Droga! Estou Apaixonada Pelo Meu Professor. escrita por Something or Whatever


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É a primeira fic que posto. Se algo estiver errado, por favor me avisem.
Espero que gostem. Boa leitura!



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Ok. Vai ser hoje, já me decidi e não tem nada que me faça voltar atras.

A não ser o minha vergonha, meu nervosismo e meu enorme medo de ser rejeitada. Mas acho que esses sentimentos são normais, visto que sou uma garota que acaba de decidir que vai abrir seu coração para a pessoa cuja é culpada pelas minhas insônias, as divagações e os suspiros... Pois é, não é fácil lidar com uma paixão. Ainda mais, quando essa, é direcionada a seu professor.

Mesmo com todos esses medos e duvidas me rondando, sigo em frente com meu plano. Mas espere. Eu não tenho nada planejado. O que eu posso fazer? Simplesmente despejar tudo o que sinto em cima dele? Bem, essa é a opção mais acessível no momento, mas também é a mais arriscada. E se o sentimento não for reciproco? É bem provável que não seja, apesar de eu ter notado certo comportamento estranho da parte dele. Como por exemplo, o fato de ele sempre me tratar de um jeito fofo e se dirigir a mim como, meu amor e meu anjo e os olhares que ele me lançava. Mas particularmente na ultima aula dele, sua atitude inesperada me chamou a atenção.

Ele da aulas de arte, e estávamos fazendo um trabalho sobre grafite. O projeto sugeria que os alunos fizessem caricaturas de si mesmos e levassem para a sala de aula. Assim como foi dito, o trabalho se iniciou com os desenhos já prontos. Teríamos que recortar algumas partes com um estilete, para em seguida cola-los na parede e passar uma tinta spray por cima, deixando assim, os rostos de nossa turma, estampados na parede.

E o trabalho seria feito dessa forma, de uma maneira muito rápida, isso se eu não estivesse tendo alguns problemas com o manuseio do estilete. Ele veio me ajudar, como faria com qualquer outro aluno. Mas a sua forma de fazer isso não foi nada normal. Ele ficou por trás de mim, segurou o estilete e começou a cortar o papel. Mas como eu estava sentada, ele teve que se abaixar, ficando assim, na mesma altura que eu. Seus braços passaram ao redor dos meus e alcançaram o papel sobre a mesa, me mantendo presa ali. Sua respiração estava no meu ouvido, indicando que ele estava muito próximo. Ele começou a sussurrar o que eu deveria fazer para concluir o trabalho. Mas eu não estava prestando a mínima atenção no que ele dizia. Só conseguia me concentrar em seus braços ao meu redor e em sua respiração tão perto de mim.

Mas infelizmente ele se afastou, rápido de mais, na minha opinião. Depois disso, eu olhei em volta e percebi que não fui a única a ficar surpresa com a sua ação. Algumas alunas olhavam pra ele com um tanto quanto indignadas. Ele percebeu e deu um sorriso forçado na direção delas. Eu tentei segurar o riso, mas não consegui e uma gargalhada escapou. Ele fingiu não notar, mas vi um sorriso no canto de seus lábios.

Essas coisas podem ser apenas uma enganação da minha mente fantasiosa. Mas eu não queria pensar nessa possibilidade. Queria me agarrar a esperança que eu tinha.

E foi com essas coisas em mente, que eu sai da sala depois da ultima aula e segui em direção a sala dele.

Logo depois, eu estava parada na frente de sua porta criando coragem para bater nela e contar tudo.

Fico algum tempo ali. Tentando organizar meus pensamentos e percebo o quão ridícula estou sendo. É obvio que ele vai me achar uma idiota e vai me mandar sair de sua sala o mais rápido possível. Quando me dou conta disso, imediatamente saio dali. Mas quando começo a andar, escuto um barulho e me viro.

A porta está aberta e ele esta encostado no batente me olhando.

– O que faz aqui? - pergunta erguendo uma sobrancelha.

– Hã... Eu? Nada não. - Tento disfarçar, mas vejo que isso não o convenceu então reviro minha mente em busca de uma resposta rápida. - Eu só queria tirar uma duvida sobre a prova com o senhor. Mas pensei melhor e resolvi deixar pra lá.

– Não a necessidade disso. Se você tem uma duvida, é meu dever esclarece-la. - Ele encarava meu olhos com tanta profundidade, que parecia saber o que eu realmente vim fazer aqui, e esperava que eu confessasse logo. - Não quer entrar?

Ele fez um sinal com a mão em direção a porta.

A parte racional da minha mente estava gritando para eu dar o fora dali antes de fazer alguma besteira. Mas a parte que estava louca por ele dizia para eu entrar lá, contar tudo e depois agarrar ele. Ok, essa segunda parte me dava um pouco de medo.

Oh droga, ele ainda esperava por uma resposta minha.

– Ah... Hum, Claro. - Eu passo por ele e entro na pequena e aconchegante sala.

Ele se senta em uma poltrona e indica a outra a sua frente. Me sento e fico observando suas feições até que ele me tira daquele estado de demência que mente alcança quando ele esta perto.

– Então... Qual é a sua duvida?

Putz! Me ferrei. E agora? Eu não tenho nenhuma duvida. Entendo perfeitamente a matéria dele.

Será que agora seria uma boa hora para abrir o jogo?

É, acho que sim...

– Hã... N-na verdade, e-eu não tenho duvidas. - Gaguejei enquanto encarava meus tênis, sem coragem alguma de olhar para ele.

– Não? - Sua voz demonstrava um pouco de surpresa. - Então o que veio fazer aqui?

– Eu queria te contar uma coisa. - Fiquei feliz da minha voz ter saído ao menos um pouco firme. - Mas o senhor tem que me prometer que não vai ficar bravo ou me chutar para fora daqui.

Olhei para ele e percebi que ele tentava não rir.

– Nossa, o que você fez? Atropelou meu cachorro? - Dessa vez ele deu uma alta gargalhada.

– Não atropelei seu cachorro. Não tenho idade para dirigir. - Respondi meio irritada. Como ele pode fazer piada num momento desses?

– Tudo bem. Eu prometo que não vou fazer nada disso.

– Ok. - Respirei fundo e fechei os olhos tentando me preparar. Quando os abri, olhei para baixo e falei tudo o que sentia.

– Bem, é o seguinte. Eu gosto de você, quero dizer, gosto muito mesmo. Não do jeito normal que uma aluna gosta de um professor. É de um jeito diferente...

" Toda vez que olho para você, meu coração dispara, sinto borboletas no estômago e minhas mãos começam a suar. Seus olhos me hipnotizam, quando você olha para mim, sinto como se pudesse ver seus pensamentos e sentimentos. E sinto, que tudo isso que acabei de lhe contar, é reciproco."

"Pode ser só uma loucura, mas gosto de acreditar nela. Só que apenas acreditar, não é o suficiente. Eu tenho que saber. Tenho que ter certeza de que você sente o mesmo por mim. Ou que me vê apenas como qualquer outra aluna"

Assim que termino de falar escuto ele suspirando e o olho.

Sua testa esta um pouco franzida e sua mão está apoiando o queixo, em uma expressão pensativa.

Se passa algum tempo e o um silencio desconfortável assola o lugar. Ele continua pensando e eu temo sua resposta.

Agora o que eu desejo, é que eu tivesse mantido meus sentimentos para mim mesma. Quero levantar daquela poltrona e sair correndo.

Quando tudo aquilo já está se tornando insuportável, ele finalmente fala.

– Isso é realmente uma surpresa...

Meu rosto já está completamente ruborizado e meus olhos se enchem de lagrimas.

Obviamente essa não é a resposta que eu esperava. Sinto-me uma tola por estar aqui me declarando para ele, que está visivelmente, procurando um jeito de me dispensar.

Me levando abruptamente sentindo meu rosto molhado pelas lagrimas que caiam sem permissão.

– Sinto muito por incomodar o senhor. Minha atitude não irá se repetir.

Vou em direção a porta, mas quando estou girando a maçaneta, ele segura minha mão.

– Ei! Espere. Vamos conversar. - Seu rosto demonstra preocupação.

Mesmo querendo ir embora dali o mais rápido possível, eu o sigo de volta as poltronas e me sento.

– Não tenho mais nada para falar! - Afirmo com certa magoa na voz.

– Não fique triste. Por favor. - Ele pede delicadamente com a voz suave. - A ultima coisa que quero é magoa-la. Mas peço que veja meu lado.

Ele faz uma pausa e com uma das mãos pega a minha e com a outra, enxuga minhas lágrimas.

– Eu gosto de você, muito, talvez até do mesmo jeito que você goste de mim. - O que ele disse me deu uma pontinha de esperança até então perdida. - Mas acho não podemos fazer isso. Quero dizer, ficarmos juntos... Nossa diferença de idade é grande. E eu tenho meu trabalho. Seria anti- ético. E sua família? Já parou para pensar em como eles reagiriam?

Ele tinha razão. Eu nunca parei para pensar naquilo tudo. Eu não posso acabar com a carreira dele por uma paixão. E quanto a minha família... Eles ficariam surpresos e um tanto abalados. Mas tenho certeza que um tempo depois entenderiam.

– Não teríamos problemas com a minha família. Mas você esta certo. Não podemos fazer isso. Por mais que me deixe triste eu tenho que concordar. Não posso acabar com a sua carreira. - Digo tristemente enquanto seguro suas mãos.

– Que bom que você entende minha querida. Mas agora acho que está na hora de você ir...

– Será que posso te pedir uma coisa?

Prometo que depois eu vou embora e não toco nesse assunto nunca mais! - Digo com uma coragem e convicção que não sei de onde saíram.

– Pode pedir. - Ele diz um pouco desconfiado.

– Me beije?

Pela expressão que ele fez, acho que ele já imaginava isso.

Sua mão que continuava em meu rosto, escorregou um pouco para baixo e seu polegar tocou meus lábios.

Seu rosto se aproximou lentamente. Sua mão foi para o meu pescoço e puxou meu rosto de encontro ao seu. Seus olhos se fecharam mas mantive os meus abertos. Queria ver tudo.

Quando seus lábios finalmente se encaixaram com os meus, senti algo que nunca conseguiria descrever, mesmo que passasse anos tentando.

Bem, era o meu primeiro beijo, então devia ser normal eu me sentir assim.

Quando ele aprofundou o beijo, eu me senti um pouco perdida, mas consegui acompanha-lo e juntos encontramos uma sintonia perfeita.

Nosso beijo durou um longo tempo. E quando acabou, estávamos ambos ofegando.

Ele ainda não havia me soltado e eu tão pouco queria que ele o fizesse. Mas sabia que iria acontecer. Ele me soltaria, eu iria embora e nunca mais tocaria no assunto. Era triste, porem não havia nada que eu pudesse fazer.

Mas o que eu não esperava, era que ele me puxasse para outro beijo, dessa vez, mais intenso.

Suas mãos foram para a minha cintura e ele tentou me trazer para mais perto, mas percebeu que se fizesse isso, eu cairia da poltrona. Então ele, sem parar o beijo, se levantou e me puxou, se sentando novamente na poltrona e me sentando em seu colo.

A coisa fica cada vez mais intensa e estávamos tão próximos que eu podia sentir seu coração, e ele batia tão rápido quanto o meu.

Só nos separamos quando o ar foi realmente nessessario, mas ainda assim relutamos.

Eu imediatamente fiquei com vergonha de estar sentada no colo dele, mas quando tentei sair, ele me segurou e me abraçou forte.

– Não vá! - Ele pediu com a voz triste.

– Achei que você queria que eu fosse. - Falei mesmo não querendo ir.

– Não. Eu nunca quis. - Ele colou nossas testas e ele estava tão perto, que enquanto falava, seus lábios roçavam nos meus. - Apenas achei que não daria certo. Mas agora vejo que preciso de você.

Eu queria pular e gritar de felicidade, mas me contive e apenas sorri abertamente.

– Precisa de mim? Mesmo?

– Sim. Mesmo.

Quando eu ia responder o meu bolso começa a vibrar. Me levanto desajeitada e quase caio de cara no chão, mas ele me segura.

Fico de pé e atendo o celular.

–Alô!

–Oi filha. Onde você está?

–Ah, oi mãe. E-eu... Eu estou na escola.

– Escola? O que ainda faz ai?

– Eu queria tirar uma duvida com um professor. Mas ele estava ocupado e eu fiquei esperando. Já estou indo embora.

– Tudo bem. Volte logo. Te amo, beijos!

– Ok, também te amo! Tchau.

Desliguei e olhei para meu professor que sorria.

– O que foi?

– Nada, só estou imaginando todas as suas duvidas que eu gostaria de esclarecer. - Ele sorriu maliciosamente e eu corei.

– Eu adoraria ficar e te mostrar todas as minhas duvidas. Mas eu tenho que ir. - Disse enquanto pegava minha mochila.

– Tudo bem. - Ele me acompanhou até a porta e antes de abri-la, me deu outro beijo, dessa vez, mais calmo e doce.

Nos afastamos e ele abriu a porta para mim.

– Tchau professor.

– Tchau querida.

Sai da sala em direção a porta da escola. Mas escutei ele me chamando e virei.

– Pode vir até a minha sala novamente amanhã? - Ele disse e deu uma piscadinha.

– Claro que posso. - Ri enquanto ia embora.

Eu iria esperar ansiosamente pelo dia de amanhã.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!