Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 31
A festa - parte I


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora para postar. Esses dias andaram muito corridos para mim, sem contar que tive que montar o próximo capitulo, estudar para as provas finais, fazer o trailer da fanfic...
"Para tudo! Como assim TRAILER? Explica essa história direito, Katy!"
Isso mesmo, fiz o trailer da fanfic!
Foi meu primeiro trailer, então, deem um desconto.
Eis o link: http://www.youtube.com/watch?v=wpsPw3njBCU.
Novamente quero que não comentem só o capitulo, mas o trailer também. Me digam se eu acertei, se ficou bom, o que acharam... Enfim, vossa opinião.
Espero que gostem!
Boa leitura e bom trailer!



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— Não! Já disse que não! — repetia pela milésima vez para June, que continuava com aquela ideia idiota.

— Você quer ou não fazer as pazes com Mason? — colocou as mãos na cintura e me lançou aquele olhar “faça o que eu tô mandando e não discuta!”

— Quero, mas... Sério, não precisa disso. — sentei exausta na cama. Aquela discussão junto com todo o cansaço acumulado no dia deixou-me indisposta para qualquer coisa, inclusive para a tal festa que June insistia que eu fosse.

— Olha só, ele te convidou e sei que ainda está te esperando.

— A gente discutiu há poucos minutos! É obvio que ele retirou o convite. Mas acho que assim é melhor. Não quero ir nessa festa. — disfarcei, já que meu verdadeiro medo era encontrar com ele de novo.

— Leah, acorda! Eu conheço meu irmão há vinte e um anos. Sei que o que ele fez ou falou foi só porque estava com raiva. Não vê? Ele quer que você vá à festa. E você vai! Não só por ele, mas por você também.

— Por mim? — juntei as sobrancelhas sem entender onde ela queria chegar.

— Diga-me uma coisa: você gosta do Mason? — olhei incrédula para ela. Gostar... Uma única palavra que contém tantos significados. Poderia dizer sim, e isso significaria tantas coisas... Assim como poderia negar, Mas talvez não fosse o que eu queria dizer.

— Se... Se eu gosto? — sentada na cama, abracei minhas pernas e apoiei minha cabeça sobre os joelhos.

— Sim ou não?

— Bem, ele é seu irmão e... Eu moro na casa dele, mas... Nem somos amigos, sabe... Não somos tão próximos... Mas ele é tão gentil que... Eu acho... Que sim. Eu gosto dele. — respondi tentando ainda encontrar o significado de “gostar”, mas sem distorcer nada, cheguei à conclusão de que era apenas como amigo.

— Então o que você está fazendo aqui? Vá a essa festa agora e diga isso a ele. Se realmente se arrepende, então vai lá. O que custa?

— Não sei... — durante o tempo que passei em La Push, costumava implicar com todos os lobos. Nunca deram muita atenção, simplesmente ignoravam, então não tinha que ir pedir desculpas. Isso era algo que não sabia fazer. Pedir desculpas. — Nem tenho roupa para ir. — inventei uma desculpa qualquer.

— Aí é que você se engana. — abriu um largo sorriso. — Lembra-se do vestido azul?

— Não! Nem pense nisso! — levantei da cama rapidamente. Novamente June levou um susto. Ela ainda não tinha se acostumado com minha velocidade.

— Já pensei. Vou pegar o vestido!

— Eu não vou usar aquela coisa curta e justa! — a imagem do meu reflexo em frente ao espelho trajando aquela peça dominou meus pensamentos. O que Mason acharia se eu usasse aquilo na festa? No mínimo, pensaria que estou dando em cima dele. Logo, lembrei-me que ele já tinha me visto com aquele vestido. A expressão facial e as falas dele vieram à tona. Balancei a cabeça para esquecê-las.

— Leah... Confia em mim. Fique aqui, eu já volto. Vou te deixar linda!

— Não! Não quero! — balançava a cabeça negativamente, mas ela não cedia. — June... — tentei chamá-la, mas ela já tinha saído do quarto. Aquilo me irritou imensamente. Já sentia os espasmos da minha transformação no meu corpo, mas tentei controlar a respiração para evitar destruir o quarto inteiro.

Dois minutos depois, ela aparece com aquele sorrisinho irritante no rosto. Olhei para outro canto no quarto. Com um esforço enorme, perguntei:

— O que vai fazer?

— Comece vestindo o vestido, depois vou arrumar esse seu cabelo e, por fim, faço a maquiagem. — falou naturalmente. Mas para mim não era natural. Era um tanto... Estranho, constrangedor.

— Não quero ir à festa.

— Mas quer se desculpar com meu irmão?

— Quero, só que...

— Então pronto! Vou me virar e você se veste. — jogou o vestido em mim e virou-se. — Mais uma coisa: se demorar, eu me viro mesmo que não esteja pronta.

Segurei o vestido e fitei-o. Não era feio, mas também não era pra mim. Estava acostumada a usar shorts e blusinhas, mas nada de saias ou vestidos. Chamava atenção demais para meus seios e nádegas. E o tamanho?! Curto, mostrava minhas coxas.

— Pronto? — perguntou-me June. Olhei para ela que ainda estava de costas e resolvi colocar logo o vestido.

Retirei minha blusa azul marinho e minha bermuda jeans. Coloquei o vestido com muita dificuldade, pois embora fosse flexível ao corpo, não tinha muita experiência. Quando terminei, arrumei meu cabelo que bagunçou na hora de pôr o vestido. Respirei fundo e disse:

— Pode virar. — mal ela virou e um sorriso de orelha a orelha brotou em seu rosto.

— Perfeito!

— Exagerado. — respondi sem ânimo. Fiz menção de ir me olhar no espelho, mas ela me parou com a mão no meu braço.

— Ainda não. Só vai se olhar quando eu terminar.

— Como é que é?

— Leah, senta.

— Pra quê? — perguntei já me sentando.

— Vou arrumar seu cabelo.

— O que há de errado com meu cabelo?

— Nada... — deu de ombros. — Mas um retoque não faz mal. — Já estava me xingando mentalmente por ter aceitado ficar hospedada na casa de June.

Ela não me dava sossego! Logo, um arrependimento por pensar isso me dominou por completo. Deixa de ser ingrata! Ela, Rox e Mason só estão te ajudando desde que pôs os pés nessa casa. Pensar nele fez sua imagem invadir minha mente. Seu sorriso encantador, seu corpo perfeito e aqueles olhos negros... Oh, aqueles olhos... Ele tinha que ser tão parecido com Jacob?!

Por fim, a imagem de sua raiva e rancor por minha causa fez meu peito se comprimir e, se não me conhecesse bem, diria que aquilo me causou certa dor. O que esse garoto está fazendo comigo?

— Vai ficar linda! — voltei minha atenção para June, que se sentou atrás de mim na cama e, com delicadeza, pôs-se a escovar meus cabelos.

Depois da “sessão cabeleireiro”, da qual fui obrigada a participar, June foi até seu quarto. Ouvi algumas gavetas serem abertas e fechadas em seguida. Voltou com uma caixinha mão, da qual já suspeitava ser a tal maquiagem que dissera. Levei as mãos ao rosto, parcialmente para não usar a maquiagem, mas também pela vergonha de como ficaria com ela.

— Não adianta esconder esse rosto. — disse fechando a porta atrás de si.

— Por que não pode me deixar ir de qualquer jeito? É só uma festa idiota! — bati as mãos com força na cama. Quase me esqueci da fragilidade da madeira e a quebrei, mas por sorte, apenas fez um rangido de protesto à minha força.

— Leah... Já combinamos, certo?

— Não, você combinou, não fiz parte desse acordo.

— Você vai gostar.

E lá se foi mais uma sessão, só que dessa vez, “sessão maquiagem”.

Quando terminou, pensei em ir ao banheiro para retirar tudo. Não só a maquiagem, mas tudo mesmo. Não me pareceu uma má ideia.

— Acho que vou ao banheiro... — disse já me levantando.

— Antes venha aqui. — segurou meu pulso como se eu fosse incapaz de andar sozinha e parou em frente ao espelho. Não ousei me olhar nele. Abaixei a cabeça e fitei meus pés, no momento, descalços.

Ela segurou em meu queixo com os dedos e levantou meu rosto.

Um sentimento estranho me fez perder o ar. Nunca havia me sentido tão... Tão... Bonita. Era como se não estivesse me vendo. Nem quando namorava o Sam fiquei tão bem arrumada. Mas de qualquer forma, ele não mereceria. Queria que Jacob me visse assim...

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— Eu...Eu... Eu... Estou sem palavras. — disse por fim.

— Eu disse que iria gostar.

Aquele vestido não me pareceu tão ruim naquele momento. Talvez fosse até... Não! Ainda era exagerado e, sem dúvida, não fazia meu tipo. Mas não podia negar que estava bonita.

— Tá. Melhor eu ir logo nessa festa e acabar com isso. — fiz minha melhor cara de “tanto faz”.

— Só falta o sapato. — olhei para meus pés novamente e concordei com June. — Já tenho o sapato perfeito! — ela foi em direção ao armário e abriu umas gavetas que continham objetos que não eram meus. Entre esses objetos, ela retirou uma caixa de sapato, aparentemente nova. Abriu-a e revelou um sapato de salto alto azul cheio de detalhes por toda sua extensão.

Minha boca se abriu e meus olhos se arregalaram. De jeito nenhum usaria algo desse tipo! Era tão alto, que doía meus pés só de imaginar usá-lo.

— Esse daí eu não uso. — adverti antes de qualquer tentativa dela.

— Disse o mesmo sobre o cabelo e o vestido, mas olha só pra você agora! — virei-me novamente para o espelho e, embora não quisesse, concordei com June. Disse que ficaria ridícula, mas estava linda.

—Deve ser muito desconfortável. — tentei justificar um bom motivo para não usar o sapato.

— Você se acostuma. — deu de ombros.

— Eu me acostumo?! —falei um pouco mais alto que o normal. — De jeito nenhum. Esse eu não uso.

— É o que veremos. — ela me lançou um olhar até então desconhecido por mim, que veio acompanhado de um sorriso nada inocente.

***

Com uma coragem desconhecida, abri a porta do carro de June. Antes de colocar o pé para fora do veículo, olhei para ela novamente.

— Coragem, Leah. Coragem. — incentivou-me. Virei-me para o lado de fora, onde se encontrava uma mansão enorme. As luzes coloridas da festa iluminavam toda a vizinhança. O som ensurdecedor fazia meus ouvidos reclamarem, principalmente pelo fato de todos os meus sentidos serem mais aguçados do que os de um humano.

— Saí de vez do carro e fechei a porta. A passos lentos, fui caminhando em direção ao local. Não estava certa se me deixariam entrar, mas qualquer coisa, diria que era amiga do Mason. Torci para isso dar certo.

Coragem Leah, você mata vampiros, pode passar por isso! Alguns rapazes que enchiam a cara do lado de fora da mansão, assobiavam enquanto eu passava. Tentava não dar bola, mas quando passei por um loirinho que estava apoiado num carro, ele deu um tapa na minha nádega esquerda. Um piscar de olhos foi o tempo para eu me virar e acertar a cara do mesmo com um soco bem dado. O garoto caiu no chão gritando de dor. Ok, dessa vez, eu peguei pesado, acho até que ele quebrou o nariz, mas ninguém mandou fazer aquilo como se eu fosse uma vadia qualquer.

Os outros caras nem deram bola, já que estavam mais bêbados do que o loiro. Continuei andando como se nada tivesse acontecido e cheguei até a porta da frente, onde dois homens fortes de terno preto fechavam a passagem. Um deles me lançava olhares maliciosos, enquanto o outro mantinha uma postura mais séria. Parei na frente dos dois e esperei que me dessem passagem.

— Tem convite? — perguntou o mais sério. Convite? Mason não falou nada de convite. Na verdade, eu nem o deixei falar, já parti para a arrogância.

— Que convite, cara. Tá louco? Olha só pra ela, acha que mulher assim precisa de convite? — interferiu o outro. — Pode passar. — deram-me passagem e eu, corada com as falas do guarda malicioso, passei.

Dei alguns passos pelo local. Qualquer lugar que eu passava, algum garoto se esfregava em mim, na maioria, propositalmente. O local estava cheio. Tocava I Love it de Icona Pop. Todos dançavam e riam com as mãos para o alto. Muitos subiam nas mesas e no sofá. Alguns se beijavam e outros estavam quase arrancando as roupas dos companheiros em público. Isso sem contar com todos os olhares voltados para mim. Ninguém me conhecia e eu não conhecia ninguém. Não devia ter vindo.

Virei-me em direção à saída, mas dei de cara com um peitoral másculo. Olhei um pouco mais para cima e o reconheci.

— O que veio fazer aqui?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram do capitulo? E do trailer? Comentem!