With Me escrita por heywestwick


Capítulo 3
Capítulo 3 - Bisous Bisous




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“ But it's the true warrior who knows that wars don't end. They simply change. And there can never be peace as long as guns are still loaded and there's plenty of ammunition.”

(Gossip Girl)

Eu e Chuck estávamos bem. Na verdade, mais do que bem. E isso era muito raro para nós, hahaha. Já tinham se passado duas semanas depois de todo o incidente com o Jack... e eu já tinha esquecido de tudo isso. Ou pelo menos, quase. Decidimos não ir atrás dele, porque ele poderia nos machucar ainda mais... e eu definitivamente não queria passar por aquilo de novo. Se eu consegui perdoar o Chuck, depois de tudo que ele me fez? Sim, eu consegui. Nós estávamos namorando de novo e, contanto que ele não me magoasse novamente, eu estava extremamente feliz. Descobri há um tempo que o meu sentimento por ele, não é uma coisa da qual posso lutar. É uma coisa frenética, incontrolável. Devia ser proibida por lei. Ao seu lado, não tenho controle das minhas ações. Não posso mudar, não posso esconder. Mas, quando meu coração está magoado, eu consigo me afastar por um tempo. E eu realmente espero que nunca mais tenha que fazer isso.

Andava tranquilamente na rua, o vento batendo em meu rosto, sorrindo como nunca antes. Ia calmamente em direção ao Empire, hotel de Chuck. Tinha ligado para ele de manhã, mas ele não tinha atendido. Achei estranho, já que se não passávamos a noite juntos, ele me ligava logo de manhã, para tomarmos café. Provavelmente ele estava dormindo, então resolvi fazer uma surpresa. Eu estava nas permissões permanentes – é óbvio -, então o porteiro logo me deixou subir.

– Surpresa! – disse, quando o elevador se abriu e revelou a magnifíca cobertura do meu namorado. Saí do elevador e comecei a andar, mas parei, estática, ao ver Chuck e Eva no sofá. ISSO MESMO. EVA. Aquela loira oxigenada francesa, a prostituta boazinha, que Chuck namorou em Paris. O QUE ELA ESTAVA FAZENDO ALI? Com o MEU namorado??? E ainda mais, COM ESSA PROXIMIDADE A ELE NO SOFÁ?????????????? Ela passava as mãos pelo seu terno, enquanto ele a olhava profundamente. É, eles iam se beijar.

– O que está acontecendo aqui??? – perguntei, de uma vez só, quando os dois me olharam, surpresos.

– Blair... – Chuck começou, já se levantando - ... eu posso explicar.

– Eu não quero ouvir, Chuck! – falei, eufórica, me direcionando para o elevador, que se fechou assim que eu entrei.

Quando cheguei a portaria, não sabia para onde ir, por isso virei à direita e comecei a andar pela rua. Estava magoada. Muito. Meus olhos começaram a marejar, e eu lutei para não transbordarem. É claro que ele iria me magoar! Como eu fui burra em achar que ele tinha mudado! Comecei a andar mais rápido, agora já sabendo meu destino: casa da Serena. Precisava da minha melhor amiga agora. Queria ter sido mais rápida, porque logo senti uma mão segurar minha cintura e me virar.

– Chuck... vá embora! O que você está fazendo aqui, afinal? – eu disse, agora chorando abertamente.

– Blair, pare de chorar, por favor... – ele disse, tentando em vão secar minhas lágrimas. – Olha, isso não foi nada! Eu nem sabia que Eva ia me visitar. Achava que ela estava em Paris, ou sei lá mais aonde. Parece que ela está abrindo uma empresa e resolveu aparecer no hotel, para me pedir opiniões sobre negócios... mas foi só isso.

– Ah, e você acha que eu vou acreditar nessa desculpinha? Acho que eu já passamos da fase em que eu era a ingênua por aqui! – disse, incrédula – Até parece que aquela mulher boazinha do interior, sem nenhuma maldade na cabeça, criou uma empresa de uma hora para a outra! Me poupe, Chuck. – me virei para continuar andando, mas ele me impediu.

– Ela, quando estava comigo, conheceu esse mundo de negócios. Eu a apresentei para pessoas influentes, que ela contatou depois do nosso término. Parece que a família não andava muito bem, e ela tinha que ajudar de alguma forma, então abriu uma pequena empresa de cosméticos. – ele terminou.

– E o que explica a situação que eu encontrei vocês dois? Ahn? VOCÊS IAM SE BEIJAR, CHUCK! – ele olhou para baixo, e resolvi falar tudo de uma vez – Logo agora que eu achei que nós estávamos realmente bem. Que nós íamos nos acertar de uma vez por todas. Mas eu já entendi, Chuck. Eu posso te amar com todas as minhas forças, mas você sempre vai lutar contra isso. Sempre vai arrumar um jeito de me magoar, conscientemente ou não. Isso não é amor, Chuck. Me desculpe, mas acabou.

– BLAIR! Por favor, não faça isso comigo! – percebi uma lágrima escorrendo em seu rosto, a qual ele logo secou. – Aquilo foi um surto momentâneo, quando eu percebesse onde estava me metendo, eu ia parar, é óbvio.

– Ah, desde quando você diz não a uma mulher? – falei, revirando os olhos.

– Desde que ela não é você. – em uma outra ocasião eu teria sorrido, mas não agora. Ah, não agora. – Blair, você TEM que acreditar em mim. Eva não foi nada. Eu a usei apenas para esquecer você. Para TENTAR esquecer você. Tudo que eu dizia sentir por ela... eu só estava tentando dizer isso a mim mesmo. Em Paris, quando eu estava com ela, eu sentia que podia ter um recomeço. Mas eu não queria um recomeço. Eu queria você. Mas você não iria me perdoar, e se eu voltasse, acabaria te magoando ainda mais. Então tentei me enganar o verão inteiro, tentando amá-la, mas não consegui. Porque você é a única para mim, Blair. Porque eu te amo. Você sabe, eu não sou bom com isso, normalmente não costumo falar esse tipo de coisa, mais eu preciso de você na minha vida. Por mais que não demonstre as vezes, você é a pessoa que mais me incentiva, mais me quer bem. E você me faz bem, Blair. Você é a única coisa que faz esse mundo mais feliz. Você não pode me deixar, Blair... é tão... doloroso para mim... – ele não conseguiu continuar e eu o beijei. Não acredito que fiz isso. DROGA, Blair Waldorf. Depois de tudo o que esse canalha fez! Mas eu não conseguia evitar. Ele nunca tinha me dito aquilo. Nunca mesmo. E ele estava ali, o grande Chuck Bass, a pessoa mais superficial e vingativa que existe no mundo, dizendo essas palavras lindas para mim. Eu não pude negar. Mas, se toda vez que ele me magoar eu continuar fazendo isso, onde isso tudo vai parar? Ele vai achar que eu sou uma louca, desesperada, que ele pode fazer o que quiser comigo, mas que eu sempre vou voltar para os seus braços. Mas ele estaria muito enganado. O empurrei de leve e me afastei.

– Ahn... – ele protestou, com o seu sorriso malicioso e maravilhoso de sempre. É, o verdadeiro Chuck Bass tinha voltado. – Por que? Estava tão bom... – ele falou, me envolvendo com os braços novamente.

– Chuck... – comecei e ele me olhou, ainda próximo a mim - ...eu entendo o que você disse. Mas eu não consigo te perdoar fácil assim. Você precisa me dar um tempo para eu pensar em tudo isso. – eu falei, o encarando.

– Eu vou te dar o tempo que você precisar é só que... eu não consigo ficar sem você por muito tempo. – ele disse, triste. Tive vontade de agarrá-lo ali mesmo e jogar aquela tristeza para longe, mas precisava ser madura. Precisava lidar com a situação.

– É bom para você aprender. E fique longe da Eva. E de qualquer mulher. Se eu descobrir, Chuck... – eu não consegui terminar.

– Eu nunca faria isso com você. Você sabe que não.

– Bem, de Chuck Bass, nunca se sabe o que esperar... – eu disse, dando um selinho só pra provocá-lo e saí, indo para casa.


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