Weirdest Dream escrita por Caroleena


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sei que este capítulo é meio estranho mas prometo melhorar no próximo ;)



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A chuva havia passado, os fracos raios de sol penetravam as janelas do Grey Sloan Memorial Hospital, as vítimas do acidente de ônibus já haviam sido socorridas e acomodadas nos quartos que ainda estavam disponíveis.

Na sala dos atendentes Callie se encontrava sentada no sofá que ficava ao lado da geladeira, com os olhos inchados de tanto chorar e o coração mais uma vez partido.

- Bom dia Torres! - Disse Derek entrando na sala. – A chuva já passou, quem não está de plantão já está liberado para ir para casa.

- Tudo bem. – Disse ela se levantando e limpando as lágrimas do rosto. – Vou trocar de roupa e passar na creche para pegar a Sofia.

- Está tudo bem, Callie? – Perguntou Derek percebendo que havia algo de errado.

- Não, está tudo bem. – Ela forçou um sorriso e bateu a porta.

No caminho para a creche Callie percebeu que as coisas haviam voltado ao normal no hospital, o que de certa maneira lhe era favorável, pois poderia passar o dia com sua filha sem correr o risco de ser chamada, embora, na vida de um médico isso não fosse previsível.

Quando as portas do elevador se abriram ela deu de cara com a última pessoa que desejaria encontrar naquele momento.

- Eu vou pelas escadas. – Disse ela secamente.

- Calliope, nós precisamos conversar...

Callie nem se quer olhou para trás quando ouviu as palavras de Arizona.

Ao chegar em casa Callie jogou sua bolsa no sofá e foi em direção ao seu quarto ainda com Sofia nos braços.

A menina de dois anos dormia nos braços da mãe, que cada vez que olhava para aquele rostinho chorava mais e mais.

- Vai ficar tudo bem.. – Ela dizia repetidas vezes tentando convencer Sofia e a si mesmo.

Depois de um tempo sentada ali, Callie se levantou, levou Sofia para seu quarto e a colocou em seu berço que ficava encostado em uma parede a qual continha grandes letras formando seu nome.

Ela seguiu para o banheiro e abriu o chuveiro, a água quente talvez não fosse ajudar a esquecer o que aconteceu ou desfazer que já havia sido feito, mas ajudaria seu corpo a relaxar e tornar possível um merecido e tranquilo descanso.

Embora o banho não tivesse ajudado como esperado, pois, as lembranças dos momentos felizes (e quentes, diga-se de passagem) que havia passado com Arizona naquele chuveiro vinham a toda em sua cabeça, o banho ajudou a relaxar um pouco e agora tudo que ela precisava, e queria, era sua cama.

Callie se deitou e se acomodou da melhor maneira que podia, fechou os olhos e tentou não pensar em nada.

- Ah, fala sério! – Ela reclamou quando ouviu a campanhia tocar. – Eu acabei de deitar!

Ela se levantou e foi até a porta, desejando que não fosse Arizona, que de costume esquecia as chaves de casa.

- Como é que você está, Torres?

O coração de Callie disparou, ela pode sentir todos os pelos de seu corpo se arrepiando , ela estava assustada e não conseguia acreditar no que estava vendo.

- Eu... Eu... – Ela tentava falar porém nada mais além de “EU” saía de sua boca.

- Sentiu minha falta? – Perguntou Mark já entrando no apartamento.

- Você só pode estar brincando, eu deve estar tendo uma daquelas ilusões que eu tenho quando eu estou com fome... – Ela disse em um tom assustado. – Eu preciso comer!

Ela foi em direção a cozinha.

- Eu também! – Exclamou ele rindo. – Faz um sanduíche para mim também!

- Não, você não está com fome. Você está morto, gente morta não sente fome.

- Assim você me ofende, Torres. Você costumava me tratar melhor...

- O que você está fazendo aqui? – Ela perguntou praticamente gritando. – Não era pra você está em algum lugar bonito, onde a grama é verde, tem luz 24h por dia, um paraíso?

- É, talvez... mas você precisa de mim aqui.

- Ai meu Deus, por que eu estou perguntando coisas a uma pessoa que já morreu? – Ela perguntou a si mesma.

- Ah, vamos lá, você sempre foi mente aberta!

- Eu estou louca, só pode! – Ela disse levando as mãos a cabeça. – Eu não posso ficar louca agora, eu tenho uma filha pra criar, você morreu, a Arizona me traiu, eu não posso deixar minha filha com uma pessoa que não é confiável... EU NÃO POSSO ESTA LOUCA! – Ela gritou.

- Shhhhhhhhhh!!!! – Ele a chamou a atenção. – Você vai acordar a Sofia. E só pra constar a Arizona é mãe dela também, fizemos um documento declarando isso, você ia ter que lutar pela guarda dela na corte, e levando em conta o fato de que você está falando com uma pessoa morta o juiz iria declarar sua insanidade mental e sem dúvida alguma daria a guarda da Sofia para ela.

- Isso não tem graça, Mark! – Ela exclamou.

- Se acalme, Torres. Você vai acordar a menina.

- Você já disse isso!

- Então se acalma! – Ele quem gritou desta vez.

- Então para de gritar também. – Ela disse em um tom mais suave.

- Eu posso gritar, ela não pode me ouvir, só você pode me ouvir... e me ver.

- Eu tenho um tumor! – Ela disse assustada.

- O que? – Ele disse rindo da cara dela.

- Eu tenho um tumor, só pode.

- Sai dessa!

- Não, é sério... Izzie Stevens via o noivo morto dela, tinha até relações sexuais com ele e quando foi notar tinha um tumor no cérebro, estágio 4!!

- Se acalma, você não tem um tumor só porque você está me vendo, eu não quero ser seu tumor... eu não sou seu tumor! – Ele fez um pequena pausa para pensar. – Se bem que a parte das relações sexuais seriam uma boa...

- Da última vez que eu fui pra cama com você eu acabei engravidando.

- Você não tem com que se preocupar agora, eu estou morto... não posso mais te passar meu esperma.

- Cala a boca, Mark! – Ela disse finalmente abrindo um sorriso. – A Lexie deveria te bater por isso.

- Ela jamais saberia...

Ela fechou o sorriso e ficou parada olhando nos olhos de Mark, de um jeito que não fazia há muito tempo, já que ele estava morto.

- Sério, o que você está fazendo aqui? – Ela perguntou enquanto se dirigia para a sala e se sentava no sofá.

- Eu estou aqui pra você!

- Viu? Tumor! – Ela exclamou. – É exatamente isso que a Stevens disse que o Denny ficava falando pra ela “Eu estou aqui pra você”.

- Tá legal Torres, já chega, você não tem um tumor!

- Então o que? Você sentiu minha falta, é isso?

- Eu sei o que aconteceu ontem, é por isso que eu estou aqui, estou aqui pra você. – Ele disse tocando o rosto dela. – Eu sou o pai da sua filha, mas também sou seu melhor amigo, lembra? Eu estava aqui todas as outras vezes que alguém te machucou... eu vou sempre estar aqui pra você, Torres.

- Como ela pode fazer isso comigo? – Ela disse finalmente desabafando e deixando as lágrimas rolarem por seu rosto. – Digo... como ela... pode?

- Venha aqui. – Ele a puxou para seus braços e apoiou a cabeça dela em seus ombros.

- Ela disse que jamais me magoaria de novo, nós trocamos votos, nós temos uma filha... ela disse em frente a um monte de pessoas que me amava. – Dizia ela entre soluços. – Ela disse que me amava e eu acreditei...

- Ela te ama, Torres... e nós dois sabemos disso.

- Não, ela não me ama, Mark! Se ela realmente me amasse ela não teria me traído com a primeira mulher que deu mole pra ela. Depois daquela porcaria de acidente de avião, eu tive que mandar amputar a perna dela, e ela nunca me perdoou por isso, ela tem ódio de mim porque eu mandei cortar a perna dela!

- Não Callie, você salvou a vida dela, no fundo ela sabe disso.

- Eu duvido muito! Você não tem ideia de quanto tempo eu fiquei sem tocar na minha mulher porque ela tinha raiva de mim pelo o que eu fiz. Se eu fiz isso pra salvar a vida dela? Claro que eu fiz, jamais faria isso se não houvesse necessidade, eu não sou um monstro, Mark. Eu não sou um monstro! – Ela gritou em meio aos soluços.

- Eu sei que você não é um monstro, ninguém jamais pensou isso de você! – Ele disse passando os dedos nos cabelos dela. – Você é uma mulher forte, corajosa, que não tem medo de ser quem você é, você enfrentou sua família, você os fez aceitar quem você é.

- Minha mãe não aceita quem eu sou. – Ela o corrigiu.

- Mas sua mãe é um monstro, óbvio que ela não entenderia!

- Mark! Não fala assim da minha mãe! – Ela disse agora misturando seus soluços com uma pequena risada.

- Desculpe, mas alguém tinha que falar.

Os dois riram por um momento.

- As vezes eu acho que isso é algum tipo de castigo de Deus. – Ela disse agora em um tom mais calmo.

- Do que você está falando?

- Primeiro foi a Erica, quando eu pensei que nós estávamos finalmente dando certo ela desapareceu, me deixou sem ao menos um motivo, e agora a Arizona, que me abandonou uma vez, voltou, eu a perdoei, e agora me traiu... acho que é castigo por eu ser lésbica.

- Isso não é verdade... você era casada com um homem, O’Malley.

- Que também me traiu...

- É, não precisava ter mencionado essa parte.

- Como não mencionar? Minha vida amorosa é um desastre, só me trás tristeza!

- Eu te trouxe a Sofia...

- É verdade, acho que talvez você tenha sido o único relacionamento amoroso que tive e não saí machucada. – Ela se virou para olhar nos olhos dele.

- Se bem que nosso caso nunca foi nada sério. Digo, transavamos por diversão, sem compromisso.

- É, isso é verdade. – Ela abriu um sorriso.

- Vai ficar tudo bem, Torres. – Ele agora acariciava o rosto dela. – Vocês vão ficar bem. Você é louca por ela, ela é sua alma gêmea.

- Você falou que nem a Cristina e a Meredith agora.

- É, eu sei. – Ele riu. – Mas acho que soou certo para o momento.

- Eu não sei se consigo perdoá-la, não sei se ela quer que eu a perdoe, se está arrependida do que fez...

- Apenas tente... tente conversar.

- Eu sinto sua falta, sabia? – Ela disse com os olhos cheios de lágrima, mas desta vez não eram lágrimas de tristeza, porém, de saudade. – Você é meu melhor amigo, desde que você se foi eu não tenho ninguém pra conversar ou sair para beber... você também me deixou, Mark.

- Se eu tivesse escolha eu voltaria, para falar a verdade, eu nunca teria partido. – Ele a apertou com mais força em seus braços. – Eu também sinto sua falta, Torres.

- Toda vez que eu olho pra Sofia eu lembro de você, quando ela ri, ou quando ela tenta falar... eu queria que você estivesse aqui pra ver como ela cresceu, como ela está linda.

- Eu tenho certeza de que ela está linda, afinal ela é uma Sloan! – Ele sorriu. – Eu sei que vocês estão cuidando dela e sei que vocês não a deixará esquecer quem eu sou.

- Claro que não, nós vamos contar a ela que você a usava para chamar a atenção das mulheres no hospital, que você ficava de babá quando eu e Arizona precisávamos de um tempo para nós duas.

- Você não vai entrar em detalhes quanto a esta parte, não é? Não quero que minha filha seja uma adolescente traumatizada!

- É, eu acho que ela não precisa saber de detalhes. – Ela tinha um grande sorriso no rosto agora. – Você tem certeza de que eu não tenho um tumor, não é?

- Não, eu tenho certeza.

Os dois ficaram ali parados por um momento apenas olhando um nos olhos do outro.

- Eu te amo, Mark. Obrigada por ter sido esse amigo incrível, obrigada por ter me dado um filha linda... eu te amo.

- Eu também te amo, Torres. – Ele deu um beijo na testa dela. – Chegou a hora de vocês se acertarem...

- O que?

- Você não vai abrir a porta?

Assim que Mark terminou de falar a campanhia tocou.

- Mark! – Callie gritou acordando assustada.

Ela ficou sentada em sua cama por um momento pensando no que tinha acontecido, se havia sido verdade ou apenas um sonho, porém seus pensamentos foram interrompidos pelo toque da campanhia.

Ela se levantou e caminhou até a porta, com medo do que encontraria em sua frente.

- Eu esqueci minhas chaves. -  Disse Arizona em um tom de voz cabisbaixo.

Callie deu espaço pra que Arizona pudesse entrar e fechou a porta.

- Calliope...

Callie se virou e entrou no quarto de Sofia sem se quer olhar para Arizona, que se sentou no sofá e colocou as mãos no rosto tentando abafar o choro.

- Ela ainda está dormindo. – Disse Callie voltando do quarto e parando em frente a Arizona.

Arizona se levantou e ficou de frente para Callie. As duas tinham muito o que conversar.--


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Notas finais do capítulo

Atá o próximo capítulo, esperam que tenham gostado, deixem review ;)



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