De Volta escrita por Porcoelho


Capítulo 2
De Volta


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aí está o primeiro capítulo.Espero que gostem!



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CAPÍTULO 1

De Volta

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Depois do trajeto de carro, finalmente chegaram à fazenda da família Haruno. Sakura se sentia feliz de poder voltar à casa em que havia crescido.

Mebuki já esperava a filha na porta da frente, de braços abertos.

– Como foi a viajem querida? – perguntou a senhora Haruno, enquanto abraçava a rosada com força.

– Muito boa – disse uma quase sufocada Sakura. – Calma mãe, até parece que estávamos anos sem nos vermos – falou ela, sorrindo. Mas também já estava com saudade da família.

Entraram e Sakura foi bisbilhotar todos os cantos da casa. Incrível como poucas coisas haviam mudado, quase tudo era como ela ainda se lembrava.

Subiu ao segundo andar da casa e foi para o seu antigo quarto. Tudo estava como ela havia deixado. Sabia que isso e também a impecável limpeza do cômodo eram obras de sua mãe.

Ah, tantas lembranças! Viu uma foto sua com Hinata em um porta-retratos, umas das poucas fotos que ela não tinha levado na mala há oito anos atrás.

Logo se despediu do quarto para almoçar com os pais. Teria tempo para vasculhar suas antigas lembranças depois.

Durante a refeição, a família Haruno aproveitava para colocar a conversa em dia:

– Então filha, como andam as coisas? E o apartamento? – perguntou Kizashi.

– Tudo bem, pai. Desde que vocês voltaram eu e Ino arrumamos muitas coisas por lá – respondeu.

Realmente ela e Ino tinham conseguido ajeitar tudo do jeito que queriam. O apartamento era pequeno, mas muito bonito e organizado.

– Falando nisso, como vai Ino? E sua tia? – Mebuki quis saber.

– Ino está muito bem mãe, neste fim de semana iria conhecer a família do namorado.

– Hum, Sai não é?

– Isso mesmo. – Estava falando sobre o namorado da amiga, mas não falava sobre o dela. E ainda não queria falar, por isso mudou de assunto. – Tia Tsunade está sempre no hospital, como vocês já devem imaginar. Mas me prometeu que tiraria umas férias logo.

Depois de ajudar a mãe com a louça do almoço, Sakura decidiu dar uma volta na fazenda. Queria respirar ar puro, e ficar sem pensar por um momento. Mas dando a volta na casa, e seguindo pelos campos da fazenda foi inevitável não pensar. Principalmente, na proposta de Sasori.

Sakura ainda não tinha contado sobre o namoro, e muito menos sobre o possível futuro casamento para os pais. Ela sabia que já devia ter falado, mas também sabia que no fundo o senhor e a senhora Haruno tinham esperanças de que um dia a filhinha voltasse a viver em Konoha, e trabalhasse no posto de saúde local. Se ela contasse que seus planos incluíam casar e morar para sempre em Tóquio, sabia que eles ficariam desapontados. Mesmo assim ela sabia que tinha que contar antes de ir embora. Ela criaria coragem e falaria com eles o mais rápido possível.

Mas não seria hoje. E nem amanhã. Pensando bem, ela devia esperar para contar na semana que vem. Primeiro, queria aproveitar a companhia dos pais. E claro, descansar já que estava de férias depois de anos dedicados aos estudos.

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..

...

Próximo dali, na fazenda vizinha, Itachi entrava na cozinha da casa da família Uchiha pra falar com a mãe.

– Oi mãe, vim aqui para levar aquelas ferramentas que o pai me pediu para entregar ao senhor Kizashi. Onde estão?

– Chegou atrasado filho, seu irmão já foi entregá-las – disse Mikoto. – Mas fique para o almoço, Itachi.

Itachi assentiu. Mas se perguntou por quê seu irmão havia lhe feito um favor. Afinal, Fugaku havia pedido isso a ele e não a Sasuke.

Porém, após um momento, sorriu ao lembrar de algo.

– Mãe, não era hoje que a Sakura voltava? – perguntou ele à mãe.

– Sim, meu filho. Nem imagino como Mebuki e Kizashi devem estar felizes...

– É. – E eu sei de mais gente que também deve estar feliz com isso, pensou.

.

..

...

Após dar uma breve volta pela fazenda, Sakura achou que era melhor voltar e descansar um pouco. Afinal, a viagem havia sido cansativa. Estava quase na porta da frente quando viu uma camionete se aproximando. Seu coração acelerou ao ver quem era o motorista.

Sasuke Uchiha.

Sakura quase não acreditava no que estava vendo. De todas as pessoas que ela poderia reencontrar em Konoha, a primeira tinha que ser Sasuke?

E o que ele estava fazendo ali afinal?

O Uchiha desceu do carro, e Sakura percebeu que ele também parecia perturbado em vê-la. Provavelmente não sabia que ela estaria em Konoha.

Kizashi Haruno apareceu na porta de casa, e foi cumprimentar o vizinho.

– Boa tarde, Sasuke! – disse, estendendo a mão ao Uchiha.

– Boa tarde, senhor Haruno – respondeu apertando a mão do homem, mas logo voltando a olhar para Sakura.

– Viu que Sakura está de volta? – perguntou Kizashi, feliz.

– Eu não estou de volta, pai, só vim passar férias – se pronunciou ela. – Como vai Sasuke? – perguntou, tentando parecer indiferente, e também estendendo a mão.

– Oi, Sakura – ele falou, e apertou a mão da garota. Sakura notou que ele parecia nervoso. – Bem e você?

– Bem – disse ela, puxando a mão de volta. Quanto menos contato com Sasuke melhor.

– Eu vim lhe trazer umas ferramentas, senhor Haruno – continuou Sasuke, tentando desviar o olhar da filha para o pai.

– Ah, sim. Você poderia deixá-las no galpão, Sasuke? – pediu. – Creio que Sakura vai querer acompanhar você, já que está se familiarizando com a fazenda novamente.

Sakura não podia acreditar. Seu pai a estava empurrando a Sasuke?

Por acaso, não, ela não queria acompanhar o Uchiha até o galpão. Na verdade, ela não queria passar nem mais um minuto ao lado de Sasuke.

É claro que ela já havia superado a antiga paixão não correspondida. Agora ela tinha um namorado lindo esperando por ela em Tóquio.

Tudo bem, os anos haviam feito muito bem ao Uchiha. Sim, o desgraçado estava ainda mais bonito, se é que isso era possível.

Mas é claro, ela só estava nervosa porque Sasuke fora a primeira pessoa que ela havia reencontrado. Era só por isso. Sakura podia se controlar.

Tudo bem, ela podia acompanhar o Uchiha até o galpão e ter uma conversa civilizada. Ou nenhuma conversa, pois pelo que ela se lembrava, Sasuke não era muito de falar. Ou talvez, não gostasse muito de falar com ela.

– Claro, senhor Haruno – respondeu Sasuke.

Kizashi voltou para dentro de casa, alegando que precisava tirar um cochilo. Então era por isso que ela tinha que fazer companhia ao Uchiha? Para que o pai pudesse tirar uma soneca?

Sakura teve vontade de ir correndo para casa atrás de Kizashi. Mas ela não faria isso, ela mostraria a Sasuke que havia amadurecido; que já havia superado sua paixonite por ele.

Ela não era mais aquela garota de 14 anos que vivia correndo atrás dele. Agora ela era uma mulher de 22, formada e praticamente noiva de um cara muito mais bonito que o Uchiha.

Tudo bem, talvez essa última parte não fosse totalmente verdade. Mas Sasori era bonito.

– Você vem? – perguntou Sasuke.

Sakura apenas assentiu.

Os dois foram em direção ao carro e Sakura ajudou Sasuke a pegar as ferramentas. Durante o caminho até o galpão, os dois estavam em silêncio. Sakura não conseguia pensar em nada para dizer.

É, seu plano de se mostrar madura e superior estava indo por água abaixo.

Claro, ela pensou. Poderia perguntá-lo sobre a família, seus pais e Itachi.

Mas antes que Sakura pudesse perguntar qualquer coisa, foi Sasuke quem quebrou o silêncio.

– Como vão as coisas? Soube que você se formou... – falou, surpreendendo Sakura. Desde quando Sasuke puxava assunto com ela?

– Pois é – Sakura não sabia o que responder, então resolveu perguntar. – Como estão seus pais? E Itachi?

– Estão bem. Itachi está casado com Konan há dois anos, e em breve será pai.

– Nossa, isso é ótimo. Sabia que eles haviam se casado, mas não que Konan estava grávida – disse ela, sorrindo. – Você será tio então?

– É, vou – respondeu sorrindo de canto.

Sakura havia esquecido que ele ficava ainda mais lindo quando sorria daquele jeito.

– Você disse que está aqui de férias. Por quanto tempo vai ficar? – perguntou Sasuke, surpreendendo a Haruno novamente por falar primeiro.

– Dois meses – respondeu, sem encará-lo. Era melhor não olhar para ele antes de ter certeza de que o Uchiha não estava sorrindo. – Depois tenho que voltar a Tóquio.

Chegaram ao galpão, e colocaram as ferramentas em um armário. Já se dirigiam à casa de novo. E, novamente foi Sasuke quem iniciou a conversa. Sakura imaginou que ele estava batendo seu recorde hoje. Ele era sempre tão calado...

– Então... Como é voltar para Konoha depois de tanto tempo, Sakura?

– É bom, eu gosto muito daqui. Senti muita falta de tudo. – Ops! Como assim de tudo Sakura? É capaz de o Uchiha achar que você ainda arrasta um bonde por ele, divagou a rosada. – Foi difícil ficar longe dos meus pais, da minha casa – corrigiu-se ela. – Mas valeu a pena, eu realizei meu sonho.

– Fico feliz por você, Sakura – respondeu Sasuke, sorrindo.

Opa! Era melhor desviar o olhar do sorriso de canto... Só para garantir.

Graças a Deus, pensou Sakura, Mebuki resolveu aparecer na porta da frente. Eles já estavam bem próximos da casa àquela altura.

– Olá ,Sasuke – disse ela, simpática.

– Boa tarde, senhora Haruno - respondeu ele.

– Ainda bem que você não foi embora antes que eu pudesse falar com você – disse Mebuki.

Sakura ficou imaginando o que a mãe queria falar com Sasuke...

– Nós vamos dar um almoço para comemorar a estadia de Sakura aqui, e queríamos que vocês viessem.

Ah, claro, o almoço. Mas agora os Uchiha também seriam convidados? Quando seus pais a falaram sobre o tal almoço, Sakura achou que só seus familiares estariam presentes. E que só teria que aturar a sua prima Karin. Agora Sasuke também?

– Será que você poderia avisar sua mãe e seu pai, querido? – continuou Mebuki. –Ah, avise Itachi e Konan também, sim?

– Claro, senhora Haruno, pode deixar que eu aviso.

– Obrigada, Sasuke!

– Bom, eu só vim mesmo trazer as ferramentas, então acho que já vou indo – disse o Uchiha. – Tchau, Dona Mebuki...Tchau Sakura...

– Tchau – disse a filha.

– Tchau, querido, e mande lembranças à Mikoto, sim?

Sasuke assentiu e seguiu rumo à caminhonete; não sem antes lançar um último olhar a Sakura.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler :D