe, estou meio que tentando fugir daquelas malucas ali. — Indicou as garotas com um meneio de cabeça. Elas pareciam meio indignadas do novato está dando tanta atenção a uma garota só.

Annabeth levou alguns segundos para lembrar onde tinha visto aqueles olhos verdes.

— Você é o garoto que tá se mudando pra casa ao lado da Piper. — Disse com um sorriso educado.

O garoto deu um sorriso de lado, o que lhe deu um ar de alguém que tinha sido pego no flagra fazendo uma travessura e não ligava para a punição.

— Na verdade eu só estava ajudando. Dois deles são meus primos. — Explicou e estendeu a mão. — Sou Percy Jackson. Fui transferido hoje, pra estudar na mesma escola dos meus primos.

— Sou Annabeth Chase. — Com um pouco de jeito equilibrou os livros em um braço só e apertou a mão dele. — Bem-vindo a escola.

— Obrigado. — Percy olhou pra trás e viu que a multidão de garotas tinha dispersado. — Eu não vou mais te atrapalhar. A gente se vê, Annabeth. — Ele sorriu e saiu andando pelo corredor.

Annabeth sorriu e seguiu na direção oposta. Tinha a leve impressão que ela e suas amigas iam se aproximar muito dos garotos, pela proximidade das casas. Mas depois baniu o pensamento de sua mente. Tinha problemas maiores a tratar agora. Como por exemplo, os trabalhos de trigonometria, a experiência química e sua crise com Luke.

— Dias de hoje —

Annabeth dirigiu quase imprudentemente depois de deixar sua filha na escola. Estacionou na frente do café sentou em uma mesa, impaciente. Pediu um cappuccino, mas deixou que ele esfriasse, porque perdida em pensamentos como estava, nem via a xícara na sua frente.

— Annie? — Ela ouviu alguém lhe chamar.

Olhou para cima e viu os olhos preocupados de Piper. Não via a amiga a tantos anos, mesmo morando na mesma cidade... A escolha tinha sido sua, mas era pela segurança de Audrey.

— Oi, Pips. — Chamou a amiga pelo apelido que ela usava na adolescência.

Piper McLean se sentou na cadeira da frente.

— O que houve? Você tem ideia de como ele descobriu? — Ela perguntou em voz baixa.

Piper era a única que sabia de tudo. Na época, Annabeth precisou desesperadamente desabafar com alguém. Piper foi veementemente contra, mas no fim, respeitou a decisão. E manteve o segredo.

— Eu não imaginei que ele ia ficar todo esse tempo procurando. — A Chase respondeu. — Mas eu devia ter imaginado.

— No fundo você sabia que essa hora ia chegar mais cedo ou mais tarde. — Piper disse compreensiva. — É hora de parar de se esconder, Annie. Você não é mais aquela garota assustada. Você cresceu, todos nós crescemos. Eu sinto tanto a sua falta. Todos sentem. E eu sei que você deve sentir também. Deve sentir falta de Silena, Clarisse, Zoë, Jason, Nico, Leo, Bianca... Percy...

— Não diga o nome dele. — Annabeth fez um gesto de impaciência. — Por favor. — Respirou fundo. — Eu tenho que proteger minha filha. Ela é a única coisa que importa pra mim.

— Audrey não está em perigo. — Piper disse exasperada. — Quanto mais cercada de gente ela ficar, mais protegida ela vai estar. Você não pode escondê-la do mundo pra sempre.

Annabeth apertou a ponte do nariz antes de voltar a baixar a mão e olhar para a melhor amiga.

— O problema não é só esse. — Disse em um sussurro. — Eu já não tenho uma boa relação com a Audrey, ela vive se metendo em confusão, não quero deixá-la mais confusa.

— Annabeth Chase. Não te conheci assim. — Piper teve que se controlar pra não gritar. — Você sabe o que tem que fazer. Não precisa de ninguém pra te dizer isso. — Suspirou, tentando se acalmar. — É melhor Audrey ficar sabendo por você, não acha?

Annabeth assentiu.

— Você tem razão. Acho que eu só não queria lidar com isso sozinha. — Forçou um sorriso.

— Você tem lidado com coisas demais sozinha por muito tempo. — A outra sorriu de volta. — E não precisava. Tem uma fila de pessoas que querem de apoiar.

Annabeth ficou quieta por um instante antes de falar:

— Você acha que ele vai me perdoar?

— Você o magoou de mais, Annie. Imagine você no lugar dele. Imagine alguém te tirando a Audrey. — Piper disse cautelosa. — Eu... o vejo de tempos em tempos. Ele nunca desistiu. Não da Audrey.

Annabeth Chase assentiu e se pôs de pé.

— Obrigada, Pips. Agora se me dá licença, preciso ligar pro Luke. — Disse resignada. — E separe um tempo livre e vá conhecer sua afilhada.

— Sério? — Piper sorriu. — A última vez que a vi, ela era só um bebê.

— Ela tingiu o cabelo de azul. — Annabeth gemeu. E ao ver a face travessa da amiga ergueu a mão espalmada. — Não comente.

— Vou ficar quietinha. — Piper riu.

As duas trocaram um abraço e se despediram. Annabeth foi para uma praça e pegou seu telefone e se preparou para uma conversa que não ia ser fácil.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo :D Espero que tenham gostado e comentem!
Como podemos ver, temos uma Annabeth mais confusa e desorientada do que estamos acostumados. Mas logo ela volta aos eixos. Ou não, eu gosto de torturar um pouquinho os personagens que eu amo.
E eu já anuncio que próximo capítulo teremos momento Percabeth o/ Ou pelo menos é o que está previsto no meu roteiro!
Beijos e comentem!
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