Volte Para Mim Irmão escrita por AngelSPN


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Um grande abraço aos amados leitores. E volte para mim irmão, os recebe com grande amor! Obrigada áqueles que chegaram até aqui, comentando e me mostrando onde posso melhorar. Beijos amigos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/399930/chapter/4

Alice abaixou-se colocando as mãos sobre a cabeça e fechando os olhos, havia sido empurrada pelo loiro, para longe do que seria o “campo de batalha”. Esperava com o coração batendo forte o ataque da criatura. Só que a moça não conhecia a habilidade e destreza do jovem loiro, que manejava o facão contra o peito da criatura. Era uma dança sanguinolenta, com as duas mãos segurando firmemente sua única arma, Dean gritou como um guerreiro ensandecido e correu de encontro ao cão demoníaco. Alice ergueu os olhos, seria imaginação sua, ou aquele tão simpático rapaz era um Deus?

“Ele vai me salvar, vai me tirar deste horrendo lugar”

A jovem cruzou os dedos em seu peito, como uma súplica, um pedido, uma oração para livrá-la dos tenebrosos monstros. Seu olhar marejado encarava aquele homem que pôs seu corpo a frente para protegê-la. Sentiu as lágrimas caírem, lembrava de algo parecido, alguma lembrança triste que guardara tão fundo em seu peito, que não lembrava o que poderia ser.

Nem mesmo Dean Winchester entendeu o que aconteceu, quando a adrenalina passou correu os olhos pelo estreito corredor, onde jazia a cabeça da besta, com a enorme língua negra para fora. O loiro deixou-se cair de joelhos esbaforido, sentiu as garras daquela criatura em seus braços. Um dos cortes parecia profundo, seus olhos verdes encontraram os de Alice, que sem hesitar estava com um pedaço de sua roupa enfaixando o braço do rapaz.

— Isso está feio, espero que não infeccione. A propósito, você se saiu muito bem. Como aprendeu a lutar daquela forma, achei que fosse nosso fim — Alice balançou os cabelos que teimavam cair-lhe pela face.

— Sinceramente? Já fiz muitas coisas, mas devo admitir que me excedi um pouco — Dean deixou seu melhor sorriso desenhar-se em seus lábios.

Alice deu um leve soco no ombro dele, agora definitivamente eles seriam uma dupla. Correndo pela vida e por uma saída. Fosse esse ou outro motivo, a paz momentânea fora tirada deles.

O som estranho das mesmas sirenas começou a tocar. Estava tão forte que os jovens tamparam os ouvidos, e mesmo comprimindo as mãos contra a cabeça o som parecia atravessá-los fazendo-os perderem os sentidos.

Dean abriu os olhos, não soube precisar o tempo em que esteve desmaiado, parecia ter sido tele transportado para outro lugar, um pouco mais limpo, arejado. Assustou-se ao perceber que a mulher havia sumido.

— ALICE!!!! — seus gritos apenas retornavam como ecos, correu pelas salas onde havia muitas macas empilheiradas.

Pegou o mapa rapidamente, percebendo então que jamais havia sido levado para outro lugar, apenas as coisas pareciam diferentes. O corredor ainda estava ali, sem sinal do sangue e da criatura. Achou que havia sonhado, mas a provisória atadura que Alice lhe havia feito estava ali. Levou a mão até o ferimento, deixando o nome da jovem passar pelos seus lábios.

“Alice”

Agora Dean Winchester estava se sentindo um verdadeiro derrotado.

“Como vou sair desse inferno? Como deixar uma jovem a mercê dessas criaturas? Um garoto perdido nas garras do mal? Droga, Sammy... e você meu irmão... onde estará?”

A única saída era seguir as coordenadas do maldito mapa, já que todas as portas que tentara abrir estavam trancadas.

Dean estreitou o olhar, uma luz refletia por debaixo de uma das portas, murmúrios vindos provavelmente de lá o deixaram ainda mais cauteloso. Ele não entrou na sala, mantendo-se encostado à parte exterior da porta entreaberta, deixando apenas metade do corpo à vista, a cabeça a tombar para um e outro lado, certificando-se que não seria pego de surpresa. Calmamente, com a palma da mão empurrou a porta branca. Ao adentrar tudo estava escuro e quieto.

“Filhos da mãe! Estão brincando comigo?” —murmurou o loiro para si mesmo. Tateou a parede procurando o interruptor, achando-o. Ao ligar, a luz que refletiu havia sido intensa. Tão brilhosa que seus olhos fecharam-se momentaneamente. Sombras enormes que estavam tão próximas a ele, evacuaram imediatamente, deixando gruídos para trás.

Automaticamente o facão estava em uma de suas mãos, mesmo que soubesse que pouco adiantaria. Percebendo que a luz incomodava os seres das trevas. O Winchester caminhou lentamente de costas, alcançado pé ante pé, a janela. E com um movimento ágil, jogou a cadeira de metal contra os vidros cobertos de fuligem. Esperava que os raios de sol, pudessem clarear o ambiente. Porém, frustrado com o que presenciou, emitiu alguns palavrões.

Havia esquecido totalmente, que aquele lugar estava tomado pela densa neblina. Com os vidros estilhaçados, Dean ouviu claramente passos do lado de fora. Observou se estava seguro, se as sombras não estavam próximas. Seu corpo agora estava voltado para o parapeito da janela, percebeu que havia uma espécie de passarela entre ela e o outro quarto. Teria que arriscar, havia tentando em vão abrir as outras portas. Limpou com o facão os restos de vidros ainda grudados ao redor dela. Abaixou-se um pouco, colocando uma das pernas para o lado de fora, testando se realmente aquilo agüentaria seu peso. Satisfeito por sentir a firmeza daquelas barras de ferro que conduziam para o outro lado, Dean escorou-se na parede e foi contornando-a passo a passo. Por alguns segundos olhou para baixo.

“ Não olhe para baixo, não olhe para baixo... estou parecendo uma mulherzinha!”

Um sorriso forçado surgiu de seus lábios. Ele odiava alturas, e aquela era realmente muito alta, tão distante do solo que o resto lá embaixo pareciam miniaturas. Tão alto estava que pôde analisar rapidamente toda a extensão daquele lugar. Entretanto, algo chamou-lhe a atenção. Um enorme outdoor com as escritas “Lago Toluca”. Após alguns minutos, sentindo o vento surrar-lhe a face, levantou o vidro da outra janela e entrou.

Seus olhos percorriam todo o quarto, um som embaixo de uma das macas o deixou em prontidão. O lençol branco empoeirado, denunciava os movimentos de alguma coisa que se escondia. Dean aproximou-se com o facão na mão direita, enquanto a mão esquerda arredava rapidamente a ponta do lençol. Inclinou-se de novo um pouco mais, quando se deu conta de que não era um ser humano o que se movia para ele com extrema dificuldade. Dean atirou-se para trás rapidamente, mesmo que quisesse enfrentar aquela “coisa” não teria chance. Aproveitando-se que o ser de pele brilhosa e com aspecto escorregadio, demasiadamente cheio de massa ou pele distorcida, tentava se desvencilhar do cômodo que o atrapalhava, o loiro levantou-se correndo para a porta.

“Droga! Trancada? Fala sério!”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ah, eu preciso tanto saber se vocês estão gostando, odiando, amando ou qualquer outro sentimento...
Bom resto de semana pessoal!