Enquanto desmanchava o nó da gravata, começando a fazê-lo pela segunda vez em alguns segundos, o original não pode deixar de amaldiçoar sua própria situação atual.

Agora, se você perguntasse a qualquer pessoa que conhece Elijah Mikaelson, ela diria que ele nunca faz isso. Isso significa que, quando ele faz, é porque ele tem sérios motivos.

Motivos como o fato de que ele ficou duas semanas, perseguindo alguém a qual ele não sabia nada além do nome que podia nem ser verdadeiro. Henrique. É claro que ele já o encontrara, apesar disso.

Ele é um original, é difícil de fugir de um original.

Ninguém nunca havia se escondido de um por tempo significativo senão Trevor, Rose e, obviamente, Katherine. Mas o “encontro” com o vampiro de aproximadamente seiscentos anos não adiantou muita coisa. Umas da poucas coisas que ele conseguiu tirar do vampiro, mesmo com compulsão, foi que ele só estava fazendo um favor a uma "amiga".

Ele não sabe se foi o jeito de falar, ou o olhar no rosto do vampiro, mas a partir dai Elijah tinha certeza de que era o mesmo tipo de amizade que ele e Katherine tinham tido.

Apesar disso, o homem não sabia muito, nem mesmo o suficiente. Ele disse o basico. Sua amiga, uma vampira que ele conhecia a alguns meses, estava planejando algo com as bruxas de New Orleans.

As bruxas, segundo ele, eram algumas, mas uma em especial estava no comando dos acordos que elas faziam. "Alguem com nada a perder.", como ele citou.

Então houve algumas descrições fisicas e estava acabado.

Quem quer que fossem essa pessoas, não deixaram ele saber muito.

Inteligente.

Mas algo não muito inteligente era insultar um original depois de ter dado toda a informação que ele queria.

Herique provavelmente iria ter preferido deixar essa parte de fora se ele soubesse que iria ter seu coração arrancado logo depois.

Quer que eu leve suas malas para baixo, senhor? _ o homem, por volta dos cinqüenta e poucos anos, perguntou, interrompendo os seus pensamentos.

Ele usava a roupa de funcionário do hotel, parado em frente a porta do quarto. Elijah não se lembrava de tê-lo ouvido bater, mas ele estava destraido, e até um vampiro de mil anos pode acabar perdendo alguns sons.

Eu gostaria, por favor._ ele concordou, antes andar até a porta e começar a fechá-la, alcançando seu celular no bolso. _ Só espere um segundo, eu preciso fazer uma ligação.

___________ ♥ ____________ ♥ ____________ ♥

“Não vai comer os vegetais, amor?”

Soltando o garfo no prato, a morena olhou para o original que havia entrado na cozinha recentemente, irritada com sua preocupação súbita.

Ele havia, com certeza, achado um novo modo de incomodá-la ainda mais do que quando ficava a dando olhares mortais a cada novo segundo.

Bem, eu não estou com vontade. _ Katherine respondeu educadamente e por isso, com o mesmo tom de falsidade com que ele tinha perguntado.

De uma semana para frente, o hibrido tinha tido uma gigante mudança de atitude.

Ninguém sabia o porque, mas agora ele somente passava uma parte do dia no pintando, desenhando ou seja lá o que ele fizesse. O resto ele passava na rua e algumas vezes, eles até chegava a ficar na casa.

Com outras pessoas, no mesmo cômodo.

Interagindo.

Ele ainda interagia em um modo muito “Klaus Mikaelson: o grande e mau lobisomem mau-humorado que está só fingindo que se importa” mas mesmo assim... Era um evolução.

É claro que quando se tratava da cópia, tudo ainda saia de sua boca em modo que fazia qualquer pessoa em um raio de trinta quilômetros querer socá-lo, mesmo se não fosse dar em nada.

Não seja um idiota, Nik. Nem finja se importar. – Rebekah disse entediada, mexendo no celular enquanto entrava na cozinha e abria a geladeira, pegando uma bolsa de sangue.

Isso devia ser porque somente duas pessoas realmente moravam com ela, e só o que sabiam fazer era comer, algo que ela não precisava.

Antes que Klaus pudesses responder, outra garota entrou no comodo.

A humana que tinha sido compelida a limpar e servir, passou na cozinha, atrapalhando a conversa enquanto se dirigia a área, provavelmente para pegar algo de limpeza.

Quando ela chegou tinha duas, mas uma tinha acabado como um lanche particular para Klaus e tinha facilmente sido substituída por essa. O lado bom era que a casa não estava mais completa de poeira 24h por dia já que a nova parecia ser mais competente.

Saindo do caminho da humana, o original se limitou a lhe dar um olhar, antes beber do copo de liquido vermelho que ele tinha pegado.

Podia ser sangue ou vinho, quem sabe.

Então, Katerina, ouviu as novidades?_ Klaus perguntou, apoiando as costas na geladeira, assim que a humana fechou a porta.

Não, não sei. _ ela respondeu. _ Que vergonha.

Eu concordo. _Klaus respondeu, com um pequeno sorriso.

E eu pensei que já tinha dito para não me chamar disso. _ a morena falou.

Certo, isso é direito privado de Elijah._ o hibrido falou, como se ele fosse ouvir ela e não chamá-la assim de novo. Principalmente depois que sabia que a irritava. _ Eu achei estranho ele não ter te falado sobre estar voltando, já que são tão próximos.

Ele está voltando?_ Haley perguntou de repente, parecendo mais interessada do que devia estar.

Ele está? _ Katherine perguntou, tentando parecer indiferente e ignorando a lobisomem, olhando para o hibrido.

É, o irmão “bom” está de volta. _ Klaus disse.

Pare com o drama, Nik._ Rebekah retrucou, parando de mexer no celular.

Tinha sido pra ela que Elijah ligou. Ela estava feliz em falar com ele, mas não tão feliz quando ele pediu para falar com "Niklaus" sozinho.

Pelo menos agora ele voltaria e ela teria alguem a quem reclamar sobre Klaus, já que o resto, aparentemente, não era muito util.

Vendo o hibrido rolar os olhos, a loira decidiu ignorar, e continuar com sua idea.

De qualquer jeito, ele está. E amanhã, nós vamos ter um jantar em familia._ Vendo a cara de todos da sala, ela completou._ Ele que disse. E Nik, você vai vir também.

"Ele quer conversar com você sobre o assunto do telefone, do qual eu não sei."

Com isso, o único homem se retirou, voltando para dentro da casa depois de sua rápida ida a cozinha para pegar alguma coisa que definitivamente tinha álcool, deixando as três sozinhas, como de costume.

Então, ele está voltando..._ Katherine afirmou, esperando alguém falar mais alguma coisa sobre o assunto.

Quem quer torta?_ Haley perguntou.

Esse não era o assunto sobre o qual ela queria conversar.

Você acabou de comer dois pedaços!_ Rebekah contestou, olhando para a lobisomem.

E..._ Haley falou_ Eu não entendendo o seu ponto.

"O ponto é que depois você pergunta o porquê do seu tamanho”

Como é que é?_ perguntou, com raiva.

Oh, você está enorme e você sabe disso._Katherine disse, bebendo o resto da água que tinha no copo.

Alguém vai comer mais ou não?_ Rebekah perguntou, antes que Haley tivesse chance de responder, tomando a oportunidade de acabar com a briga antes de começar, por mais que se não funcionasse, seria até divertido de se ver.

As três estavam sendo obrigadas a passar muito tempo juntas ultimamente, então ela estava acostumada com brigas entre as duas.

E a outra estava enorme.

Eu vou. _ Haley disse, se levantando e indo para a geladeira. Provavelmente atrás da torta alemã que a nova “empregada” tinha comprado.

Sangue._ Katherine pediu, estendendo a mão para a outra morena.

Pega você o seu._ falou, ignorando a mão e sentando para comer, dessa vez nos banquinhos no balcão.

O que isso está fazendo aqui?

Isso o que?_ Rebekah perguntou, com a atenção voltada para o celular. De novo.

Ela nunca falava com quem ela estava falando, mas Katherine já tinha dado uma olhada no celular da original e encontrado varias mensagens entre ela e Dean, e Klaus e Haley não se importavam, então não era como se alguém perguntasse.

O meu livro de bebês._ Haley respondeu, capturando a atenção da loira.

Ah é, eu estava lendo._ Katherine respondeu, ainda mexendo no frízer, como se estivesse com dificuldade de achar o sangue.

Você estava lendo?_ Rebekah perguntou, com voz de quem não acreditava no que estava vendo, de repente interessada.

Não foi você que disse que não ia adiantar nada?_ Haley perguntou. _ Porque “O bebê ao vai ser nada normal”?

Isso foi uma imitação terrível!_ Katherine exclamou indignada, abrindo a última bolsa de sangue que tinha.

Se alguém fosse imitar ela, que tentassem fazer uma imitação digna pelo menos.

Mas, o seu bebê, vai ser tão estranho quanto o meu._ a lobisomem falou, apontando para a outra._ Não sou eu bebendo sangue.

Bem, pelo menos o primeiro brinquedo dele não vai ser uma bola de borracha. _recocheteou.

Sério?_ Rebekah perguntou, se referindo ao nível dos insultos.

Desculpa, devia ter dito “galho”._ a vampira disse, olhando para a morena revirando os olhos no outro lado da mesa.

Vocês podiam ser mais idiotas?_Rebekah perguntou, retoricamente.

Só, parem com as piadas de cachorro. _ Haley perguntou irritada, enquanto Katherine revirava os olhos.

Okay._ Rebekah concordou por Katherine, antes que a vampira pudesse._ E como eu estou presa junto com vocês, quando nós vamos fazer compras de novo?

Nós fizemos ontem._ Katherine e Haley responderam ao mesmo tempo, estranhamente.

Haley nunca foi uma muito ligada a moda e Katherine simplesmente não estava mais tão animada em comprar roupas desde que ela tinha começado a... crescer.

Alem do mais, as “compras” se resumiam a Rebekah compelindo donas de lojas para levar as roupas pra casa, junto com algumas humanas e experimentar na mansão mesmo já que Klaus tinha as proibido de sair. Metade da diversão já ia embora com isso.

E... _ Rebekah falou interrogativamente, repetindo o gesto da lobisomem mais cedo.

Deus, só vai sozinha, se você quer tanto ir._ Katherine respondeu, irritada de tudo aquilo.

Talvez a loira não tivesse percebido até agora que compras não eram tão divertidas quanto eram pra elas desde que só a original estava autorizada a sair. Klaus ainda estava naquela “luta” sobre o New Orleans ele tinha proibido Haley e Katherine de por os pés para fora da casa para que ninguém descobrisse sobre os bebês.

Pessoalmente, Katherine achava que Klaus estava fazendo muita tempestade em copo de água sobre isso.

Primeiro, ele não se importou com New Orleans por muito tempo para ser tão importante assim pra ele. Sem contar que os originais poderiam ter domínio sobre muitos outros lugares ao invés de NO, maiores e mais importantes, principalmente se estivessem todos juntos.

Ela sentia que isso era mais um dos problemas pessoais dele, tudo por ter “criado” Marcel.

Todos sabiam que era só Klaus ou qualquer um fazer uma pequena matança nos homens do Marcel que o próprio iria sair correndo, assim como Klaus tinha feito anos atrás.

Ele poderia ter conseguido o “trono” de novo na primeira semana de volta mas, quem sabe, talvez ele quisesse tentar algo novo, ou só estivesse perdendo o jeito.

Talvez, eu esteja cansada de fazer tudo sozinha. _Rebekah reclamou.

Então, compila alguma humana pra ficar com você._ Katherine sugeriu, tirando um bufo irritado da outra garota. Ela estava desistindo e a vampira grávida sabia.

“Tá bom, tanto faz.”

E é ponto para Katherine!

Não reclamem quando estiverem morrendo de tédio._ Rebekah avisou, recebendo múrmuros de resposta, antes de ir embora.

Passou alguns minutos, com as duas grávidas em silencio até que Haley terminasse sua torta, dando boa noite, pegando seu livro e indo embora. A vampira terminou a bolsa de sangue logo depois, desde que tinha bebido muito devagar, e se preparou para jogá-la no lixo, até que a humana chegou.

Havia duas, como havia dito, uma loira e uma ruiva. Essa era a ruiva. A morena não achava que ela era a que tinha pegado os produtos de limpeza, mas ela estava lá para devolvê-lo a prateleira.

Pelo que a vampira tinha visto, ela e a primeira humana tinham algum tipo de amizade, e provavelmente não tinha sido agradável achá-la morta, o que podia explicar a aparência decadente, triste e infeliz dela. Ou pelo menos era o que parecia.

Se fosse só pelo fisico que Klaus mantessem elas vivas, essa já estaria morta.

Ela parecia que precisava falar com alguém, mas dane-se. Katherine não era muito boa com emoções fortes, ou pelo menos não quando eram de outra pessoa. Ela iria provavelmente machucar mais do que ajudar, de qualquer jeito.

E era melhor ela guardar o sentimentalismo que ainda existe nela pra se ela ter que usar no bebê, se ela precisar.

“Você acabou?” A vampira virou para a humana, vendo que tentando sair de fininho acabou deixando a bolsa na mesa. Ou seja, um motivo para a ruiva falar. Ela tinha sugado todo o sangue, o que a ruiva achava que ela ia comer agora se não tivesse acabado, o plástico?

Acabei. _ ela respondeu, tentando ser o mais educada possível. Ficar a serviço de Klaus era um inferno que ela conhecia e a menina parecia a beira de um colapso.

Na verdade, ela estava surpresa que ela ainda estava viva com essa aparência. Klaus sempre gostou das bonitas, e a garota não era tão merecedora desse adjetivo agora.

Huh. _a ruiva disse, parecendo desapontada. Era estava mesmo tão desesperada?

“Se você não estivesse, podia beber o meu.”

Parece que sim.

O que?_ Katherine perguntou.

Eu reparei que não tem mais sangue. E você está comendo por dois, certo?_ disse, continuando quando percebeu que a morena ainda a olhava de jeito interrogativo._ Bolsas não parecem tão boas, também... Olha, eu não conversei com ninguém faz séculos. Todo mundo vence.

Era verdade.

Ela não tinha bebido de ninguém fazia um tempo. Depois do susto e etc. ela tinha acabado com medo de machucar o bebe, por mais idiota que isso soe, sendo um bebe potencialmente imortal de duas criaturas imortais. Se era para listar motivos, era esse. _

Então você está oferecendo seu sangue a uma vampira, em troca de conversar com a mesma vampira?_ perguntou. _ Porque você não acha que eu vou simplesmente beber seu sangue, como eu podia ter feito antes desse seu pedido melodramático?

Porque senão você vai ter que lidar com Klaus..? _ a garota respondeu, parecendo incerta da resposta, dando na cara que nem ela sabia.

Ela duvidava que Klaus iria pegar no pé dela por beber de uma das suas humanas. Especialmente sendo a que parecia doente. A morena deu meia volta e se preparou para voltar pro quarto. Talvez estivesse passando algo interessante. Lost Girl, talvez.

Eu posso te contar coisas. Sobre bebês, eu era babá._ falou, sem mais tentativas.

Katherine fingiu uma cara de quem estava realmente considerando. "Não, não é o suficiente."

A outra a parou no caminho até o quarto, surpreendendo-a.

Então eu posso te contar coisas. Tudo que aconteceu antes de você chegar. _ela disse_ Eu digo qualquer coisa.

Eu ainda vou ganhar o sangue?_ Katherine perguntou, finalmente se dando por vencida e se virando para a garota.

Pode ser._ ela parecia assustada, como se só agora tivesse dado conta de que oferecera seu sangue. _ Mas não vai ser só uma conversa.

Tudo bem por mim. Mas você vai fazer mais uma coisinha pra mim._ a vampira disse.

"O que?"

Rebekah quer alguem pra fazer compras com ela e pra mim, isso é tortura. Porque você não me salva dessa e aproveita pra ter algum ar puro?

Espera, Rebekah?.. _ interrogou.

"A loira irritante."

Oh...Okay. Fechado._ a garota respirou fundo. _ Eu sou Clary.

Prazer te conhecer, Clary. Eu sou Katherine. __________♥___________♥_____________♥_______________♥______

Estava cheio. Mais cheio do que o que seria confortavel.

Apesar de que só o fato de que era um hospital de verdade, com folhetos assustadores e nojentos espalhados pra todo lado já era ruim o suficiente.

E também o fato dela estar sentada a mais de meia hora, esperando a lobisomem gravida do inimigo ter sua consulta antes de fazer a sua própria e sair dali.

Sério, se estivessem fazendo ela passar por isso só pra saber se ia ser macho ou femea, ia haver problemas.

A morena já estava a irritando demais nas ultimas 24 horas pra ter mais essa agora. Como se só respirar pela boca não fosse o suficiente.

"Katherine Pierce?" Ouvindo seu nome ser chamado, ela se levantou, feliz com o pensamento de se livrar das companias que ela tinha no dia.

A esse ponto ela já estava quase implorando por Rebekah ou até mesmo Clary.

Aqui. _ A vampira disse, vendo que apenas Hayley saiu da sala de consulta, se voltando para a medica._ Será que poderiamos fazer isso em particular?

"Oh, eu pensei..."

Eu acho que minha amiga deu a impressão errada. É só minha outra "amiga" que sera acompanhada._ Katherine disse, fingindo simpatia e quase engasgando ao dizer a palavra amiga duas vezes.

Do canto do olho, ela podia ver a cara da Sophie, que já estava a seu lado a esse ponto, mas ela não ligava muito.

A médica assentiu com a cabeça e entrou na sala, enquanto Katherine seguia atrás. Antes que ela pudesse entrar, alguem segurou seu braço.

Você tem ideia do que esta fazendo? Não podemos confiar nela._ Shophie esbravejou.

Serio?_ Katherine perguntou, falsamente curiosa._ Achei que era sua amiga.

"Aliada."

De qualquer jeito, ela é uma bruxa. _ respondeu._ Eu ainda posso aguentar uma bruxa.

Com isso, a morena entrou na sala, achando uma medica impaciente e só saindo meia hora depois, assim como a outra gravida. Pelo menos ela teve seu troco.

Na maior parte, foi tedioso.

O quarto inteiro era frio e sem graça, a médica era chata e só fazia perguntas faceis de mais de se responder e o gel era muito gelado.

Porém, ela pode ser o bebê, e pelo que ela tinha lido do livro idiota da loba, era um momento importante.

Okay, era importante e ela tinha estado ansiosa por isso, mas não é como se ela fosse gritar isso pros quatro ventos. Outra coisa que era verdade era o fato de que o bebe parecia normal.Nenhuma mutação ou segunda cabeça evidente, o que era bom, segundo a bruxa.

Talvez até nascesse humano, yup.

Mas no final, tudo que ela conseguiu ver de verdade foi tons de branco e preto, e o que parecia, pra ela, um dedo na boca, mas é, isso deve ter sido imaginação dela.

E mesmo que não fosse, ela era Katherine Pierce e não ia ficar emocionado por um projeto de humano alguma coisa babando no dedo. Certo?

"Senhorita Pierce? Você não pode sair ainda."

A medica chamou, terminando de mexer nos papeis que estavam na mesa, quando viu a paciente indo em direção a porta.

Porque?_ Katherine perguntou. As duas já tinha até se dado tchau, pelo amor de Deus.

Eu esqueci... _ É claro, pensou, enquanto a mulher lhe dava algumas folhas grampeadas._ As informações do ultrassom. E uma foto. A primeira do bebê.

"Oh."

Katherine olhou, em branco. Ainda na foto, estatica, ela podia jurar que estava chupando o dedo, então aparentemente não era só sua imaginação.

É. E aqui está as infromações._ disse, apontando com a ponta da caneta as frases no papel._ Aqui está data de concepçao, numero de semanas, circundação da cabeça do bebê, altura e peso estimados, o sexo e...

O sexo?_ Katherine perguntou, tentando achar para onde a caneta foi apontada quando lhe falaram isso. E ela achou.

Ela tinha pensado que não deu pra ver, como ninguém falou nada antes.

"Me desculpe, você não queria saber?" Não, não é nada disso.. _Katherine disse, meio pasma, mas sem conseguir evitar um pequeno sorriso.