"Mas talvez, você não entenda essa coisa de fazer o mundo acreditar que o meu amor não será passageiro, te amarei de janeiro a janeiro, até o mundo acabar..."
Independente das tempestades, independente do tempo, meu coração pertence a ele. Não sei se porque ele foi meu primeiro amor, ou se porque me feriu tão profundamente que não cicatriza nunca. Novas pessoas apareceram, outros superficialmente preencheram o buraco que ele deixou, mas depois de um ano eu ainda penso em Rodrigo. Penso no meu superman que foi atingido por criptonita e perdeu seus poderes, mas apesar da perda de seus poderes não perdeu um encanto.
Um caso mal resolvido.
Shay e Vitu estão juntos e fazem planos para o futuro e eu simplesmente parei no tempo. Parei naquela festa, parei naqueles beijos, parei naquela música. E de janeiro a janeiro, durante todos os meses é ele que invade meus pensamentos, que eu odeio e não consigo para de falar que é meu querido. Devo ser uma idiota... Uma idiota que acreditou em amor, que acreditou em histórias bobas da Disney. Cada vez mais preocupações aparecem, vestibular, amigos, sobrevivência, provas, tudo isso vai me manter ocupada enquanto lenta e pacientemente a ferida se fecha. Quem sabe um dia, num desses encontros casuais, a gente se encontre, talvez encontremos explicação.
Talvez haja um recomeço, talvez o fim não seja o fim.
Talvez eu sofra mais.
Talvez Rodrigo seja o meu par perfeito.
Talvez seja tudo ilusão.
Talvez eu o amarei de janeiro a janeiro até o mundo acabar.
E talvez...
O mundo nunca acabe.