Alex´s Pov:

–Mei…-sem resposta- Mei estás bem?- perguntei num tom de voz baixo com medo da resposta.

-…

Mei`s Pov:

- Eu… eu não consigo acreditar que… a primeira pessoa em que eu depositei a minha confiança, acha… que eu sou apenas um objeto… o pior é que ele nem desmentiu aquilo que tu lhe disseste, quer dizer que é verdade.-  disse continuando a olhar para a TV, com tristeza e raiva misturada quer dizer, eu até achei fofo ele gostar de mim mas, ameaçar o meu melhor amigo… eu não consigo explicar a desilusão que eu tive nessa altura. E o que é que ele quis dizer com o não gostar da maneira como o Alex olha para mim? Como é que o Alex olha para mim para o deixar tão enervado? Bem não interessa o que interessa é o que ele fez foi errado.

-Obrigada por me defenderes Alex. Eu achei aquilo que tu disseste muito fofo.- disse olhando agora nos olhos do Alex. Ele sim era meu amigo nunca me deixou mal ou desiludiu sempre me defendeu e… eu não sei mas à uns dias para cá tenho começado a olhá lo de outra forma e não sei porque mas sempre que ele me abraça ou me dá um beijo no rosto sinto uma sensação estranha na barriga é como se… milhões de borboletas voassem livres pelo meu estomago e só desaparecem quando o Alex desfaz o abraço ou parte o beijo. Eu não sei o que é isto pois nunca tive uma amiga para partilhar estes sentimentos nem nunca tive um namorado antes, por isso nunca tive ninguém a quem contar os meus sentimentos. Mas pelo que já li em imensas histórias de romance por que eu adoro ler de certeza que tenho mais de cem livros e não é exagero. A protagonista desse tipo de história quando se começa a apaixonar sente sempre as mesmas borboletas no estomago tal e qual como eu estou sentindo agora. Será que eu me estou a apaixonar pelo Alex?

-Eu sempre estarei do teu lado Mei,-lá veem as borboletas- seja para o que for quero que saibas que podes contar comigo.

-Sempre?

-Sempre, seja para o que for eu estarei lá, porque eu am… porque eu te adoro pequena.- disse com um sorriso meigo nos lábios.

Alex`s Pov:

Idiota, idiota, idiota!!!!! Estava quase, estava quase a dizer à Mei que a amo, mas NÃO teve que me dar medo que ela me rejeitasse… IDIOTA, eu sou um completo idiota, acabei de perder uma oportunidade, mas eu não vou desistir assim tão fácil, eu vou dize lo, vou dizer lhe que a amo, que quero passar o resto dos meus dias ao seu lado, que quero beija la a toda a hora e abraçá la e não a largar nunca mais mesmo que a minha vida dependesse disso.

-Eu também te adoro.- disse com um sorriso carinhoso mais um dos seus sorrisos que eu amo, e abraçou me fazendo o meu coração disparar com a aproximação eu abracei a de volta dando lhe um beijo no topo da cabeça mesmo não sendo esse o local que eu queria beijar nesse momento.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

No dia seguinte eu os rapazes fomos juntos para a escola como sempre e desta vez a Mei também foi com a gente pois ela ficou a dormir na minha casa (a DORMIR pessoal não pensem em coisas perversas por favor ;)) quando chegamos fomos para o mesmo lugar de sempre e ficamos conversando, os rapazes ainda não sabiam qual tinha sido  a reação da Mei pois eu não achei boa ideia tocar no assunto perto da Mei. E de repente vejo o bastardo a andar até nós (agora é que vai ser XD). Ele chegou até nós e apenas disse um “oi” para os rapazes que responderam um “oi” seco de volta.

-Bom dia Mei.-  disse com o seu sorriso idiota. Mas a Mei soube como trata lo.

-Será que vai chover amanhã?- perguntou olhando para nós. Ela é doida mesmo, mas quem é que vai perguntar sobre o tempo só para ignorar uma pessoa? Os rapazes bem tentaram disfarçar o riso de várias maneiras possíveis o Ruben mordendo o lábio inferior mas mesmo assim ficando com um sorriso que denunciava a sua vontade de rir, o Miguel tentou disfarçar tossindo e o Rui como era o que estava mais perto da árvore encostou lá o braço e escondeu a cara nele, eu apenas dei um sorriso vitorioso. Ela continuava com um sorriso como se nada tivesse acontecido a olhar para nós à espera da nossa resposta.

-Mei, eu disse bom dia.- disse o bastardo idiota que não percebe indiretas olhando para ela de cenho franzido.

-E eu perguntei aos MEUS AMIGOS se amanhã ia chover.- disse frisando as palavras “meus” e “amigos” com cara de obvio fazendo com que os outros retardos tivessem ainda mais dificuldade para segurar o riso.

-E dar bom dia aqui para o seu velho amigo não.- perguntou com cara de indignado.

-Velho amigo? Onde.- disse olhando para todos os lados- à espera é verdade eu não tenho nenhum.- disse com cara pensativa. Deus ela era boa, sabia exatamente que palavras usar.

-Como assim não tem nenhum então e eu?

-Se você realmente fosse meu amigo… nunca teria ameaçado o meu melhor amigo ou outro qualquer que esteja aqui porque, se os magoas também me magoas a mim eu adoro eles e não vou permitir que nem tu nem ninguém os ameace como tu fizeste com o Alex.- WOW, agora quem ficou chocado fui eu, não sabia que a Mei tinha este lado agressivo e protetor, ela disse estas palavras com cara de quem poderia matar alguém aqui e agora. Se os olhares matassem de certeza que bastardo já estaria estendido no meio do chão com o olhar que a Mei lhe lançou.

-Mas do que é que você está falando Mei eu aqui não ameacei ninguém.

-Escusa de vir com de desculpas porque eu vi e ouvi a sua conversa com o Alex.

-Você estava lá?

-Sim eu estava.- mas o que…? Ela não vai contar sobre o vídeo?

-Mei, eu gosto de você e não suportava ver este…-ele pausou quando reparou no olhar fuzilador da Mei.- … ele a olhar para ti como ele olha.

-Pois mas isso não te  dá o direito de decidires se ele deve deixar de falar comigo ou não, quem decide essas coisas sou e não tu Bruno, lamento mas dessa eu não posso perdoar, tu mexeste com uma pessoa importante para mim por isso vou ter que te pedir que nos deixes em paz e vais embora.

-Tudo bem, eu vou mas isto ainda não terminou.- ele me fuzilou com os olhos e foi embora. Ficamos um tempo em silencio para os rapazes processarem o ocorrido e se acalmarem do ataque de risos que tentaram conter e depois dissemos todos juntos.

-Nós também te adoramos Mei.- e demos um abraço de grupo e agora com o Bruno fora do caminho eu já podia me confessar à Mei. Espero ter coragem e não desistir mesmo no momento certo como da ultima vez.