Incondicional - Litor escrita por DannyDixon


Capítulo 11
Capítulo 11-Primeiro Amor...


Notas iniciais do capítulo

Hey todo mundo!!
Eu sei que tinha dito que não iria mais postar, mas eu já tinha escrito esse capitulo então decidi posta-lo para voces. Muito obrigado a todas voces pelo carinho. Voces são as melhores leitoras/ amigas do mundo!! Quero manter contato com todo mundo ok???
Nesse capitulo vamos voltar no tempo e ver como era o Vitor e a Lia quando eram crianças. Eu amei esse capitulo e eu espero que gostem!!
Boa leitura!
BeiJUs'



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Flash Back:

“Uma linda garotinha corria entre as flores, indo para o seu refúgio feliz. Seus cabelos loiros voavam com o vento. Faziam meses desde a última vez que esteve alí. Ela correu o mais depressa possivel até a cachoeira, onde o encontrou esperando por ela como sempre fazia.

-Vitor!Gritou ela feliz ao ver o lindo garoto de olhos azuis sentado perto da cachoeira.

Ele virou-se rapidamente para vê-la e abriu um enorme sorriso ao ver que sua abelhinha estava de volta.

-Lia! Você voltou!Gritou ele antes de levantar-se e correr até ela.

Ela sorriu largamente e correu para abraçá-lo. Quando finalmente se encontraram, trocaram um abraço cheio de carinho, saudades e o belo e puro amor infântil.Eles mau conseguiam segurar a felicidade em poder estar juntos de novo.

Todas as férias, Lia viajava com a familia para Brasilia, passar as férias na casa de sua madrinha Dora. Mas com a separação dos pais isso ficou cada vez mais raro. Fazendo com que ela ficasse mais tempo longe do seu grande amigo Vitor.

-Eu senti sua falta!Disse a garotinha triste.

-Também senti sua falta! Disse o pequeno Vitor a olhando nos olhos.

-Eu queria ficar aqui pra sempre!Disse Lia ao abraçá-lo de novo.

-Eu não quero mais ficar longe de você Lia. Disse ele a abraçando apertado.

Para ele não tinha coisa pior do que ficar sem a sua Lia. Aquela garotinha tinha se tornado a parte mais divertida da vida dele. Mau sabiam eles que 3 anos depois se tornariam inimigos mortais.”

Lia:

Aquela lembraça me pegou desprevinida. Pensei que aquelas lembranças tinham sido apagadas da minha memória, pois desde que brigamos eu não me lembrava de nada de antes daquela discussão. E agora me lembrar daquele momento feliz e de tudo o que eu sentia quando estava com ele, me fez querer voltar para aquele dia. Voltar a ser a garotinha livre, feliz e amiga do Vitor. Pela primeira vez senti falta da nossa amizade.

Começei a me sentir culpada por ter julgado ele sem ter provas. De alguma forma, esse Vitor que estava brincando com as crianças órfãs de um orfanato era o mesmo Vitor implicante e convencido que veio morar na minha casa e o mesmo Vitor que era o meu grande amigo de infância.

Entrei no orfanato vendo todas aquelas crianças correndo e brincando como se não existisse problemas no mundo. O Vitor estava ajudando uma garotinha a desenhar e ele parecia estar tão feliz fazendo isso. Seus olhos brilhavam como quando éramos crianças.

-Então é aqui que você vem todas as tardes?Perguntei o surpreendendo.

-Lia?! O que tá fazendo aqui?Perguntou um pouco nervoso e eu diria até que ele estava envergonhado.

-Porque não me falou que é voluntário de um orfanato?Perguntei ignorando o que ele tinha falado.

-Lia, se eu te falasse que sou voluntário em um orfanato você iria acreditar?

-Acho que não.Falei sem graça.

-Está respondida a sua pergunta.Disse ele sério.

-É porque eu nunca pensei que você seria capaz de fazer uma coisa dessas. Você sempre foi tão egoísta e convencido que eu nunca percebi que tinha um coração por baixo dessa sua casca convencida. Mas eu estava errada e me desculpe por ter te seguido e  ter te julgado antes mesmo de saber o que você estava fazendo.

-Porque você acha que eu poderia estar fazendo qualquer coisa menos ajudando crianças não é? Pensa tão mau assim de mim Lia?Perguntou ele decepicionado.

-Você nunca me mostrou esse seu lado mais humano Vitor! Eu sempre pensei que você não gostava de ninguém a não ser de sí mesmo. Você pega todas as garotas e as discarta depois como se elas fossem descartaveis e sempre foi um idiota comigo. Você queria que eu pensasse o que de uma pessoa assim?

-Eu pensei que você teria um pouco de fé em mim!

-Me desculpe por isso!Eu só tenho que me acostumar com esse seu lado mais humano.Falei dando um pequeno sorriso.

-Quem é a moça bonita?Perguntou a garotinha olhando para mim.

-Sou Lia, namorada do Vitor!Me apresentei antes que o Vitor falasse alguma coisa.

-Sua namorada é muito bonita Vitor!Disse ela sorrindo.

-Você também é muito bonita pequena. Como se chama?Perguntei me sentando no chão ao lado dela.

-Alice!Respondeu timida.

-Alice, nós voltamos já. Só preciso conversar com a Lia um pouquinho!Disse Vitor me puxando para longe de garotinha.

-O que foi? Fiz alguma coisa errada?Perguntei preocupada.

-Claro que não! Na verdade eu estou surpreso pois a Lice é muito fechada e não fala com ninguém a não ser comigo.Disse ele sorrindo. –Como conseguiu fazer ela falar com você?

-Você estava lá e viu o que aconteceu. Mas me diga, porque ela é tão fechada?Perguntei olhando para a linda garotinha.

-Porque além de ser órfã ela tem um problema na perna que a faz mancar. Isso a deixa com medo de todos rirem dela e por isso não se aproxima de ninguém.Disse Vitor triste.

Eu não conseguia acreditar que aquela pequena garota já estivesse passando por tantos problemas tão novinha. Estava me dando um aperto no coração só de imaginar ela sozinha pelos cantos. Os cabelinhos ruivos e cacheados, seu jeitinho simples de se vestir e o olhar triste me fazia querer pegá-la no colo e tirá-la dalí o mais rápido possivel. O que será que esta acontecendo comigo? Nunca me importei tanto com uma pessoa que acabei de conhecer.

-Ela acha que nunca vai ser adotada!Disse Vitor.

-Isso é um absurdo! Como um casal não vai querer ser pai de uma garotinha tão especial como ela?Falei revoltada. –Tá rindo do que?Perguntei ao ver o Vitor gargalhando.

-Quem diria que Lia Martins tem um coração de manteiga? Mas não fica chateada não tá? Eu também me derreti quando conheci a Alice.Disse ele sorrindo.

-Então foi por causa dela que você quis ser voluntário?

-Em grande parte foi por ela sim, mas na verdade eu queria fazer algo bom por alguém. E quem melhor do que crianças órfãs que precisam de apoio e carinho?Disse ele dando um lindo sorriso.

-Tenho que dizer que estou surpresa com você, mas isso não quer dizer que eu ainda não te ache um idiota, convencido e implicante!Falei implicando com ele.

-Você nunca muda não é?Perguntou ele.

-Claro que não! Faz parte do meu charme!Falei sorrindo.

-Quer me ajudar com a Alice hoje?

-O que eu não faço por uma linda criança não é?

-Vem logo sua chata!Disse ele e voltamos para perto da Ally.

Caramba! Eu já coloquei um apelido na Alice. Só agora eu percebo o quanto eu mudei esses dias. Acho que andar com o Vitor estava trazendo o lado Lia carinhosa de volta. Passei o resto da tarde no orfanato brincando com as crianças. Agora eu entendo porque o Vitor vinha aqui todos os dias e porque chegava tão cansado em casa.

-Até que você não mandou mau hoje.Disse Vitor enquanto voltavamos pra casa.

-Mais como você é chato! Eu mandei super bem hoje com as crianças.Falei irritada.

-E pela primeira vez desde que eu voltei para o Rio você e eu fizemos algo de bom juntos.

-É verdade! Foi divertido passar um tempo com aquelas crianças. Me fez voltar um pouquinho no tempo onde você não era essa pessoa tão convencida.

-O que eu posso fazer se por onde eu passo as garotas se atiram aos meus pés?

-Como é convencido!Falei rindo.

-Eu não sou convencido Lia, sou realista! Já te disse isso. E pra comprovar, você também não resistiu a mim.Disse ele sorrindo torto.

-Ah fala sério! Você é um idiota!

-E você uma chata!

-Grosso!

-Mimada!

-Convencido!

-Marrenta!

-Implicante!Gritei me aproximando dele furiosa.

-Linda!Disse ele se aproximando mais.

-Safado!Falei praticamente colada nele.

-Eu quero te beijar!Disse ele com os lábios a centimetros dos meus.

-Então beija!Falei com raiva e ele me beijou.

Não tinha nada de romântico nesse beijo. Era apenas desejo, raiva e paixão. Pará! Paixão não! Tinha tudo menos paixão! Ele me apertava contra seu corpo e eu dava leves puxões em seu cabelo, o que parecia deixá-lo com mais vontade de me agarrar. Me afastei dele quando o ar se tornou necessário. Eu estava ofegante e completamente tonta com esse beijo.

-Nossa! O que foi isso?Perguntou ele tentando recuperar o ar.

-Eu não sei, mas parece que discontar a nossa raiva com beijos foi...

-Sureal!Completou minha frase.

-Isso mesmo!Concordei rindo. –Nós somos dois malucos isso sim!

-Eu devo ser louco mesmo por namorar a garota que me odeia.

-Eu não te odeio, mas também não morro de amores por você! Você só não é a minha pessoa favorita de todo o mundo.

-Quem sabe um dia isso não mude...Disse ele segurando a minha mão.

-Duvido muito! Agora vamos mudar de assunto se não vamos voltar a brigar e eu não quero gastar mais energia com você.

-Tenho que te devolver uma coisa!Disse ele quando chegamos em casa.

-Devolver? O que você pegou Vitor?Perguntei começando a ficar com raiva.

-Você vai ver! Eu já deveria ter te devolvido, mas era a única coisa que eu tinha de você!Disse ele me levando para o quarto dele.

Eu já desconfiava do que era, mas mesmo assim fiquei surpresa quando ele tirou o meu antigo diário de dentro da gaveta.

-Você guardou isso durante todos esses anos?Perguntei surpresa ao ver que o diário continuava do mesmo jeito.

-Era uma forma de te ter por perto! Sem falar que nele você escrevia sobre mim e não era de uma forma ruim.Disse ele sorrindo.

-Você leu isso muitas vezes não foi?Perguntei encarando ele.

-Sim, mas a minha parte preferida é essa!Disse ele abrindo o diário e me entregando.

Quase não acreditei quando li o que estava escrito. Era muito constrangedor e eu nem conseguia mais olhar pra ele.

-Lembra desse dia? Foi o último dia antes de brigarmos.Disse ele me fazendo lembrar daquele dia mesmo sem querer.

Flash Back:

07 anos atrás...

“Vitor e Lia estavam deitados bem no meio das flores admirando o céu que estava lindo naquele dia. No dia seguinte seria o aniversário de 11 anos do Vitor e ele estava aproveitando todo o tempo que ainda tinha ao lado de sua abelhinha.

-O que você quer de presente Vitor?Perguntou Lia olhando para as nuvens que pareciam dançar sob o céu.

-Eu ainda não sei, mas você estar aqui já está bom pra mim.Respondeu sorrindo.

Ela sentou-se e olhou para ele pois sabia que ele estava escondendo alguma coisa. Ninguém o conhecia tão bem quanto ela.

-Porque me chama de abelhinha?Perguntou ao notar que seu amigo não iria lhe falar o que escondia.

-Porque você nunca está parada e é super corajosa e rebelde. Ninguém mexe com você porque sabe que vai sair machucado, por isso te chamo de abelhinha.Disse ele sentando-se ao lado dela. –Sem falar que você só trata bem a mim. Então é minha abelhinha!

-É porque eu te adoro bobinho!Disse ela rindo envergonhada.

-Já sei o que eu quero de presente!

-O que você quer?

-Eu quero que você prometa que nunca vai me esquecer. Que vai ser sempre a minha Lia mesmo quando estiver morando no Rio. Disse ele sorrindo.

-Que presente sem graça Vitor! Você sabe que é impossivel que eu te esqueça!

-Pode até ser, mas o meu irmão disse que quando as garotas crescem começam a se preocupar com outras coisas e acabam se esquecendo dos amigos. Me prometa que nunca vai deixar de ser a minha abelhinha!Pediu ele segurando a mão da pequena Lia.

-Eu prometo que nunca vou te esquecer e que sempre serei sua abelhinha!Disse ela sorrindo.

-Obrigado!Lia, posso te perguntar uma coisa?Perguntou ficando vermelho.

-Claro! Entre a gente não tem segredos lembra?

-Lembro sim! Então...você...Disse ele gaguejando. – Quer ser minha namorada?

-Namorada? Vitor nós somos crianças!Disse ela muito envergonhada.

-Eu sei, mas me promete que quando a gente crescer você vai ser minha namorada?

-Eu prometo!Disse ela sorrindo.

-Você agora é minha namorada então não pode namorar com ninguém que não seja eu!

-Não seja mandão Vitor!Disse ela irritada com o amigo.  Mas depois ficou vermelha. –Nós vamos ter que se beijar?

-Acho que sim...Disse ele voltando a ficar vermelho.

Eles se aproximaram e encostaram os lábios em um pequeno selinho. Tão doce e puro quanto o amor deles. Não tinha maldade ou má intenções apenas o lindo sentimento que sentiam.”

Lia:

-No dia seguinte você roubou o meu diário e mostrou pra todos os seus amigos. Falei ao me lembrar daquele dia horrivel. –Porque você fez isso?

-Porque eu não pensei que você iria ficar tão furiosa! Pra mim isso era só um caderno de anotações e não um diário super secreto. Disse ele sentando-se na cama. –Então você disse que me odiava e que nunca mais queria falar comigo. Depois daquele dia só implicando com você que eu poderia voltar a falar com você. Não sabe o quanto eu me arrependo disso.

-Foi por isso que voltou para o Rio? Pra me pedir desculpas?Perguntei fechando o diário.

-Eu descobri que a vida é curta demais pra gente perder tempo brigando e guardando mágoas. Você foi importante pra mim e eu precisava concertar esse erro que eu cometi.Disse ele me olhando de um jeito estranho.

-Eu já te perdoei por isso, mas isso não quer dizer que eu te adore agora ou que as coisas vão voltar a ser o que era quando éramos crianças.Falei me aproximando dele. –Mas eu acho que foi bom você ter voltado! De certa forma, eu senti sua falta.

-Também senti sua falta abelhinha!Disse ele sorrindo e  nos abraçamos.

-Não pense que eu vou te tratar bem agora! Nada mudou pra mim!Falei rindo e me afastei dele. –Boa noite Vitor!Disse antes de sair do quarto.

Alguma coisa tinha mudado sim, mas eu não sabia o que era. Parecia até que uma barreira tinha sido quebrada e que finalmente tinhamos deixado o passado pra trás.

No dia seguinte eu acordei com a Ju gritando no meu ouvido. Depois que me vesti ela me arrastou para o colégio e nem me deixou tomar café da manhã. Foi legal voltar a ir para o colégio com a minha melhor amiga, mas eu estava sentindo falta da implicância matinal do Vitor.

O estranho foi ele não ir para o colégio naquele dia. Falei para a Ju e a Fatinha para onde o Vitor estava indo todas as tardes e as garotas adoraram a ideia de ser voluntárias no orfanato. Então as chamei para ir comigo e com o Vitor hoje a tarde e elas toparam na hora. Passei as aulas inteiras contando os minutos para ir pra casa. Estava preocupada com o Vitor. Porque ele não veio para o colégio hoje? Ontem ele estava muito bem, então não poderia estar doente.

Assim que o sinal tocou sai correndo do colégio. Quando cheguei em frente ao nosso prédio o encontrei com a mochila nas costas indo para a moto.

-Onde você vai?Perguntei vendo que ele ía viajar.

-Tenho que fazer uma coisa em Brasilia, mas volto daqui a dois dias! Respondeu sem olhar pra mim.

-E você ía embora sem falar comigo?Perguntei irritada.

-Pensei que o nosso namoro era de mentira.Falou sorrindo.

-Ele é sim! Mas nós moramos na mesma casa e eu pensei que depois de ontem nós poderíamos tentar ser amigos!

-Você não entende que eu não quero ser só seu amigo?Perguntou sorrindo irônico.

-Quer voltar a ser meu inimigo então?

-Lia, eu não sei como aconteceu mas depois de ontem eu acho que a gente pode dar certo se a gente tentar. Só que eu não posso fazer isso com você!

-Eu não estou entendendo mais nada!Falei confusa. –Você tá querendo ficar comigo de verdade?

-Eu não quero mais ser seu namorado de mentira Lia! Eu cansei de brincar! Pode não parecer, mas eu tenho sentimentos! E ontem eu percebi o grande erro que estamos cometendo ao levar isso adiante!

-Tudo bem, não precisamos mais fingir nada! Pode voltar a sua vida de pegador de novo!

-Então quer dizer que era tudo mentira? Perguntou Dinho aparecendo do nada. –O namoro de voces era de mentira não é Lia?

Era só o que me faltava! O que eu faço agora?


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Notas finais do capítulo

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BeiJUs'