Final Fantasy X-3 - Os Hinos escrita por Mirytie


Capítulo 10
Capítulo 10 - Desvendado parte 1


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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O grupo ficou numa pousada em Bevelle, bem longe do templo de Bevelle, a pedido de Yuna que insistira nesse aspecto.
Uma vez que iam ter o "previlégio" de organizar o casamento da Invocadora Suprema com o jogador de Blitzball mais aclamado do momento. Era quase tão bom quanto o casamento de Yuna e Seymour.
Mais de metade de Spira já tinha conhecimento do acontecimento. Bevelle já o sabia praticamente desde que Yuna saíra da sede...
Mesmo que o grupo continuasse junto, toda a gente sentia o medo e a pressão de estarem a ser constantemente observado e investigado. Por, à excepção de Yuna, eles trocavam de turnos para ficarem de guarda à porta.
O quarto onde tinham ficado, era dividido em seis divisões: a que o grupo partilhava e que ia dar ao corredor da saída e os quartos privados. O encarregado pela segurança do grupo ficava em frente à porta do espaço partilhado.
Depois da insistência de Paine, Yuna explicou-lhe porque é que desconfiavam e tinham tanto medo de Bevelle. Felizmente, ela tinha percebido e até pena de Yuna.
– Casaste-te mesmo com o Lorde Seymour? - perguntou Paine, quando Yuna lhe contou.
– Tecnicamente, sim. - respondeu Yuna - Mas já estava morto naquela altura.
Yuna murmurou aquela parte por também ia casar-se com um homem morto, se se visse pela perspectiva das outras pessoas. É claro que ninguém saberia. Só ela saberia que Tidus era um "não-enviado". Só ela e mais ninguém.
Bem, se a prima soubesse, concerteza não iria contra os desejos da prima de continuar com ele mas se, por exemplo, Wakka soubesse, iria relembrá-la do que Aion tinha dito quando estava a desaparecer e ela própria começaria a dúvidar de si própria.
Entretanto, ainda estava a andar naquela fina linha entre o que fazer como Invocadora e o que fazer como uma pessoa de senso comum. Se virasse para qualquer um dos lados, a resposta seria a mesma: mandar Tidus para a Farplain.
Quando bateram à porta do quarto, foram todos a correr para a sala de convivio e pararam à beira da porta, enquanto Tidus abria lentamente a porta. Tal como previsto, eram guardas da Nova Ordem de Yu Yevon.
– Precisamos de falar convosco. - disse um deles - O Lorde Baralai está a convocar-vos.
– Não vamos para nenhumas prisões, pois não? - perguntou Yuna, sarcasticamente.
Um dos guardas suspirou.
– É claro que não. - respondeu o guarda - Mas vão ser entrevistados separadamente. O Lorde Baralai também quer falar com a Yuna-sama sobre os preparativos do seu futuro casamento.
– Então quer dizer que não é tudo sobre o casamento? - perguntou Wakka, mesmo sabendo-o desde o principio.
– Não é tudo sobre o casamento. Aliás, o senhor e a rapariga de cabelos roxos não precisam de vir. - disse um dos guardas - Agora, por favor, Yuna-sama, por favor, acompanhe-nos.
– Hei! - protestou Tidus, quando Yuna passou por ele - Ela não vai a lado nenhum sem mim!
– Aliás, Tidus-sama. - interrompeu o outro guarda. Tinham começado a adicionar o "sama" depois de receberem a notícia do casamento entre ele e Yuna - Você virá comigo.
Yuna olhou para ele. - Para quê? O Baralai só pode falar com um de cada vez!
– Yuna-sama, por favor, acompanhe o meu parceiro. - pediu o guarda, enquanto o segundo a puxava levemente para fora do quarto e em direcção contrária a Tidus - Vai estar tudo acabado antes que dê por isso.
Yuna franziu as sobrancelhas, mas sabia que, se ripostasse, mesmo sendo a Invocadora Suprema, iriam encarcerá-la novamente. Por isso deixou-se ir, rezando para que eles não tivessem encontrado alguma prova que provasse que era realmente Tidus que estava por detrás do regresso das fés.
– E então, com quem é que eu vou falar? - perguntou Tidus descontraídamente.
– O Isaaru-sama pediu para falar consigo. - respondeu o guarda, surpreendendo Tidus.
– O Isaaru?
...
– Os Guado dizem ter visto um "não enviado" consigo. - começou Baralai, paralizando Yuna - No entanto, com respeito a si, eles recusaram-se a dizer quem ou como ele era. Quer acrescentar alguma coisa?
Yuna abanou a cabeça.
– Então é verdade que existe um "não enviado" dentro do seu grupo? - perguntou Baralai.
Yuna continuou em silêncio.
– Yuna-sama, tem noção de que ainda é um Invocadora. - disse Baralai - Mais do que isso, é a Invocadora Suprema. Estou ciente de que teve de fazer várias coisas perturbadoras para trazer a Calama Eterna e que prometeu nunca mais usar os seus ensinamentos, mas ainda É uma Invocadora. Por favor, não se esqueça disso quando estiver a olhar para o individuo que já não devia estar entre nós.
– É só isso que queria dizer? - perguntou Yuna.
– Na verdade, tenho uma teoria. - revelou Baralai - Que esse tal "não enviado" pode ser o tal a trazer as fés de volta.
Yuna parou de respirar durante uns segundos, mas depois disse a si própria para agir normalmente. Afinal, eles não tinham certeza de nada.
– Se assim fosse. - continuou Baralai - Nós tomariamos custódia do individuo em troca da sua protecção. Pense nisso, Yuna-sama. Ninguém lhe poderia tocar.
– Nem os seus amigos. - acrescentou Yuna - Eu sei como funciona Bevelle.
– É verdade. - confessou Baralai - Mas, como eu disse, ele estaria protegido. A Nova Ordem de Yu Yevon tem uma das...
– prisões. - adicionou Yuna - Era isso que ia dizer, certo? Uma das prisões mais bem guardadas de toda a Spira.
– Yuna-sama.
– Nós não estámos presos aqui. Não tem nenhuma prova para nos manter aqui por isso, depois do casamento, voltamos para Besaid, aonde não queremos ser incomodados por Bevelle novamente. - disse Yuna, continuando antes de Baralai ter tempo de falar - Se tentar manter-nos presos aqui, posso sempre espalhar a notícia de que Bevelle está a deter a Invocadora Suprema contra a sua vontade.
Baralai permaneceu em silêncio durante alguns segundos e suspirou.
– Bem, em relação à cerimónia...
...
– Tens conhecimento do que aconteceu em Zanarkand? - perguntou Isaaru.
– O que aconteceu em Zanarkand? - Tidus franziu as sobrancelhas - O facto de teres-nos traído pela segunda vez e trazeres os guardas da Nova Ordem de Yu Yevon até nós?
Isaaru deixou-se ficar em silêncio durante um pouco, pois sentia-se mal por ter feito aquilo. Mas tinha de falar com Tidus.
–Quando entraste em Zanarkand, os fyreflies reapareceram. - começou Isaaru - O que já não acontecia desde que as fés desapareceram.
– O que é que estás a tentar dizer? - perguntou Tidus - A Yuna tem alguma coisa a haver com isso?
– Desta vez, acho que não. - confessou Isaaru - Mas não posso dizer aqui. Alguém pode estar a ouvir. Os guardas da Nova Ordem já desconfiam de alguma coisa e estão provávelmente a gravar a nossa conversa, agora mesmo.
Isaaru apontou para um dos cantos do tecto e Tidus olhou para a pequena bola dirigida à mesa.
– Então, aonde é que achas melhor falarmos? - perguntou Tidus - Estamos em Bevelle por ordem daquele homem que manda agora na Nova Ordem ou qualquer coisa do gênero. Estámos a ser vigiados praticamete 24 horas por dia.
– Mas não estão presos. - lembrou Isaaru - Se quiserem sair, saem.
– O que é que propões que eu faça? - perguntou Tidus.
– Sai à noite quando estiveres a guardar a porta e os outros estiverem a dormir. - respondeu Isaaru - Mesmo que os guardas estejam à porta, podes sempre inventar uma desculpa qualquer.
– Para sair à noite? - disse Tidus - Não me parece que eles caiam.
– Tens de fazer isto pela Yuna. - sussurrou Isaaru obtendo a atenção total de Tidus - Se não vieres falar comigo, não vais ter conhecimento do que ela está a tentar carregar às costas dela, sozinha.
– Outra vez. - murmurou Tidus para consigo mesmo - Está bem. Eu vou ter contigo.
– Vai estar lá mais alguém para falar contigo. - revelou Isaaru, confundindo Tidus - Só para que não fiques com medo ou desconfiado, é um dos Guado que ajudou o Seymour no passado.
– Eu lembro-me. - disse Tidus, pensando na mão direita de Seymour - Porque é que ele quer falar comigo?
– Os Guado decidiram que tinham de falar contigo. - disse Isaaru - Ou com a Yuna. Tu é que decides. Se não quiseres falar com ele, eu digo à Yuna...
– Não! - exclamou Tidus - Está tudo bem. Eu falo com o Guado.
– Nós já falamos. - disse Isaaru, referindo-se a ele próprio e ao Guado - Não vais gostar do que vais ouvir mas não podes dizer nada à Yuna. Ele acha que tens um "problema".
– Um problema?
– Sim. - disse Isaaru, suspirando penosamente - E que eu posso resolver esse problema. É muito complicado e arriscado para explicar agora mas, caso algo corra mal ou sejas apanhado por um guarda, talvez seja melhor despedires-te da Yuna antes de vires ter connosco.
– Não te preocupes comigo. - disse Tidus, sorrindo - Eu já enfreitei inimigos piores. Não me vai acontecer nada.
Isaaru anuiu anuiu e levantou-se.
– Encontramo-nos logo à noite, então. - disse Isaaru, antes de sair.
Encostou-se à porta e suspirou outra vez.
Não podia ser, pois não? Tidus não podia ser um "não-enviado"! Se o que o Guado dissera-lhe fosse verdade, ele seria obrigado a enviá-lo, mesmo sem a Yuna saber. Especialmente sem Yuna saber.
Porque se se tivesse conhecimento que ela sabia que ele era um "não-enviado" e não o tinha enviado por vontade própria nem o título de Invocadora Suprema a salvaria. Iria directamente para a prisão de Bevelle.
Se ele fosse um "não-enviado", Isaaru iria enviá-lo mesmo que Yuna o odiasse para sempre depois disso. Já que ele odiar-se-ia para sempre também, não fazia diferença.
Espera que fosse mentira, pensou Isaaru.
Esperava que o Guado estivesse enganado.


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Notas finais do capítulo

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