Em Makai...

- Estou tão nervosa. – Falou uma garota de cabelos negros curtos e corpo avantajado sentada em um sofá negro no centro de uma sala que pertencia a residência de Vlad D. Braz. O nome da garota era Yanagi Fuyumi.

Há algum tempo atrás, quando ainda era viva, um portal apareceu no armário de seu quarto. Quando entrou no portal negro ela se via perdida em um território totalmente desconhecido. Depois de conhecer Charlie Vlad Staz, o chefe vampiro do território onde ela apareceu e ter sido morta por uma planta (vergonhoso) e virado fantasma, ambos tinham começado uma aventura atrás de uma forma de revivê-la. Por incrível que pareça, o irmão de Staz tinha a resposta, e depois de várias complicações ele finalmente conseguiu terminar o projeto. Agora, Fuyumi e Staz esperavam impacientemente pelo vampiro mais velho os chamar e começar a ressurreição.

Na janela, um pouco afastado do sofá, estava Staz, que aparentava ser um adolescente comum, tirando o fato de ele ser totalmente pálido, ter olhos em um tom de vermelho sangue e ter todos os dentes afiados como o de um animal carnívoro. Seu pé batia no piso de madeira escura, como mostra do quão nervoso estava.

Sim, ele estava nervoso. Nunca foi de confiar em seu irmão e provavelmente nunca confiaria. Foi a pouco tempo que seu irmão retirou a bala de seu coração, que o mesmo havia colocado quando Staz ainda era somente uma criança (N/A: Spoilers, provavelmente vai aparecer no ep 5 ou 6).

- Staz-san. – Chamou Fuyumi. O vampiro se virou, apoiando o cotovelo na janela e fitou-a dando sinal para que continuasse. – Você acredita que seu irmão vá me reviver? Ou acredita que é um plano?

Ela perguntou com a voz em um tom temeroso. A razão pela qual fez tal pergunta fora no primeiro dia em que Liz passara na casa de Staz. Fuyumi conversara com o vampiro na sacada, foi quando ele tinha dito duas frases impactantes, que não queriam deixar a mente da garota naquela hora... “O grande plano do nii-san. Uma vez nele não há mais esperança para você” (Spoiler).

Staz sabia que ela tinha se lembrado daquela conversa que tiveram na sacada e logo tomou medidas para acalma-la, ou pelo menos... tentar. – Não precisa pensar nisso, aquela vez eu estava apenas brincando. E mesmo se fosse o caso, não temos nenhuma outra ideia de como fazer a ressurreição além do nii-san. – Ele novamente voltou seu olhar para a vista da janela.

Os minutos se passavam lentamente ao ritmo do “tic-tac” do relógio antigo perto de onde Staz estava. Quanto bateu 7 horas o relógio badalou 7 vezes (não me diga). Quando as badaladas cessaram a porta é aberta dando visão a uma pequena garota de cabelos e olhos vermelhos vibrantes.

- Liz? – Perguntou Staz olhando para sua irmã menor.

- Nii-san vos chama para o laboratório. – Disse-a friamente.

Fuyumi se levanta e começa a seguir Liz com Staz a dois passos atrás de si. Uma pequena gota de suor frio escorreu da sua testa, passando pela sua bochecha e finalmente caindo no piso de mármore.

Cruzaram por alguns corredores, desceram várias escadarias até chegarem a uma porta de metal com aparência pesada. Nela estava marcada “3”.

- Nii-san chama esse lugar de laboratório 3. Ele é usado para experiência. É revestido de metal para maior segurança contra explosões.

Nesse momento Fuyumi se encontrava quase tão pálida quanto os vampiros que a acompanhavam. Até Staz parecia um pouco mais pálido com a ideia de o laboratório ir pelos ares, levando sua preciosa e rara Fuyumi junto.

Liz empurrou a porta sem dificuldades, produzindo um grande rangido de metal arranhando o piso. O grupo entrou na grande sala revestida de metal escuro. O teto estava a metros acima de suas cabeças. No centro havia duas câmaras de metal, conectadas por cabos de variados tamanhos, cores e materiais. Alguns pareciam de plástico resistente, outros de ferro, outros de bronze e por ai ia. Conectavam-se uns com os outros e seguiam caminho até uma cabine blindada com um vidro, provavelmente super-resistente. Dentro da mesma estava um homem parecido com Staz, porém claramente mais velho, usava óculos e roupas antigas de aparência nobre. Ele parecia ler uma tabela qualquer, mas logo que avistou o grupo se juntou ao mesmo.

- Staz, Fuyumi. – Ele os cumprimentou, dando um singelo beijo na mão da garota ao falar seu nome. A mesma corou.

- Oe! Não é hora para isso. – Disse Staz retirando a mão do seu irmão mais velho da mão da garota. – Só não quebro seu pulso de novo porque você vai operar essas coisas.

- Muito bem. – Braz falou ao dar um sorriso irônico. – O que você tem que fazer Fuyumi é entrar na câmara da esquerda. Iremos separar seu poder demoníaco de sua alma humana e a transportaremos para o corpo que reconstruí a partir da amostra de seus ossos. Em quanto aplicamos o processo, eu, Staz e Liz ficaremos na cabine de controle, para nossa proteção.

- Nada disso. – Staz interviu. – Eu vou ficar do lado de fora da cabine. Ainda não confio em você. Se você armar alguma coisa eu prefiro ficar do lado de fora a ficar preso em uma cabine... com você. – Completou.

Braz sorriu e ajeitou os óculos. – Como queira. Liz. – Chamou pela irmã. - Vá para dentro da cabine em quanto eu ajeito as coisas aqui fora.

A pequena vampira assentiu contente e foi em direção à cabine, como sempre firmemente agarrada ao bichinho de pelúcia que Staz uma vez havia comprado para ela (Spoiler).

Após Braz prender Fuyumi firmemente entre as amarras negras, prensando-a cada vez mais a parede de metal da câmara,então ele voltou para a cabine de controle. Staz se recostou em um canto da sala, observando seu irmão clicar, girar, torcer e puxar os vários comandos dentro da cabine. Um barulho de gerador começou a soar alto. Das câmaras, alguns pequenos raios começaram a se formar.

“A sena é digna para um filme” pensou o jovem vampiro, pensando em vários dos animes que viu, com cenas parecidas. Ele chacoalhou a cabeça para os lados com a intenção de prestar atenção ao que estava acontecendo.

“TUM”.

O som alto de um estrondo toma conta do local. Staz arregala os seus olhos, fitando o lugar das cabines. Lá, estava-se formando algo parecido com um buraco negro, o que o lembrou da cortina negra pela qual Fuyumi havia aparecido em Makai.

Com um alto rangido, a segunda cabine foi arrancada do chão, sendo sugada pela escuridão. Staz logo se dá conta que a primeira cabine, na qual Fuyumi estava prendida, teria o mesmo destino.

Em um pulo ele se agarra a cabine, arrancando à força a porta grossa. Lá estava a garota totalmente prensada entre as amarras que seu irmão havia preparado. Ele arranca todas, logo agarrando o braço de Fuyumi.

Os pés de Staz são levantados com a força de atração que vinha do “buraco negro” que começara a aumentar. Agora Fuyumi também já estava sendo puxada. Assim... ambos são engolidos pela total escuridão.

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- Itaaai... meu braço... – Resmungou o vampiro que sentia seu braço sendo prensado contra o chão duro. Ele abre seus olhos, piscando diversas vezes devido a forte claridade. Ao olhar para seu braço esquerdo viu uma sena um tanto... constrangedora. Fuyumi se encontrava deitada em seu braço, com os seios fartos o prendendo no chão. Por algum motivo Staz corou depois de contorcer a sua cara em espanto.

Rapidamente ele retira o braço e tenta se acalmar. Fuyumi continua em sono profundo. O vampiro olha para os lados, notando que estava em um lugar praticamente deserto, parecido com aqueles cenários de filmes de faroeste. Ele se volta para a garota adormecida.

- Oee. FUYUMI! – Ele grita em quanto a balançava pelo braço.

- S... Staz-san? – Ela levanta lentamente o tronco, olhando para os lados. – Onde estamos?

- Boa pergunta. – Ele responde com uma gota em seguida puxando o capuz do casaco para não se queimar devido ao forte sol do mundo dos humanos. – Vamos caminhar um pouco, vai que nós não encontramos alguma cidade.

- H-hai.

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- OE OE! NINGUÉM FALA JAPONÊS AQUI? – Berrou Staz para o balconista que se encontrava agitando os braços tentando acalma-lo.

Sim. Há pouco eles haviam achado uma pequena cidadezinha de interior na qual pararam para TENTAR descansar. – NÓS! – Staz apontou para si e para Fuyumi. – QUARTO! – Ele fez uma mímica engraçada, fazendo algo parecido com um triângulo com os braços acima da cabeça. – DESCANSAR! – Ele juntou ambas as mãos, colando-as ao ouvido esquerdo em quanto fingia dormir.

- Óoooh. Yeah Yeah. A room for you and your girlfriend rest. – O balconista soltou um sorriso malicioso do qual nem Fuyumi ou Staz sabiam o porquê, devido não saberem falar inglês. – Here is the key. – O balconista lançou-lhes a chave.

- ALELUIA! – O vampiro comemorou em quanto Fuyumi abafava uma baixa risada. – Vamos, vamos, Fuyumi! Quero dormir! – Staz logo empurrou a garota escada à cima, a mesma levou as mãos a cabeça tentando ajeitar o triângulo de papel que dobrara devido ao movimento brusco.

Em um dos bancos da recepção, um senhor que aparentava ter entre 70/75 anos observava a sena.

- Demônios... – Sussurrou em desgosto em quanto pegava o velho telefone celular para digitar um determinado número. – Devo chamar os exorcistas...

Continua...