O Diário De Mary Magdaleine escrita por Pausa para o chá


Capítulo 1
O Diário-Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Esta história é um aprofundamento, sobre a vida de Mary Magdalene de Amor Doce, espero que gostem!



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Eu era muito jovem quando meu pai apresentou-me a meu noivo Dimitry, era alguns anos mais velho do que eu, possuía cabelos longos e olhos marcantes. De início não gostei muito da ideia, mas com o tempo acabei me acostumando com o fato, ou talvez eu acabará me apaixonado por Dimitry. Um mês apenas fora nós dado para conhecermos, pois logo cai em uma febre terrível, que no início parecia uma simples gripe, mas com o passar dos dias percebemos que não se tratava de apenas uma gripe, mas algo muito mais grave, algo que medico nenhum sabia explicar o que era e a sua cura. A medida que os dias passavam a doença se alastrava em meu corpo e com ela vinha fortes dores e febres que me faziam delirar. Todos estavam preocupados, tinha se confirmado que eu havia pegado a doença misteriosa da cidade, e que não tinha muito tempo de vida. Dimitry não se conformava ao ver-me daquele jeito, pálida, mórbida, beirando a esta Inconformação ele passava dia e noite na biblioteca do palácio a procura de algo que pudesse ajudar.

Certo dia Dimitry veio falar comigo parecia um pouco mais exultante.

-Vou viajar, em busca da cura para sua doença, prometo minha querida que voltarei-disse com determinação transparecendo seu sorriso gentil- E você me prometa que ficara viva até eu voltar, promete?

-Prometo-sorri.

No dia seguinte recebi a notícia que ele havia partido, eu em mais uns de meus surtos de febre não o vi sair, pelo meu rosto lagrimas rolaram, mas a esperança de que ele trará a cura aliviava-me.

Sinto falta de Dimitry, sua voz, olhos, fazia-me sentir em paz.

Quente e rápida chegou a noite e com ela o vazio da enclausurarão, escorava na janela de meu quarto e esperava ele chegar, o vento balançava calmamente as arvores, não havia nenhum sinal de movimento na estrada era tudo muito calmo e silencioso. O pior era a febre e as dores que vinham der repente, nunca se sabe quando eu podia cair.

O dia não existe mais para mim, a luz do sol arde meus olhos mal posso enxergar, minha pele estava fraca, fina e pálida demais para aguenta-lo, por isto durmo o dia inteiro e a noite fico a vigia, ele me disse que viria a noite.

Está cada vez mais difícil para mim segura a pena firmemente em minha mão, poucas palavras é o que posso escrever.

Ontem após escrever, tive a febre mais alta de todo este tempo da doença, terrível, meu rosto queimava como fogo e meus olhos ardiam, tremia muito, tiveram que amarra-me a cama para que eu não viesse a me machucar. Quando a febre passou uma angustia tremenda surgiu em meu peito, sentia falta da minha vida sadia e de quem eu era antes, estava irreconhecível praticamente falecido, seca como uma planta desidratada, por um momento estou feliz que Dimitry não esteja aqui, não suportaria deixa-lo me ver naquele estado.

Pedi a minha irmã Annelie que escrevesse para mim enquanto eu ditava, ela concedeu o pedido, ouvia atentamente cada palavra que eu escrevia e colocava no papel gentilmente.

Hoje estou muito pior não consigo comer, estou muito fraca, Dimitry não virá, ele me abandonou, quebrou a sua promessa, posso quebrar a minha.

Esta tarde Mary se foi, não acordou de seu sono, a dor de ter perdido minha querida irmã me faz quere ter ido junto com ela, parece mentira, mentira que ela não está mais aqui.

Era uma madrugada negra e fria, uma tempestade se formava e o vento era voraz, um raio cortou o céu iluminado tal escuridão, pode se ver a forma de um homem que se aproximava do castelo, chegando ao portão bateu bruscamente nele, o porteiro abriu, era Dimitry, perguntava por Mary, Annelie foi a seu encontro

-Mary faleceu ontem- certa tristeza vinha de sua voz.

-Não, Mary, Deus! -gritava desesperado.

Annelie estendeu um livro abatido, suas folhas já estavam amareladas

-É o diário de Mary, tenho certeza que ela gostaria que ficasse com você.

O rapaz pegou o velho diário e dirigiu-se para o quarto da falecida garota, sentou-se na cama e começou a folhear o diário, logo na primeira página escrito por uma letra delicada dizia “Meu pai me apresentou a um rapaz, disse que seria meu noivo, não gostei muito, mas gosto dele.... Ele é bem alto, é um pouco mais velho do que eu, sua aparência madura, explicava…seus longos cabelos eram castanhos, seus olhos marcantes e bonitos, tinha uma pele magnifica parecia tão delicada e macia”. Conforme ia aprofundando a leitura as lagrimas não se cotiam nos olhos do rapaz, e inundava o livro de sofrimento, a saudade daquele dia, parecia como se fosse ontem.

“Ele me abandonou”, isto o marcou, a palavra abandonou ficava rolando por sua cabeça, Mary sentiu-se só.

“Quebrou a sua promessa, posso quebrar a minha”

Doeu-lhe mais que a própria morte. Ela realmente acreditou que ele não voltaria. E ele agora estava preso à culpa e a morte, à dor e ao sangue, pra sempre.

Naquela noite, o rapaz não dormiu. E nem em nenhuma outra.


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