Fairies Never Die. escrita por KoushiiHime


Capítulo 17
A Magia Proibida


Notas iniciais do capítulo

sim, eu demorei muito, mas já estou de férias, então a fanfic logo irá terminar :/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/398073/chapter/17

O dia amanheceu como um verdadeiro inferno. Por algum motivo, o céu estava vermelho e as nuvens, que estavam brancas, estavam completamente negras. Reed disse que provavelmente choveria, mas até agora não caiu um pingo sequer de água, ou sangue, ou o que vier a chover nessa ilha. A temperatura aumentou consideravelmente, como se a ilha estivesse mergulhada em lava.

– Nashi, pare de ficar mexendo nas cinzas da fogueira, elas ainda estão quentes e fazem mais calor. – Reed disse atrás de mim, mas eu não liguei.

Depois do que aconteceu com Darin, nós tivemos que mudar nossa localização. Agora estávamos no alto da montanha, no canto da ilha. Daqui é possível ver tudo. Desde a morte de Darin, a única coisa engraçada que pude pensar foi a de que a ilha tem o formato de um peixe. Um peixe mais ou menos parecido com uma cobra, porque é um pouco comprido. Por estar quente, Mizore só piora. Ela tem insistido na ideia de que está vendo cubos de gelo coloridos tentando matá-la com tridentes e espetinhos, mas Reed disse que era apenas efeito do calor na mente dela e Raven concorda. Mizore também chorava muito depois do ocorrido, e falava constantemente sobre estar sendo controlada e sobre ver seus pais sendo torturados na sua frente, como uma visão. No final, Reed disse para Raven ficar sempre perto, caso isso acontecesse de novo com qualquer um.

– Ei, Nashi, o que é aquilo? – Charllote apareceu como um ninja e apontou para o lado esquerdo da ilha, que parecia nublado. – Aquilo é fumaça, não é?

– Não, é neblina.

– E qual a diferença entre os dois? Hunf. – Charllte fez um biquinho e voltou para cuidar de Mizore, que estava com medo dos tais cubinhos, que agora estava tentando cozinhá-la em um caldeirão.

Voltei a continuar a admirar o grande inferno em que estávamos. O céu avermelhado, parecia denso demais e as nuvens pretas faiscavam, mas não havia nenhum sinal de trovões ou relâmpagos, apenas faíscas. O calor era insuportável, e nos restava pouca comida. A coisa mais estranha que já aconteceu nessa ilha até agora, além da possessão de Mizore, e as palavras daquela sombra demoníaca, foi o aparecimento de comida. Como meu grupo de busca havia sido frustrado pela sombra, o outro grupo encontrou água e carne assada (que estava uma delícia, mas só pudemos comer depois que havia esfriado e Reed comprovou que não era venenoso).

Não havia dormido na noite anterior, no funeral de Darin, então estava morrendo de sono. Estava tudo silencioso, e o pessoal da Sabertooth estava dormindo, porque não haviam dormido na noite anterior também. Acordados, estavam apenas Charllote, Reed, Mizore e eu, se é que eu realmente estou acordada. Por um instante, era como se não houvesse mais nada. Eu iria dormir ali mesmo, e não ligo. Tudo ficou escuro e eu desejei que pudesse ter uma noite agradável.

Meu desejo pelo visto não foi realizado, porque acordei quase de cara para o chão, que ia sendo deixado para trás. Eu estava sendo levada! Farejei o ar por um tempo e percebi que era Dean. Na minha frente (ou seria atrás?) estava Charllote e Raven, seguindo Dean. Charllote tropeçava muito mas logo se levantava. No céu, que agora estava mais vermelho, nuvens pretas se aproximavam do chão. Não eram nuvens, era fumaça! Árvores caíam do nosso lado, e Dean me jogou no chão assim que percebeu que eu já havia acordado. Eu caí no chão e me levantei, seguindo os três (que já estavam na frente, que droga!) até um canto atrás de uma árvore, seguindo o exemplo de Reed e os outros, que estavam espalhados atrás de arbustos maiores e pedras grandes. O calor estava mais intenso agora e logo vi porquê: uma serpente de fogo gigante destruía as árvores atrás de algo, possivelmente para comer.

Reed jogou uma pedra na serpente, enquanto ela estava distraída, mordendo as árvores. Ela não percebeu e a pedra a atravessou direto, caindo na água do rio. Estávamos no mesmo lugar em que Miniel havia sido pego pela outra serpente. Serpente de fogo, né? Eu posso comer você! Saí de trás da minha árvore e vi Reed fazendo um sinal com as mãos. Algo parecido com "eu vou enforcar você" e outro parecido como "eu não mereço isso", mas eu não ligo, vou comer essa cobra, já que decidi ser assim.

– Ei minhoca de fogo, já não está grandinha o suficiente para saber que é proibido comer árvores? – Como eu pude dizer algo tão idiota como isso hein?

A serpente parou o que estava fazendo e se voltou na minha direção. Ela abriu a boca de onde eu achava que iria sair fogo mas... Saiu uma fumaça negra. Por quê uma fumaça? Isso não tem lógica! Ela deveria ser feita totalmente de fogo, e não fumaça! Ela não está queimando nada no momento, então por quê fumaça? Tudo ao redor ficou escuro e Reed e os outros desapareceram por um momento. Não se via mais nada, apenas sussurros vindo de direções aleatórias.

Sucuiph. – Uma voz estranha disse. Essa era a voz da serpente, e possivelmente seu nome.

Antes que me desse conta, a enorme boca da serpente veio na minha direção, e eu desviei, rápido o suficiente para ainda ter o meu braço. A serpente agora estava totalmente branca, com listras pretas. Como se aquela serpente de fogo jamais tivesse existido. Tentei acertar um soco no pescoço da serpente, mas não teve efeito algum. Ela não recuou. Fogo não tinha efeito nela. Maldita, vou lutar sem fogo! Antes que pudesse acertar outro soco, a serpente caiu no chão, se contorcendo, e se arrastando para a névoa e sumindo novamente. Era Dean.

– Por quê acertou ela? Eu ia fazer isso, ela estava na minha frente! Tem mesmo que me salvar duas vezes?

– Isso não é jeito de falar com seu salvador!

– Calem a boca vocês dois, estamos em uma luta. – Reed disse aparecendo atrás de nós, no meio da névoa (ou seria fumaça) que estava entre nós.

Tudo ficou silencioso de novo e fiquei andando no meio da névoa procurando alguém, ou a serpente, mas nada, nem um som. Ótimo, estou perdida em uma luta contra uma serpente multicolorida com um esnobe e um mandão. Isso é ótimo, maravilhoso, tenho sorte pra caramba! O som de metal contra metal nos acordou. Corremos em direção de onde supostamente teria vindo o som, e encontramos Gale e Raven lutando contra uma serpente de ferro. Gale estava com uma espada fincada na boca da serpente, que se depatia para tentar se soltar, e Raven, que estava no chão, com uma marca de mordida no braço. Dean correu para ajudá-la e eu resolvi atacar com fogo agora, já que ela parecia mais vulnerável ao fogo agora. No final, a serpente desapareceu quando seu corpo ficou de uma cor escura. Ela se transformou em sombras assim como Raven conseguia fazer. Agora precisávamos sair de lá e encontrar Charllote, que pelo visto estava sozinha, já que Mizore e aquele cara com nome estranho tinham ficado no nosso esconderijo. Raven estava ficando para trás, sendo carregada por Gale. A serpente havia conseguido mordê-la. Gale tentava mantê-la acordada, mas Raven sentia sono o tempo todo. A serpente nos atacou em sua forma branca novamente, Dean e Reed conseguiram mantê-la longe o suficiente, mas não baixamos guarda. Aquilo poderia ser um sinal de que Raven estaria morrendo? Afastei esse pensamento da mente. Já perdemos muitos amigos nessa maldita ilha assim como perdemos nossos pais. Eu não quero perder mais ninguém aqui.

Então, ouvimos o tiro de um canhão. Um canhão? Do nada, toda a fumaça ou névoa foi se dissipando. Estávamos no mesmo lugar de antes, perto do rio, mas um pouco afastados e em uma área desmatada pela serpente. Vimos Charllote com as mãos em cima do corpo da serpente, que estava completamente negra. Um brilho azul reluzia nas mãos de Charllote e ela sorria, com sangue (à essa altura, seria da serpente) escorrendo no seu rosto.

– Eu a matei com minha magia, Reed! – E Charllote sorriu novamente enquanto colocava a franja para trás e disparava mais um laser azul brilhante céu acima, cortando as nuvens escuras e o céu vermelho.

Charllote usou sua magia proibida pelo conselho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fairies Never Die." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.