Dois Mundos escrita por debs


Capítulo 19
Capítulo 19




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Pela primeira vez tudo deu certo, Evandro conseguiu buscar a lenha sem ser atacado por nenhum animal mutante ou simplesmente agarrado por uma ave gigante, quando ele voltou da floresta com um punhado de lenha debaixo do braço, fiquei realmente aliviada. Enquanto ele e Hans, que agora começaram a virar bons amigos, arrumavam a fogueira, eu e Beth arrumávamos a comida que na verdade eram os restos de biscoitos que tinha sobrado na minha mochila, na verdade era a única coisa que tínhamos e eu não ia arriscar e sair para caçar aquela hora da noite.

Sentamos todos em volta da fogueira, formando uma roda pequena e deformada pela falta de pessoas, mas mesmo assim foi um dos momentos mais descontraídos de toda a viagem, tentamos rir um pouco e esquecer as mágoas e preocupações, contamos historias de terror que não se passavam de  idiotices já que nossas vidas eram uma historia de terror agora.

“bom, e o que vamos fazer agora?”- disse Beth”-tipo, onde vamos dormir?”

“boa pergunta”- disse Evandro, que se levantou da roda e foi para perto de uma árvore-“vou subir e ver se acho alguma fogueira ou coisa do tipo”

Sabia que não poderia impedi-lo e nem tentei na verdade porque teria certeza que receberia o um “não”. Ele se agarrou nos primeiros galhos e com um forte impulso, começou a escalar, era muito ágil, mais ágil do que eu pensava, pois pulava de galho em galho com tanta leveza e precisão que parecia um animal prestes a caçar a sua presa.

Quando chegou ao topo, se segurou sobre alguns galhos e ficou olhando, logo depois de alguns segundos, voltou a descer e antes de piscar ele já estava pulando do ultimo galho para o chão em uma bela aterrisagem.

“bom, nenhum sinal de fogueira, talvez só a gente esteja aqui”- disse ele novamente,preocupado,seus olhos andavam de um rosto para o outro esperando alguma resposta.

“sei lá, acho que devíamos procurar algum abrigo, como uma caverna”- disse Hans.

“e se não encontrarmos, a gente pode fazer uma”-disse Beth, completando.

Só agora que eu realmente conseguia saber como ambos se pareciam, como se tivessem nascidos um para o outro, faziam tudo juntos e pensavam do mesmo jeito, ou um completava o outro nas frases como agora.

“mas temos que ser rápidos, já está ficando mais tarde e se demorarmos...”- disse Evandro, ele nem precisava completar a frase já que todos saberiam o que aconteceria se passássemos a noite sem abrigo, rondando pela floresta.

Recolhemos nossos objetos e apagamos o fogo, mochilas nas costas, arcos e espadas á mão caso sejamos atacados e assim, um atrás do outro, subimos a encosta em busca de um abrigo.


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