Macaé escrita por Miss Morrison


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu quero dedicar essa fanfic a Ana (Broken Diamond) quem lê yuri por aqui deve conhece-la.
Então Ana, esse é meu humilde presente de aniversário para você, espero que você goste. E escolhi Cana e Lucy como o casal, porque, é SEU casal, você as criou, você as mostrou pra mim como um casal. E só tenho a agradecer por isso.
A música foi escolhida, porque como você mesma me disse, é sua música!

E ah, é minha primeira songfic, pode não ter ficado boa :c
Para quem não conhece, recomendo que ouçam http://www.youtube.com/watch?v=yKV2WdyyCQw
Sem mais delongas, boa leitura! o/



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Ei, se eu tiver coragem de dizer que eu meio gosto de você
Você vai fugir a pé?
E se eu falar que você é tudo que eu sempre quis pra ser feliz
Você vai pro lado oposto ao que eu estiver?


Há um certo tempo venho me sentindo diferente perto dela, meu coração acelera quando estou ao seu lado, minhas mãos tremem, eu suo frio. Eu sei o motivo disso, eu estou amando. E seria algo bom, se ela não fosse minha amiga.

Eu quero poder me confessar para ela, mas tenho medo de perder sua amizade com isso, medo que ela fuja de mim. Não tê-la em minha vida seria pior que a morte! Ok, talvez eu esteja exagerando com esse lance de morte, mas não ao meu lado, em minha vida, seria doloroso demais.

Caminhando com esses pensamentos na cabeça nem percebi que já havia chego a guilda, e como sempre, está uma terrível bagunça. Normalmente eu me juntaria a eles, bebendo e brigando, mas não hoje. Hoje não estou no clima pra isso.

Sento-me no balcão e logo a Mira vêm me atender. Pedi um copo de cerveja, como sempre. Logo ela me trouxe a cerveja e bebi tudo de uma vez, pedindo logo em seguida outra, e mais outra. Continuei bebendo por cerca de uma hora seguida, normalmente eu beberia mais, muito mais, porém hoje não era um dia normal. Fazia exatamente duas semanas que eu não a via, ela havia saído em uma missão com sua equipe.

Vocês devem estar se perguntando quem é ela, né? A garota de quem eu gosto, é a loira mais sexy e inteligente dessa guilda. Seu nome? Obvio, Lucy Heartfilia.

E falando nela, adivinhem quem acabou de entrar na guilda? Pois é, ela. E ela esta linda, como sempre. Usava uma minissaia azul clara que revelava muito de suas coxas e meu Deus, que coxas, uma blusa branca de alcinha com um generoso decote e uma sandália baixa, completavam seu look. E adivinhem quem provavelmente está babando e olhando-a feito idiota? Quem respondeu Cana, acertou.

Estava tão atenta ao caminhar dela, que não percebi a Mira me olhando, reparei apenas quando ela pigarreou e disse:

— Você deveria falar o que sente pra ela.

A olhei intrigada, será que ela havia percebido algo? Não, claro que não. Ou sim? Eu estava dando muito na cara? Será? De qualquer forma, resolvi me fazer de desentendida.

— Não sei do que você esta falando.

Ela deu uma risadinha e disse olhando em direção a Lucy. — Sabe sim, e o que você esta sentindo é normal. Se você gosta dela, não guarde isso só pra você. Um sentimento assim deve ser dito, amar não é pecado.

Engoli em seco com as palavras da albina, então, realmente estava obvio que eu gosto da Lucy.

— Mas Mira, e se ela não sentir o mesmo por mim? Eu não quero correr o risco de perder sua amizade.

— Você nunca saberá se não tentar! — E dito isso ela saiu, indo atentar alguma mesa.

Olhei de novo em direção á loira e ela vinha em minha direção, me deu oi e se sentou ao meu lado sem falar mais nada. Será que ela havia percebido os olhares que dei a ela? Cana, você é muito idiota.

A olhei de canto de olho e reparei que ela usava o colar que tinha dado para ela á um tempo atrás. Lembro-me disso como se fosse hoje. Ok, nem faz tanto tempo assim mesmo.


Ei, vai pegar mal se eu contar que eu imprimi todo o seu mapa astral?
Você foge assim que der, quando souber?
E se eu falar que eu decorei seu RG só pra se precisar
Você vai pra um chalé em Macaé?


Eu queria saber mais sobre ela, e disseram-me que nossos signos dizem muito sobre quem somos. Eu nunca fui muito ligada a isso, mas ela é uma Maga de Espíritos Estelares, acho que é meio obvio que ela acredita nisso. Então eu pesquisei e imprimi o mapa astral dela, para estuda-lo, não que eu achei que fosse adiantar de algo, mas já era alguma a mais sobre ela. Talvez eu pudesse conversar com ela sobre isso, talvez não. Provavelmente se ela soubesse o que eu fiz, ela fugiria de mim, mas afinal, quem não fugiria?

Ah, e como se não bastasse imprimir o mapa astral dela, eu ainda decorei seu RG, vai que eu preciso disso um dia, né, nunca se sabe.

E mesmo com medo do que ela poderia pensar, eu comprei um colar me baseando no signo dela para dar. E fiquei surpresa quando ela aceitou e me abraçou dizendo que tinha adorado, e eu? Eu adorei a sensação de tê-la em meus braços, mesmo que fosse um simples abraço, era mais do que eu merecia.

Eu estava perdida em acontecimentos longínquos quando ela me chamou. Acho que ela já estava me chamando a alguns minutos.

— Ei Cana, estava com a cabeça? Estou falando com você, mas você não parece estar prestando atenção.

— Desculpe-me Lucy. Mas então, sobre o que você falava?

— Ah, não era nada demais, era a respeito da missão, esquece. — Ela disse dando de ombros. — Mas então, o que você andou fazendo essas duas semanas que eu estive fora? — Ela perguntou olhando seriamente nos meus olhos.


Ei, se eu falar que foi por amor que eu invadi o seu computador
Você pega um avião?
E se eu contar de uma só vez como eu achei sua senha do cartão
Você foge pro Japão, esse verão?


Engoli em seco pela segunda vez no dia. Será que ela notou que eu havia invadido o apartamento dela? Não que eu tivesse deixado algum rastro de minha passagem por lá, mas né, vai saber. Foi há alguns dias atrás, havia feito uma semana que ela estava fora, e eu precisava matar a saudade que sentia da minha loira. Então, como bom membro da Fairy Tail que sou, invadi sua casa, e fiquei lá por horas admirando suas coisas. E foi então que encontrei o que parecia ser seu diário, fiquei tentada a abri-lo e ler o que continha lá, mas para o meu desprazer ele tinha senha. Quem usa diário com senha? Normalmente diários vêm com cadeado, certo?

Tentei várias combinações, até que na décima tentativa consegui, e diferente do que eu esperava, aquilo não era um diário e sim um texto, um livro talvez, provavelmente alguma história que ela escreveu. Decidi por lê-lo, tinha sido um sacrifício conseguir abri-lo, então nada mais justo do que ler o que havia ali. Sentei-me no sofá e comecei a ler.

Algumas horas haviam se passado, anoitecia lá fora e mesmo sendo verão, estava esfriando. Larguei a leitura, e decide ir embora. Tranquei de novo o diário/livro dela e guardei aonde estava anteriormente. Agora sabia o motivo dela tê-lo trancado, era uma história sobre duas jovens que se envolviam emocionalmente e sexualmente.

Sinceramente, fiquei surpresa com o que eu li ali. Será que aquela história queria dizer alguma coisa?

Eu espero que sim. Tipo, se ela escreve algo onde duas garotas se envolvem é porque ela não tem preconceito, logo, eu tenho alguma chance de me declarar e não ser desprezada, o máximo que pode acontecer é ela acabar a amizade comigo.

Tá, isso não seria nada legal!

Enfim, mesmo que ela houvesse descoberto que invadiram sua residência, não tinha como ela saber que havia sido eu. Com isso na cabeça eu me senti mais aliviada.

— Nada demais, só fiquei na guilda bebendo com o pessoal. Semana passada fui a uma pequena missão que durou apenas algumas horas, nada demais.

— Hun, só? Não fez mais nada mesmo? — Ela me olhava com uma olhar desconfiado, como se soubesse de algo, e meu Deus, que olhos lindos. Foco Cana, foco.

Agora sim eu tinha certeza que ela sabia, mas como? Eu tenho que ser menos paranoica, obvio que ela está jogando verde.

Eu acho.

Eu espero que sim!

Tô ferrado, ela descobriu!

— Não, não fiz mais nada. — Disse dando um leve sorriso sem graça.

Vi ela se levantando, virando pra mim e dizendo — Tudo bem, se você não quer falar a verdade, eu vou indo. — E se virou caminhando em direção á saída da guilda.

Eu deveria ir atrás, não deveria? E é isso que eu vou fazer.

Corri atrás dela, a alcançando a poucos metros de distancia da guilda. A segurei pelo braço a virando para mim. Ela olhava para o chão, parecia estar chateada. Será que era culpa minha? Óbvio Cana, você é idiota ou o quê?

— O que houve, porque você ficou chateada de repente? — Perguntei ainda a segurando.

— Por quê? Como tem a cara de pau de perguntar por quê? É obvio não? Eu sei que invadiu meu apartamento enquanto eu estava fora, e quando eu te perguntei você mentiu. — Ela me olhava nos olhos, e eu vi um brilho diferente neles, como se ela estivesse prestes a chorar e então desviando o olhar ela me disse — Eu não ligo que você o invada, mas não precisava mentir.

Que surpresa, então ela não liga de invadirem o apartamento dela? Mas eu sempre a vi reclamando disso.

— Eu achei que você fosse brigar se soubesse. Mas, mais importante, como você soube que era eu quem tinha entrado lá? — Agora eu já havia largado seu braço, e estávamos de frente uma para a outra, se encarando.

— Por causa do seu perfume, ele ficou impregnado nas minhas coisas. — Ela corou ao falar isso, e por Deus, tive que me controlar para não agarra-la ali mesmo. Como ela podia ser tão bonita? — E eu nunca brigaria com você por causa disso. — E com isso ela corou ainda mais, desviando de novo seu olhar.

Eu havia congelado, foi impressão minha ou ela deu ênfase no você? O que ela diz realmente dizer com isso? Havia uma mensagem subliminar naquela frase ou era impressão minha?

Acho que estou ficando meio paranoica.

É culpa da bebida!


E se eu mostrar o cianureto que eu comprei pra gente se matar
Você manda me prender no amanhecer?

Então percebi que esse era o momento certo para me declarar, dizer que ela era tudo que eu sempre quis na minha vida para ser feliz. Mas e se ela fugisse? Qualquer pessoa em sã consciência fugiria.

Eu era pior que cianureto! Ah, com certeza, muito pior.

Todos os meus relacionamentos haviam fracassado miseravelmente. Uns por causa da bebida, outros por simplesmente não darem certo mesmo.

Não sei como ainda não mandaram me prender.

Vi minha loira lentamente caminhar para longe de mim, e eu não sabia o que fazer, deveria ir atrás dela e tirar essa história a limpo ou deixa-la ir embora e perder essa oportunidade?

Opa, tarde demais, ela já havia saído do meu campo de visão. E nem se despediu de mim, sacanagem.

Parabéns por ser tão tapada Cana!

Eu teria outras oportunidades para falar o que eu sentia, não teria?

No dia seguinte, assim que eu cheguei a guilda, fui em direção a Mira perguntar da Lucy.

— Hey Mira, você viu a Lucy por ai?

— Err... ela saiu de viagem logo pela manhã.

— Como assim saiu de viagem? Para onde ela foi? — Eu a encarava seriamente, só podia ser brincadeira, Lucy havia chego recentemente de uma missão.

— Então Cana, ela falou que precisa descansar e que tinha muita coisa na cabeça, então ela resolveu tirar umas férias.

— Tá bom, e pra onde ela foi? — Eu estava ficando impaciente.

— Pra um lugar chamado Macaé, ela disse que alugou um chalé lá. Mas eu não sei onde fica, desculpe. — Ela disse com um sorriso sem graça.

Ela podia não saber onde ficava, mas eu sabia. Nós já havíamos conversado sobre esse lugar, uma vez ela me contou que estava economizando dinheiro para um dia viajar para lá, ela havia dito que o lugar era lindo e que os chalés eram ótimos. Macaé seria um bom lugar pra descansar. Mas ela também havia dito que só iria pra lá quando ela encontrasse alguém que quisesse acompanha-la. Será que ela havia encontrado tal pessoa?

Ah, como isso me doeu, doeu fundo do meu coração.

Será que eu já havia perdido minha loira para alguém? Não pode ser.

Agradeci e me despedi da Mira.

Havia tomado uma decisão, eu iria atrás dela. Ela não é a única que andou guardando dinheiro.

Algumas horas mais tarde eu já estava viajando. Demorou um pouco, na verdade demorou bastante, quase um dia inteiro de viagem, mas na manhã seguinte eu já caminhava em direção ao que parecia serem chalés.

Pedi ajuda a atendente/recepcionista/faz tudo, ou sei lá o diabos aquela mulher fazia, e ela me falou com o número do chalé da Lucy.

Caminhei até ele, me preparando emocionalmente para quem quer que eu fosse encontrar ali com ela. Bati na porta e após poucos segundos ela veio abrir. Vi a cara de surpresa que ela fez ao me encarar para em seguida abrir um largo sorriso, e gente, aquele era o sorriso mais lindo da face da Terra.

— Err... posso entrar? Quero conversar sério com você.

Ela me deu espaço para que eu pudesse entrar e assim eu fiz. Caminhei pelo lugar, reparando que só havia coisas dela ali. Então ela havia ido sozinha? Uffa, um problema a menos. Não que me livrar de quem quer que fosse que estivesse tentando tirar minha loira de mim fosse um problema, mas seria trabalho fazer isso agora, estou cansada da viagem.

— Então, o que é tão importante que fez você vir até aqui? — Ela me olhava seriamente, e como eu amava esse olhar, ela ficava tão sexy.

— Tem algo que eu preciso te contar, algo que vem me sufocando há tanto tempo. — Caminhei, ficando em frente a ela, segurei em umas de suas mãos, tomei folego e comecei a falar. —Eu gosto de você, e não é um gostar qualquer, não é simples amizade, claro, eu gosto de ter você como amiga, mas isso que eu sinto, bem aqui — apontei para o meu coração — é maior que tudo que eu já senti antes, apesar de todos os meus relacionamentos, eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você. Lucy, eu te amo.

Ela sorriu, e esse sim, com toda a certeza foi o maior e mais lindo sorriso que eu já havia visto. Ela se jogou nos meus braços me abraçando forte, e eu retribuí, era tão boa a sensação de tê-la em meus braços.

— Achei que você não fosse admitir nunca o que sentia, E quer saber uma coisa, eu também te amo! — sussurrou em meu ouvido.

Fiquei surpresa, e a alegria que sentia mal cabia em mim.

— Então quer dizer que você me ama? E já sabia dos meus sentimentos? E porque não falou nada? — Sussurrei de volta.

— Acho que todos já haviam percebido. E eu não disse nada, porque queria que você mesma dissesse.

Esse tempo todo eu sofrendo por amá-la e ela já sabia dos meus sentimentos e mesmo assim não falou nada, ah, ela ia me pagar.

— Ok, eu admiti. Mereço uma recompensa, não? — Perguntei maliciosamente em seu ouvido.

Ela soltou uma leve gargalhada, e se pendurou em meu pescoço. — É? E que tipo de recompensa você quer? Uma desse tipo?

E me beijou, primeiro roçou seu lábios nos meus, para então encostar de verdade pedindo passagem com sua língua, aprofundando assim nosso primeiro beijo. E devo dizer, o gosto dela era melhor do que todas as minhas bebidas preferidas. Não havia no mundo algo que se equiparasse ao seu sabor.

Nos separamos por meros segundos para recuperar o ar que se fez necessário, para então voltarmos a se beijar, dessa vez com mais paixão, mais desejo, e como eu a desejava. Segurei fortemente em sua cintura a puxando para o meu colo e a carreguei até a cama, a deitando e ficando por cima.

Ela me olhando com tanto desejo, como se pudesse me despir só com o olhar.

Voltei a beijá-la loucamente!

E vocês sabem o que fizemos depois. E depois. E depois. E todos os dias daquela semana!

Fizemos amor em todos os lugares possíveis daquele chalé.

E hoje, eu só tenho a agradecer por aquela viagem. Se ela não tivesse ido para Macaé, eu nunca teria ido atrás dela, e não teria descoberto que ela me ama do mesmo jeito e intensidade com a qual a amo.

Obrigada, Macaé!


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Notas finais do capítulo

Vocês devem ter percebido que ao invés de invadir o computador, o apê dela que foi invadido, é porque é a Lucy né rç E tinha que ficar o mais Fairy Tail possível, e... Meu Deus, como é difícil ser a Cana!

Espero que todos que tenham lido tenham gostado, deu um trabalhinho escrever, porque ando com bloqueio, pode não ter ficado como eu esperava.
Então, é isso. Quem gostou deixe review, quem não gostou também. E nos vemos por ai. o/