Cosmic Love escrita por Natasha CI


Capítulo 5
Capítulo 4 - Vamos para Seattle? Não.


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas voltei! Já falei que adoro todos vocês? Pois é eu amo muito todo mundo aqui! E adoro muito quando vocês comentam! Já que não arranca pedaço :3



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O tumulo de minha avó estava areia e grama, como todos os outros, a placa onde tem seu nome e do meu avô trazia apenas uma palavra, adorados, depois de tudo que eles passaram meus tios só pensaram naquele adjetivo.

Não acho que Effie e Cinna pensaram muito em como aquilo soava idiota. Não tive tempo de ir visitar o tumulo de Haymitch, mas sei que sua placa deve ter algo como Bom marido e pai, ás vezes o ser humano é tão previsível.

Minha mãe me ouviu suspirar e me dirigiu aquele olhar característico de mães, estou cansada mas seu bem estar é mais importante que o meu, lidar com ela sempre foi fácil, sempre condescendente e prestativa.

– Katniss? O que houve? – Ela perguntou

– Nada mãe, só estou pensando em algumas coisas – respondi

– Espero que não sejam aqueles números que ninguém entende – Prim, que estava por perto, se intrometeu.

Muita gente acha que só porque meu QI é no nível de genialidade, eu tenho que ficar pensando sobre fórmulas matemáticas todo o tempo, mas a verdade é que minha especialidade é a área de humanas, adoro ficar lendo horas e horas seguidas sobre a revolução francesa ou a independência de países ignorados, como o Haiti.

– Não, bobinha – falei sorrindo.

Prim sempre foi a única que tira brincadeira comigo e sai ilesa.

Voltamos para a casa dos meus avôs, meus tios decidiram mantê-la para quando precisarem de um lugar para ficar em Miles City. De volta no meu quarto, tirei aquelas roupas de cemitério e tomei um banho rápido, para depois ler um livro de filosofia na varanda da casa.

– Katniss querida, você pode ir no supermercado pra mim? Os armários estão quase vazios – Amélia me pediu

– Claro mãe – respondi e coloquei meu livro sobre a mesa da cozinha, pegando também a lista de compras e o dinheiro.

Sai de casa e caminhei pelas cinco quadras que me separavam do supermercado, peguei um carrinho onde coloquei todos os itens que estavam na lista e uma caixa de chicletes, fui em direção ao caixa e paguei por tudo.

Vi que a quantidade de sacolas era mais do que eu conseguia carregar, devia ter pensado naquilo antes, e teria trazido Glimmer ou Prim para me ajudar. Observei acusadoramente as sacolas como se elas pudessem ficar com vergonha e ir para casa sozinhas, mas infelizmente não ia acontecer, então fui empilhando uma por uma nos braços até que todos estivessem comigo tapando assim boa parte da minha visão, preparei-me para sair do mercado e continuei andando firmemente até trombei de frente com uma parede ou com que eu achei ser uma parede.

– Ouch – resmunguei.

– Katniss! – eu vi uma Annie animada gritar e dar-me um abraço, pouco se importando com o irmão que estava jogado no chão.

– Ei eu estou aqui no chão! – Peeta falou indignado

– Ah me desculpe verme, geralmente eu preciso de um microscópio para ver os da sua espécie, mas parece que você andou tomando muita bomba não é? – retruquei, me referindo aos esteroides anabolizantes.

Na verdade o corpo que Peeta havia adquirido era lindo de se ver, nem tão forte, mas não chega perto do nível magrelo.

– Muito interessante, pena que ninguém perguntou, não é?

– Ei Peeta, não fale assim com a Katniss, ela é minha amiga! – Annie falou e eu fui perceber que as minhas sacolas estavam no chão – e pelo visto precisa de ajuda.

– Ah nem vem Annie, eu já fui muito caridoso de vir á pé pro centro só porque você queria comprar um livro que nem tinha na livraria! – o loiro reclamou como se a culpa fosse minha.

– Eu não preciso da ajuda do Sr.Tenho músculos falsos, até porque a força não ainda não chegou nos braços – me intrometi, e aparentemente eu consegui outro objeto de chacota: o projeto de fisiculturista na minha frente.

– Ah é né? – Ele respondeu e começou a pegar as sacolas – Eu levo, mas só porque você me provocou.

Não esperava menos do Peeta, só as pessoas mais bobas são movidas por provocações.

Caminhamos em direção a minha casa, ouvi Annie me contar de um romance novo que ela havia lido e anotei em alguma parte da mente para pesquisar sobre ele. Aparentemente o livro já era um Best seller, ela continuou me falando sobre as personagens e a trama da narração, Peeta só ouvia e andava a nossa frente, logo chegamos em casa e o loiro impertinente depositou as compras sobre as mesas da cozinha.

– Annie! Peeta! Faz tanto tempo que eu não vejo os dois – Amélia entra feliz pelo cômodo, e sinto a vontade de dizer que ela os viu quando viemos na ultima vez, na morte de minha avó, mas acabo refreando-me.

– Senhora Everdeen, faz muito tempo mesmo – Peeta a cumprimentou, enquanto Annie lhe deu abraço.

– Oh queridos, posso oferecer uma bebida? – Mamãe perguntou

– Claro Amy – Annie respondeu com a intimidade resgatada que elas tinham.

Minha mãe foi atrás das frutas nas compras e disse que ia preparar o lanche, nos mandando pra fora da cozinha.

– Annie você ainda tem aulas de violão? – perguntei enquanto me balançava no balanço de madeira

– Ah não, eu completei os estudos sozinha.

– E por algum milagre, ela conseguiu – Peeta resmungou entediado.

– Não sei o que deu em você Peeta, vem agindo assim desde que mamãe nos pediu para morar em Seattle – Annie choramingou e aparentemente a atitude do irmão a magoava.

– Morar em Seattle? Por que você não me contou antes? – Interrompi – Vai ser tão divertido morarmos na mesma cidade de novo!

– Não vai ser não – Ela respondeu me deixando estarrecida, mas logo continuou – Porque Peeta não quer ir!

– Não entendo a necessidade de morar perto de Jena, você sabe que ela suga mais e mais a nossa família!

A conversa mudou bruscamente para uma discussão, e Annie não parecia querer deixar Peeta ganhar.

– Nós não vamos nem morar na mesma casa dela!

– Até que ela alugue um apartamento para bancarmos uma família feliz! E você sabe que vai acontecer logo – Peeta debochou

– Você mesmo disse que ela estava diferente! Que se importava conosco!

– Era uma mentira! Jena nunca foi nossa mãe! Nunca! – Peeta gritou.

Eu só observava sentada do outro lado da varanda. Logo minha mãe apareceu assustada com os gritos e nos chamou para comer, sentamos todos na mesa como pessoas civilizadas e comemos em silencio até que Amélia puxou assunto.

– Então, onde está a mãe de vocês?

– Em Seattle – Annie respondeu suavemente.

– Como assim em Seattle? Lembro-me muito bem que Effie me disse que essa semana era folga dela.

– Ela não apareceu em casa, talvez não tenha conseguido pegar o ônibus.

– Mas a minha irmã teria a mandado conosco no avião, não seria nenhum problema pagar a passagem dela – A face de minha mãe estava claramente confusa - mais tarde eu ligo para a Effie.

Continuamos falando sobre a vida deles dois, mas Peeta permaneceu calado por boa parte. Depois de um tempo eles foram para casa e prometeram manter contato, logo minha mãe discou o número de Effie no celular e chamou. Ouvi apenas algumas partes da conversa e quando minha mãe desligou, ela falou:

– Jena saiu de Seattle, sua tia a acompanhou até o ônibus, já faz três dias, onde está essa mulher?

– Não sei, a tia Jena é um mistério para mim.

Fui dormir naquele dia no telefone com Gale, ele estava jogando Dungeons & Dragons e fez questão de falar comigo durante o jogo, segundo ele, eu lhe dava boa sorte.

No dia seguinte eu acordei de três horas da manhã com Glimmer me sacudindo desesperadamente.

– Vamos Katniss! Acorde!

– O que houve? – falei meio grogue de sono

– A tia Jena! Ela sofreu um acidente de motocicleta! – Glim falou um pouco agitada, e continuou um pouco mais baixo – Ela e outro homem, eles vinham de motocicleta pra Miles City e agora eles estão no hospital.


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se de mim, ok? Reviews!