Never Too Late. escrita por ElizaWest, TheEvilQueen


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Muito, muito obrigada pelos reviews, e que bom que estão gostando! Aqui está mais um chapter. Boa leitura!



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                Regina, só após terem entrado no quarto, pode dar mais atenção aos detalhes. A decoração era bonita, realmente, mas ainda assim preferia o seu hotel, onde não eram encontradas "ossadas" boiando em banha e ácido numa banheira de hidromassagem. Mas então tornou a focar no único motivo para estarem ali: um crime. Mas tentava ver algo além da nojeira das fotos. Tentava imaginar quem aquele homem era, o porquê disso... Qualquer coisa seria melhor do que aquilo que as aguardava, coisa que novamente lhe veio à mente ao sentir o cheiro fortíssimo vindo do banheiro. Tirou as máscaras da bolsa, entregou uma à Emma, e a vestiu apressadamente. A loira ia à frente, mas logo parou. Regina passou ao lado dela, mas, bastou alguns passos para presenciar pessoalmente o que a estava atormentando tanto. A banheira, que poderia ter tido usos menos nojentos, praticamente transbordava aquela mistura de amarelo esverdeado, vermelho e branco, empelotada, uma sopa que com certeza ninguém gostaria de chegar perto.  Havia um pedaço de osso, mas aquilo seria parte da bacia ou do crânio? Ouviu Emma aproximando-se e logo soltando mais um de seus comentários extremamente úteis. Regina revirou os olhos e então virou a cabeça em direção à outra que, mais uma vez, estava bem próxima. Deu um passo para trás antes de voltar a falar, tirando um par de luvas da bolsa.

 - Veja o que consegue descobrir por aqui, já que sua capacidade de observação é tão assombrosa – e, mesmo tendo os lábios ocultos pela máscara, sorriu. Aproximou-se ameaçadoramente, apenas para enfiar o par de luvas de látex no bolso do peito de Emma e, antes que a loira argumentasse, deu meia volta e caminhou até o quarto, recolhendo informações com os peritos que ainda analisavam a bizarra cena. Um trabalho bem difícil, já que a maioria estava ocupada demais enchendo os sacos de vômito ou tomando um "ar".

               

                Seus olhos seguiram Regina enquanto ela saía do cômodo. Céus, porque aquela mulher tinha que ser tão idiota? E tão mandona! E gostosa... Ual, com uma bunda daquelas...

- Foco, Emma, foco! – a loira disse baixinho para si mesma balançando a cabeça. Tirou um elástico de cabelo do bolso e prendeu os cachos em um rabo de cavalo antes de colocar as luvas que Regina tinha colocado em seu bolso... Ual... – Emma, por Deus! – ela se repreendeu.

- Ahn... Detetive Swan? – ela se virou rapidamente e viu um dos policiais que já estavam ali quando as duas chegaram parado à porta.

- Sim? – Emma perguntou.

- Eu sou o Oficial Jones – ele se apresentou. O Oficial também usava uma máscara azul clara que cobria seu nariz e boca, mas pelos seus olhos Emma pode perceber que ele sorria. – Killian Jones.

- Emma Swan – a loira disse.

- Bom, você parece ocupada, então vou direto ao ponto – o rapaz começou. – Tenho visto muito do seu trabalho ultimamente, e estou fascinado. Queria saber se quem sabe você não gostaria de sair comigo um dia desses, pra um... Café ou algo do tipo.

                Os olhos da detetive se arregalaram.

- Ahn... – ela gaguejou e então olhou para ele. – Realmente não acho que esse seja um bom momento pra isso...

- C-Claro... – Killian corou. – Desculpe, eu...

- Peça meu telefone na delegacia e me ligue, aí podemos conversar mais a respeito, ok? – Emma sorriu.

Ele apenas assentiu e se retirou. “Que loucura” Emma pensou e riu baixinho, então voltou sua atenção à banheira a sua frente. Ela estava cheia até a borda com um líquido gosmento com colorações estranhas e pequenas bolhas se formando em certos pontos da “mistura”. Alguns ossos boiavam lentamente de um lado para o outro, enquanto fragmentos de outros emergiam até a superfície.  Eca, eca, eca. Emma fechou os olhos com força e balançou a cabeça negativamente. Começou a olhar então para o resto do cômodo: uma pequena cesta de lixo, a qual a detetive abriu, mas estava vazia. Um armário branco que não continha nada além de algumas toalhas limpas e um pouco de poeira. Ela tirou também o espelho que estava fixado na parede. Nada ali também, mas algo se movendo acima de sua cabeça chamou sua atenção. Ela olhou para cima e lá estava um medalhão pendurado no lustre. Como ele fora parar lá? Quando a vítima lutou, talvez? Ainda assim era complicado. Emma esticou-se o máximo que pôde até conseguir alcançar o medalhão e então o puxou. Era grande, de cobre, com um coração no centro. Garras afiadas pareciam envolvê-lo.

A loira virou-se para a porta e deu um passo em direção à saída, mas parou abruptamente. Regina gostara tanto da cena do crime, porque privá-la de voltar ao local? Um sorriso provocativo se formou em seus lábios enquanto ela chamava sua colega de trabalho.

O máximo que Regina havia conseguido fora "usaram cloro", algo ÓBVIO DEMAIS, uma vez que havia uma embalagem de cloro vazia ao lado da banheira. É como sua mãe, Cora, sempre dizia. "Se quer que façam algo direito, faça você mesma". Regina então começou a vasculhar cada canto do quarto, revirou as cobertas, o armário, todas as gavetas. Nada além de poeira. Foi então que viu alguém se aproximando do banheiro. Era alto, usava uma máscara também, tinha os cabelos negros meio arrepiados e um jeito bem "machão decidido". Por algum motivo mais forte ainda que curiosidade, lentamente, Regina aproximou-se, fingindo que procurava algo nas paredes impecáveis. Parou ao lado da porta, de maneira que não os visse, mas que pudesse ouvir a conversa, algo que acabou por se arrepender mortalmente. Sentiu as bochechas arderem e uma vontade súbita de enfiar a cabeça daquele homem na banheira até que ela se desfizesse enquanto ele se debatia. Tentou recuperar um pouco do controle, respirou profundamente e isso a fez sentir suas bochechas corando mais um pouco. Por que diabos se importava, afinal de contas? Balançou a cabeça, contou até dez, vinte. Trincou o maxilar quando o rapaz saiu do banheiro e desviou o olhar, mesmo que ele lhe tivesse dito um "olá". Ficou encarando a parede por mais um tempo quando ouviu Emma chamando-a. Respirou fundo. Foi ao banheiro, ou quase, já que parou no arco da porta, onde encostou-se.

- Swan, devo lembrar que está aqui a trabalho, e não para flertar? - indagou, antes de tudo. Arqueou a sobrancelha ao perceber que ela tinha algo nas mãos - e ele já te deu um presente, é?

- Espera, detetive – Emma tinha um olhar divertido. – Isso são ciúmes ou é impressão minha?

Regina revirou os olhos, um gesto que podia tanto servir para provoca-la quanto para dizer que não se importava, de qualquer modo. – Ciúmes, de você, Swan? – indagou, arqueando as sobrancelhas e permitindo que lentamente um sorrisinho presunçoso surgisse em seus lábios. – Acho que a máscara lhe foi inútil.

Emma deu de ombros, andando até a morena e jogando o medalhão em suas mãos. – Fruto da minha capacidade assombrosa de observação. Divirta-se – depois de um sorrisinho debochado e um tanto magoado (que Regina pôde com certeza perceber nos olhos verdes da loira), ela andou até o quarto. Sentiu que a morena a seguia.

Regina agarrou o medalhão no ar, entretanto, permaneceu com o olhar fixo em Emma. A apatia voltando, como gelo que se forma eventualmente sobre um lago quando há muito frio. A morena direcionou o olhar para um ponto específico na loira, os olhos, coisa que imediatamente lhe apertou o coração. Coisa que, naturalmente, tentou ignorar. Deu então um longo suspiro e fixou o olhar na "joia" que tinha em mãos, analisando atentamente cada mínimo detalhe. Ao ouvi-la afastando-se, lentamente, Regina a seguiu. Chegou a gesticular, meio atrapalhada, ainda pelas costas de Emma, como se quisesse pedir algo. Mas acabou desistindo e apressou o passo, de maneira que logo estivesse parada à frente dela. - Bom trabalho, Emma - murmurou, misturando constrangimento e certo tom de orgulho.

- É, tá certo – a loira disse com desinteresse. Fingindo, claro. – Encontrou algo por aqui?

A morena sentiu as bochechas queimarem. Respirou fundo antes de respondê-la, ácida. - Não. Quer uma medalha pela descoberta?

                Emma ignorou a provocação.

- Acho que podemos ir, então. 


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Nunca deixem de nos falar o que acham que está bom e o que deve ser melhorado *-*

Kisses ♥