Memories Poisonous escrita por Mary


Capítulo 1
Memories Poisonous


Notas iniciais do capítulo

Então, tive um pequeno surto e decidi escrever essa história. Foi só pra passar o tempo, não é nada sério XD Até porque amo o Loki e acabou surgindo essa Fanfic. São apenas lembranças que ele teve, memórias, e tal! Boa leitura muchachos =)



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~~~Loki’s POV~~~





 

 Eu me lembro perfeitamente daquele dia. O dia em que descobri a verdade sobre o meu passado, o dia em que descobri que fui traído e criado por motivos única e totalmente políticos. E até hoje tenho vontade de vomitar quando me chamam de “Filho de Odin”, quando uma certa pessoa me chama de “Irmão”, sinto nojo ao lembrar que fui criado entre pessoas insignificantes e que, hoje, são completos estranhos para mim. Sinto nojo ao simplesmente ouvir o nome Asgard.

 Não os odeio apenas por serem asgardianos, eu também os odeio por terem me tratado de um jeito tão estúpido e ignorante por todos esses anos. Eu os odeio por sempre me olharem de um jeito estranho e patético, diferente de como olhavam para o resto daquele povo idiota. Diferente de como olhavam para Thor, que até hoje é um dos maiores motivos para que eu tivesse me tornado o que sou hoje.

 Ele sempre foi o melhor em todas as questões. Sempre foi o melhor em lutar, em bater, em convivência, sempre foi o melhor em se enturmar, totalmente o oposto do que eu era. Eu não tinha tanta facilidade em conviver em harmonia com as pessoas, não só porque sou um Jotun, mas também porque no fundo, bem no fundo, nunca fui com a cara daquele povo estúpido. E, francamente, nunca tive a menor vontade de interagir com eles. Infelizmente jamais pude ter esse luxo de escolher.

 A única pessoa... Menos estúpida... com quem convivi foi Frigga. Não que eu estivesse alimentando qualquer tipo de “amor” por ela, pelo contrário, odeio todos de Asgard sem exceção. Mas ela foi a única pessoa que chegou perto de me entender, de compreender o que sou. Entretanto, no final, Frigga agiu como todos os outros asgardianos em relação a mim.

 Sempre amando Thor. Sempre mantendo a total confiança nele, sempre cegos. Cegos por não terem enxergado sua irresponsabilidade, cegos por não verem o quanto ele foi infantil e cegos por julgarem-no o rei perfeito para Asgard. Naquele dia, antes da cerimônia de coroação ser brutalmente interrompida – minha obra, é claro -, percebi que talvez aquele fosse meu destino. Viver à sombra de Thor. Viver à sombra de Odin. Viver à sombra de um mundo do qual eu não pertencia.

 Mas eu percebi também que podia mudar aquele destino. Podia mudar as coisas. E foi o que fiz.

 Acabei fazendo com que Odin banisse Thor de Asgard junto com todas as possibilidades de ele se tornar rei. Tirei uma pedra do meu caminho.

 Mas nem mesmo o banimento de Thor facilitou as coisas pra mim - aquilo só piorou tudo. Certos asgardianos começaram a suspeitar de mim, e naquele mesmo dia, refleti se eu deveria ou não subestimar a inteligência desses seres, que até então, nunca tinha visto se elevar tanto. Eles só sabiam comer, dormir, “batalhar” (se é que posso denominar as besteiras que eles fazem de “batalhas”), mas agora estavam suspeitando de seu até então superior?

 Eu devia ter aproveitado o trono de Asgard um pouco mais. Enquanto Thor estivesse vivo, meus planos jamais seriam concretizados, e me arrependo amargamente de ter subestimado o deus do Trovão. Ele até que subiu no meu conceito. Mas depois que ele retornou para me questionar sobre minhas ações, percebi que tinha pontos fracos.

  O principal deles estava na Terra, e se chamava Jane Foster. Logo criei vários planos para a humana, que só iria coloca-los em prática muito em breve.

  E então acabei na escuridão. Meus planos foram dissolvidos como pó. Mas sinceramente? É melhor estar no completo escuro, sozinho, do que rodeado de vermes insignificantes. É a maneira mais “carinhosa” de como trato os asgardianos, e sempre será.

  Nem tudo estava perdido para mim. Eu tentei me reerguer com a ajuda dos Chitauri, um povo que, assim como eu, almejava o poder. Mas Thor logo surgiu em meu caminho novamente, como se fosse uma maldição. E fez a maior idiotice de todas: achar que podíamos consertar o caos que causei juntos, e corrigir todos os erros que já cometi em minha vida. Tão burro. Tão estúpido.

  Não tenho vontade alguma de consertar esses erros. Não sinto qualquer espécie de arrependimento por ter causado todos os problemas que já causei, eu sinto orgulho por ter feito tudo aquilo.

  Mas então, acabei caindo novamente no abismo da derrota. O exército Chitauri foi dizimado, e fui derrotado e humilhado por Thor e seus amigos da Terra, um lugar que considero tão podre e nojento com Asgard. Ambos os lugares não mereciam qualquer mínimo respeito meu.

  E acabei aqui. Nessa prisão. Nas raízes de Yggdrasil, sozinho, em uma cela especialmente feita para quando eu chegasse.

  Estou bastante tempo aqui. Isso dá para se perceber pelos meus cabelos, que antes caíam até os ombros, mas agora estão maiores. Meus poderes foram tirados de mim. Não posso mais estralar os dedos esperando fazer algum tipo de magia com esse ato.  A única coisa que tenho comigo agora é a minha inteligência, a minha experiência, e principalmente: a minha sede. Minha sede insaciável de assumir o poder de tudo.

  Estar preso não é o fim. Estar sem sua dignidade não é o fim. As humilhações que já passei, as derrotas das quais sofri, servem agora como combustível para que a minha sede de poder aumente cada vez mais. Não sinto arrependimento ou tristeza de estar preso. Sinto que estou cada vez mais preparado.

  Preparado para sair daqui, para ter Asgard e Midgard em minhas mãos, preparado para ver meu irmão derrotado e prostrando-se a mim, humilhando-se da mesma forma como fui humilhado.

  Eu não sou a única ameaça que existe. Há várias outras por aí.

  Odin e Thor sabem muito bem que eles não são páreos para deter o inimigo. E uma hora ou outra, irão me pedir ajuda. E eu terei o maior prazer em ver o medo em seus olhos, em poder enxergar a hesitação, por estarem pedindo ajuda a mim para combater as ameaças. É só uma questão de tempo.

 E enquanto isso, eu fico aqui. Esperando as coisas acontecerem.

 Nunca me preocupei com o que vou fazer depois que me tirarem daqui. Nunca me preocupei sobre como será o meu destino.

  Porque oras, eu sou o deus das trapaças, e sempre acho uma saída.

  E jamais, jamais, posso ser subestimado.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Gostaram? Eu ferrei com o Loki???? MEU DEUS, É TANTA COISA QUE EU PRECISO SABER! AUEUAEHUAEHUAEHUAEH
Essa não é a única oneshot que eu pretendo postar. Mas tudo depende da minha inspiração, criatividade e esses treco aí que vocês já estão cansados de saber XD
POR FAVOR, DIGAM SE GOSTARAM, O QUE NÃO GOSTARAM, ISSO É IMPORTANTE PRA MIM!
Beijos e até uma próxima oneshot, haha ♥