Oneshot; 1901 escrita por Margareth


Capítulo 1
Capítulo único - Passado e Presente


Notas iniciais do capítulo

Nossa estou muito feliz por estar postando esta one pois eu nunca tinha feito uma fanfic antes, e hoje estou aqui. Espero que leiam e comentem, bom é isso ♥3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/398998/chapter/1

1901 

Totalmente igual. Esse foi o meu primeiro pensamento quando eu vi o Alec depois de 100 anos sem o ver, como um vampiro ele não mudou. Com os mesmos olhos vermelhos igual sangue, cabelos pretos bagunçados e a pele mais pálida que eu já vi em toda a minha vida, não posso esquecer da boca... sempre nessa parte vem uma memória triste na minha mente, eu tenho que aprender a esquecer o passou; que nunca mais irá voltar.

Alec nunca vai voltar pra mim. Não sou pessimista, mas sim realista e eu também consigo identificar quando um homem está interessado, e realmente ele não está. Percebo o jeito que ele olha para a outra vampira, não me lembro o nome, mas ela é extremamente sexy, de um jeito que nem em 500 anos vou conseguir ser. 

- Annelise, demorei? - Aro Volturi perguntou parando bem na minha frente totalmente pontual. - Acredito que tenha vindo da Russia para aceitar a minha proposta.

- Na realidade eu vim recusar, não poderia aceitar ser da guarda depois de tudo o que passou anos atrás. - falei mantendo a calma e sempre com um sorriso no rosto.

- Já faz 100 anos, e acredito que muita coisa tenha mudado. - Aro falou me entregando uma taça com um líquido vermelho, sangue. - Tenho fé que irá mudar sua decisão.

- Acho muito difícil isso acontecer... - falo dando um gole, afinal de contas eu fiquei com muita cede já que vim da Rússia até aqui sem parar para me alimentar, não é uma distância tão grande para um vampiro, mas cansa bastante. 

- Se o problema for Alec eu asseguro que não irão se ver. - repreendo um riso que queria escapar da minha boca, não estou muito afim de morrer hoje. 

- É complicado... - disse colocando a taça na mesinha do meu lado, odeio falar com os Volturi porque eles me deixam totalmente sem ação, sem saber o que fazer, e isso para mim é quase a mesma coisa que morrer. - Irei pensar na sua proposta Aro, mas por enquanto eu preciso andar um pouco. 

Falei a primeira coisa que veio na minha mente para sair do castelo, nunca conheci Volterra e já está na hora de conhecer esta cidade tão famosa entre os vampiros. O centro do poder; ao mesmo tempo o centro do medo e pavor, afinal é raro uma pessoa sair vivo daqui... claro, se a pessoa tiver algum poder que interessa os Volturi ela nunca mais irá sair da cidade, mas pelo menos vai continuar vivendo. 

19 de maio de 1901

Meu cabelo preto está balançando na direção do vento, o cheiro de sangue próximo faz o meu coração bater mais rápido, mas jurei a mim mesma resistir a tentação de matar por impulso, apenas quando estiver com muita sede. Eu fui transformada em vampira não tem 50 anos e desde então vivo sozinha perto de um lago no sul da frança, e bem, nem francês eu sei falar.

'Toc... Toc... Toc' o barulho de alguém batendo na porta tirou toda a minha atenção no nada, levanto da cadeira e vou até a porta como uma humana normal, não quero ser descoberta depois de 49 anos morando nessa casa sem graça e um lago maravilhoso. Abro a porta, e um menino de 7 anos está parado com um sorriso no rosto e segurando uma carta vermelha na mão esquerda. 

- Quem mandou isso? - pergunto em russo, mas ele não me responde e ainda faz uma cara de desentendido, claro ele é francês e não entende minha língua. 

O menino de cabelo loiro fala alguma coisa e me estende a carta, no mesmo instante ele se vira e sai pulando para perto de outras crianças que estavam ali por perto. Nunca recebo visitas e muito menos cartas, ainda mais vermelhas. Fecho a porta e volto para a minha cadeira, ela é tão confortável pois já tem o formato do meu corpo marcado nela.

Abro a carta e me deparo com uma caligrafia perfeita, coisa que eu nunca fui boa, e para a minha grande surpresa está em russo. Antes de me tornar uma vampira tinha um grande problema na visão o que me possibilitava de ler e escrever muito bem, mas quando me transformei minha visão ficou mais do que perfeita, mas infelizmente comparado a vampiros 'normais' ainda enxergo pouco e mal.

Começo a ler a carta e terminei em menos de um minuto, coisa que antes levaria cinco minutos para ler inteiro por causa do meu problema de visão. Resumindo eles querem que eu vá até a Itália para eu me apresentar na guarda Volturi por causa do meu poder especial. Eu já conheço a fama deles, eram os reis, ditadores de regras, o presidente do mundo dos vampiros. Então, eu os odeio.

Infelizmente sou obrigada a ir, também sei da fama que eles tem de matar quem desobedece as leis, e eu consegui a imortalidade e não vou acabar com ela desobedecendo regras idiotas. Levanto da cadeira preparada para arrumar minhas coisas, separar os vestidos negros e sombrios. 

20 de Setembro de 2001

Volterra é realmente linda, como toda a Itália, da última vez que estive aqui não deu tempo para conhecer a cidade, apenas o castelo e uma pessoa que me machucou muito. Construções antigas não foram ignoradas e ainda sobrevivem junto com modernidade, mesmo que nessa pequena cidade não tenha nenhum grande prédio como nos estados unidos.

Sorri. Umas crianças estão brincando perto de uma loja de conveniências, eu gosto muito de crianças pois elas não tem medo do novo e são puras, tão puras que ainda estão sendo moldadas pela sociedade. No tempo que vim ser mãe era uma obrigação, e fui criada com esse pensamento, infelizmente nunca irei poder concluir os sonhos do meu pai sobre o meu futuro. Nem casamento acho que poderei ter um dia.

Gostar de alguém? Não obrigada, prefiro ser uma solteirona de 166 anos vivendo com gatos pretos. Mentira, eu odeio gatos sempre preferi coelhos brancos. Continuei andando pela cidade quando parei em uma rua literalmente deserta, com apenas eu, árvores e dois bancos de madeira. 

- Bom momento para ler... - peguei meu livro que comprei na minha vinda para cá, Harry Potter e a Pedra Filosofal, um grande lançamento que está fazendo todos os adolescentes e crianças correrem para as livrarias e comprar, como eu sou tecnicamente uma adolescente eu resolvi comprar. 

A alguns anos acabei aprendendo a falar francês, alemão e inglês, mas eu nunca os uso com frequência, acabei aprendendo pois descobri que me tornei mais inteligente quando fui transformada em vampira. Eu comprei Harry Potter na versão original em inglês pois todos sabem que é a língua que mais vem crescendo nos últimos anos e vai crescer mais ainda. 

- Anne? - uma voz muito conhecida, conhecida até demais, me chamou e fez eu respirar fundo e forçar bastante a minha cabeça para olha-lo. - Aro me falou que estava passeando pela cidade, quando voltou nem me deu um 'oi' então eu resolvi vim falar com você.

Alec é uma pessoa quieta, até que você dá um pouco de liberdade. Tudo bem, ele continua sendo uma pessoa quieta, mas pelo menos fala mais do que três palavras. Sinto falta quando ele falava apenas uma. 

21 de maio de 1901

Corri meus olhos pelo gigante castelo, era maior do que esperava encontrar e tão sombrio quanto eu imaginava. Um homem negro apareceu na minha frente, seus olhos vermelhos me deram calafrio pois exalava puro ódio. Ele me pediu para acompanha-lo, na realidade ele me obrigou pela forma que falou comigo. 

Nunca tinha estado em um lugar tão escuro, já me acostumei do meu corpo brilhar no contado ao sol, na realidade eu amo quando isso acontece... me sinto bem, bonita e encantadora. Infelizmente não posso mostrar isso para o mundo inteiro por causa das regras dos Volturi. 

Cheguei em um amplo salão onde vários vampiros estão reunidos, vestindo roupas pretas e o mesmo cordão, o símbolo do clã Volturi, o cheiro de sangue denuncia que muitos acabaram de se alimentar e o local foi limpo rapidamente. Se eu tiver um coração, ele provavelmente está acelerado. 

- Esta é a famosa Annelise. - uma voz estranha me tira dos pensamentos, agora não posso mais fugir pois Aro deu a primeira palavra. - Está tão famosa que já chegou nos nossos ouvidos. 

- Isso é uma coisa boa ou ruim? - pergunto temerosa e ele apenas ri junto com outros vampiros, mas tudo começou com a risada estranha de Aro. Me lembra uma menina. 

- É maravilhoso pois vai ter a chance de entrar para a guarda Volturi. - paralisei. - Muitos séculos estamos procurando um escudo, essa habilidade é tão rara quanto controlar os elementos naturais da terra, com você os Volturi serão muito mais poderosos e a justiça será feita muito mais rapidamente.

- Não posso aceitar. - falo rapidamente e ele me olha desapontado. - Não estou preparada para entrar na guarda, e eu pretendo ficar longe dessa vida. 

- Deve estar cansada e não pensando direito na sua decisão, fique aqui por mais duas noites e então me diga se aceita ou não. - um homem loiro falou, simplesmente não sei o seu nome, acho que devo ter mesmo um poder tão especial para insistirem tanto e não terem me matando ainda. 

Um ataque mental não pode me afetar, apenas um ataque físico. Esse é o desejo deles por mim já que a maioria dos poderes que vampiros especiais ganham estão ligados a mente, e uma vampira que consegue se proteger a si e outros do ataque é realmente algo essencial.

- Agradeço, mas não acho necessário. - falo com o sorriso mais fofo que eu consigo, meus olhos azuis e meu rosto infantil me fazem parecer uma criança, uma anja.

Depois de existirem eu acabei cedendo e agora estou sendo escoltada por um menino que aparenta a minha idade, seus olhos são um vermelho mais controlado e seu cabelo escuro e curto é bagunçado e alguns fios caem pelo seu rosto. Tenho que admitir que é realmente muito bonito, mas não é para mim. 

- Vou te deixar em uma dos melhores quartos. - falou indiferente fazendo eu me sentir desconfortável, foi a primeira coisa que ele falou comigo. - Mais tarde terá 'jantar' então se quiser se alimentar vai até o salão principal. 

Quando ele terminou de falar se virou para ir embora, e assim me deixar sozinha. A última coisa que eu quero é ficar sozinha dentro deste quarto enorme que eu nunca estive antes. 

- Espere... - falo e ele vira a cabeça na minha direção. - Pode ficar comigo? Eu não gosto de ficar sozinha... ele respirou fundo e veio na minha direção, na velocidade de um humano lento. 

- Estou sendo obrigado a te vigiar. - indiferença. Isso está começando a me irritar, respiro fundo e sorrio puxando-o para dentro do quarto e fechando a porta.

20 de setembro de 2001

- Não queria te ver. - falo simplesmente voltando a minha atenção para o livro, se fosse necessário eu leria este livro eternamente apenas para não precisar olhar para cara de Alec. 

- Eu queria... Acho que preciso te dar desculpas. - ele falou simplesmente e eu mantive minha boca fechada, eu queria estar brigando com ele, esperneando, afinal eu larguei e mudei por ele. Idiota, babaca e repugnante. 

- Não me interessa. - ele senta do meu lado e fica me encarando, queria dar um soco na cara dele, mas acabaria machucando a minha mão. 

- Já faz 100 anos que você foi embora, me deixou, pensei que tinha morrido. - ele falou e eu dei de ombros. - Eu nunca parei de pensar em você, me marcou muito. Foi a primeira garota que eu realmente me apaixonei, amei, e eu ainda era muito novo no assunto.

- Já sabia transar... - comentei e ele respirou fundo. - Se lembra? Eu estava escrevendo uma carta pra você, enquanto tu estava transando com aquela garota que eu sempre esqueço o nome.

- Eu... como eu disse, foi um erro nunca tinha me apaixonado antes. - respiro fundo e fecho o livro, mais tarde eu volto a lê-lo. - Eu tentei de encontrar, fui pra França, Russia e tantos outros lugares, mas nunca te encontrei. 

- Não procurou com vontade. - falei indiferente tentando ignorar o desejo de beija-lo ali mesmo, porra porque eu o amo? Eu não gosto de xingar, eu sempre mantenho a calma, mas perto dele parece que eu viro outra coisa e eu me sinto mal por isso. Gosto de parecer uma dama e não uma garota que vive xingando. - Minha mãe sempre falava que quando se ama uma pessoa de verdade, você sempre irá encontra-la independente de tudo. 

21 de maio de 1901

- Você é sempre muito calado? - pergunto quando o silêncio começou a me incomodar, eu estou acostumada a morar sozinha, mas do lado de uma pessoa e não falar nada é um martírio. 

- Sim. - forçou um sorriso irônico; dei de ombros. 

- Bom... Poderia parar de ser calado, pelo menos perto de mim pois eu vivo minha vida sozinha em uma casa no lago, então pode ser mais simpático? - falo rapidamente e ele vira o rosto na minha direção. - Tudo bem, como foi transformado em vampiro?

- Não acha um tanto pessoal? - ele pergunta e eu nego com a cabeça. - Eu não me lembro muito bem... faz muitos anos e algumas memórias se perderam quando estava me tornando um vampiro.

- Eu me lembro muito bem, com todas as cores. - um frio passou por dentro de mim. - Não é uma lembrança muito feliz, acho que nenhuma lembrança de quem foi transformado é boa.

- Como foi? - ele perguntou bastante interessado, pelo menos acho que ele está. - Disse que se lembra, vou adorar saber como ficou com olhos vermelhos.

- Eram azuis... meus olhos. - falo me lembrando dos meus lindos olhos azuis, eram tão belos que fazia todos ficarem com inveja. - Eu não me lembro tudo com muita exatidão, mas me lembro que estava morrendo por ter caído... Não consigo me lembrar de onde eu caí exatamente, então um vampiro me mordeu... Não sei o que aconteceu depois, se ele estava tentando me matar ou me ajudar.

- Eu e Jane eramos considerados bruxos, perseguidos, e estávamos na fila para morrer na fogueira. - na minha mente veio a imagem de uma mulher presa em um mastro sendo consumada pelo fogo e gritando de dor e desespero. - Acho que a pessoa que me mordeu pensou que ia ter poderes especiais e por isso transformou eu e Jane. Mas não tenho certeza já que não sei quem fez isso, estava dormindo.

- Deve ter sido uma experiencia muito ruim ser quase morto em uma fogueira, ainda mais porque pensei que era apenas mulheres sendo perseguidas. - ele deu de ombros, acho que falei algo ruim. 

- Não foram apenas mulheres, alguns homens também sofreram já que era irmão de alguma 'bruxa'. - ele falou e eu me encolhi. - Mas você não poderia saber, afinal não era nascida ainda.

- Sim... eu não era. - foi o que consegui falar. - Mas então, já amou alguma mulher? - não sei de onde tirei essa pergunta, saiu da minha boca sem eu perceber e se pudesse estaria com as bochechas mais coradas do que se pode imaginar. 

- Como? - ele perguntou se fazendo de desentendido. - Eu sei que sou muito bonito, mas se quiser ter uma relação comigo pode ser mais direta. 

Acho que parei de pensar, eu não estava esperando esta resposta e tão pouco um olhar tão sedutor vindo do Volturi. Quando estava voltando a me recompor ele começou a rir como uma criança que acabou de pegar uma peça com um coleguinha. Cruzo as mãos irritada e respiro fundo. 

- Não gosto desse tipo de brincadeiras. - falo e ele me ignorou. - De qualquer forma amanhã eu já estarei indo embora para a França. 

- Não vai nem reconsiderar a ideia de ficar aqui em Volterra? - ele pergunta e eu recuso com a cabeça. - Pense um pouco, pode ser que mude de ideia. 

- Não me vejo maltratando ninguém. - essa minha frase o vez virar a cabeça pro outro lado. - Aplicando as leis, acho que ninguém tem que tirar a vida de ninguém á não ser pela cadeia alimentar.

- Isso explica o fato de beber sangue. 

20 de Setembro de 2001

Culpado. Essa é a expressão de Alec neste exato momento, mas mesmo assim acho que não peguei pesado com ele, acho que peguei até muito leve. Ia voltar a ler o meu livro quando ele o fechou e me puxou para mais perto dele, eu tinha que afasta-lo, deveria fazer isto. 

- O que está fazendo? - pergunto e ele dá de ombros colocando seus lábios sobre o meu. - Para...

Foi a única coisa que eu consegui falar, meu corpo está se entregando para o homem na minha frente e não estou conseguindo fazer nada para parar. Ele poderia me beijar a vida inteira pois não precisamos de ar para sobreviver, tão pouco respiramos. O empurrei para o lado quando percebi que sua guarda estava baixa, ele caiu no chão e criou uma pequena rachadura. 

- Desculpa chão, não tinha a intenção de te ferir. - falo por pura implicância, não sou idiota de ficar dando desculpas a um ser inanimado que só serve para ser pisado. 

- Obrigado por estar tão preocupada comigo. - falou irônico já levantado. - Eu apenas queria demonstrar que eu me arrependo de verdade ter te traído, não ter te preocupado com vontade. E de qualquer forma eu te amo muito, mais do que você pode imaginar e eu realmente...

- Não... - falo apertando o banco com muita força e tenho certeza que quando eu levantar vai estar com a marca dos meus dedos. - Eu não quero saber, okay? Você me magoou e não posso simplesmente esquecer de tudo o que me fez passar, foi cinquenta anos chorando por você.

- Eu realmente não queria que nada tivesse acontecido... se pudesse deixar eu... - não deixo ele terminar de falar, levanto do banco guardando todas as minhas coisas e correndo o mais rápido que eu posso. 

23 de maio de 1901

Não me perguntem o motivo de eu continuar aqui em Volterra e passeando todas as tardes com Alec Volturi, acho que ele está me prendendo aqui. Eu estou extremamente apaixonada por ele e acho que ele também está por mim pois ontem me beijou. Devo estar aparecendo estúpida, mas acho que é normal.

Hoje eu tenho que dar a certeza se irei ou não continuar em Volterra e ser uma Volturi, acredito que irei dizer 'sim' pois já tenho algo que me prende. O vento está batendo nos meus cabelos escuros e isso está me fazendo muito bem, ontem Aro me deu um vestido de presente e irei usar esta noite. O vestido é preto e possui uma renda cheia de bolinhas minúsculas, provavelmente foi trabalhado a mão e dado muito trabalho. 

- Senhorita. - uma mulher alta de longos cabelos loiros me chamou, ela está usando um vestido vermelho com um decote no busto. Se minha mãe a visse a chamaria de prostituta. - O senhor Alec está aqui?

- Não, algum problema? - pergunto já preocupada, se precisou alguém procurar Alec ele já deve estar sumido a algum tempo. - Se tiver eu ajudo a procurar.

- Então vamos... - ela se virou rapidamente, mas eu percebi um sorriso maldoso se formar nos seus lábios... deve ser coisa da minha cabeça que já devo estar com ciúmes de Alec.

Eu e ela começamos a andar pelos corredores do castelo Volturi, e nunca vi lugar pra ter tantos corredores e acho que ainda não fiquei perdida por causa de Alec que está sempre do meu lado. Renata parou bem em frente á uma porta preta, a olhei de uma forma confusa.

- É o único lugar que eu ainda não procurei, é o quarto da Heidi. - ela falou sorrindo e eu sorri de volta. Devo ser uma garota meio estúpida ás vezes. 

Quando ela abriu a porta meu coração foi quebrado em mil pedaços, eu me apaixono rápido pelas pessoas demais e isso acabou de me custar uma dor muito forte no lugar onde é meu coração. Alec está se agarrando com uma mulher, provavelmente Heidi, ele a beijava e passava a mão no corpo com desejo.

Me viro e saio correndo daquele lugar me segurando para não gritar, devo ser uma pessoa azarada pois o primeiro homem que eu me interesso, me apaixono, me trai sem nem ao mesmo se preocupar comigo. Acho melhor não esperar até mais tarde para contar a minha decisão de nunca mais pisar os meus pés na Itália. 

Aro provavelmente está no seu quarto esta hora, então é para onde eu vou, provavelmente ele vai ficar desapontado ou com muita raiva, talvez os dois. Mas não vou conseguir olhar para a cara de Alec Volturi nunca mais. Quando chego na frente da porta do quarto bato uma, duas, três, quatro vezes na porta até que ele abriu a porta.

- Vou embora daqui, agora mesmo. - falo rapidamente ignorando minha vontade de chorar. - Eu não posso continuar no mesmo lugar onde existe Alec Volturi, então me desculpe, mas eu tenho realmente que ir embora.

- O que... - ele ia perguntar o meu motivo, mas desiste quando vê uma lágrima rolar na minha bochecha. - Tudo bem, acho que tem um bom motivo para isto.

22 de Setembro de 2001

Dois dias sem ver o Alec na minha frente, me sinto bem melhor não tendo que ver a cara dele. Hoje eu vou embora - eu nem deveria ter vindo para início de conversa - minha casa deve estar sentindo a minha falta, e eu estou sentindo falta dela. Coloco a primeira coisa que vejo no meu armário, um vestido branco com estampa de balões coloridos e fofos e um salto bege. 

Devo estar parecendo a garota mais fofa do mundo, e esse fato definitivamente não me incomoda pois eu sei que sou fofa, pelo menos o meu estilo é fofo pois não fico nada fofa me alimentando de sangue de um cara. Mas isso é história para uma outra hora. Uma pessoa tocou minha porta várias vezes seguidas.

Respiro fundo e ando até a porta para abri-la. O garoto moreno de cabelos bagunçados e olhos vermelhos está me olhando com um sorriso que está me dando um pouquinho de raiva, afinal não tem nada engraçado no meu quarto para ele estar sorrindo, tudo bem geralmente as pessoas riem quando tem algo engraçado... Estou com raiva, meus pensamentos estão confusos. 

- Finalmente posso te ver. - estou um pouco confusa pelo modo que ele falou. - Aro me proibiu de te ver achando que isso faria você ficar para sempre aqui em Volterra, na guarda.

- Você mora aqui é meio impossível não te ver. - falo como se fosse a coisa mais obvia do mundo, e definitivamente é a coisa mais obvia do mundo. 

- O castelo é grande, e tenho ordens de se você vier na minha direção eu tenho que me esconder ou mudar... - ele para de falar deixando a frase incompleta.

- Por que está me contando isso agora? - falo pegando um livro meu qualquer e jogando dentro da mala. - Eu já estou indo embora e não tem mais nenhum motivo para eu continuar aqui. 

- Queria tentar... Não quero te perder novamente. - sempre imaginei Alec Volturi um cara frio, sem sentimentos, mas basta conviver para perceber que tudo o que se imagina é apenas uma casca, uma mascara. 

- Novamente? Só me perdeu uma vez... - falo ignorando a nossa conversa de dois dias atrás. Ele me beijou. Eu deixei. Ele gostou. Eu gostei. Mas não se passou disse, certo? Eu não posso dar outra chance para ele, fere totalmente os meus conceitos. 

- Você deve estar certa, devo estar sendo um idiota por ter vindo aqui falar com você. - ele falou triste, e com seu melhor olhar de cachorro arrependido. Droga, porque eu estou triste também?

- Espere... talvez eu tenha sido um pouco grossa com você, mas isso acontece depois de anos sozinha na Rússia. - coloco um fio de cabelo para trás da minha orelha esquerda. - Eu queria dar uma segunda chance para ti, mas infelizmente não posso fazer isso, não quero sofrer novamente e jurei a mim mesma nunca fazer.

- Não tem ideia de como eu me arrependo ter sido tão idiota e ter ido para a cama com a Heidi, mas estava tão confuso naquela noite e não sabia o que fazer. 

- Não se preocupe, talvez um dia eu possa parar de ter medo de amar novamente, mas por enquanto prefiro continuar sozinha. E caso goste de mim, como diz, vai entender e não irá ficar chateado. 

Ele sorri e me puxa para mais perto dele, e coloca seus lábios sobre os meus. O beijo é calmo e sem urgência, curtindo cada momento. Eu sei que devo estar parecendo uma hipócrita, uma hora o mantendo longe e na hora aceitando o beijo. Eu acho que nunca vou me entender, saber o que eu quero, mas neste momento eu tenho a certeza que Alec vai me esperar e um dia vou conseguir ter um relacionamento novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu falei pouco, mas é que estou um pouco nervosa ainda por ser minha primeira fic e deve ter vários e vários erros, então me perdoem por isso. Espero que tenham gostado da Anne pois é minha primeira personagem original, e é isso beijos e até a próxima ♥3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oneshot; 1901" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.