Just A Dream? escrita por Rach Mellark


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORAAAA, MINHA INSPIRAÇÃO SUMIU UM BOM TEMPO, VOU TENTAR NÃO FAZER MAIS ISSO



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Por uma fração de segundo eu achei que eu pudesse estar louca, pois eu jurava que tinha visto algum movimento na rua dele, mas quando voltei a olhar para o mesmo local não havia nada. Medo. Terror. Mas ao mesmo tempo um sentimento bom passa por mim. Não sei como, não sei qual, não sei por que, mas talvez o fato de estar com meu melhor amigo em todo o mundo me tranquilize um pouco. Só um pouco.  Seguimos andando calmamente, até que eu percebo uma terrível falha no meu plano, não pegamos armas, mesmo que fosse uma faca de cozinha, eu poderia usar como adaga ou algo assim, mas eu não peguei absolutamente nada. Me desesperando, pergunto por Adan:

- Adan, pelos deuses, me fala, por tudo que há de mais sagrado, você pegou alguma arma? Uma faca? Um canivete? Até um garfo serve, qualquer coisa.

- Armas? – esse puto fez uma cara de desespero tão grande que eu pensei que ele tinha esquecido também, mas ele rapidamente se tranquilizou – É claro. Nós não sabemos pra onde estamos indo, nem quem vamos encontrar, eu peguei a arma do meu pai e uma adaga da coleção dele, acho que duas.

- A arma do seu pai? – indaguei aliviada – Você sabe usar né? Que eu me lembre você tem a mira perfeita. – quando éramos crianças fizemos um curso de tiro juntos, ele não errava um alvo, nenhum - Fica com ela e me dá as adagas. – eu sempre fui melhor com facas, espadas, adagas, qualquer tipo de lâmina em geral.

- Tudo bem, mas vê lá o que você vai fazer hein pequena. – minha cara foi tão assustadora com aquelas adagas na mão que ele deu dois passos pra trás e voltou a falar – Calma. Tudo bem, você fica com as adagas, você sempre foi boa com lâminas. Agora vamos parar de perder tempo, vamos seguir essa parada aí que você falou.

Ele estava debochando de mim. Ele acha que eu sou louca. Ele não tem ideia do que eu estou falando. Ele acha que vai ser só mais uma das nossas brincadeiras. Ele acha que eu vou zoar ele. Ele acha que a gente vai chegar em algum lugar e vai ter uma festa nos esperando. Ele tem que parar de achar e dar o cu. Ele não tá vendo as ruas? Tá tudo vazio. Geral na casa dele tava dormindo, como ele pode achar que eu estou sacaneando? Ele tem problemas mentais? – olho pra ele com desprezo, e acho que ele percebe, pois se vira e continua andando, um pouco mais distante de mim, mas não o suficiente para não ouvir os meus passos.Seguimos em frente, dessa vez sem dizer uma palavra.

Andamos mais um pouco, sempre com ele na minha frente, alegando que me protegeria de qualquer coisa que cruzasse nosso caminho. Não que eu seja o tipo de menininha indefesa que tem medo de aranhas, mas ele me trata assim. Mesmo sabendo que eu poderia tê-lo apunhalado pelas costas neste exato momento. Ainda posso. Viramos mais uma rua e quando percebo estamos na entrada dos fundos da minha escola. Sim, minha. Adan desistiu da escola alguns anos atrás, mas mesmo que não o tivesse feito, nunca estudaríamos juntos. Ele é três ou quatro anos mais velho do que eu. Percebo que, em meio aos pensamentos, a sensação sumiu. Desapareceu. Completamente. Como se nunca estivesse estado lá. Saco as adagas e aviso a Adan que chegamos. Estava pronta pra entrar quando percebo o olhar confuso que ele me lança.

-A sensação sumiu assim que chegamos, não posso fazer nada, acho que é aqui.

-Tudo bem – ele fala, dando de ombros – vamos entrar.

Ele abre a porta, pega algo na mochila que não consigo ver o que é e entra. Andamos pelos corredores calmamente, observando tudo ao redor. Eu só sabia disso porque escutava seus passos ao longe. Ele estava fora do alcance da minha visão periférica e eu ainda estava chateada com ele e não iria olhar na sua cara tão cedo. Vou andando, corredor por corredor, sala por sala e não encontro nada. Absolutamente nada. Só silêncio e escuro, apenas isso. Resolvo que vou embora e sigo o caminho para a porta da frente.

Viro mais alguns corredores e encontro um corredor mais familiar que os outros. Ele estava mais escuro, e até mais quieto, mas eu sabia que era o corredor da minha sala. Ele estava tão normal quanto o resto da escola, até que eu olhei pra porta da mina sala. Estava cheia de marcas de chutes, socos, como se tivessem tentado arrombar, mas algo a prendesse por dentro da sala. Sinto um frio na espinha. Testo a maçaneta, mas a porta estava trancada, de acordo com o esperado. Me viro para chamar o Adan pra me ajudar, mas ele sumiu. Virou fumaça. Desapareceu. Tudo bem, até melhor, não queria ter de admitir que preciso dele.  Voltando a porta. Sou uma pessoa fraca, logo, preciso de várias tentativas até a porta abrir.

Entrando na sala tomo um susto. Tudo revirado, carteiras quebradas, papéis no chão, tudo. O armário estava caído, a mesa do professor virada, marcas que pareciam sangue – tinta vermelha que não era – nas paredes, no chão, em tudo. Nunca tinha visto minha sala desse jeito. Quer dizer, nunca tinha visto nenhum lugar daquele jeito. Minha turma era bagunceira e tals, mas sangue já era meio demais.

As janelas estavam fechadas e quebradas, como se alguém tivesse tentado fugir atravessando-as. Havia um pouco de sangue junto dos cacos, provavelmente de ferimentos provocados pelo atrito da pelo no vidro. Olho do lado de fora. Mais cacos, mais sangue. Me volto pra dentro da sala e começo a andar em círculos, avaliando os estragos, pensando o que poderia tê-los causado.

Me distraio em meus pensamento, tentando decifrar uma pequena mensagem que encontrei escrita no quadro e me parecia vagamente familiar. De repente percebo que eu as tinha visto nas cadeiras, nos armários, em tudo. Sempre as mesmas três letras: S.O.S. Sim, eu sei que é um pedido de socorro, mas de quem? Pra quem? Porque? Ok, porque tá meio óbvio, mas tudo bem.

Me desligo do mundo de um jeito que só percebo que Adan apareceu quando ele me envolve em seus braços. Eu levo um susto, mas aquele abraço era tão conhecido por mim que logo me acalmo. - eu esqueci que estava bolada com ele, mas tudo bem - Continuo pensando, só que olhando para ele. O silêncio, o nosso abraço, a situação acabou criando um clima totalmente romântico do qual eu só percebo a existência quando Adan me beija. Diferente de meu irmão, eu o empurro, cortando qualquer clima, e o olho. Não era uma coisa esperada que ele me beijasse. Ao contrário do que muitos pensam, Adan é mais meu irmão do que meu próprio irmão.

Ele se irritou com o empurrão. Muito. Já tinha visto Adan irritado algumas vezes, mas nada como aquilo. Ele estava transtornado, fora de seu normal. Como se fosse um absurdo eu tê-lo rejeitado. Olho em seus olhos e vejo um brilho de fúria. Essa era a diferença pras outras vezes que eu o irritava. Nunca era de verdade, ou algo serio, agora era. Por mais estranho que seja,isso me atraiu. Esse lado escuro do Adan me deixou surpresa, mas eu gostei. Foi como se ele tivesse um imã, e me atraísse pra perto dele, pois foi o que aconteceu. Eu fui andando e sua direção e tento o beija, porém, quando nossos lábios estão quase se encostando, sinto uma pancada forte na cabeça e desmaio.


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Notas finais do capítulo

eu acho que tá uma porcaria, vcs mereciam coisa melhor, mas foi o q deu pra fazer. não sei quando eu volto a postar, minha criatividade tá muito tosca, mas vou tentar não demorar tanto



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