Estávamos saindo de meu velho apartamento, Annabeth estava super empolgada. Sair de casa significava rever nossa pequena novamente. Eu estava acabando de arrumar minhas coisas quando ela entrou no meu quarto e disse:

         -Percy! Você já está acabendo?

         -Estou Annie. Você está muito estressada. – eu disse, dando um sorriso torto.

         -Me desculpe, mas é que eu... – eu a interrompi com um beijo.

         -Eu também estou super ansioso para chegarmos.

         -Por isso é que eu quero que você ande logo com isso Cabeça de Alga! Quando mais rápido você se arrumar, mais rápido eu posso ter a minha Sofie de volta.

         - Epa! – reclamei – A Sofie também é minha.

         Ela me beijou e disse:

         -Quer que eu te ajude? Assim chegaremos mais rápido!

         Eu suspirei e disse:

         -Quer se acalmar Sabidinha? Não adianta se apressar, nunca se sabe quanto é que vai demorar pra ela chegar. – olhei para o relógio e disse – Eles logo, logo irão chegar, para nos levar para o reino de meu pai.

         -Eles quem? Os servos de Poseidon?

         -Eles mesmos. Olha quem chegou! – eu disse quando dois anõezinhos azuis chegaram no nosso apartamento – Eu acho que já está na hora de irmos Annie.

         Ela abriu um grande sorriso. Pegamos na mão de um dos anões e o outro pegou a nossa bagagem. Nós e os anõezinhos viramos uma espécie de névoa. “Voamos” até chegarmos no meio do oceano. Quando íamos descer, um deles disse:

         -Se preparem, já estamos chegando. – ele disse olhando para mim. Outro me deu um colar com uma concha:

         -Coloque isso nela, – ele disse apontando para a Annie – vai ajudá-la a respirar de baixo d’água – fiz o que ele mandou. Dois minutos depois chegamos no reino de Poseidon.

         Eu já tinha o visto antes, mas depois da guerra contra Cronos, nunca mais estive aqui. Eu fiquei boquiaberto. Annabeth devia estar louca, o lugar estava com muitos colunas e pilastes. Enfim. Tudo o que Annabeth mais gosta. Arquitetura.

         Anfitrite veio nos receber com uma expressão nada amigável. Ela disse para os servos colocarem nossas bagagens no nosso quarto.

         Com cara de quem chupou limão, ela nos mostrou o castelo e nos levou para nosso quarto.

         Annabeth olhava tudo com um brilho incrível nos olhos. Decidi perguntar:

         -O que foi? Você está mesmo muito feliz por estar aqui.

         -A arquitetura daqui. É incrível. – ela conseguiu dizer.

         -Só isso? – perguntei levantando uma sobrancelha.

         -É claro que não Cabeça de Alga – ela disse me dando um soquinho no braço – nós vamos rever nossa Sofie. – disse ela com os olhos brilhando mais quando disse o nome de Sofie. Posso jurar que vi Anfitrite dar um sorriso, mas ele se desfez quando a olhei. Caminhamos em silencio até chegarmos em uma porta. Anfitrite finalmente disse:

         -Esse é o quarto onde vocês e sua filha – outro meio sorriso apareceu em seu rosto – vão ficar. – disse ela abrindo a porta.

         O lugar era incrível, mas não reparei em mais nada quando meus olhos encontraram um bercinho.