A Busca. escrita por Annie Somerhalder, Jú Northman


Capítulo 36
A maldita profecia - Por Sofie


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que gostem. Queremos agradecer as irmãs gêmeas mais lindas do mundo: Camila Valdez e Catarina Stoll. Essa duas lindas, tem perfil duplo, e comentaram, favoritaram, recomendara e acompanharam. Adoramos vocês duas e a todos os nossos leitores.



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Depois de mais ou menos uma hora que eu e August estávamos na sacada, a porta atrás de nós se abriu e a cabeça sorridente da minha mãe apareceu e interrompeu um dos muitos beijos.

– Desculpe atrapalhar! – ela sorriu maliciosamente – Mas é que vocês e os outros casais precisam sair. Os pais lá em baixo já estão desconfiados.

– Opa. – eu murmurei e Gus sorriu. Eu corei, ele me abraçou mais forte, me fazendo sorrir.

– Eu vou esperar vocês lá fora. – ela deu outro sorriso malicioso antes de fechar a porta.

– Nem sabia que nossa “família” tinha tantos casais assim. – Gus disse me ajudando a levantar e depois me abraçando.

– Nem eu. – eu sorri aconchegada ao seu peito. Minha vida era perfeita! E... Dane-se que eu era um ano mais velha que ele.

– Bem, eu fiquei muito contente por hoje, sabe? – ele sorriu no meu pescoço.

– Eu também. – ele me deu um leve beijo no pescoço – Você nem sabe como.

– Eu imagino. – ele falou me puxando para a porta e sorrindo maliciosamente.

Saímos e todos já estavam por lá. E não separados por uma grande facha de espaço. Todos abraçados. Cat e Louis estavam conversando e rindo baixinho em um canto. Alícia e Ben estavam, por incrível que pareça, se beijando no canto oposto. Ela sempre foi a mais atirada de nós. Val e Tristan estavam meio tímidos mas abraçados do lado de Bella que tentava quebrar o gelo conversando animadamente. Eu sorri e Gus me deu um selinho.

Minha mãe veio na minha direção aos saltitos e parou bem perto de mim.

– Estou tão orgulhosa de você! Minha menininha está crescendo! – ela enxugou uma lágrima que escorreu. Me soltei delicadamente dos fortes braços do Gus e me direcionei para ela, a envolvendo em meus braços.

– Hey! Eu vou estar sempre aqui. Não vou te deixar só porque arrumei um namorado. – sim, Gus me pediu em namoro! – Vou sempre estar com você. Não importa o que aconteça. Eu nunca vou a lugar nenhum. – ela sorriu um pouquinho – Quando eu estiver bem velinha, nós vamos nos sentar e falar em como foi bobagem você pensar isso.

Ela me soltou e todos nós descemos as escadas. O que foi legal, é que todos os casais desceram ou abraçados ou de mãos dadas e o melhor foi a reação dos nossos pais. Eles nos viram descendo e antes de os olhos recaírem sobres as mãos entrelaçadas ou os abraços eles sorriram e respiraram aliviados, mas quando viram tudo citado a cima, eles ficaram vermelhos, depois roxos, depois verdes e depois voltaram ao roxo. Apolo e Leo, foram os que demonstraram reações positivas. Apolo foi parabenizar a mim e ao Gus imediatamente, falando que “Já sabia.” e Leo foi parabenizar o filho. Meu pai, voou para o meu lado e quis começar a brigar com o meu namorado, mas minha mãe o segurou pelo braço – o que muitas mães também fizeram com seus maridos – e cochichou algo no ouvido dele, o que quer que seja o fez relaxar os músculos. Jason foi como uma águia cima de Tristan e Piper usou o charme para acalma-lo. Connor foi o mais estranho. Ele ficou meio amarelo e depois vermelho vivo. Partiu pra cima de Cat e Val que até se encolheram, mas o problema, é que foi no peito dos namorados. Bella ficou brava e gritou:

– Connor Stoll, elas são grandes o bastante para decidirem, e se querem ficar com eles, o que fazer? – ele já ia contestar quando ela chegou mais perto e disse de forma charmosa – Com quantos anos nós tínhamos quando começamos a namorar, Amor? – ele ficou com uma cara de “isso é golpe baixo” e resmungou.

– Quinze.

– E quantos anos elas tem?

– Bem... – ele fez uma careta forçada – Quantos anos elas tem mesmo?

– Quinze e dezesseis. – Bella respondeu fazendo coro com as meninas e deixando Connor vermelho, mas de vergonha.

– Bem, se é assim... – ele se virou para os meninos de modo ameaçador – Se vocês fizerem minhas garotinhas chorarem, - ele tremeu – eu mesmo jogo vocês no Tártaro. – Meus pais fizeram careta. Péssimas lembranças. E vários pais fizeram o mesmo sinal com o indicador na direção dos respectivos meninos e concordaram.

Depois que os pais se “acalmaram” um pouco, tia Ártemis nos chamou dizendo que o almoço estava pronto. Fomos para a mesa gigantesca de piquenique que ficava lá fora e foi a mesma bagunça de sempre.

Catarina estava me passando a salada quando um barulho fez todas as cabeças se virarem para a floresta.

Depois de um tempo sai da mata uma menina de cabelo ruivo que estava rodeada de fumaça verde. Tive a leve impressão de que já conhecia. Ela ficou um tempo parada olhando para a mesa, onde todos estavam paralisados e Tio Apolo, Tia Ártemis, Tia Atena, Tio Poseidon e meus pais estava paralisados de terror. Eu e nem os outros entendemos porque.

A linhagem do cavalo e da coruja

Entrelaçada está

A menina dessa relação

Um destino trágico terá

A pequena garota está destinada a morrer

Pelas mãos do inimigo daquele

Que renegou a vida eterna – ela parou por um minuto, no qual todos a ficaram encarando e depois recomeçou, mas uma profecia diferente –

Os quatro que não deveriam existir

A fúria de um titã irão enfrentar

Para todos escaparem com vida

Um deles irá se sacrificar

E para voltar para o seio

As pedras da Luz e das Trevas

Deverão encontrar

E do caos eminente

O mundo salvar

Depois de um segundo de silêncio, ela sugou a nevoa e caiu no chão. Tia Bella correu para ajudá-la e quando olhou para Vô Apolo para pedir ajuda, seu olhar era de pânico. Vô Apolo estava parado na cadeira olhando para a Rachel caída no chão. Tio Popo, Tia Tena, Tia Ár, Tia Dite, Tio Ares e os outros pais estavam paralisados em suas cadeiras. O resto de nós olhava pela mesa, procurando alguém que entendesse o que aconteceu. Mas quando meu olhar e o de Gus se encontrou, entendemos. Uma conversa minha com a minha mãe e meu pai quando eu tinha quinze anos, me veio a cabeça.

– Você, Alícia, Aurora e Gus, são diferentes – minha mãe disse – Vocês não deveriam, existir. – ela disse cautelosa. Aurora, Alícia e Gus, estava tendo a mesma conversa com seus pais no quarto ao lado. Isso me tranquilizou um pouco, mas minha testa continuou franzida.

– Antigamente, existia um jogo. Esse jogo, todos os anos, tinha 13 jogadores. Os deuses o criaram pois em uma época, os semideuses se viraram contra eles. E esse foi o castigo. Eles escolhiam um de seus filhos – meu pai falou com um olhar distante – e, apenas um, saia vivo. Só um era o vencedor. – ele respirou como se falar sobre isso lhe tirasse as forças – Papai, foi para esse jogo. Eu fui escolhido. Do chalé da sua mãe, uma menina chamada Sofie foi. Ela era a melhor amiga da sua mãe. E eu prometi que tentaria cuidar dela. – ela olhou para o chão – Mas não deu certo. E ai, quando eu ganhei, voltei para o acampamento. E ai, sua mãe ficou grávida. Resolvemos por o nome do bebê, de Sofie, porque assim, um pedaço dela estaria aqui. Mas os deuses descobriram e deram para nós uma opção.

– Se te entregássemos, os jogos acabariam. Salvaríamos, muitas vidas. E então, resolvemos te entregar. Resolvemos abrir mão, da nossa pequena esperança, pra salvar os outros. – ela limpou uma lágrima – Mas ficou cada vez mais difícil. Você crescia dentro de mim. Eu te amava. Eu te amo. E ai, seus tios, bolaram um plano, para te pouparem. E então, você veio pra cá. E Zeus, nunca te achou. Mas então, seus tios se apaixonaram.

– Tia Ár e Tia Tena, eram deusas castas. Elas não poderiam ter relações com homens. Mas elas tiveram. Tio Popo e Tio Polo, eles também se apaixonaram. E então, Aurora, Alícia e Gus nasceram.

– Então, nós não deveríamos existir. E se não morássemos aqui, Zeus nos mataria? – perguntei tentando entender.

– Sim. – minha mãe respondeu – Por isso, nunca deixamos vocês irem a escola.

– Sofie, você está bem? – a voz de Gus estava no meu ouvido. Abri os olhos e vi que estava no chão. Gus me embalava e na minha frente minha mãe se debulhava abraçada a meu pai.

– Eu... Eu... – meus olhos ardiam – Nós... Eu, você, Ali e Rora... – Tia Tena olhou pra mim e assentiu, como se estivesse confirmando minha tese – Nós... É a nossa profecia. – quando ele entendeu, seu rosto ficou tenso.

Alícia e Aurora apareceram em meu campo de visão.

– Nós... Nós, mesmo? – Alícia perguntou chorando.

– Acho... Acho que sim. – Aurora a abraçou.

Tia Tena apareceu.

– Sim minhas pequenas. – ela enxugou uma lágrima – A profecia é de vocês.

– Então, - Tia dite apareceu se fazendo de animada enquanto lágrimas e mais lágrimas desciam do seu rosto – hora de salvar o mundo.


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Notas finais do capítulo

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