Elena Price – 4

Elena acordou com os gritos.

Correu para a sala, os longos e lisos cabelos castanhos soltos e assanhados. O frio veio junto ao cheiro de rosas. Perséfone e Despina estavam brigando, pra variar. Elas haviam usado a sala de jantar como campo de guerra, onde neve e flores se misturavam.

– Uma egoísta filhinha da mamãe, isso sim! – Despina exclamava com seus lábios vermelhos, erguendo uma onda de neve.

– Pare de ser mal-amada, Despina! Quer resolver nossos problemas na frente das crianças? – uma roseira com enormes espinhos marrons brotavam de lugar nenhum para bloquear a massa branca que se aproximava.

Josh também acordara, parou com seu pijama listrado ao lado de Elena. Seus cabelos amarelos como palha estavam arrepiados como no desfile. Sua aparência quieta contrastava com as duas deusas em guerra.

Elas nunca haviam usado seus poderes em uma briga antes. Elena as presenciava todo dia desde o trem. Não iria interrompê-las como fazia sempre, estava cansada daquilo. As deusas viram nos Jogos Meio-sangrentos uma forma de resolverem assuntos antigos, não davam a mínima para qualquer um dos tributos.

A mesa de jantar ainda não fora atingida, então Elena andou até lá e pegou dois pães com queijo, além de um copo de suco. Andou com o prato até o próprio quarto. Precisava se alimentar bem para as Avaliações.

Elena pensara no dia antes de ontem, quando morreu na simulação. Havia sido a primeira a virar um monte de areia, pelas mãos da filha de Atena. Kate Gardner dissera que sua colocação na simulação influenciaria na sua nota. O que vencesse receberia 11, o segundo 10 e assim por diante. Zero não era uma nota tão ruim assim.

– Não vai se vestir para as Avaliações? – era Josh.

– Não enche – Elena não costumava ser grossa com ele, mas sua calma habitual a irritava às vezes.

– Fiz alguma coisa pra você? – ele entrou, segurava um pedaço de bolo de chocolate.

– Estou apenas irritada.

– Qual o motivo para se sentir irritada?

Ao fundo, Elena ouviu a palavra “vadia”, vinda de uma das deusas.

– Apenas por eu estar aqui, neste quarto, me preparando para ser morta dentro de alguns dias. Nossa representante não nos ajuda, nossa mentora divina muito menos. São bons motivos para você, Josh Nicky?

– Não. Tenho os mesmos motivos e estou aqui, tranquilo. Será que você não pode simplesmente se concentrar e parar de depender dos outros? Eu passei minha vida sozinho, sem receber a ajuda de ninguém. Você pelo contrário, sempre teve um pai e uma mãe, mesmo que adotivos, para segurar você quando caísse e limpar sua...

A mão de Elena encontrou-se violentamente com o rosto de Josh.

– Não fale dos meus pais. Nunca.

O rosto do irmão tornou-se vermelho. Elena não sabia se era pelo tapa ou pela vergonha. Uma lágrima escapou de seu olho azul.

– Oh Josh, me perdoe – Elena o envolveu com os braços e passou a chorar também – Você é a única família com quem eu posso contar agora. Eu só estou com medo. Me sinto impotente, incapaz de salvar a mim mesma ou você. Não quero que você morra, nem quero morrer.

– Não tenha medo da morte, Elena. Ela é apenas um acontecimento, uma despedida. Importe-se com o amor, que dura para sempre.

– Eu amo você.

– Também amo você.

– Agora me deixe tomar banho, temos que nos apresentar para os Idealizadores.

– Acha que vou me sair bem?

– Você treinou, não treinou? Finja que está apenas atirando com o arco, como aprendemos – ela riu.

A roupa para as Avaliações era uma calça justa e uma camiseta com mangas compridas, ambas pretas, além de botas marrons. Quando terminou de pentear os cabelos, Elena fez uma trança. Ao sair, o irmão já se encontrava pronto. Atravessaram juntos a sala onde as deusas ainda brigavam. Encontraram Kate.

– Vou com vocês. Pareço ser a única preocupada com a sobrevivência de alguém por aqui.

Os três desceram ao térreo, onde passaram dois dias aprimorando-se. Mas ao invés de adentarem as portas duplas do ginásio, seguiram por um corredor até uma sala. Uma média de catorze tributos já se encontrava lá, sentados em bancos individuais.

– Sentem-se ao lado dos filhos de Poseidon – alertou Kate – Chamarão pela numeração dos chalés, e os meninos são os primeiros. Então Josh, você será o quinto e Elena a sexta. Quando chamarem vocês, acompanhem aquela empusa até o saguão. Vocês terão várias armas à disposição, além de redes, ferramentas, bonecos e alvos. Se me recordo bem, terão dez minutos para a apresentação. Os Idealizadores dos Jogos, que nunca vi, estarão assistindo vocês. Agora terei que ir, boa sorte.

Elena e Josh sentaram-se de mãos dadas. Ao lado dele, Peter, o ciclope. Ao lado de Elena o filho de Ares. Estavam entre dois fortes Carreiristas.

Começaram as chamadas. Brandon, seu aliado filho de Zeus entrou por portões iguais aos do Centro de Treinamento. Elena torcia por ele, para que conseguisse uma boa nota e atraísse Patrocinadores que dariam dádivas para a aliança.

Havia se passado meia hora quando o ciclope levantou-se para sua avaliação. O próximo seria Josh.

Alguns longos minutos depois, ouviu o irmão ser chamado.

– Boa sorte, vai dar tudo certo – ela desejou a Josh, que agradeceu e acompanhou a empusa. Ela abaixou a cabeça, olhando para o chão e só levantou-a quando ouviu:

Elena Price, Chalé 4. Dirija-se para sua Avaliação Individual.

Entrou e logo procurou o arco e as flechas. O alvo já havia sido usado, provavelmente pela irmã de Brandon, Reyna. Ela acertara o alvo uma vez e chegara bem perto em outras. Elena precisava ser melhor que ela.

Antes de começar, olhou para o palanque onde se encontravam os Idealizadores. Uma sala sem uma das paredes, dois metros acima da altura do chão. As figuras que a observavam eram semelhantes a fantasmas, com cores diferentes. Elena contou onze. Alguns andavam de um lado para outro, outros permaneciam em poltronas.

Um homem era um fantasma azul translúcido com enguias nadando em seu corpo. Uma mulher era alva como neve e tinha crateras no rosto. Um outro parecia ser uma nevasca viva, enquanto outra mulher irradiava luz. Ao centro de todos, um se destacava: uma figura translúcida careca, com imensos olhos dourados que pareciam cheios de areia.

Cronos.

Os Idealizadores dos Jogos Meio-sangrentos eram os titãs. Não conseguiram recuperar suas formas divinas, mas ainda podiam ser nocivos... articulando os Jogos.

Elena respirou fundo. Pegou o arco prateado e uma flecha de mesma cor. Mirou no desenho humano com um alvo vermelho no rosto.

Atirou.

Peter Black – 3

– Boa sorte, mano! – desejou Peter a Noah.

Peter estava ansioso. Não sabia ao certo o que fazer. Talvez usar um tridente, talvez uma espada, talvez uma lança. Talvez atirar um tridente e uma lança ao mesmo tempo enquanto equilibrava uma espada no nariz. Era difícil decidir!

Logo chamaram seu nome, e uma vampira com cabelos de fogo e um pé de burro o guiou até o espaço onde deveria se apresentar. Peter esquecera o nome de sua espécie... Emposta?

Viu logo que fantasmas coloridos o assistiam. Eles eram uma espécie de jurados ou algo assim. Peter deveria impressioná-los.

Depois de um tempo pensando, decidiu usar a lança. Arrastou um boneco até o centro do tablado e escolheu uma lança negra, a maior de todas. Virando-se para os Idealizadores, disse:

– Agora irei mostrar para vocês como se mata um boneco. Assistam!

Peter moveu-se pesadamente até uma certa distância do manequim, talvez uns cinco metros. Mirou no peito branco do boneco, que tinha a altura de seu irmão. Atirou a lança com a maior força que pôde. Errou.

A lança cravou-se em uma parede de concreto a vinte metros de distância, causando uma enorme rachadura. Ouviu um resmungo vindo de um jurado barbudo com olhos de coruja.

– Opa, parece que errei. Mas isso acontece, não? – Peter piscou o olho para uma Idealizadora com uma coroa de ouro. Ela pareceu não gostar.

Correu para pegar a lança novamente, antes que seu tempo acabasse. Voltou para a posição inicial, à mesma distância do boneco. Atirou novamente. Errou novamente.

– Mas que porcaria! Apenas acerte o maldito boneco, maldita lança! – Peter estava furioso. Correu para o boneco e arrancou sua cabeça de metal, amassando-a como uma bolinha de papel. Pegou a lança e jogou o boneco no chão – Acerte. O maldito. Boneco! – a cada pausa a lança entrava e saía do corpo do manequim. Peter ao cansar-se daquilo retorceu a lança até formar um nó na arma. Pegou um tridente e fez o mesmo, entrelaçando seus dentes de aço.

– Seu tempo acabou, Peter Black – o velho barbudo com cara de coruja disse, levantando-se – Bela apresentação.

– O-obrigado, senhor – Peter fez uma reverência e saiu da sala, sem antes amassar o boneco de metal mais uma vez.

– Você o quê? – Tritão perguntou, aparentemente zangado. Ele, Índigo e Anfitrite estavam sentados à mesa de jantar. Noah se encontrava deitado no sofá, vendo uma reprise das simulações.

– Eu não conseguia acertar o boneco com a lança, então eu... eu...

– Você destruiu os equipamentos, claro! Não sei por que me surpreendo com isso, logo vindo de um... um ciclope!

– Tritão, chega! – Índigo levantou-se, apontando o dedo para ele – Se os Titãs acharem que a atitude de Peter foi errada, irão lhe dar uma nota baixa e pronto! Só eles podem julgá-lo agora!

– Não aponte o dedo para mim, garotinha! Não recebo ordens de nenhuma mulher, muito menos de você!– a fúria de Tritão não combinava com sua camisa rosa com coqueiros. Peter achava que caras com camisas havaianas deveriam ser legais.

– Tritão! – dessa vez foi Anfitrite que levantou-se e elevou a voz – Vá para o seu quarto agora!

– Mãe, não se meta...

– Vá! Agora!

O mentor saiu, bufando e apertando o colarinho da camisa.

– Peter, vá você também. Não quero ver sua cara por enquanto. Chega de imbecilidades suas por hoje – a deusa mordiscou um dos camarões que enchiam a mesa em um enorme e belíssimo prato.

– Não ainda – Peter disse mais como uma defesa do que um ataque.

– Peter? Está me desobedecendo?

Peter esmurrou a mesa de vidro, gerando milhares de cacos, um grito de Anfitrite e vários camarões rosados espalhados pelo chão.

– Precisava fazer mais uma imbecilidade – ele disse e virou-se, procurando seu quarto no borrão que eram suas lágrimas.

Ethan Litvyak – 5

Os músculos de Ethan ainda doíam. Ele demonstrou nas Avaliações suas habilidades em atirar espadas. Facas não, espadas. Atirara cinco delas em um boneco depois de fatiar um outro. Acertara todas em partes vitais. Provavelmente ele iria tirar uma nota alta.

O banho ajudara a aliviar o cansaço, mas não o eliminara por completo. Mas era bem melhor do que os dias que passava com o corpo sujo de suor e poeira em sua perdida e marginal infância na Itália.

Estava sentado entre Hannah e Clarisse no sofá, junto a Hipólita e Anteros. Aguardavam o resultado das Avaliações Individuais. De acordo com o que captara das orientações da Representante, as notas influenciam o destaque de um tributo em dois meios: os Patrocinadores, que o veriam como alguém que valesse a pena investir e entre os próprios concorrentes, com o objetivo de saber quais evitar na Arena. Para Ethan, as notas dos outros participantes ajudariam a escolher quem ele mataria primeiro. Eliminando os mais experientes no início do jogo, os fracos se tornariam presas fáceis.

A imagem cheia de cicatrizes de Prometeu surgiu na tela da enorme TV, com um fundo computadorizado atrás. Ele mantinha seu cabelo preso para trás e usava um terno azul com um lenço negro.

– Hoje, caros telespectadores, conheceremos o potencial de cada tributo! Antes de divulgarmos as notas das Avaliações Individuais, exibiremos os resultados das simulações feitas nos dois dias. Os tributos receberão notas de acordo com suas colocações. Então vamos agora acompanhar o quadro que segue na tela!

Prometeu virou o rosto para o que parecia um fundo falso e um quadro surgiu.

Elena Price, Chalé 4 – 0

John Bryan, Chalé 11 – 1

Peter Black, Chalé 3 – 2

Noah Mitchell, Chalé 3 – 3

Jason Styles, Chalé 7 – 4

Reyna Mackenzie, Chalé 1 – 5

Hannah Dalewood, Chalé 5 – 6

Annye Claire Todd, Chalé 8 – 7

Elizabeth Maryan Lopes, Chalé 7 – 8

David Hudson, Chalé 12 – 9

Gabrielle Charbonett, Chalé 6 – 10

Ethan Litvyak, Chalé 5 – 11

Todos na sala aplaudiram. Ethan sorriu, confiante. Ele fizera por merecer aquela colocação. Não havia matado muitos oponentes, mas para ser um vencedor não é preciso eliminar grande número inimigos, bastava apenas ser forte contra eles.

Noah e Peter ficaram em colocações relativamente baixas, mas o fato de que ambos enfrentaram dois inimigos ao mesmo tempo justificava sua derrota. Hannah aguentara firme até a metade, e Gabrielle... Bom, ela perdera apenas para o próprio Ethan.

Prometeu anunciou os resultados da segunda simulação. Um quadro semelhante surgiu, mas com nomes diferentes.

Rosalya Alice Bellapis, Chalé 8 – 0

George Blacksmith, Chalé 6 – 1

Josh Nicky, Chalé 4 – 2

Leah Henderson, Chalé 11 – 3

Brandon York, Chalé 1 – 4

Valentina Fontaine, Chalé 10 – 5

Philipe Pires, Chalé 9 – 6

Mayline Aoki Castleglass, Chalé 9 – 7

Damon Scamander, Chalé 13 – 8

Alan Wesley, Chalé 10 – 9

Alamanda Vitoria Greenfield, Chalé 12 – 10

Callista Hastings, Chalé 13 – 11

Ethan gravou o nome da última listada. Pelo que dizia a simulação, a filha de Hades era habilidosa. Sua aliança era formada por uma outra garota esperta e dois frangotes. Um alvo aparentemente forte, mas facilmente destrutível.

O anúncio de Prometeu terminou, dando lugar a uma propaganda de xampus para pele de ogro. O material parecia viscoso e nojento, como algumas refeições que Ethan já tivera de comer. Propagandas e propagandas depois, o homem bicado por corvos voltou.

– Voltamos com nossos resultados! Agora veremos as notas das Avaliações Individuais, onde nossos tributos hoje se apresentaram para os próprios Idealizadores. Eles viram as realizações das mais variadas atividades escolhidas pelos próprios participantes e deram notas de 0 a 12, de acordo com seus desempenhos. Logo, logo, as notas das avaliações serão somadas à pontuação das simulações e montaremos nosso ranking de tributos. Iniciaremos agora com:

Reyna Mackenzie, Chalé 1 – recebeu nota 9

Brandon York, Chalé 1 – nota 6

Peter Black, Chalé 3 – com nota 8

Noah Mitchell, Chalé 3 – recebeu nota 9

Elena Price, Chalé 4 – com 7

Josh Nicky, Chalé 4 – nota 5

– Agora sou eu, agora sou eu! – disse Hannah em um gritinho. Ela se pôs de joelhos no sofá, enquanto esfregava as mãos.

Hannah Dalewood, do Chalé 5 – recebeu nota 10

– ISSOOOO!!!! – todos se levantaram, comemorando. Ethan permaneceu sentado. Estava nervoso, mas bateu palmas. Ele gostava da garota. A próxima nota seria a dele.

Ethan Litvyak, Chalé 5 – com uma nota... 11!

A comemoração foi a mesma, com todos parabenizando Ethan, até mesmo Hipólita. Ele queria pular, comemorar, mas precisava saber a nota dos outros tributos. De seus inimigos. A próxima seria Gabrielle.

Gabrielle Charbonett, Chalé 6 – recebeu uma nota 9

George Blacksmith, o garoto do Chalé 6 – nota 7

Elizabeth Maryan Lopes, do Chalé 7 – nota 8

Jason Styles, do 7 – nota 7

Rosalya Alice Bellapis, Chalé 8 – nota 6

Annye Claire Todd, também do Chalé 8 – 8

Mayline Aoki Castleglass, Chalé 9 – nota 7

Philipe Pires, Chalé 9 – recebeu uma nota 11!

Valentina Fontaine, do Chalé 10 – nota 6

Alan Wesley, Chalé 10 – com nota 8

Leah Henderson, do Chalé 11 – nota 7

John Bryan, Chalé 11 – recebeu nota 6

Alamanda Vitoria Greenfield, Chalé 12 – com nota 10

David Hudson, Chalé 12 – recebeu nota 5

Callista Hastings, Chalé 13 – nota 8

Damon Scamander, Chalé 13 – recebeu nota 7

Prometeu fez mais uma pausa para os comerciais antes de voltar. Dessa vez era anunciado o ranking. Ethan esperava ansiosamente por isso.

1º Ethan Litvyak – 5

2º Alamanda Vitoria Greenfield – 12

3º Gabrielle Charbonett – 6 / Callista Hastings – 13

4º Alan Wesley – 10

5º Hannah Dalewood – 5 / Elizabeth Maryan Lopez – 7 / Philipe Pires – 9

6º Annye Claire Todd – 8 / Damon Scamander – 13

7º Reyna Mackenzie – 1 / Mayline Aoki Castleglass – 9 / David Hudson – 12

8º Noah Mitchell – 3

9º Jason Styles – 7 / Valentina Fontaine – 10

10º Brandon York – 1 / Peter Black – 3 / Leah Henderson – 11

11º George Blacksmith – 6

12º Elena Price – 4 / Josh Nicky – 4 / John Bryan – 11

13º Rosalya Alice Bellapis – 8

– Primeiro lugar garoto! – exclamou Anteros, estapeando Ethan mais do que abraçando.

Clarisse foi a segunda a parabenizá-lo. Hannah pulou em seu pescoço e Ethan se abaixou, porque ela era baixinha. Queria dizer “Quinto lugar não é tão ruim”, mas aquele era um consolo falso, e filhos de Ares não gostavam disso.

– Tem alguma bebida aqui? – perguntou Clarisse para uma dríade – Precisamos comemorar!

A garota verde entrou na cozinha com passos rápidos.

– Pessoal, acho que não vou beber nada – disse Ethan – preciso ir para o quarto descansar.

– Pois vá, campeão – disse Anteros com seus olhos de rubi – Descanse sua força!

Ethan partiu, desamarrando o roupão. Deitou-se apenas de cueca, queria sentir o frio enrijecer seus músculos e arrepiar seus pelos. Ele sussurrou os nomes de seus principais alvos até dormir.

– Alamanda, a Caveira em Chamas, Gabrielle.