Traição: Colônia Arrankar escrita por Ulquiorra-sama


Capítulo 36
Capítulo 36: Desespero


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/39995/chapter/36

...

O Espada virou-se para onde surgira aquela voz, deparando-se com uma estranha figura negra.

Ulquiorra: Quem é você e o que faz aqui? – Ele indagou.

???: Ulquiorra, eu sou você!

Ulquiorra arregalou seus olhos, espantado com o que aquela criatura negra o havia dito.

Ulquiorra: Isso é impossível! Me diga a verdade. – o Espada não acreditava nas palavras daquele ser.

???: Eu sou você Ulquiorra, essa é toda a verdade, sou uma parte enterrada dentro dos confins do seu inconsciente, pode me chamar de Arroiuqlu, o seu contrário.

            Ulquiorra estava confuso, no fim das contas ele não sabia nem mesmo onde estava, mas acreditava estar perdido dentro de sua própria mente, o que indicava que ele ainda não estava morto.

Ulquiorra: Suponho que você seja o demônio que habita minha mente, Arroiuqlu. – ele tentava observar o estranho vulto negro que agora andava ao seu redor.

Arroiuqlu: Não Ulquiorra, eu não sou um demônio, eu sou uma parte de você que você criou há muito tempo e escondeu na sua mente, mas alguém como eu não desapareceria.

Ulquiorra: Eu o criei? – O Espada estava confuso com a situação, além de que Arroiuqlu lhe fazia se sentir mal – Como isso é possível?

Arroiqlu: Tempos atrás no dia em que você se tornou o que você é hoje, esse monstro frio, foi lá quando eu nasci! Naquele dia de inverno enquanto você ainda era vivo, o dia em que todos que lhe rodearam morreram, todos Ulquiorra, os seus pais, sua esposa, sua filha, seus familiares, as mulheres, as crianças, todos eram devorados por aquele hollow... – A sombra se deliciava ao atormentá-lo.

            Uma forte dor invadiu a mente de Ulquiorra, ele se lembrou de uma parte da sua vida humana, o sangue, as pessoas sendo dilaceradas, ele viu sua mãe morrer bem na sua frente, todos morrendo.

Arroiuqlu: Naquele dia o monstro que matou todos não conseguiu te matar... – a sombra agora estava com sua mão no queixo de Ulquiorra e esse não conseguia mecher seu corpo -... Você tinha um poder nato desde a época em que você era carne e ossos, a energia que emanava de você impedia que o hollow se aproxima-se enquanto você continuava parado, olhando para ele, com as lágrimas nos olhos, lágrimas essas que foram difíceis de escorrer.

Ulquiorra: Não... não pode ser... – ele estava espantado como raramente ficava – Eu me lembro.

Arroiuqlu: Lembre-se da dor de perder todos a quem seu coração um dia amou!!! – As unhas escuras foram arranhando a pele branca do rosto de Ulquiorra, enquanto aquela mão negra fazia força para se fechar - Aquele foi o dia em que eu nasci, sua memória, o contrário do que você é, o desespero também brotou em você naquele momento, ele cresceu tanto que se tornou muito forte, mas você o enterrou, assim como enterrou seu coração e esqueceu de todos os que você amou, você selou seu coração, e foi assim que você começou a cavar sua cova! Você morreu por amar Ulquiorra! – um grito percorreu as paredes frias da caverna.

            Aquele estranha ser negro encarou o rosto pálido de Ulquiorra cujo rosto estava parado seus olhos estavam arregalados, entretanto em um instante depois sua aparência habitual havia voltado.

Ulquiorra: Sim, eu me lembro desse dia, entretanto, não consigo me lembrar da dor, nem do amor que eu sentia por aquelas pessoas, apenas do desespero que me assolou. Agora nada daquilo tem significado para mim.

Arroiuqlu: Como você pode estar tão calmo após ter essas lembranças de volta?

Ulquiorra: Estou calmo porque eu não tenho coração.

Arroiuqlu: Tem sim, só que você o selou e não conseguirá traze-lo de volta sozinho, vai precisar da ajuda de alguma pessoa.

            Nesse instante Ulquiorra movimentou sua mão esquerda, retirando aquela mão negra de seu queixo. Em seguida enterrou sua mão direita no peito do ser escuro.

Arroiuqlu: Argh!!! – berrou quando o mão do Espada entrou em seu peito – Mas o que ... O que você está fazendo?!

Ulquiorra: Já está na hora de você voltar para minha mente, pensa que eu realmente acreditei que você era Arroiuqlu? O meu inverso? Claro que não, você também não é minha memória, você é Desespero!!!

Desespero: Como você? - As feições da criatura se tornaram de espanto.

Ulquiorra: Ora, era óbvio que eu me reconheceria!

            O corpo de Desespero começou a ser sugado pelo braço de Ulquiorra, no formato de uma reiatsu escura e densa que escorria pelo seu corpo acima. Os olhos de Ulquiorra estavam diferentes, a retina estava verde escuro e sua íris amarela. A densa reiatsu escura estava dominando completamente a caverna.

-x-

Kajatyo: Que interessante, nunca imaginei que uma fraccion poderia ser tão forte. – Ele estava segurando Ellaine pelo pescoço.

            Ellaine havia sido derrotada, ela estava com um profundo corte no seu dorso, duas asas transparentes emergiam de suas costas, assim como várias escamas que lembravam diamantes brilhavam nelas, em seus punhos emergiam duas afiadas adagas, pelos quais ela conseguia criar descargas elétricas, seus pés lembravam os de um cervo, sua máscara havia se completado, contornando completamente seu rosto e criando uma tiara em sua cabeça.

Kajatyo: Com um golpe me mataria não é? Você não conseguiu me acertar nenhum, no final é apenas uma fraccion.

            Ele a largou e a deixou rolar por cima de vários escombros.

Kajatyo: Então é o fim. – O arrankar já planejava retornar para sua antiga forma quando sentiu um terrível oscilar de reiatsu, uma reiatsu que fez um gosto amargo surgir em sua garganta, trazendo-lhe um terrível sentimento.

            O arrankar se virou afoito, vendo que uma escuridão circundava o local onde Ulquiorra havia sido morto.

            Vários raios de reiatsu escuro margeados de verde saiam do local, sendo que uma luz verde emanava do centro daquele turbilhão. Nuvens de fumaças de coloração esverdeadas se levantavam do chão, mas eram afastadas pelo imenso poder que se levantava.

            A reiatsu negra abriu espaço e Kajatyo conseguiu ver um grande vulto negro que caminhava em sua direção.

Kajatyo: Não pode ser, essa reiatsu...Ulquiorra...

...

 

Continua

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e em breve eu posto o próximo capítulo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Traição: Colônia Arrankar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.