Tudo estava silencioso e escura na casa dos Black-Lupin. Já passava das 11 da noite e o pequeno Harry jazia em sua caminha, em um sono profundo, no quarto ao lado do dos padrinhos. Estes por sua vez, estavam em sua grande cama de casal, descansando e aproveitando o tempo de sossego. Remus estava deitado no peito de Sirius, ouvindo as batidas ritmadas e calmas de seu coração, o que já estava lhe dando sono, junto com o cafuné em seu cabelo.

Sirius olhando para baixo, vê que Remus está quase dormindo e tenta puxar algum assunto, já que como estavam raros os momentos deles sozinhos, ele não queria desperdiça-los dormindo.

– Moony. – chama baixinho o nome do castanho, fazendo esta abrir seus olhos de cor âmbar.

– Sim? – ele responde com a voz meio rouca, fazendo Sirius sentir um formigamento no baixo ventre já que adorava essa voz de seu Moony.

– Estava pensando... Acho que devíamos levar o Harry para um passeio!

O menor levanta a cabeça para o olhar o moreno que tinha um sorriso maroto nos lábios.

– Passeio?

– Sim, Moony! Podíamos leva-lo àquele parque mais no interior da cidade. Lá é muito bonito e acho que o pequeno vai adorar o lugar!

– Mas, Pad, a Lily disse que não devíamos deixa-lo no sol, lembra?

– Não, não! Ela disse que se fossemos sair no sol, tínhamos que passar protetor solar nele e colocar o chapeuzinho. Isso quer dizer que podemos leva-lo para passear!

– Não sei, Sirius. Já quase não damos conta dele aqui dentro de casa! Como vamos conseguir cuidar dele na rua?

– A gente consegue, amor! E outra, você não está cansado de ficar trancado dentro dessa casa? Bom, eu estou e tenho certeza que ele também está! Aquele garoto precisa de ar puro e um pouco da luz do sol! Você sabe que faz bem!

O castanho, vendo o quão animado seu amado estava não pode resistir, apenas suspirando e concordando com um sorriso.

– Está certo! Vamos ao parque! Então vamos dormir pra acordar cedo amanhã!

Ele já estava voltando a deitar quando é surpreendido pelo moreno.

– Nem pensar, senhor Remus! Você está me devendo alguns favores depois do bolo de chocolate. – diz subindo em cima do castanho e sentando sobre sua cintura.

– Sirius, não podemos, o Harry... – não pode terminar a frase já que um gemido foi arrancado de sua boca ao sentir Sirius rebolar em seu colo e atacar seus lábios com um beijo apaixonado.

– O Harry tá dormindo e muito bem. Hoje você não me escapa, Moony! Vou te fazer uivar. – Sirius diz atacando o pescoço do outro.

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Longe dali, a casa Snape-Black também estava escura e agora silenciosa, depois de uma sessão de gemidos baixos terem sido ouvidos no quarto do casal. O pequeno Draco dormia tranquilamente, totalmente avulso ao que acontecia no quarto ao lado do seu. Agora Severus e Regulus descansavam e tentavam recuperar o ritmo normal da respiração e dos batimentos cardíacos.

Deitado sobre o peito de Severus, o mais novo, agora totalmente recuperado, pensava enquanto fazia círculos imaginários com o dedo na barriga do outro.

– Sim?

– Está pensando no que?

– Hum, como sabe que estou pensando em algo? – Regulus levanta os olhos cinzentos para encarar os do outro, pretos como carvão.

– Te conheço o bastante pra saber que pelo seu olhar tem algo se passando pela sua cabecinha.

O mais novo não pode evitar de soltar uma risada. Realmente, Severus o conhecia muito bom.

– Estava pensando que devíamos levar Draco para dar uma volta amanhã.

– Como assim?

– Sabe, ele não parece ser o tipo de criança que já saiu para um passeio ao ar livre, para brincar e se sujar como as outras de sua idade. – Regulus levantou a cabeça, descansando o queixo sobre o peitoral do outro. – Acho que isso faria bem a ele!

– Meu amor, você viu como ele é. Ele chorou por ser perseguido por uma borboleta e me fez esfrega-lo durante uma hora para poder se sentir limpo. Ele não é como as crianças da idade dele.

– Mesmo assim, Sev! Draco precisa de ar puro! Estava pensando em leva-lo até àquele parque no interior da cidade. É grande e muito bonito, ele vai amar!

– Você sabe que as chances de ele gostar de um lugar como aquele são mínimas.

– Vamos arriscar? – o menor faz beicinho e fica o encarando com os olhos cinzentos como o céu antes de uma tempestade. Severus nunca resistiu aqueles olhos...

– Tudo bem, vamos tentar. Mas você vai dar banho nele depois disso. Tenho certeza que ele vai querer que o esfregue muito mais do que só uma hora.

Regulus abriu um grande sorriso, fazendo o outro sorrir também. Selaram seus lábios, em um beijo apaixonado, se separando apenas pela falta de ar.

– Então vamos dormir, já que teremos que acordar cedo amanhã. – Severus diz beijando a testa de seu amado que volta a descansar a cabeça

– Te amo, Sev.

– Te amo mais.