De Volta escrita por Porcoelho


Capítulo 6
Almoço de Domingo


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora, mas tive problemas com o pacote office - incluindo o word. Acabou que perdi muita coisa que já havia escrito. Enfim, precisei escrever tudo de novo. Mais aí está... Ah, muito, muito obrigada a todos que comentaram!



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CAPÍTULO 5

Almoço de Domingo

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Sakura acordou cedo no domingo para ajudar a mãe com os preparativos para o almoço. Daqui a algumas horas, todos estariam reunidos na mesa da varanda.

Os primeiros a chegar foram sua tia, Saya, irmã de Mebuki, junto do marido, Hikaru, e do filho Konohamaru.

Logo a querida prima de Sakura, Karin, chegou junto dos pais.

Saya ajudava Sakura e Mebuki na cozinha, enquanto mais membros da família Haruno iam chegando à fazenda.

Todos os tios e tias de Sakura, diziam o quanto a garota havia crescido, a parabenizavam pela formatura, e, claro, perguntavam se ela ainda não tinha arrumado um namorado. Como ainda não tinha falado com os pais sobre Sasori, ela desconversava quando isso virava o assunto.

Quando Hinata e Naruto chegaram, a rosada os recebeu com um sorriso no rosto. Foi falar com os dois; e aproveitou para conversar a sós por um tempinho com a amiga, enquanto Naruto discutia algo com Konohamaru, primo da Haruno. E Sakura pensou consigo mesma que talvez o garoto de 13 anos fosse mais maduro do que o futuro marido de Hinata.

Mais algumas pessoas foram chegando, e Sakura não saberia dizer se sua família havia aumentado muito nesses oito anos ou se a mãe havia convidado metade da cidade...

Os últimos convidados a chegar foram os Uchiha. Afinal, eles não precisavam chegar cedo, já que moravam na fazenda ao lado.

Sakura foi cumprimentá-los junto de Hinata. Recebeu um forte abraço de dona Mikoto, também abraçou Konan e lhe deu parabéns pela gravidez. A senhora Uchiha logo perguntou por Mebuki, e Sakura conduziu dona Mikoto para a cozinha, junto de Hinata e Konan. Enquanto seguia com as mulheres até o local onde o almoço era preparado, viu que seu pai já tinha se aproximado do senhor Uchiha, e que Itachi e Sasuke falavam com Naruto.

Dando uma olhada pela sala de estar, onde a maioria estava reunida, viu que todos pareciam se divertir. Sakura ficou feliz por isso. Há quanto tempo não participava de um almoço com tanta gente assim...?

Enquanto Mebuki, sua tia Saya e Mikoto tagarelavam na cozinha, Sakura, Hinata e Konan voltaram para a sala. E o que a Haruno viu quando se dirigia ao cômodo foi suas primas babando por Sasuke. Karin, claro, era uma delas, e claro, Sasuke a ignorava. Em um canto mais afastado pôde observar mais duas primas – bem mais novas que Karin – cochichando, rindo e olhando na direção do Uchiha. Sorriu olhando as garotas; elas lembravam ela mesma na adolescência.

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Logo todos já estavam acomodados na mesa, almoçando. Além do barulho dos talheres, era possível ouvir muita conversa e muitas risadas.

Depois que a refeição acabou, a maioria ainda permaneceu na mesa para colocar a conversa em dia. Sakura estava aliviada por ninguém da família ter feito um discurso sobre a sua formatura em Medicina até agora. Finalmente podia ficar relaxada. Tudo ia bem, até que seu tio Hikaru, resolveu falar. A rosada deveria saber que estava muito bom para ser verdade.

—Proponho um brinde a nossa Sakura, que agora é a Doutora Sakura — disse Hikaru. —Imagino como vocês, Kizashi e Mebuki, devem estar orgulhosos.

Os pais de Sakura sorriram, eles realmente estavam orgulhosos da filha. Já a garota em questão, sorria também – um sorriso forçado e amarelo. Sakura definitivamente não gostava disso; não que ela fosse tímida, só não gostava de chamar atenção.

—Todos nós estamos orgulhosos – falou Itachi, espirituoso como sempre.

—Com certeza – falou Karin. – Por quê você não diz algumas palavras prima?

—Ah, não...Eu...Não – falou, sem jeito. Mas por dentro sentia vontade de puxar a prima pelos cabelos.

—Ah, qual é Sakura? Fala aí – disse Naruto.

Relutante, Sakura resolveu levantar-se e falar algo, antes que todos os convidados tentassem convencê-la a discursar.

– Bom, eu queria agradecer a presença de todos vocês aqui hoje. E principalmente agradecer meus pais por terem me ajudado, e terem feito com que eu realizasse meu sonho. E, bom...Vamos comer a sobremesa agora, né?

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Após a sobremesa, Sakura conseguiu se afastar dos convidados e dos abraços de parabéns. Avistou Hinata sentada em um banco na sombra de uma árvore. Lembrava que estes era um dos lugares favoritos dela e da amiga.

—Obrigada por vir, Hinata – falou.

—Que isso Sakura, eu que agradeço pelo convite.

—Senti tanta falta disso sabe?! - falou a rosada, sabendo que com Hinata ela poderia se abrir.

—Eu imagino. Nós também sentimos sua falta. Mas você está feliz não está?

—Estou sim. Você sabe que eu sempre quis ser médica, né Hina?

—Sim. Sempre foi o seu sonho, e eu sempre soube que você ia conseguir, minha amiga – disse Hinata, ela estava feliz por Sakura. —O tempo passa rápido, não? Parece que faz pouco tempo que você foi embora. E agora você já e a Doutora Haruno.

Sakura riu.

—E você se tornou uma professora. Aposto que seus alunos te adoram Hina – falou, ao imaginar como o jeito meigo da Hyuuga devia encantar as crianças. —Além disso, vai casar.

—É – falou, sorrindo. —Lembra como a gente gostava de ficar aqui? Ficávamos tardes inteiras conversando.

—Ou pensando em planos para conquistar o Naruto e o Sasuke – falou a rosada, rindo. —Mas admito que quem tinha as ideias malucas era eu. Me desculpe por arrastá-la junto, Hina.

—Eu não tenho nada o que perdoar. Se não fosse por você, acho que eu não teria me aproximado do Naruto. Então tenho é que te agradecer – falou a Hyuuga, sorrindo.

—Até parece, dá pra ver que o Naruto é caidinho por você. Ele te ama muito, Hina.

—Mas eu só tive ótimos momentos ao lado dele por sua causa. Nunca teria tido coragem de falar com ele se não fosse você.

—É bom saber que meus planos mirabolantes ajudaram, nem que seja um pouquinho, para juntar vocês; por que para mim, eles nunca funcionaram.

—Tem certeza disso, Sakura? —questionou Hinata.

Sakura não entendeu o que Hinata quis dizer com aquilo, mas não teve tempo de perguntar porque Naruto e Sasuke aparecem.

Logo os quatro já falavam sobre as encrencas que tinham se metido na adolescência:

—Nós nos divertíamos, não é?! —disse Naruto, relembrando os velhos tempos. — Lembram daquela vez que a gente invadiu a fazenda do Oruchimaru?

—Eu lembro dobe, e também lembro que a culpa disso foi sua – falou Sasuke.

—É verdade Naruto, você nos arrastou pra lá.

—Ah, não. Até você Sakura? —falou, um já decepcionado Naruto.

—Mas a culpa foi sua Naruto, você disse que conhecia o senhor Oruchimaru...

—Ah, você também não, Hina.

Sakura lembrava da confusão...

Eles estavam indo em direção ao ponto de ônibus que os levaria para casa depois de mais um dia de aulas. Mas durante o caminho, Naruto quis parar na fazenda do senhor Oruchimaru para pegar umas frutas, alegando que estava morrendo de fome.

Todos acharam aquela ideia absurda, afinal, todo mundo sabia que o dono da fazenda próxima à escola era um homem estranho. Apesar, de nunca terem o visto, muitos diziam que o proprietário do local era louco... Sakura e Hinata tentaram convencer o loiro a não invadir as terras. Mas Naruto não estava preocupado, e foi logo pulando a cerca. Acabou convencendo os amigos a fazerem o mesmo, dizendo que se eles o ajudassem mais cedo iriam embora. Meio relutantes, os três foram atrás do loiro. E depois de estar dentro da fazenda, Sakura pensou que o senhor Oruchimaru nunca daria falta de umas frutinhas mesmo, e que o receio de entrar na fazenda havia sido idiota...

Porém, ela estava redondamente enganada. Pelo visto, Oruchimaru não gostava de dividir nem algumas frutas com estudantes esfomeados, e nem queria ouvir suas explicações. O homem apareceu do nada, há uma certa distância. E só a sua aparição já faria com que os jovens saíssem correndo. Mas o senhor Oruchimaru carregava uma espingarda, e gritava que chamaria a polícia.

O que se seguiu foram quatro jovens correndo – desesperados – em direção a cerca.

No caminho, Naruto acabou deixando as frutas caírem. Mas tudo bem, não era mais a fome que o dominava e, sim, o medo.

Chegaram aliviados ao ponto de ônibus. Afinal, não é todo dia que você é ameaçado por uma espingarda.

Passado alguns dias, os quatro até riram da história. Bom, na verdade os três – já que Sasuke não era muito de rir. Mas nunca contaram sobre o ocorrido a mais ninguém.

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Logo o assunto entre os quatro já havia mudado, Sakura queria saber quando Naruto e Hinata haviam começado a namorar.

—Hinata sempre foi apaixonada por você, e você era um bocó, Naruto... - falou Sakura.

Todos riram, menos o loiro, é claro.

Depois ele começou a contar como havia descoberto seus sentimentos por Hinata:

—Bom, Sakura – começou Naruto. – Algum tempo depois de você ter ido embora, esse teme ficava com todas as garotas da escola. – Sasuke bufou. – Como eu ia dizendo, – continuou Naruto – o teme me deixou um pouco de lado, e como a Hina também estava sem a melhor amiga, nós nos aproximamos.

—É, eu e o Naruto nos tornamos grandes amigos depois que você se mudou para a capital, Sakura – completava Hinata. —Mas nós éramos somente amigos.

—O que Hinata quer dizer é que o dobe continuava tapado.

—Ei, deixa a Hina contar a história, teme – falou Naruto.

—Bom, mesmo com a nossa proximidade, o Naruto não percebia…É…Ele não percebia que eu…Não percebia meus sentimentos por ele – falou, uma tímida Hinata. —Até que eu resolvi que queria ser professora. Então no segundo ano resolvi estudar em Suna, pois lá eu podia fazer o curso de magistério.

“No começo, eu ia todos os dias para as aulas em Suna, e voltava para Konoha. Mas, com o tempo essa rotina começou a ficar um pouco cansativa. Conversei com meus pais, e nós decidimos que eu me mudaria para Suna, e moraria na casa dos meus tios até me formar, o que ainda levaria um ano e meio.”

—Mas, eu não podia deixar a Hina ir embora – interrompeu Naruto. – Quando eu vi que não poderia ficar sem ela, foi que eu descobri que estava apaixonado – falou, encarando a noiva. —Fui falar com o teme, e ele disse que se eu gostava mesmo da Hinata, deveria ir dizer isso a ela.

—Foi o que ele fez, Sakura – falou Hinata. – Faltando uma semana para eu ir definitivamente para Suna, Naruto apareceu lá em casa. Eu e meu pai estávamos indo até Suna para acertar tudo com meus tios. Mas quando Naruto chegou lá ele achou que eu já estivesse indo embora. – Hinata sorriu. —Então saiu correndo atrás do carro, e meu pai foi obrigado a parar.

—Daí eu corri até a Hina, e me declarei.

—Na verdade, Naruto estava meio desesperado, e eu não entendia muito o que ele estava querendo dizer – disse Hinata. —Quando eu finalmente entendi, fiquei tão feliz!

—Então eu a beijei – falou Naruto, encarando a futura mulher com ternura. —Mais foi muito rápido, porque logo o senhor Hyuuga apareceu, e me olhou muito irritado.

Hinata e Sakura riram.

—É verdade, achei que ele fosse me bater.

Mais risadas.

—No fim, eu desisti de ir morar em Suna. E só ia para lá todos os dias, até que me formei. Foi difícil e cansativo, mas valeu a pena – declarou Hinata, olhando para o único amor de sua vida.

—Que bom que você ficou do meu lado, Hina – falou Naruto, e depois beijou a noiva.

Sakura e Sasuke trocaram olhares cúmplices; de repente, eles estavam sobrando.

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A maioria dos convidados já havia ido embora, inclusive Karin—a ruiva passou mal por causa de alguma comida. Não que Sakura tivesse ficado feliz por a prima se sentir enjoada, mas agradecia por não ter que aguentá-la por mais tempo. Ainda mais ao lembrar que durante o almoço, a ruiva falou que não entendia como alguém ia para a Capital para se tornar uma médica, uma profissão que, segundo ela, era muito ruim pois o salário era muito baixo se comparado ao trabalho exercido.

Sasuke também agradecia por não ter que aturar a ruiva.

O resto das pessoas iam para suas casas, mas conversa entre o grupo continuava tarde a dentro:

—Sabiam que o parque de diversões estará aqui na próxima semana? —falou Naruto. —Nós quatro podíamos ir juntos né? Como nos velhos tempos.

—Acho uma boa ideia, amor – disse Hianta. — O que você acha, Sakura?

A rosada não sabia se era uma boa ideia ir com eles ao parque. Não que ela não quisesse ficar na companhia dos amigos, isso não. É só que Sakura sabia que Hinata e Naruto eram um casal, sendo assim ela e Sasuke ficariam sobrando, e teriam que ficar sozinhos, e juntos. Era verdade que ela já não odiava o Uchiha tanto assim, havia resolvido deixar o passado para trás. Mas, por outro lado, Sakura também não sabia se sentir-se-ia a vontade com ele. Ainda mais durante um passeio no parque.

Mas ela queria sair um pouco, e não podia negar que havia se divertido muito hoje, na companhia dos três. Além disso, ela adorava ir ao parque de diversões, e fazia tanto tempo que ela não ia em um...

—Por mim, tudo bem – respondeu por fim, deixando as inseguranças de lado.

—E você teme? Vai com a gente? —perguntou Naruto, já sabendo que com a resposta de Sakura, o amigo não se negaria.

—Bom, alguém vai ter que evitar que você destrua o parque, não é?! —falou Sasuke, para provocar. E também para não deixar transparecer a vontade que ele tinha de aceitar o convite.

—A culpa não foi minha Sasuke, aquele garoto me provocou – falou Naruto, relembrando da última vez que os quatro haviam ido ao parque juntos.

—Você estragou a roda gigante, Naruto – falou Sakura.

—Já faz tanto tempo, porque vocês dois têm que lembrar disso... —falou o loiro, fazendo o grupo rir mais uma vez.

Pelo visto, a conversa continuaria por um bom tempo.


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Notas finais do capítulo

Um pouquinho de Naruhina no capítulo. Prometo que nos próximos, as coisas começam a andar entre o Sasuke e a Sakura.
Espero que tenham gostado do capítulo.
Por favor, comentem. Significa muito para mim!
:D



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