De Volta escrita por Porcoelho


Capítulo 10
Nós Dois


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem?
Sentiram minha falta? Ficaram com saudades da fic?
Sei que fiquei muito tempo sem postar, mas é que fui bloqueada. Então, só pude voltar a mexer na minha conta hoje. Para compensar, vou postar dois capítulos. Espero que gostem!



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CAPÍTULO 9

Nós Dois

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— Sasuke? — disse Sakura, assustada. Engoliu em seco. Será que ele tinha ouvida algo? — Oi – falou, dando um sorriso amarelo, para disfarçar o nervosismo.

— Oi – respondeu ele, um tanto confuso pelo comportamento da namorada. — É... você estava falando com alguém?

Sakura até suspirou em alívio – disfarçadamente, claro. Graças a Deus, ele não tinha ouvido nada.

— Estava sim, com a Ino – falou, já bem mais tranquila. — É uma amiga minha de Tóquio – explicou. — Divido um apartamento com ela.

— Ah – disse ele. — Mas por que você veio aqui fora para falar com ela?

O radar de Sakura apitou novamente. Será que ele estava desconfiado de alguma coisa? Será que Sasuke tinha ouvido a conversa dela com Ino? Ou alguma parte do diálogo, pelo menos? Bom, talvez fosse melhor assim, pensou a Haruno. Pelo menos, ela não sofreria mais com a consciência pesada e a culpa. Talvez Sasuke descobrir a verdade fosse o melhor para todos. Tirando ela, é claro. Já que, com certeza, Sasuke a odiaria se descobrisse que ela tinha alguém em Tóquio.

Droga! Como é mesmo que ela tinha conseguido complicar tanto as coisas assim?

—O celular não estava pegando muito bem lá dentro — falou ela. Ou melhor: mentiu ela, como a vozinha no fundo de sua consciência ecoava. —Só tinha sinal aqui.

Sasuke assentiu, dando de ombros.

—Seu pai está em casa? — perguntou ele. — Meu pai pediu para perguntar sobre a colheita —explicou.

Como as fazendas Uchiha e Haruno eram vizinhas, normalmente durante a colheita de soja, os empregados das duas fazendas se reuniam para trabalharem juntos.

— Meu pai está lá dentro —falou ela. Depois fez uma cara de decepção. — Mas achei que você tivesse vindo me ver...

— E quem disse que eu não vim? — Sasuke disse, e logo depois puxou a namorada pela cintura e a beijou. Sakura correspondeu, passando os braços ao redor do pescoço dele.

Os dois trocaram alguns beijos, até que Sakura se afastou, deixando Sasuke confuso. Sorrindo, ela disse:

—Acho melhor nós irmos, não é? Já que você tem que falar com o meu pai — falou ela, dando um sorriso vitorioso.

Sasuke sorriu de canto, pensando que isso não ficaria assim.

Depois, seguiu a namorada, e segurou na mão dela, para juntos irem em direção à casa.

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..

Mais tarde, depois de falar com Kizashi, Sasuke e Sakura saíram para caminhar. Acabaram parando na sombra de uma árvore. Sakura sentada em uma cerca de madeira, que circundava os fundos da fazenda, e Sasuke, de pé na frente dela, com os braços ao lado do corpo da garota, cercando-a.

Após mais uma seção de beijos, foi Sasuke quem perguntou:

—Você falou de mim para aquela tal de Ino?

Só a menção àquela ligação, fez a Haruno ficar tensa. Mas logo se tranquilizou ao perceber que Sasuke só estava fazendo aquilo para se assegurar de que ele era o único assunto pra ela. Convencido...

—Falei sim. Disse que estávamos namorando. —Claro que Sakura não falou sobre o principal motivo da ligação. —E ela nem acreditou que eu estava com o garoto que vivia me chamando de irritante; o garoto que mais me fez sofrer...

—Hum... Você já tinha falado de mim pra ela antes, é? — perguntou ele, presunçoso.

—Foi só isso que você ouviu?

—Está bem, está bem — concordou ele. Depois colou as mãos na cintura dela, se aproximando. —Você vai me desculpar se eu fizer isso? — disse, e a beijou. Depois deu um beijo no queixo dela, desceu mais, e falou contra o pescoço da garota: —Se eu disser que fiquei muito mal quando você foi embora? — declarou, para depois começar a distribuir beijos pelo pescoço alvo da rosada.

Antes que Sakura se entregasse completamente às carícias dele, ela o afastou.

—Sei... Ouvi dizer que você ficou com todas as garotas daqui — falou ela, descendo da cerca e se pondo de pé.

—Isso não é verdade — começou ele, e Sakura o encarou. Mas a garota bufou com o que veio em seguida: — Eu não fiquei com a Hinata — falou ele, sorrindo. Sasuke havia adorado vê-la com ciúme.

Mas, quando Sakura deu às costas a ele e saiu andando, Sasuke foi atrás dela para se explicar.

A garota sorriu, ainda de costas para ele. Sakura só estava fazendo birra. Ela não estava brava com o Uchiha, claro que não, só queria que ele admitisse que nenhuma dessas garotas eram importantes pra ele. Não como ela era.

—Ei, Sakura. Qual é?— Segurou o braço dela, fazendo com ela virasse de frente pra ele. — Isso é passado. Além disso, eu só ficava com outras porque você não estava aqui. Eu só queria... — Sasuke tentou explicar. Ultimamente Sakura o estava forçando a falar demais. — Queria poder tirar você da cabeça por um momento... Eu

Sakura interrompeu a fala dele com um beijo.

Sasuke ficava muito fofo tentando falar dos sentimentos. Além disso, a garota sabia que ele não tinha muito jeito com as palavras. E, mesmo que ele não dissesse, Sakura entendia. Talvez, pensou ela, Sasuke tivesse ficado com outras para tentar esquecê-la; para não sofrer... Mas é claro que Sasuke Uchiha nunca admitiria isso. Não, com essas palavras.

E, tudo bem, ela poderia perdoá-lo por isso. Afinal, agora ela era a garota dele.

Além disso, Sakura se recriminou, quem era ela para cobrar algo dele?

Era ela quem o estava enganando. Droga!

Mas, logo esse – e qualquer outro pensamento que ela pudesse ter – foi afastado quando Sasuke a puxou pela cintura e aprofundou ainda mais o beijo.

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O dia estava quente. Sakura havia esquecido do quão calor fazia em Konoha naquele época do ano.

Sentada no banco abaixo da sombra, que sempre divida com Hinata quando mais jovem, Sakura pensava que tinha tudo pra se sentir em paz, mas não era esse o sentimento que a dominava.

Mais uma semana havia se passado, o namoro com Sasuke ia as mil maravilhas, o problema era que ela não estava se sentindo bem enganando ele e Sasori.

Talvez não devesse ter ouvido os conselhos de Ino...

Estava se sentindo especialmente pior hoje porquê, depois de alguns dias, Sasori havia lhe mandado uma mensagem. Eles ainda não tinham se falado durante a semana – já que a Haruno havia desistido de terminar o relacionamento pelo telefone – e a garota imaginava que a ausência do ruivo dava-se pelo fato de ele estar muito ocupado com o novo emprego. E Sakura agradecia por isso, pois não teria que enganá-lo com palavras falsas através do celular. Mas, ao receber a mensagem dele, que se desculpava pela ausência e que dizia amá-la e estar com saudades, Sakura simplesmente não sabia o que fazer. Por isso, ainda não tinha respondido à mensagem. Por isso, estava se sentindo ainda mais culpada.

Após passar a mão pelo rosto, ergueu a cabeça para tentar espairecer, e avistou Sasuke caminhando até ela. Sorriu.

Somente vê-lo já fazia com que seu coração batesse mais rápido. Só a imagem dele, já fazia com que Sakura se sentisse melhor.

Também pudera, Sakura pensou. Apenas com uma bermuda preta simples, e uma camiseta branca, igualmente simplória, Sasuke já ficava extremamente bonito. Ou um pão, como Mebuki dizia.

Não importa qual adjetivo usasse para descrevê-lo, Sakura sabia que nada faria jus a ele, e se perguntava como Sasuke conseguia ser tão lindo?

—Oi —disse ele, para depois se aproximar e dar um selinho em Sakura. Sentou-se no banco e a puxou para seu colo.

—Está quente, não é? —falou ela. —Não lembrava que fazia tanto calor assim em Konoha...

—É, realmente está muito quente... —murmurou ele contra o pescoço dela, descendo a mão da cintura da garota para a coxa dela.

—Sasuke! —fez ela, colocando a mão dele na sua cintura novamente. —Nós estamos na frente da minha casa.

—Eu sei, eu sei —disse ele. Após uma pausa, continuou: — Tive uma ideia — falou ele, fazendo com que Sakura saísse de seu colo, e se pondo de pé também.

—Que ideia? —Sakura questionou, curiosa.

—Vem comigo.

—Tá — concordou ela, ainda com um semblante curioso. —Pra onde?

—Vem comigo, e você descobre.

—Me diz logo, Sa...

—Vem logo — interrompeu ele, impaciente. Pegou a mão dela, para que a garota andasse na direção correta.

Enquanto andavam, Sakura ficava perguntado pra onde eles estavam indo: "Já estou ficando curiosa, Sasuke", mas ele só dizia "Você já vai saber", fazendo com que ela revirasse os olhos e continuasse andando.

—Chegamos —disse ele, e Sakura, que vinha logo atrás, nem acreditou no que viu.

Sasuke tinha levado-a até a cachoeira que ela e Hinata costumavam ir quando mais novas. As garotas haviam descoberto o local – que ficava em um terreno nos fundos da propriedade Haruno – alguns meses antes de Sakura ir embora. Desde então, como o terreno parecia ser abandonado e ninguém sabia quem era o dono, a cachoeira havia se tornado o lugar secreto das duas amigas. Mas, a rosada não havia reconhecido o caminho porque agora algumas coisas estavam diferentes. Ao redor da cachoeira haviam muitas árvores a mais do que a Haruno lembrava.

Sakura saiu de seus devaneios ao ouvir o barulho de alguém pulando na água. Olhou para a água cristalina e viu Sasuke emergir.

—Você não vai entrar? —perguntou ele, sorrindo de canto.

Sakura olhou para a camiseta dele no chão.

—Você podia ter me avisado, não é Sasuke? —questionou ela. —Eu teria colocado meu biquíni.

—Pelo que eu me lembro —começou ele —, antigamente você entrava de lingerie mesmo.

—Como é que você sabe disso?

—Bom, você e Hinata não eram as únicas que sabiam desse lugar — declarou ele.

Sakura o encarou com um olhar questionador.

—Um dia, Naruto, não sei como, descobriu que vocês estariam aqui. Então, me arrastou junto com ele até essa cachoeira. —Sasuke podia dizer que o loiro havia o arrastado, mas Sakura considerava-o tão culpado quanto o noivo de Hinata. —É claro que eu não me arrependi de ter vindo. —Ele sorriu, olhando para a namorada sugestivamente. Sakura corou. Gostando do efeito que causava nela, ele continuou: —Você já era linda naquela época. —confessou, satisfeito ao ver o tom vermelho colorir ainda mais as bochechas dela. —E o dobe, que dizia ter vindo olhar você, não conseguia tirar os olhos da Hinata.

Sakura estava se sentindo abismada. Em pensar que ela achava que o Uchiha se sentia indiferente para com ela, quando, na verdade, ele vinha até mesmo espioná-la nos banhos de cachoeira. E Hinata, então, a Haruno imaginava como a amiga ficaria se soubesse disso...

—Vamos, Sakura —chamou Sasuke. —Entra logo.

Meio incerta, e tímida também —afinal, uma coisa era ter ficado de lingerie na frente de Sasuke sem saber, e outra era tirar a roupa na frente dele—, ela acabou concordando.

—Tudo bem. Mas, vira pra lá —disse, pedindo para que o Uchiha ficasse de costas para não vê-la tirando roupa.

—Tá — disse ele, sorrindo e logo em seguida dando as costas a ela. —Já posso me virar?

—Não, Sasuke! — falou ela, abrindo o botão do short; a blusa já estava no chão. Sakura fez uma careta, pensando que logo hoje ela tinha que estar com uma lingerie que nem combinava. Bom, pelo menos, as peças eram escuras; o sutiã preto e a calcinha, roxa. —Eu aviso quando puder.

—Ok — Sasuke fez, sorrindo de canto com a timidez dela.

—Pronto —a Haruno disse, quando já estava na água.

—Até que enfim, hein — falou ele, abraçando-a pela cintura. — Agora eu posso olhar para você, ou tenho que fechar os olhos?

—Deixa de ser bobo —Sakura disse, dando um tapa, de leve, no braço dele.

—Sabia que você fica linda assim, toda tímida? — Então ele a beijou, puxando-a mais pra ele, colando os corpos debaixo d'água.

Sakura ia revidar, dizendo que não era tímida coisa nenhuma... Mas, pera aí, ele tinha dito que ela era linda?

—Fico, é? —perguntou, sorrindo abobalhadamente, e Sasuke só revirou os olhos e depois a beijou novamente.

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..

Assim que Itachi chegou na cozinha, sentiu o cheirinho do melhor café do mundo. Konan que o perdoasse, mas, como o café de dona Mikoto, não existia outro igual.

Seguiu até a pia, onde a mãe lavava a louça, e beijou o rosto dela.

—Oi, mãe!

—Oi, meu filho. Quer um cafezinho? —Ela conhecia todas as preferências do filho mais velho. — Acabei de fazer.

—Claro que quero —disse, pegando uma xícara e se servindo. —Onde está o Sasuke? —perguntou, logo após um gole de café. —Fui ver as plantações e não o vi pela fazenda.

—Ah, querido, ele eve estar com a Sakura —disse ela, enquanto enxaguava mais um prato.

—Pois é, dona Mikoto, acho que senhora está perdendo seu bebê para outra mulher —falou, e ouviu a risada da mãe.

—Não me importo, filho. Fico feliz que Sasuke tenha tomado jeito — disse ela, sincera. —Ele está bem mais feliz desde que a Sakura voltou. Acredita que o peguei sorrindo sozinho esses dias?

—O Sasuke, é? —Itachi ergueu as sobrancelhas, descrente. — Sorrindo sozinho?

—Só o que me preocupa, filho, é que uma hora Sakura terá que voltar para a capital.

—Não se preocupe, mãe. Tenho certeza que eles vão dar um jeito — Itachi disse, para acalmar a mãe. Pois sabia que, no fundo, dona Mikoto tinha medo que Sasuke acabasse indo junto com Sakura para Tóquio.

Já ele, apoiaria Sasuke em qualquer decisão que o irmão tomasse. Só queria que seu irmãozinho fosse feliz. E mesmo que Sasuke não demostrasse facilmente os sentimentos, Itachi nunca tinha o visto tão feliz como nos últimos dias.

.

..

...

Dentro da cachoeira, Sakura mal conseguia respirar devido aos beijos cada vez mais intensos de Sasuke. Na verdade, aquilo já não eram mais só beijos, Sakura pensou, principalmente ao se dar conta de como estavam grudados; e de como uma parte de Sasuke parecia, digamos assim, animada.

—Sasuke... —chamou ela, mas devido as sensações que as carícias do Uchiha provocavam nela, a voz saiu como um sussurro. E ele nem ouviu, tão absorto que estava ao sentir do corpo dela colado ao seu. O cheiro dela, a pele macia, os lábios doces, estavam deixando-o fora de si. Sasuke a queria; a queria muito.

Então, invés de parar, começou a distribuir beijos pelo pescoço e colo dela. Enquanto as mãos iam em direção ao fecho do sutiã. Fazendo com que Sakura se entregasse novamente. Esquecendo de tudo, enquanto sentia o corpo dele, tão quente; tão próximo ao seu.

—Sasuke — chamou ela assustada quando enfim o Uchiha conseguiu desprender a peça de roupa. — Para, Sasuke! — falou, o empurrando, e levando as mãos imediatamente até as costas para fechar o sutiã.

—Eu... Desculpe — disse ele, saindo do torpor que se encontrava. Percebendo que Sakura já havia saído da água; percebendo que havia ultrapassado os limites dela. — Me desculpe, Sakura. Eu... não quis. Eu... não queria — Sasuke tentou explicar, saindo da cachoeira também, e indo ao encontro da Haruno. —Quer dizer...

— Tudo... tudo bem — falou ela, virando as costas para ele. Envergonhada por ser tão escandalosa. Ele não tinha agarrado-a a força. Ela estava gostando daquilo. Mas, ela e Sasuke estavam namorando a tão pouco tempo, e... ela não se sentia preparada para ir mais longe com ele. Na verdade, nunca tinha ido mais longe com ninguém...

—Sakura, me desculpe —disse, receoso em tê-la assustado; em ter estragado tudo. — Olhe pra mim —pediu ele, e ela se virou para encará-lo. — Eu não quis te assustar. Eu só... — tentava se explicar Sasuke. Mas as palavras nunca foram o forte do Uchiha. — É que você me deixa louco, Sakura.

—Não... tudo bem, Sasuke. É só que eu... eu não me sinto preparada pra isso... ainda — tentava se explicar uma Sakura cada vez mais envergonhada. —Na verdade, eu nunca... nunca — começou a dizer, com os olhos voltados para o chão.

É, ela ainda era virgem. Ino vivia dizendo que não entendia como ela ainda continuava virgem mesmo namorando há mais de seis meses. Também dizia que Sasori só havia pedido a Haruno em casamento tão cedo porque ele ainda não tinha "comido a maçã". Sakura apenas revirava os olhos diante desses comentários da amiga; e sempre explicava que ainda não se sentia preparada para transar.

É claro que ela e Sasori sempre davam alguns amassos mais, digamos assim, quentes. Só que Sakura sempre parava. Quando a coisa começava a evoluir, ela se sentia tensa e insegura. E Sasori sempre compreendia, ele sempre foi muito respeitador.

Agora a Haruno compreendia porque nunca se sentira segura com Sasori. Ela não o amava.

Sakura não precisou terminar a frase para que Sasuke compreendesse o que ela queria dizer. E depois disso, ele se sentiu ainda pior.

—Me desculpe, Sakura — começou ele, novamente. Sasuke queria poder se explicar melhor. Droga! Ela devia estar pensando que ele só queria sexo. —Eu não quis forcá-la a nada. Juro.

— Eu sei — disse ela, ainda sem encará-lo. Estava se sentindo uma idiota. Sasuke já devia ter saído com diversas mulheres; e todas, com certeza, deviam ser bem mais experientes. Enquanto ela, estava bancando a chata e puritana depois de uns amassos na cachoeira. — Será que a gente já pode ir? — perguntou. Ela não conseguia nem olhar pra ele devido a toda situação. Se pudesse enfiar a cabeça em um buraco, Sakura enfiaria.

—Tem certeza que não quer ficar? — questionou ele, se aproximando dela. —Não quer voltar pra água? Olha, eu prometo que vou me comportar... — disse, tentando sorrir, mas só o que saiu foi um sorriso nervoso.

—Não, eu... eu quero ir — disse, dessa vez fazendo um esforço para olhar pra ele.

—Tudo bem então — Sasuke disse, juntando as roupas no chão. Entregou as roupas de Sakura pra ela, e depois colocou a camiseta.

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..

...

Enquanto os dois voltavam, Sasuke pensava que não poderia deixar que a situação continuasse desse jeito. Eles estavam caminhando em silêncio; e Sakura, estava andando na frente dele, e não ao seu lado com a mão entrelaçada a sua, e Sasuke não podia deixar aquilo continuar assim.

—Sakura —chamou-a. — Não está tudo bem, não é?

—Está sim — disse ela, parando de andar, mas sem se virar para encará-lo. — Está tudo bem.

—Não, não está — disse ele, convicto, se aproximando dela. — Sakura, olhe pra mim — pediu, e ela se virou, relutante, para ficar cara a cara com ele. —Eu sei que agi como um idiota, mas eu prometo que aquilo não vai se repetir, e...

—Eu sei, Sasuke — Sakura interrompeu-o. —Eu não estou brava com você.

—Não? Então por que está agindo assim? — questionou ele, um pouco mais aliviado após saber que ela não estava magoada com ele.

—Eu estou com vergonha — admitiu ela, com uma voz baixinha.

— Vergonha? Por quê?

—Ah, qual é, Sasuke? — questionou ironicamente. — Você já deve ter saído com tantas mulheres mais... experientes. Até parece que você não está me achando uma boba! — falou, virando o rosto para não precisar encarar aqueles olhos negros.

Sasuke, ao se dar conta, do porquê a namorada estava agindo daquele jeito, quase se permitiu sorrir. Em primeiro lugar, porque ela estava muito linda tendo aquele ataque de timidez. Em segundo, porque ela não tinha nenhum motivo para se sentir insegura. Será que Sakura não se dava conta de que ela era especial pra ele? De que ele esperaria o tempo que fosse para ficar com ela? Que ele tinha adorado o fato de ela nunca ter sido de outro cara?

— Ei, Sakura, olhe pra mim — pediu ele, e como não foi atendido, ergueu o queixo dela, para que o encarasse. — Isso não tem nada a ver, tá legal? — falou, para tentar acabar com todas as dúvidas dela. —Olha, eu sei que isso pode soar um pouco machista, mas eu gostei de saber que você nunca foi de outro cara. — Sasuke sorriu de canto, meio sem jeito; enquanto ela parecia nem acreditar no que ele falava. — E Sakura, se algum dia você se sentir pronta para ficar comigo, — ele disse, a fitando intensamente —eu ficarei honrado em ser o seu primeiro.

—Ah, Sasuke — falou ela, abraçando-o fortemente.

Abraço esse que Sasuke correspondeu imediatamente. Adorando a sensação de tê-la em seus braços novamente. Ali era o lugar dela, ele pensou. Não afastada e querendo se manter longe dele, não, o lugar dela era ali, junto dele.

E como que para provar isso, ele a beijou. Apaixonadamente. Tentando, naquele beijo, fazer com que ela se sentisse segura; tentando demonstrar tudo o que não conseguia com palavras. E Sakura, correspondeu, totalmente entregue.

Meu Deus! Como, em uma semana, ele já tinha se tornado tudo pra ela novamente?

Sakura achava, não, ela tinha certeza que o amava ainda mais do que há oito anos.

— Agora sim, está tudo bem — disse ele, sorrindo satisfeito após o beijo, fazendo com ela sorrisse também.

Tudo estava bem outra vez.


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