Seaweed Brain escrita por SeriesFanatic


Capítulo 5
O acordo com Gaia




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Annabeth decidiu não contar a ninguém sobre aquele rapaz. Conseguiu dormir depois que voltou da praia e sonhou com ele. Os dois brincavam no mar, como se nada mais tivesse importância no mundo. Ela deveria estar ficando louca! Estava apaixonada por uma sereia, que ela nem sabia o nome... o que estava acontecendo com ela?! Na manhã seguinte, passou o dia na biblioteca da cidade procurando tudo o que conseguiu sobre sereias e hipocampos e o tal deus Poseidon.

Ela descobriu que há diferença entre nereidas (que são só mulheres) e sereias/tritões (homens e mulheres segundo algumas mitologias). Não havia muito sobre o tal deus Poseidon e tudo que Annabeth encontrou sobre os hipocampos ela já sabia. Foi para o palácio exausta e encontrou o local todo decorado para o baile na noite seguinte.

    - Mamãe exagerou dessa vez. – disse Malcom. – Está muito... formal.

    - Não gosto de ir contra a tia Atena, mas Malcom está certo. Achei que fosse uma “reunião de família”. – disse Luke.

    - Ora, até parece que vocês não sabem como Atena é! – exclamou Thalia. -  Só espero que Ártemis não invente de tentar matar Apolo durante esse baile.

    - Isso seria hilário! – riu Nico.

    - Não, seria horrível! – corrigiu Bianca.

Os seis estavam sentados no salão principal conversando enquanto empregados e guardas cuidavam de cada misero detalhe. Quíron estava supervisionando como sempre e por isso não estava tentando impedir que as crianças fizessem alguma besteira. Annabeth estava avoada, enquanto o irmão e os amigos conversavam, ela focava sua mente no lindo rosto daquele rapaz e seu coração batia mais rápido cada vez que ela lembrava que ele era real.

    - Certo Annabeth? – disse Thalia. – Annabeth?

    - Hum. – ela disse voltando a realidade.

    - Tudo bem? Você não é avoada. – disse Bianca.

    - Ah sim, tudo ótimo. Eu só... estou com sono. Demorei a dormir ontem então estou meio... querendo ir para a cama. – mentiu ele forçando uma cara de cansaço (essa parte não foi difícil).

    - Ah, boa noite então. – disse Nico.

    - Boa noite. – ela disse se retirando.

Percy esperou que todos no palácio fossem dormir e saiu em busca de Hera, mesmo ela tendo dito para ele ir em exatamente 24 horas e não 4 horas depois. Ele acordou Grover na casa dele e Rachel na casa dela e os forçou a irem com ele atrás de Hera e Gaia.

    - Percy isso é loucura. – disse Grover.

    - Loucura? Isso é insanidade! Por acaso você sabe quem é Gaia? Uma feiticeira poderosa inimiga do seu pai e que provavelmente irá amar te matar! – disse Rachel.

    - Escutem, eu não vou me casar com Clarisse! E honestamente não me importa se Annabeth irá ou não gostar de mim quando me conhecer, mas eu não passo mais nenhuma noite como tritão! Não vou me casar com Clarisse e não vou continuar aqui! – ele disse já ficando estressado.

Rachel e Grover se entreolharam apreensivos.

    - Ao menos você disse alguma coisa para Tyson ou sua mãe? – perguntou Grover.

    - Não. Vocês é que irão contar. – ele disse chegando ao fim de Atlântida.

O mar aberto estendia-se na frente dos três, negro e frio à noite.

    - COMO É QUE É?! – exclamou Grover.

    - Percy, você REALMENTE ficou maluco. – disse Rachel.

    - Eu não ligo! Tenho que ver Annabeth de novo e não vou me casar com Clarisse. – ele falou imperativo. – Algum de vocês tem ideia de como eu faço para achar Gaia?

Rachel e Grover se entreolharam mesmo ali no escuro do mar, dava para ver que eles não estavam gostando em nada do plano de Percy. Antes que eles pudessem tentar colocar juízo na cabeça de alga do amigo, uma enguia que mais parecia uma vaca apareceu.

    - Hera. – disse Percy.

    - Ora, ora, meu jovem Perseu... – riu Hera. – Você pensou numa resposta mais rápido do que eu imaginei.

    - Deixe-o em paz! – brandiu Rachel.

    - É! – disse Grover.

    - Quietos. Eu vou com Hera. Digam a minha mãe que a amo e sinto muito, mas não irem me casar com Clarisse. – ele disse com um nó imenso na garganta. – Digam a Tyson que lamento por passar esse fardo para ele, mas eu tenho que ver Annabeth de novo.

    - Percy, essa humana lhe lançou um feitiço! – disse Rachel quase implorando. – Os humanos irão te matar! E o que essa ai tem de especial? É só mais uma humana como qualquer outro! Assassina de peixes e sem caráter.

Percy se segurou para não dizer nada que magoasse Rachel e partiu nadando lado a lado com Hera para mar aberto. Grover e Rachel se olharam apreensivos e concordaram em silêncio: ninguém poderia saber o que aconteceu com o príncipe. Seria melhor que todos pensassem que ele fugiu ou morreu. Se soubessem que Percy preferia ser humana a ser um tritão... Hera guiou Percy até o sol começar a clarear, ele já estava muito cansado, tinha algumas boas noites que ele não dormia direito. O lugar onde Gaia morava era uma caverna perto de um precipício e o lugar era assustador. Mas nada se comparava a bruxa. Da cintura para cima parecia uma pessoa normal, com cabelos, olhos e pele cor de chocolate, da cintura para baixo ela tinha tentáculos como um polvo, mas parecia ser uma nereida. Os cabelos pareciam dissolvidos como se fosse terra, mas ainda assim tinham consistência.

    - Perseu. – disse Hera com uma voz de dar arrepios. – Fico feliz que você tenha aceitado a minha proposta.

    - O que eu preciso fazer para virar um humano? – ele disse tentando ser corajoso.

    - Basta apenas beber uma simples poção, criança. – ela pegou um frasco de vidro com um líquido azul. – Beba e vire humano.

    - O que você quer em troca?

    - Ah... – ela sorriu vitoriosa. – Você é mais inteligente do que eu pensei... sim, eu quero alguma coisa em troca. Mas não precisa se preocupar, é nada comparada a liberdade que você terá.

    - O que quer? – ele disse pegando a adaga de Annabeth.

    - Calma criança, não precisa partir para a agressão! – riu Gaia. – Eu só quero sua voz.

Por essa Percy não esperava. Se ele soubesse cantar, como seu primo Febo, ele até acharia normal à proposta, mas a voz dele era horrível.

    - Minha voz? – ele franziu o cenho. – Por quê?

    - Porque sua voz é linda, Perseu. Somente. – Gaia deu de ombros.

Hera fazia uma expressão que indicava confiança. Percy abaixou a adaga e estendeu a mão como forma de um acordo. Gaia apertou.

    - Ah e tem mais uma coisa. Tem essa espada, Anaklusmos... ache-a e jogue no mar quando Hera aparecer ao pôr do sol no máximo de três dias a contar com amanhã e eu deixarei você humano para sempre e com sua voz. Digamos que só quero sua voz como garantia. – sorriu Gaia.

    - E se eu não conseguir achar Anaklusmos?

    - Eu lhe transformarei de volta a tritão. E ainda fico com sua voz.

Percy queria ficar com raiva, mas era uma boa oferta.

    - Por onde eu começo a procurar?

    - A rainha Atena da cidade de Atenas foi a última pessoa vista com a espada em mãos. O que, creio eu, não será algo difícil para você, já que sua querida Annabeth é filha da rainha. – disse Gaia dando a ele a poção.

Percy bebeu sem hesitar. De início nada aconteceu, mas então ele sentiu vontade de vomitar, da cintura para baixo ele sentia tanta dor que era quase anestésico. Quase. Percy gritou se debatendo feito um louco e então começou a sentir sua calda se dividindo. Era estranho sentir as pernas, mais estranho ainda era não conseguir respirar debaixo d’água. Hera o ajudou a nadar até a superfície, mas a pressão começou a esmagar o crânio dele, um zumbido interminável em seu ouvido fez Percy abrir a boca achando que ia respirar, ao invés disso ele engoliu água e começou a se afogar o que era agonizante. A última coisa que ele sentiu foi algo crescendo entre suas pernas, ele não sabia o que era e desmaiou no segundo seguinte.

Ele acordou com a luz do sol em seu rosto, tão quente e confortável. A garganta coçava por causa da água salgada, ele sentia suas pernas trêmulas e essa foi a melhor sensação do mundo. Ele levou um tempo para conseguir ficar de pé, apoiando-se nas pedras e amando poder sustentar o peso de seu corpo em apenas dois membros, era tão legal que ele ficou pulando e tentando ficar de pé em uma perna só. Resumindo: Percy. Ele notou que havia algo entre as duas pernas, abaixo do quadril, mas não deu muita importância. Continuou andando até avistar o porto de Atenas. Com um sorriso enorme no rosto, ele caminhou até a cidade, segurando a adaga de Annabeth e pensando nela. Sem se importar com o fato de estar pelado.

 

Gente, sei que não tem nada haver com a fic, mas: VÃO VER MAR DE MONSTROS NO CINEMA! Não liguem para o que os americanos estão dizendo nas redes sociais. Se conseguirmos arrecadar muito dinheiro ao redor do mundo, ganharemos A Maldição do Titã e as demais continuações. Então vamos lá semideuses, vamos pro cinema!


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Notas finais do capítulo

Sem o mínimo de cinco comentários/reviews por capítulo, sem capítulos novos.