The Reason I Became A Witch escrita por Lady Rakuen, PandoraYuki


Capítulo 15
Sick of it


Notas iniciais do capítulo

Rakuen e Namie:
Desculpe pela demora (novamente), alguns contra tempos (como trabalhos e provas de fim de ano)... Bom, aproveitem a leitura



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Issa

Aquele livro. A aura que emanava dele despertava em mim o que havia de pior. Todo aquele passado obscuro, o sangue da minha primeira vítima, toda aquela raiva voltava à tona. Engoli em seco e comecei a analisar o conteúdo do livro. Os vários rituais ali passavam rapidamente pela minha visão, nada parecia ser grande o bastante para o que estavam planejando. Eu não sabia nada do ritual que elas planejavam e isso dificultava muito.

– Não tenho informações suficientes para descobrir qual é o ritual. – digo. – A maioria envolve crianças e não temos certeza sobre o objetivo delas. – suspiro. – Alguma ideia sobre o que pode ser? Ou informações?

– Impedimos um grande ritual antes... Envolvia 12 crianças, cada uma nascida em um mês... – Gretel começou.

– Além disso, o coração de uma bruxa branca. Isso tudo para conseguir a imunidade contra o fogo. – Hansel terminou.

Comecei a procurar imediatamente por algo que fosse semelhante ao que me informaram. Procurei rituais que fizessem menção à imunidade do fogo. Encontrei alguns que diziam algo sobre se tornar resistente ao fogo, mas nada que fosse total imunidade ao elemento.

– Droga... Nada que dê total imunidade ao fogo... – resmungo.

– Olhos de cor diferente... – Hali murmurou. Todos encararam a garota, franzindo o cenho. – Eu vi as crianças em um sonho. Todas elas tinham algo em comum... Os olhos... – voltei a procurar, prestando atenção ao fator olhos. Quando encontrei engoli em seco.

– N-não... Não é apenas a imunidade ao fogo... Eles querem criar a bruxa mais poderosa do mundo... – minha voz saia trêmula, aquilo não podia ser verdade. – 12 crianças, cada uma correspondendo a um mês e com os olhos de cores diferentes... Precisam também do sacrifício de 4 bruxas, cada qual especializada na magia de um dos elementos da natureza, coração de uma bruxa branca... – estava lendo lentamente o livro.

– Então não há como terminar o ritual... Não há bruxas que controlem o fogo... – Axel comentou, mostrando certa inquietação.

– Mas elas não iriam se dar ao trabalho se não conseguissem terminar o ritual... – Gretel se pronunciou.

– Eles vão terminar... – talvez minha voz tenha soado mais sombria do que deveria. – Eles têm Fagan... Um feiticeiro... Que controla o fogo... Talvez...

– Mas há formas de impedir, acredito... – Hali olhava para as próprias mãos fixamente.

– O ritual só pode ser realizado quando a Lua está exatamente sobre o local do ritual... – comecei a ler as instruções para o ritual. - Que deve ser um local onde possa matar as crianças afogadas... E... A única forma de impedir o ritual... – minha voz travou. A fúria tomou conta do meu corpo e em um ato raivoso atirei o livro com força na lareira acesa. – Droga! – gritei, saindo da sala batendo o pé.

– Issa! – Hali me chamou, mas já tinha saído da casa. Nevava lá fora e a neve caía em meu rosto, logo derretendo. Conseguia sentir ainda toda a aura de magia negra que saía daquele livro correndo por mim, aquilo com certeza contribuía para o estresse repentino. – Issa... O que foi aquilo?

– Apenas... Eu... – respirei fundo uma vez. – A aura negra daquele livro... Provavelmente me alterou...

– Mas não foi só isso, foi? – a loira questionou.

– Não... A única forma de impedir o ritual é não deixar começar. Se começar, não há nada que possa pará-lo... Temos de encontrar o local logo...

– Calma Issa... – ela segurou meus ombros, tentando me acalmar. – Eles ainda precisam de uma criança... E essa criança iremos proteger. – Hali disse com convicção.

– Acho que vou enfiar minha cara na neve... Para ver se consigo esfriar a cabeça. – digo, sentando na neve, sentindo o frio me invadindo.

– Vamos logo, eles devem estar nos esperando... - a mulher estendeu a mão para mim. Entramos na casa, todos estavam em pé, discutindo.

– Não podemos deixar passar mais tempo, elas podem mata-lo! – Greteltentava parecer calma, mas era visível a irritação.

– Se elas querem mata-lo, ele já morreu. – Axel foi direto com Gretel, quase sendo cruel.

– Não diga isso! – a morena gritou. Hansel segurou o ombro da irmã, para evitar que ela partisse para cima do caçador.

– Gretel... – a voz do moreno era sutil.

– Eu... Me desculpe... – ela saiu da sala. Eu e minha irmã olhávamos um pouco espantadas com a reação de Gretel, a sempre calma Gretel.

– O que aconteceu?

– Gretel só estava um pouco estressada e preocupada com a situação de Ben... E Axel estava comentando sobre o possível local do ritual... – Hansel tentou explicar o que se passou ali.

– Que local seria esse? – perguntei.

– E Ben? – Hali questionou, quase atropelando minha pergunta.

– O local seria o lago. – Axel respondeu.

– E precisamos resgatar Ben... Da última vez que entramos no castelo não havia nem sinal do loiro. – Hanselsuspirou.

– Nem das crianças... Imagino onde eles podem estar escondidos... – a loira também suspirou, olhando furtivamente para mim.

– Andei por quase todo o castelo quando estive lá... Não consegui achar nada... Estão muito bem escondidas... – respondi ao olhar de Hali.

– Mas volto a dizer... Se elas não tem planos para o garoto, ele já era. – Axel comentou novamente, bem direto.

– Temos de ser otimistas em relação à isso... Por mais que as chances sejam pequenas... – minha irmã tentava soar o mais confiante possível, mas imagino que até ela estava com dúvidas sobre Ben. Mesmo que otimistas, deveríamos admitir que já havia passado certo tempo desde que ele fora capturado... E digamos que bruxas não tem muita paciência.

– Pai... – ouvimos uma voz infantil. Um garoto aparece, abraçando Axel pela cintura. Do jeito que o homem estava, não me admiraria se ele empurrasse a criança para longe.

– Nathan... – o moreno se abaixou e abraçou a criança. Bom, isso me surpreendeu. – O que foi?

– Eu sei pai... Elas querem me capturar... Querem me matar... – o garoto falava com a voz rouca, como se segurasse o choro e não quisesse demonstrar medo.

– C-como... ? – Axel parecia confuso diante do menino. – Eu não vou deixar que nada aconteça filho... – ele se recompôs. – Prometo... – disse, dando um beijo na testa do menino e abraçando-o.

– Não se preocupe... Iremos protege-lo com nossas vidas. – Halisorriu.

– Sim, nós vamos... Mesmo que eu preferisse que não. – Hansel falou, tentando fazer graça, talvez tentando arrancar um sorriso de Nathan. Bom, não sei se Nathan riu, mas Hali deu um chute na canela do moreno.

– E seremos bem sucedidos. Somos os melhores. – Gretel apareceu na porta da sala, parecendo mais calma.

– Por isso não há o que temer. –sorri. A aura pura daquela criança parecia realmente...

Saborosa.

– Issa! – escuto a voz de Hali chamando. Ela parecia preocupada.

– E-eu... – Hansel e Gretel estavam me segurando. Minhas pernas fraquejaram.

– Você anda comendo? Não está ficando doente? – a loira parecia muito preocupada.

– Preciso sair... – digo, ignorando os protestos e saindo da casa.


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Notas finais do capítulo

Rakuen e Namie:
Esperamos que tenham gostado.