Part. Alex

Estávamos pagando. Havia uma garota loira sentada em um sofá. Parecia ter acabado de chegar.

– Nome, por favor? – Disse a moça do caixa.

– Ãhn... Alexandra, Percy, Grover, Michael e Pennélope.

– Como? – Disse a garota do sofá, se levantando e segurando uma faca de bronze.

– Oi. Você? O que faz aqui? – Perguntou Grover, quase sorrindo. Parecia conhecer a menina. Mike também parecia conhecê-la.

– Oi, Grover. Estou atrás de vocês. Missão. Oi Mike.

– Oi. – Disse Mike.

–... E então? Vamos! – Disse Annabeth, decidida.

– Vamos. – Concordou Grover.

Fomos indo pela estrada, que por um milagre, continuava vazia. Só de vez em quando passava um carro, moto, ou ônibus.

– Eles sabem. – Disse Grover.

– Quem? – Perguntou Percy.

– Os monstros, é claro. – Disse Mike, como se fosse óbvio.

– Vamos ter que pegar outra estrada. Mas vamos ter que ir pelo mato. Todos de acordo?

– Sim. – Disse Mike.

– Sim. – Disse Percy.

– Sim. – Falei.

– Sim. – Disse Penny.

Annabeth hesitou. Todos se viraram para ela.

– Bom... Vamos, não? É o jeito. – Concluiu ela.

– Com medo do mato, é? – Brincou Percy. – Coitadinha.

– Não. Vamos logo. – Disse ela.

Entramos no mato. Ele quase cobria nossas cabeças. Perguntávamos o tempo todo: “Quem é você?”, mas Grover achou melhor que levantássemos as mãos ou ficássemos grudados.

Montamos a barraca bem dentro da mata. Ela era de seis pessoas, ou seja, estava no limite. Estava ficando calor, e lá fora não tinha como sentar no mato. Andamos mais um pouco e encontramos um riozinho que cortava a mata, dividia. Montamos a barraca na beira do riozinho. Penny, Percy, Annabeth e eu entramos na água. Era muito boa.

– Nossa. É perfeita, essa água. Limpinha e geladinha. – Disse Annabeth.

– Eu estou até vendo meus pés! Estão branquinhos! – Disse Percy, fazendo cara de idiota.

Annabeth olhou para ele e fez aquela cara de: “Really, bitch, really (¬¬’)?”.

Eu caí na risada e Penny também.

– Ah, fala sério. – Disse Annabeth.

– “Sério”. – Disse Percy, fazendo aquela cara ridícula outra vez.

– Para com essa cara, garoto! Parece um idiota. – Exclamou Annabeth.

– Desculpa se te ofendi, mas só tenho essa... – Disse ele, se fazendo de triste.

– Calem a boca. – Falei. Aquela fofura e idiotice toda já estava irritando.

Eles não ouviram.

– Não diga! – Disse Annabeth, fingindo surpresa.

– Já disse! – Rebateu ele.

Part. Penny

– CALEM A BOCA! – Gritou Alex. Ela estava vermelha de raiva. Acabou abrindo uma rachadura no chão, um pouco perto da barraca.

– Parem, parem, parem. Vocês estão agindo como crianças. Ou melhor... Você está agindo como uma criança, Percy. – Falei.

– A culpa é minha agora? Por quê?

– Por que você começou! – Disse Alex.

– Comecei o quê?

– A briga! Você está nos enlouquecendo. – Falei.

– De amor... Ou de ódio? Quem sabe? – Disse ele, fazendo uma cara de suspense.

– Não! De irritação! Já está me estressando! – Falei batendo as mãos na água. Eu bati fraquinho, mas isso provocou uma onda parecida com aquelas em que os surfistas surfam na praia.

– Ai, meus deuses! – Disse Annabeth. – Percy, Alex e eu olhamos para ela. – Que foi?

– Nada. – Respondeu Alex.

– Ah! Tinha esquecido... – Disse Annabeth. – Desculpem. Vocês não conhecem a nossa linguagem no Acampamento.

– Sem problema. – Disse Alex.

– Então tudo bem.

Agora já estava anoitecendo. Nós tivemos que voltar para a barraca. Grover roía as unhas e Mike estava sentado, com a cabeça entre os joelhos.

– E aí? – Perguntou Grover, ainda nervoso.

– O quê? – Perguntamos juntos Alex, Annabeth, Percy e eu.

– Não se façam de bobos. Os monstros é claro!

– Ah! Não tinha monstro. – Disse Percy.

– Então por que estavam gritando?

– Annabeth e Percy estavam discutindo. – Falei.

- Grande motivo. Nós aqui, na expectativa e vocês brigando.

- Bom, não importa. Vamos arrumar as coisas para que ninguém fique apertado. - Disse Annabeth.

- Já estamos apertados. - Disse Mike

- Então vamos organizar para ficarmos mais à vontade.

Fizemos uma organização bem razoável e, enfim, nos deitamos para dormir.