Cosmic Love escrita por Natasha CI


Capítulo 2
Capítulo 1- Dez anos atrás


Notas iniciais do capítulo

Oi! Adorei os comentários! Não respondi alguns por que não deu tempo, mas eu li TODOS! Adiantei o capitulo, eu havia planejado postar na quarta, mas eu estou por aqui, pois vocês mereceram!Boa leitura!



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Arg! Eu odeio esse garoto, quem ele pensa que é pra mandar em mim? Se faz de coitadinho porque tem a mãe doida, mas eu tenho certezissíma razão quando digo que Peeta só está se aproveitando, chato!

Que mal educada eu estou sendo, não? Minha mãezinha sempre diz que eu devo me apresentar antes de sair falando mal dos outros, na verdade ela diz para não falar com os estranhos. Vamos ignorar essa parte. Oi, meu nome é Katniss Everdeen e eu tenho cinco anos, fui diagnosticada como prodígio algum tempo atrás, odiei especialmente aquele dia, quando meu papai me levou ao médico –na verdade era um psicólogo, mas não gosto muito dos detalhes- e lá me disseram que minha mente trabalhava de um modo diferente das outras crianças, o Dr. Coss também disse que eu sou especial, eu presto mais atenção nas coisas do que a maioria das pessoas. Bom, eu só tenho que acreditar.

Sempre recebi mais atenção do que minhas irmãs Prim e Glimmer, não tanto quanto a Prim já que ela tem apenas três anos, mas sobra pouco tempo pra a Glim, me sinto mal, então eu resolvi mais tempo com minha irmã de sete anos.

Minha mamãe Amy disse que ia nos levar ao parque, por isso que eu gosto tanto da mamãe! A Glim corria bem mais a nossa frente. Prim estava no colo da mãe, eu caminhava alegre ao lado das duas. Desde que o Peeta e Annie vieram para a cidade nós passávamos muito tempo juntos, o que era bom já que Annie adorava brincar comigo, ela é muito legal!

Ao contrario seu do irmão, ele é o único que trata como se eu fosse qualquer uma, o que eu não sou! Eu sou um prodígio, sou o futuro do país, ele tem apenas inveja de mim. No parque eu vi tia Effie junto com o Peeta, Annie, Samuel e Thresh eles brincavam na areia, ela tinha uma Barbie nova que minha mãe tinha dado á ela, Peeta tinha um caminhão sem graça transportando areia de um ponto a outro, e os filhos da Tia Effie brincavam com bonecos.

Glimmer se juntava as outras crianças no escorrega, e a Prim veio comigo para areia. As nossas bonecas estavam se preparando para ir numa festa, a Taty usava o vestido prata que eu mesma costurei para ela, linda! Mas como ela iria pra festa? Não voando, obvio. Ela precisava de um carro, mas eu não trouxe o meu carro rosa, afinal eu desmontei ele para verificar como ele funcionava. Peeta ainda estava perto da gente, o caminhão dele caberia facilmente a Taty, a Kelly e a Suzy, consequentemente a melhor opção para chegar à festa na casa do Fred.

– Ei Peeta! Me dê o seu caminhão, a Taty precisa dele – Falei chamando atenção dele.

– Quem é essa Taty? – ele perguntou.

– A minha boneca, ora mais.

– Sua boneca? – Peeta falou rindo – O que foi espertinha? Não consegue construir sem próprio carro? Pensei que você fosse uma gênia.

– É claro que sou! E a palavra ‘gênia’ não existe, é um substantivo inflexível, o certo é gênio.

– Bah! Fica longe de mim com essas palavras chatas – Peeta falou se afastando, mas ele ainda precisa me entregar o caminhão.

– Ei você ainda não me deu o caminhão!

– E nem vou te dar, você é uma garota idiota.

Niss, não plecisa do carrinho, a Suzzie pode ir a pé – Prim falou puxando o meu casaco.

– Mas a Taty não pode, ela fez o cabelo e a maquiagem, vai desmanchar!

– Kat, deixa o meu irmão em paz, ele não gosta de você – Annie interferiu.

– Eu que não gosto dele – Larguei minha boneca e fui pedir a mamãe para comprar um sorvete para mim.

Mamãe chamou todo mundo para onde o moço estava vendendo o sorvete, lá eu pedi de baunilha, sabor pelo qual eu sou super apaixonada. Tudo estava perfeito, até que Peeta resolveu tropeçar e relar o joelho, minha mãe prometeu que ia sarar e tudo mais só que o bobão falou que estava doendo muito e acabamos indo para minha casa fazer um curativo, já que a mesma era mais perto.

Sempre era mesma coisa, o pobrezinho do Peeta roubava atenção que por direito, era minha, das minhas irmãs e dos meus primos, ele é um grande idiota.

Com passar do tempo eles foram embora e eu acabei cochilando enquanto lia As aventuras de Huckleberry Finn.

O tempo ia passando, logo meu aniversário de seis anos passou e depois o de sete, foi quando nós estávamos comemorando a data que recebemos a ligação de Jena, mãe de Peeta e Annie. Ela havia saído da clínica de reabilitação e exigiu a presença dos filhos mais novos pra recomeçar uma nova vida, minha mãe disse que o fato do pai dele ter caído de um cavalo e ter ido parar na UTI ajudou na mudança de vida deles.

No dia seguinte eles foram embora, Annie e eu fazíamos aula de violão e eu acabei largando após a viagem dela, o que me afastou mais ainda da vida que levava com meus primos distantes. A música sempre me encantou, hoje em dia eu tenho aulas de piano duas vezes por semana, o que enche minha grade de horário. A escola particular de ensino médio na qual eu ganhei uma vaga por ser a garota mais inteligente do Condado de King, colégio o qual nós chamamos carinhosamente de AB – Academy Brain, não que todos aqui sejam prodígios ou gênios, apenas eu e mais dois garotos podemos ter essa nomenclatura, sendo que eu só conheço um - o Sean, ele faz o ultimo ano na AB, nós já saímos algumas vezes, mas divergíamos muito de opinião e acabamos nos distanciando – o resto das pessoas na escola é apenas rico o suficiente para estar ali. Os professores são ótimos e as aulas extras também, mas eles não tinham uma ala pra as artes, como teatro e música, e sobrava para eu fazer aulas de piano numa escola de artes perto de casa.

A vaga que minha irmã estacionava nunca era perto o suficiente da entrada da escola, pois apesar de termos um estacionamento ali era sempre engarrafado. Ela parava em frente da rua da escola estadual de Seattle (A melhor High School da região), atravessávamos a rua e caminhávamos mais um pouco, e na minha cara está o bem pintado prédio da AB.

A minha mochila pesava no meu braço, então eu parei de encarar a fachada da escola no meu último dia de aula como caloura e entrei pelo portão, os corredores dos armários ficavam perto e os meus livros já estavam jogados ali dentro, a minha primeira aula era de física avançada, e a professora Ash provavelmente ia entregar o teste que fizemos semana passada, me apressei pelo corredor, pois a sala ficava no segundo andar, ato meio idiota afinal sabia que eu tinha tirado A+.

Acabei tirando um excelente e a professora usou minha nota como exemplo para todos, já era rotina. A aula se passou rapidamente, com abraços, despedidas e promessas de ligações. As minhas amigas ali, Johanna e Madge, iriam ficar na cidade nas férias. Nós marcamos de nos encontrar pelo menos uma vez por semana, sem contar é claro as saídas no final da semana que Madge sempre arranjava um lugar legal para ir.

E o ser que eu costumo chamar de namorado (Brincadeirinha, antes de tudo nós ainda somos amigos), Gale, iria passar duas semanas na casa da avó na Flórida.

– Você vai sentir minha falta, não vai? – ele perguntou quando saímos da nossa ultima aula

– Claro que vou, e além do mais, são só duas semaninhas de nada – respondi – Nem vai dar tempo de você sentir minha falta, mas você vai passar lá em casa não vai?

– Se seu pai não ficar chateado

– Ele não vai, e ele está me devendo trinta dólares, não tem o direito de pegar no meu pé

– Então tudo bem – Gale se aproximou e deu um leve beijo em meus lábios – Até mais tarde garota bonita!

– Até logo garoto grande! – acenei pra ele enquanto o vi se afastar pelo estacionamento

Glimmer logo chegou e fomos caminhando pela até onde estava o carro, cinco minutos depois, o carro estava na garagem e nós entramos na casa.

No sofá da sala minha mãe estava sentada e chorava desesperadamente, meu pai sentava ao seu lado e a abraçava protetoramente.

– O que foi mãe? – Glimmer perguntou

– A avó de vocês, Dona Clara, faleceu – meu pai respondeu – Faz um tempo que o Tio Joe ligou.

Meu Deus! A minha avó, eu não acredito! Faz tanto tempo que eu não vejo a minha avózinha, nós pretendíamos ir visitá-la nessas férias, ela mora numa cidadezinha no estado de Montana, Miles City.

Me aproximei da Amy e a abracei fortemente, logo Glimmer se aproximou e virou um abraço em grupo. Uns quinze minutos depois, ouvimos o barulho do ônibus da escola de Prim chegando, e a porta de casa se abriu em seguida, revelando uma garotinha de 13 anos sorridente e alheia à morte da avó.

Na manhã seguinte nós estávamos dentro do Mercedes do meu pai, eu ainda podia ver uma ou duas lágrimas escapar pelo rosto da minha mãe, seus cabelos claros estão presos num coque desajeitado que eu tinha certeza de ser obra do meu pai, o suéter que a vestia era cinza, do mesmo tom cinza que meus olhos são, a calça jeans era preto, deixando obvio o luto estampado em sua cara.

Eu e minhas duas irmãs estávamos no banco de trás, Prim cochilava no canto da porta direita, ocupando mais espaço do que deveria. Glim estava no meio, encostada em meu ombro, por que apesar dela ser a mais velha era eu que exercia esse posto. Meus olhos estavam inchados, por conta do choro, ontem à noite acabei faltando á minha aula de natação e cancelei a vinda de Gale à minha casa. Miles City fica a umas boas milhas de distancia de Seattle, mas não havia tempo para comprar uma passagem de avião, nós precisamos ficar o mais próximo possível dos meus tios avôs que ainda eram vivos, poder sentir a conexão que eles exerciam a Vovó Clara.

A cidade não tinha neve, o que me era estranho, nós só costumamos vir aqui no Natal, quando sempre há neve. A brisa era fria e agradável. As janelas iam abertas, a paisagem sempre cheia de árvores, as pessoas caminhavam despreocupadamente, afinal não era a avó deles que tinha morrido.

A casa que minha avó tinha fica perto do centro, ela é espaçosa e com um quintal grande, minha mãe passou a infância aqui, junto com a tia Effie e o tio Cinna. Meu avô já tinha morrido, eu era pequenininha não tenho nenhuma recordação dele, as únicas coisas que me lembro de daqui era dos natais e de alguns primos distantes e certos primos bastardos. Lembro-me bem da Annie, era uma flor de pessoa, nós tínhamos o sonho de montar uma banda que faria bastante sucesso, coisa de criança mesmo.

Quando entrei na casa, vi as famílias dos irmãos da minha avó, Joseph e Robert, e sua prole também estava em minha vista. No canto da sala eu vi uma figura branca e com os cabelos castanhos ondulados que não são comuns na família da minha mãe, tinha a cabeça baixa, mas eu imaginava os olhos verdes e o sorriso fácil que Annie não tinha no rosto agora, me aproximei e sentei ao seu lado.

– Annie! Faz tanto tempo! – falo o mais animado possível.

– Katniss! Deus, seus cabelos estão lindos nessa cor – ela responde um tanto desatenta.

– É eu cansei de ser a única morena na minha casa – Falei pegando uma mecha dos meus cabelos agora loiros

Annie dá um sorriso, pois ela é como eu, diferente de toda a família, seus irmãos eram loiros e os olhos em tons de azul, ela puxou a família do pai, morena e os lindos olhos verdes. Eu era morena como meu pai e ainda tinha os olhos no tom cinza.

– E como vai a vida? – Annie perguntou, mas eu simplesmente ignorei, o loiro que saiu da sala merecia mais da minha atenção, de repente o ar na sala ficou pesado.

Peeta estava alto e seu físico trazia os traços de quem trabalhava na fazenda, e seus os olhos azuis que traziam a própria bondade no olhar, me deixa extasiada apenas de admira-los, a camisa preta caia perfeitamente em seu corpo, se ajustando de um modo sensual.

– Katniss?


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro me avisem! Espero que tenham percebido o amadurecimento do narrador durante a narração, por isso no começo tem algumas palavras erradas, Beijocas!