Expect The Unexpected escrita por lla


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu comecei a escrever a pouco tempo mas já tenho um pouco de experiencia, mesmo assim, achei que não fazer nenhuma mudança na quarta temporada seria um desafio pelo qual eu não estou preparada porque ia ter muitos assuntos pra uma fanfic e eu ia acabar me atrapalhando.
Enfim, a história começa por perto do episódio 4x20. As únicas diferenças da quarta temporada é que eles não conseguiram pegar a cura e Silas não foi acordado.
Ainda assim, Jeremy e Kol estão mortos :( _ Pelo menos por enquanto, não sei_
Trailer da fanfic: http://www.youtube.com/watch?v=5ER8OLlkbNI
Eu acho que é só isso, então podem ler! Deixem suas opiniões. Até mais ;) E espero que amem ou pelo menos aprovem.



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Desanimadamente, ela deixou sua bolsa cair no chão. Ela correu os olhos pelo quarto, sem reparar em nada particularmente. Na verdade, não era um quarto nada especial.

As paredes eram brancas, e assim que você passava pela porta estava de frente para a cama de colchas brancas e vários travesseiros, ao lado direito da cama estava um armário preto com portas espelhadas e do lado esquerdo, um pouco mais perto da porta, um sofá de couro. No canto direito do quarto, perto da porta, estava umas sete caixas de madeira pintadas de vinho, de um tamanho razoavelmente pequeno.

Ela soltou um longo suspiro enquanto sentia um sentimento muito familiar invadir sua vida, a solidão. Todo o quarto de repente se sentia tão frio, impessoal e... vazio. A cada segundo que passava, mais ela se perdia em seus pensamentos, e não importava o quanto ela tentava evitar, seus pensamentos sempre a levavam a uma pessoa, Elijah.

Agora haviam se passado apenas seis dias desde que ela estivera na casa dos Mikaelson, pedindo a ele para ficar. Por mais que ela tenha o dito para ficar com ela e deixar Klaus lidar com tudo sozinho, ele havia escolhido sua família sobre ela.

Ela entendia, ele era seu irmão. Eles haviam estado juntos faz mil anos, só ele, Klaus e Rebekah, enquanto Finn e Kol viviam suas eternidades sozinhos ou estavam em um caixão. Mas ainda assim, ela se perguntava como ele podia ter desistido dela tão fácil, como ele podia ter desistido deles tão fácil.

Eles tinham demorado quinhentos anos para chegar onde eles chegaram, quinhentos anos de complicações até eles finalmente terem uma chance.

Ela estava tão cansada dessa vida. Sempre fugindo, manipulando, fazendo planos e esperando que Klaus não conseguisse chagar até ela. Ela fazia coisas terríveis, ela sabia. Ela machucava pessoas e arruinava vidas, mas ela fazia pela sobrevivência, pela mais remota chance de um dia, nada disso ser mais necessário.

As pessoas a viam como uma vadia sem coração, mas honestamente, ela não sabia como não ser uma.

Ela havia tentado ser agradável com as pessoas apesar de tudo mas sempre acabava em dois finais: ou as pessoas das quais ela se importava se machucavam, ou ela se machucava.

Após um tempo, ela parou de se importar, não ia mudar, ela sabia. A última vez que ela realmente se importou, foi quando ela conheceu Pearl, foi como se ela tivesse pelo menos algum tipo de família.

Mas todos se foram. Se ela via algo que gostava, ela ia conseguir. Se alguma coisa ficasse no seu caminho, ela ia destruí-la. Era melhor manipular do ser manipulada. O jogo passou a ser cada vez mais divertido.

Mas como todo jogo, uma hora você se cansa. Quando ela soube sobre a cura, ela resolveu dar uma última tentativa. Ela precisava da sua liberdade. Ela podia ter vivido cinco séculos, mas ela não tinha vivido nada. Ela nunca havia tido uma melhor amiga, ela nunca tinha saído para se divertir sem ter que se preocupar se alguém estava a vigiando. Ela nunca tinha nem ido a escola, como uma pessoa normal.

Não que ela não tenha se divertido até agora, porque ela se divertiu, mas a graça acabou. Ela queria, pela primeira vez em muito tempo, ter uma conversa que não envolva esquemas ou só não ter de apagar a memória de todas as pessoas que falam com ela por mais de dez minutos. Ela não queria mais passar sua vida sem ter alguém que lembre de algo bom sobre ela.

É claro que ela não contava em se envolver com o irmão do seu maior inimigo. Inacreditavelmente, ela falava a verdade quando dizia que nada havia sido planejado quando se tratava dela e Elijah. Ela foi procurar a cura com ele e eles ficavam cada vez mais tempo juntos, o que não era nada bom pra sua sanidade.

Ela só percebeu no que havia se metido depois de estar se encontrando com ele por uma semana. Mesmo que ela tivesse pensado em usar-lo para facilitar o acordo com o Klaus, ela sabia que não seria capaz manipular-lo como fez com os outros. Eles tinham muita história.

Ela não sabia porque, mas quando ela estava perto dele, ela não tinha que ficar medindo as palavras e observando. Com o tempo, ela começou a se sentir segura perto dele, o que não acontecia fazia muito tempo. Ele a fazia se sentir como uma vampira normal e antes que ela percebe-se, eles estavam num relacionamento. Podia ser o relacionamento mais complexo do mundo, mas era um relacionamento. Na verdade, um relacionamento muito bom.

Mas agora, parecia que era “adeus liberdade”, “Adeus chances de se tornar uma pessoa melhor”, e o mais doloroso... “Adeus, Elijah.” Mas isso não era uma surpresa, sua relação já tinha estado abalada desde que ele descobriu pela “doce e inocente” Elena que ela mentiu para ele sobre o que aconteceu quando ela tentou roubar a cura.

Sobre isso, saiba que uma parte dela queria contar a verdade sobre o que aconteceu, ela queria dizer que as coisas não saíram como planejado e que ela acabou matando Jeremy Gilbert. Mas a outra parte dela, a mais forte, queria mentir, ela não podia arriscar. Não ele. Não naquela hora.

Ela devia ter confiado que ele não se importaria tanto se ela tivesse dito pra ele de cara, ele teria entendido que ela fez o que fez para viver. Mas isso seria se ele tivesse escutado dela e na hora certa.

Ela devia ter adivinhado que o que o machucaria seria o fato dela mentir para ele, como se não confiasse nele o bastante. Como se ela achasse que não fosse da conta dele. Como se ele fosse só mais um a ser manipulado pela famosa Katherine Pierce.

Ainda, uma das piores partes, era que ela só tinha ficado lá parada. Ela nem sabia se aquilo podia ter sido chamado de um adeus. Ele só tinha se despedido, e ela não podia ter feito nada para impedir-lo.

Sacudindo sua cabeça como se estivesse tentando sair de uma alucinação, ela pegou o telefone e começou a digitar. Ela nunca tinha sequer considerado fazer o que ela estava prestes a fazer antes, mas ela não podia passar mais uma noite sozinha. E se para impedir isso de acontecer, ela tivesse que passar uma noite inteira com a bruxa mais animada do planeta... que seja.

Assim que havia acabado de revirar os olhos para a carinha sorridente que veio com a resposta, ela se levantou do chão preguiçosamente e tirou sangue de sua bolsa no chão, começando a sugar o liquido lentamente. Ela estava com mais fome do que imaginava.

Uma hora e meia depois ela ouviu saltos batendo no chão do corredor em quanto a mulher falava no telefone. Pela voz, ela pode reconhecer que era Jessica Hart, a bruxa com a qual ela tinha combinado de sair. Se deu mais um momento em frente do espelho para alisar o vestido vermelho e balançar os cachos antes de se virar e ir atender a porta.

Porém, cruzando o corredor, ela sentiu sua barriga se contorcendo e antes que percebesse estava correndo pro banheiro em sua velocidade sobrenatural e vomitando todo o sangue que tinha ingerido anteriormente, engasgando no processo.

Enquanto ajoelhada no chão vermelho de sangue, ela passou a mão no vestido, agora manchado, e ouviu a voz feminina a chamando do lado de fora do apartamento.

Ela gritou um: “Já estou indo!” em resposta e se esforçou para se levantar do chão sem cair.

Se sentia tonta e fraca mas ainda assim foi capaz de mudar o vestido vermelho por um cinza rapidamente e abrir a porta para a bruxa em menos de cinco minutos, antes lavando o sangue dela desesperadamente e fechando a porta do banheiro para esconder a bagunça sem tamanho.

Katherine! _ a morena disse, esticando os braços e abraçando a vampira como se fossem as melhores amigas.

Jessica!... _ Katherine disse, franzindo a testa quando sentiu o cheiro do sangue que circulava no corpo da outra mulher.

Você está bem? Você está parecendo meio pálida... _ disse, desabraçando ela e analisando seu estado.

A vampira tinha o cabelo meio despenteado, com alguns fios rebeldes saindo para todos os lados. Sua pele estava branca feito papel e sua roupa estava amarrotada, como se tivesse sido colocada as pressas. Mas o que mais chamava a atenção era ela estar apoiando um braço na beirada da porta, como se precisasse disso para ter equillibrio nos saltos altos.

. _ E você vai ficar mais porque meu irmão está vindo aí. Eu juro que eu tentei me livrar dele mas ele é como uma daquelas coisas que grudam no seu cabelo e depois é só cortando, sabe?

Sim... claro. Tipo isso. _ Katherine disse piscando os olhos,confusa.

Alguns dos motivos pelos quais ela e Jess não eram mais apegadas eram:

1_ O irmão dela e as duas viviam se provocando . 2_ A garota falava tanto que as vezes ou ela não conseguia acompanhar o ritimo ou ficava muito irritada para não agir ranzinza. 3_ Elas eram elas mesmas e a vida de fugitiva de Katherine não se adaptava a vida calma de Jessica na pequena cidade de Bluebell.

E pelo que parecia, todos motivos acima estariam presentes essa noite. E ela teria que passar por isso mesmo que esteja se sentindo como se estivesse com verbena nas veias...

“Ótimo, mais um desastre que será adicionado na minha lista de desastres da vida.” _ Pensou Katherine.

Enfim, depois de quarenta minutos no telefone, ele concordou em deixar a gente em paz por pelo menos essa noite então eu pensei em termos uma noite de garotas. Tem lugar no apartamento pra mim, né? _ disse sem nem respirar, rapidamente percebendo a mudança no olhar da outra garota.

Na verdade... não tem não. É que desta vez eu estou ficado em lugares menores e acho que vai ficar meio apertado.Porque a gente não vai pra um hotel? Vai ser até mais divertido comer tudo que tiver no mini-bar._ sugeriu ela, enquanto olhava discretamente o sangue agarrado na sua unha, se xingando mentalmente por não ter visto antes.

Ela estava mentindo, com certeza havia espaço para duas garotas em um apartamento de duas suítes, cozinha, banheiro, sala de visita/jantar mas ela não podia deixar a bruxa ver o que tinha acontecido.

Pode até ser, não acredito que não pensei nisso antes. Reserva um quarto pra gente no melhor hotel, e eu vou no banheiro. _ Falou, quase entrando no apartamento.

Por que? você não precisa!_ Katherine perguntou como uma ultima tentativa de não deixar-la pisar no apartamento.

Sim, eu preciso! Eu tenho que fazer xixi! _ Jessica exclamou. A outra garota ia mesmo deixar ela fazer as calças? Ou no vestido, no seu caso. Não importa.

Sim, você está certa. Quer dizer... você vai ter que usar o do quarto porque... outro está com defeito. _ Katherine explicou tropeçando nas palavras, o que não era muito comum.

“Porque eu não posso manter a calma como sempre? Ah, é ! Eu acabei de vomitar, algo menos comum do que eu ficar sem palavras.” _ pensou.

Ela raramente ficava sem palavras. Ficar sem razões para viver? Era rotina. Não ter o que dizer? Raridade raríssima.

Claro. _ Respondeu estranhando, depois se dirigindo ao banheiro supostamente com defeito.

Ela já tinha tido uma vibração estranha quando abraçou a amiga, o comportamento dela só fazia as coisas ainda mais suspeitas.

Quando se encontrava a alguns passos da porta ela já pode sentir o cheiro enferrujado de sangue e ergueu sua mão tremendo para a maçaneta, se preparando para achar um corpo totalmente drenado. Afinal, essa era a hipótese mais provável mesmo que ela não soubesse o porque sua “não-tão-amiga” iria tentar esconder isso dela já que a vampira tinha assumido só se alimentar de sangue humano séculos atrás.

Anda logo, bruxa! Eu consegui a maior suíte pra gente!_ ela ouviu o grito.

Tô indo! Pega o carro e me espera lá fora... Tem alguma coisa errada sobre o meu cabelo hoje. _ disse enquanto ainda balançava a cabeça em lamentação.

“Porque ela sempre interromper o momento na hora H? Eu sou péssima em mentir!” pensou.

Sem querer dar mais motivos para a outra suspeitar, ela abriu a porta rapidamente, enrugando o nariz para o que via e cheirava. Metade do chão do grande banheiro estava ensanguentado e podia-se ver marcas onde mãos e joelhos tinham escorregado. Na pia, havia sangue misturado com água que tinha, provavelmente, respingado do vestido que estava dentro da pia encharcado de água cor de vinho.

Vendo uma mensagem nova chegar no seu celular exigindo a sua localização, ela se deu mais um breve momento para pensar no que poderia ter acontecido.

Poderia ser sangue de uma vitima, mas era muito sangue pra alguém perder e sair andando ou até mesmo vivo e não existia nenhum corpo muito menos alguma evidencia de que tinha existido.

Se aproximando mais da pia, ela pegou o vestido com a ponta dos dedos, a primeira coisa que ela fez foi contorcer o rosto pelo estado em que ele se encontrava, mas última coisa que fez antes de solta-lo, foi arregalar os olhos.

Aquele era um dos vestidos da Katherine. Ela sabia porque ela adorava aquele e ela pegou emprestado uma vez para usar numa festa de ao novo que elas foram. Aquela festa tinha sido uma das três vezes que elas tinham se encontrado na vida e com certeza, a mais memorável.

Sacudindo a cabeça, ela se dirigiu ao estacionamento. Seu plano era ir no banheiro do hotel o mais rápido possível (O que? Ela precisava ir no banheiro de verdade!) e tentar descobrir o que estava acontecendo em segredo mas assim que ela entrou no camaro vermelho...

Você viu. _ Katherine falou, olhando pra frente, sem se focar em nada. Qualquer um poderia dizer que aquilo não era uma pergunta, era uma afirmação.

Se você fala do sangue no banheiro... pode se dizer isso. _ admitiu, com medo do que aconteceria. Ela nunca foi boa em prever as reações das pessoas, com Katherine, era tudo mais difícil. _ Então...

Então o que? _ a vampira perguntou, depois debochando: “ Se você acha que vamos ter uma longa e amigável conversa ou que vamos ao menos falar sobre o que aconteceu, você está errada. ”

Ok... O momento é ruim, eu entendi._ ela disse, fazendo Katherine virar para frente vitoriosa e ligar o carro.

Eu pergunto depois. _ Jessica afirmou, logo se arrependendo quando viu o olhar mortal que ela recebeu. _ Ou não... É, eu estou bem com isso. Vamos só ir e ... não falar sobre isso.

Katherine ligou o carro e dirigiu para um dos melhores hotéis de região. Durante toda a viagem, Jessica estava mexendo no celular, o que não era muito incomum já que ela podia passar horas alternando entre mexer no Facebook e jogar Temple Run.

Assim que chegaram no quarto, colocaram as malas ainda feitas no armário e Jessica foi para o banheiro correndo como se sua vida dependesse disso, depois indo tomar um banho para descansar da gigante viagem de Bluebell.

Katherine estava deitada na cama sem sapatos, jogada entre os travesseiros trocando de canal sem parar quando ouviu alguém girando a maçaneta da porta que devia estar trancada. Sem esperar para ver quem era, ela pegou uma faca de mesa que estava em uma bandeja encima do mini bar e se encostou na parede do lado direito da porta com sua velocidade sobrenatural, esperando a pessoa entrar.

Oww!!! _ o intruso gritou, quase caindo pra trás no chão quando viu a mulher escondida.

Dean? O que é que você está fazendo aqui? _ ela perguntou, revirando os olhos.

O que eu estou fazendo? Você quase me matou! _ o homem disse, sacudindo os braços desesperadamente e dando ênfase no ‘eu’.

Por favor, é uma faca de mesa! Tem serrinhas! _ disse, mostrando a faca que, para ela, era inofensiva.

É! E parece que você esqueceu o que essa “faquinha” pode fazer com um humano de 80 kg de pele pálida, carne e água como eu! _ ele exclamou. Não era porque ela sobreviveria a um ataque vampiro, que ele também ficaria bem.

E não sei se percebeu, mas eu não estou interessada em quão frágil você é. _ ela quase gritou. Ela não podia ter nem uma noite de paz?

Você ainda não me respondeu_ ela constatou, depois de algum tempo deles se encarando.

Eu que chamei ele. Eu sabia que ia precisar de ajuda pra tirar a verdade de você. _ Jessica disse, saindo do banheiro.

Ela estava escutando tudo a um bom tempo mas não tinha tido coragem de ficar na frente de uma vampira furiosa de quinhentos anos e falar que tinha chamado o maior e mais covarde idiota de todos os tempos para ajudar-la a descobrir o que estava acontecendo. Nem ela entendia direito porque ela tinha chamado ele.

Eu não posso acreditar nisso! É por isso que você chamou? Pra mim te ajudar a “tirar” a verdade de uma pessoa que poderia muito bem me deixar em pedaços?_ Dean perguntou. O que é que tinha de errado com sua irmã mais velha?

Bem, estou feliz que você tem o bom senso de me temer mas eu tenho coisas mais produtivas pra fazer essa noite nem que seja sentar em um bar e beber quem cheira melhor._ Katherine disse, caminhando para a porta irritada.

Se ela tivesse bem disposta, com certeza iria punir-los por achar que tinham uma chance contra ela mas ela realmente não estava com humor pra isso.

Infelizmente, quando ela foi passar pela porta, não foi possível. Ela virou para a bruxa, olhando pra ela com um olhar cansado, irritado e até surpreso pela bruxinha realmente ter tido coragem em fazer isso.

Você prendeu ela? Aqui dentro?... Com a gente?_ o único homem presente perguntou, meio que exclamando para a estupidez da irmã.

Ele tinha achado que Katherine iria sair por aquela porta e eles nunca iriam se ver de novo, mas não. Sua irmã não podia deixar as coisas como elas estavam.

Ele podia ser medroso, mas qualquer pessoa com um pingo de sanidade não faria isso.

Relaxa, ela não vai nos machucar. Ela vai precisar de mim se quiser sair desse quarto logo. _ a bruxa explicou, falando mais pra Katherine do que para seu irmão.

O que você quer?_ Katherine perguntou, usando sua voz irritada.

Fala logo antes que eu decida matar os dois e esperar outra bruxa vir me tirar daqui. _ ameaçou ela, fazendo Dean meio que prender a respiração e olhar para a irmã implorando ela acabar com tudo isso logo.

Ok. O sangue. Eu quero explicações e não tente mentir porque você só vai sair quando eu souber a verdade e eu não caio nos seus joguinhos._Jessica falou.

Só isso? Achei que você ia pelo menos ter um motivo real pra fazer uma trapalhada como essa. _ provocou Katherine, sorrindo, mas logo ficando séria e contando desanimada:

“O sangue era de uma bolsa de sangue, tipo B+, vinda de um hospital que tinha mais que o necessário. Que eu bebi umas duas horas logo depois de te convidar pra sair e vomitei cinco minutos antes de abrir a porta pra você.”

Posso ir agora?_ ela perguntou.

Você realmente acha que eu vou acreditar nessa história? Vampiros não ficam doentes! _ Jessica falou, embora ela soubesse que havia uma chance de ser verdade já que a vampira não iria contar um história tão ridícula se fosse só para sair dali.

É, até eu sei disso e olha que eu sou eu. _ Dean falou, estranhando uma mentira tão ruim.

Mas ele logo olhou ao redor e viu que ninguém estava interessado na sua opinião, só em arrancar seu coração pra fora do peito, no caso de Katherine e decidiu calar a boca de vez e deixar a falação para os seres sobrenaturais.

Afinal, como ele ia afetar a decisão final? Ele só era o irmão humano que por algum motivo, não herdou os poderes da mãe.

Quer saber, inacreditavelmente, eu disse a verdade. Se vocês não querem acreditar, não é problema meu. Agora, me deixem ir e aproveitem a diária. _ Katherine ordenou, sem paciência para tudo.

Eu posso até fazer isso, mas se essa é mesmo a verdade, significa que algo esta acontecendo, o que significa que eu vou, provavelmente, voltar pra te encher. _ disse a bruxa. Ela tinha tido muito coragem pra fazer isso tudo, agora ela não ia deixar ser tudo me vão. _ E... nós duas sabermos que eu tenho poder o suficiente pra fazer você me obedecer.

Katherine olhou para a bruxa, surpresa pelo o que tinha acabado de ouvir. Como era possível, a bruxa que acabou de ameaçar uma vampira com uma reputação assustadora ser meia-irmã do humano encolhido no canto da sala com o olhar de “eu vou me ferrar”.

Ela sabia, porém, que o que ela disse era verdade, ela era poderosa o suficiente. Mas talvez, só talvez, poderia ser bom a bruxa estar tão determinada a descobrir o que estava acontecendo, porque assim, ela também iria descobrir o que acontecia com ela mesma.

Ela sentia, pela primeira vez em muito tempo, algum tipo de medo. E isso só a fazia mais mau-humorada.

Enfim, já que ela teria que aguentar esses dois, ela não deixaria de ser ela mesma e fazer alguns comentários, começando agora.

Antes disso ser possível, para a sanidade temporária dos seres mortais daquele ambiente, ela sentiu sua visão se embaçar, e se sentou na cama, respirando profundamente e sentindo tudo a sua volta girar, enquanto os outros dois olhavam confusos.

Seja o for que ela iria fazer pra sair dessa, poderia esperar.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Devo continuar?
Se gostaram, me ajudem a divulgar a fanfic? Sou nova aqui e estou com medo de não ter leitores.
Bjos,
Lyddie.
;)