Pelo Olhar de Um Anjo escrita por Brenda Andrade


Capítulo 3
Três


Notas iniciais do capítulo

Mil e uma desculpas pela demora que eu levei para postar este capítulo... desde que as aulas voltaram eu não tive muito tempo para postar e muito menos escrever, mas prometo que vou tentar postar com mais frequência... obrigada a quem continua lendo.



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Depois daquele dia, John e Dean continuaram a caçar criaturas sobrenaturais com a esperança de encontrar o que havia matado Mary. Sempre que passava perto de Califórnia, Dean esperava do lado de fora da faculdade de Stanford para ter certeza de que Sam estava bem. Ou para saber pelo menos se ele estava vivo, porque se não estivesse...

Eu podia sentir, quando Dean estava sozinho ou mesmo quando estava caçando, sua vontade de ter seu irmão ao seu lado. Eu poderia trazer Sam de volta a força, mas eu não fiz, pois como eu já havia dito, meu real dever era manter Dean em segurança. Apenas isso.

- Dean, preciso que vá até Santa Clara resolver um problema para mim. – era difícil para John dizer aquelas palavras. Dean nunca o havia confrontado para se aventurar sozinho, mas John sabia o que o filho queria. E ele sabia que seu filho merecia um voto de confiança, afinal ele já tinha 26 anos. Dean logo, logo seria um caçador melhor que ele. E, além disso, para onde ele pretendia ir era muito perigoso...

- Que problema? – então Dean processou a pergunta novamente. – Espera. Quer que eu vá até Santa Clara? Só eu?

-Sim.

- Mas e o senhor?

- Tenho que ir em outro lugar. Talvez seja uma pista do assassino de Mary.

- Uma pista como as outras?

Várias vezes presenciei John tentando esconder as lágrimas de Dean, após descobrir que a pista para encontrar o que matou Mary era apenas um espírito vingativo.

- Não, Dean. – disse ele, rispidamente. Então relaxou um pouco a expressão. – Dessa vez é diferente. Encontrei alguns presságios que aconteceram no dia em que... aquilo aconteceu, e eles são os mesmos de alguns que estão acontecendo há uma semana em uma cidade não muito longe daqui.

- Qual cidade?

- Não posso dizer.

- Por que não?

- Se algo der errado, não quero você vá até lá, ou...

- Ah, entendi. Está me mandando para longe para que possa fazer o trabalho pesado.

John encarou Dean, deixando claro que nenhuma discussão iria mudar o que ele havia decidido.

- Tudo bem. – enfim concordou Dean, já arrumando a mala para a viajem. Um lado dele sentia-se bem em saber que ia para Santa Clara, pois poderia passar por onde Sam estudava. Podia vê-lo para ter certeza de que estava bem.

Ao pensar nisso, o raciocínio de Dean chegou a uma conclusão que John sabia que uma hora ele iria consegui-la. O olhar dos dois se cruzaram, um fazendo a pergunta, o outro respondendo: “Sim, quero que procure ele, caso algo der errado”.

Eu ficava simplesmente fascinado com a comunicação que Dean tinha com o pai. Nenhum deles precisava dizer em voz alta o que estava pensando para o outro poder compreender. Questionei-me se todos os relacionamentos entre pais e filhos eram assim. Então encontrei-me em uma sala branca, com apenas uma cadeira – também branca – no que eu deduzi, centro da tal “sala”. Mule apareceu sentado na cadeira um segundo depois que eu reparei no objeto.

- Você não pode ter esse tipo de pensamento Castiel.

- O quê? Que pensamento?

- Curiosidade.

- Eu não tenho curiosidade nenhuma. – eu sabia que estava mentindo e tinha plena consciência que anjos podiam sentir quando outro anjo está mentindo.

- Sabe Castiel... anjos também não mentem.

- O que está acontecendo comigo?

- Você está curioso. E, se continuar assim, vamos ter que substituí-lo.

Admito que, no começo, quando me foi designado que eu seria um anjo da guarda, uma revolta tomou conta da minha mente. Mas agora era diferente. Eu sentia o dever de proteger Dean correndo em minhas veias, e sei que sem mim, Dean estaria em certas enrascadas. Lembro-me de quando forcei John a abandonar Mary queimando no teto do quarto de Sam, para que ele pudesse salvar seus filhos; lembro-me de quando tirei a ideia de Dean tentar dar em cima de uma mulher que bem... não era exatamente uma mulher; lembro-me de quando fiz com que o namorado de uma mulher desmaiasse antes de encontrar ela e Dean dentro de um quarto de motel fazendo... coisas de humanos. Mas eu sabia que não podia deixar Mule saber que eu gostava do trabalho que me foi designado. Eu não o deixaria saber dessa fraqueza.

- Pois então me substitua.


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