Fairies Never Die. escrita por KoushiiHime


Capítulo 19
Rugido




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Eu acordei no chão duro de terra queimada. Gale, Raven e Reed estavam ali também, e a tontura ainda não havia passado. Eu ainda estava sonolenta por causa do tal cheiro e não havia nenhum sinal de ferimentos. Só havia uma coisa estranha: nossas roupas. Por quê eu estou usando uma roupa super colante de palhaço vermelho? Gale e Raven parecia na mesma situação. Raven de roxo e Gale de cinza. Só Reed estava com uma fantasia ridícula de cavalo marrom.

Raven se mexia, mostrando que logo acordaria. Estávamos em frente à uma tenda de circo azul e branca, e como estava escuro, uma trilha de tochas coloridas estavam ao redor. O céu, que antes estava vermelho, agora estava no seu azul escuro habitual e haviam mais estrelas no céu do que deveriam, juntamente com poucas nuvens. Apesar do clima tropical, agora estava frio. Quase como se fosse nevar. Por sorte, neve não é problema para mim. Não havia nenhum sinal de Mizore, D'Artagan ou dos exceeds. Sacudi Raven que insistia em continuar deitada. Raven olhou para nossas roupas e começou a rir como uma maluca.

– Pensei que aqui fosse uma ilha, e não um circo! – Raven disse enquanto continuava a rir, cada vez mais alto até acordar os outros.

– Pelo menos não estamos na situação de Reed! – Eu disse, começando a rir também, e logo éramos duas malucas rindo.

Gale detestou aquela fantasia de palhaço e ficava tentando tirar, mas aparentemente, era impossível. Reed também tentou usar sua magia para usar uma armadura, mas todas tinham a mesma cabeça de cavalo. Também tentei queimá-las e apesar de terem derretido, os fios voltaram a crescer.

Pela posição das estrelas, Raven deduziu que eram oito da noite. Eu estava morrendo de fome e não sabíamos onde estávamos, mas uma coisa era certa: tínhamos que entrar naquele circo.

– Vejam bem, estamos usando roupas de palhaço, o circo todo está armado do nosso lado e com as cortinas abertas. – Raven disse apontando para a cortina da tenta– E nós não temos outra escolha.

– Então vamos entrar lá dentro sem ao menos souber o que tem lá? Alguém deveria ir primeiro. – Reed tentou falar em um tom sério, mas a cabeça de cavalo era ridícula demais para isso.

Antes que eu pudesse dizer algo, o som de um microfone soou na ilha:

Meus parabéns para quem conseguiu passar da Fase Um! Iniciamos agora a Fase Dois do Espetáculo da Morte! Se quiserem achar seus amigos, terão de passar pelos animais do circo, nossos palhaços e por fim, pelo nosso mestre de cerimônias! Espero que consigam à tempo, pois vocês só tem até a meia noite, quando a ilha inteira explodirá em chamas e depois será levada até o fundo do oceano! Que o espetáculo comece!

A ilha iria explodir e depois submergir, com todos nós lá. Todos, inclusive seja lá quem for que estiver no comando da ilha também irá morrer! Mas por quê? Nós nos entreolhamos antes de correr para dentro do circo. Por dentro, ele era grande, espaçoso e amarelo, com pontas de ferro espalhadas ao redor. E no alto, uma grande gaiola de ferro com alguém, ou alguma coisa dentro. Por sorte, Dean, Mizore e D'Artagan estavam do outro lado da tenda, usando as mesmas roupas que nós. Se não fosse por Mizore usar roupa de pinguim. Apesar da situação bizarra em que estávamos, ninguém quis rir.

– O quê vamos fazer agora? A voz disse para nós enfrentarmos os animais primeiro, onde eles estão? – Mizore perguntou enquanto puxava o bico de pinguim da cabeça.

A pergunta de Mizore fez efeito, porque logo uma serpente branca surgiu nos atacando. A Mesma de ontem, a que foi derrotada por Charllote. A serpente abriu a grande boca com dentes pontudos pingando um líquido verde, possivelmente o veneno que fez efeito e Raven mais cedo. Ela parecia estranhamente fixada em mim, como os olhos dourados na minha direção. Foi quando ela atacou. Com um desvio rápido, consegui rolar para o lado, deixando a serpente frustada. Aproveitando esse erro da serpente, Mizore lançou dardos de gelo na cauda, a deixando com mais raiva.

– Hora de esquentar esse lugar! Fire Dragon's Roar! A serpente em chamas e com a cauda congelada presa ao chão cambaleou e caiu, com parte da cabeça queimada. Ela ainda se contorcia, tentando escapar.

– A cobrinha já era! – Gale comemorava jogando pregos para o ar. Antes que eu pudesse fazer alguma piada sobre a cobra, um leão dourado e preto surgiu, rasgando a tenta de circo, e agarrando Raven com a boca enorme.

Automaticamente, corri em direção ao leão, que acabara de derrubar Gale com a cauda enorme. Aquele leão dava o tamanho de uma carruagem da guarda do conselho! Por sorte, Raven usou sua magia para sair da boca do enorme felino, que logo depois, levou três socos seguidos de Gale. Aquilo era vingança. Reed e Mizore seguravam a serpente no chão, e eu resolvi atacar também. Mais três rajadas de fogo para os dois!

– Nashi, idiota! Você está colocando fogo na tenda de circo também! – Reed gritou para mim enquanto segurava a serpente, que se debatia freneticamente. – E eu não deveria? – Eu perguntei inocentemente, mesmo sabendo que era uma pergunta idiota.

Antes que Reed pudesse me dar mais alguma bronca, o enorme leão saltou, derrubando Raven, Gale e Dean que estavam por perto, e me derrubando também. O leão estava sobre mim agora, e prendendo meus braços com as patas dianteiras. Agora que pudi ver o leão melhor, ele era um pouco anormal, além de seu tamanho. A cor era um caramelo e as patas dianteiras eram pretas, além de parte de baixo da juba ser branca. O leão avançou para dar a mordida fatal, e fechei os olhos, esperando a morte.

Mas ela não veio. O leão parou e pude sentir o cheiro de chocolate dentro de sua enorme boca, que se encontrava fechada. Os olhos, antes fixos para matar, estavam completamente dóceis e amigáveis, e ronronava como um gatinho. Logo, pude sentir meus braços ficando livres das patas pesadas.

– Espero que não me morda. – Eu disse, encostando na juba dourada. Ainda estava deitada no chão, e Dean surgiu do nada, e com um empurrão, jogou o leão contra o outro lado da tenda. O leão se chocou e parou de se mover por um tempo. – Ele não ia me morder, ele não é perigoso! – Eu disse, empurrando meu "salvador" para longe.

– Até parece, ele estava bem em cima de você!

O leão rugiu alto, ainda contra a tenda, que se encontrava com um grande rasgão. Foi quando um holofote grande, que estava no teto do lugar, teve uma das cordas cortadas por um dardo de gelo de Mizore. A luz branca e pura do holofote passou por nós e parou em cima do leão. Foi aí que eu pude ver, claramente, a marca verde da Fairy Tail sobre suas costas.


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