My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 60
Eu te amo mais - FINAL


Notas iniciais do capítulo

Quero pedir desculpas por minha falta de responsabilidade. Digitei os três capítulos finais e, por mágica, não salvei as alterações no documento; conclusão: sem três capítulos finais. Tive que me lembrar de tudo... Demorei dias para ter alguma coisa concreta para escrever e no final não saiu muita coisa que prestasse. Próxima conclusão: somente um capítulo final.
"Eu te amo mais" foi feito com carinho e ao mesmo tempo raiva, pois não queria que fosse assim. Queria algo mais emocionante e dramático. Sei que está breve e que não está digno de leitura, contudo fiz o meu melhor.
BOA LEITURA!!! Foi ótimo estar com vocês nesse um ano e cinco meses. Diverti-me com os comentários e fiz muitas amizades. Acho que quem me acompanha desde o começo sabe que foi com muito suor que fiz My Tiger e bem, esse suor foi muito bem gasto.
Não há nada melhor do que receber mensagens de vocês dizendo que gostam da história... Isso é realmente gratificante. Acho que agosto de 2013 foi um dos melhores meses da minha vida, porque foi quando My Tiger teve um número considerável de leitores.
Obrigada pelos comentários, recomendações e MPs. Obrigada por tudo.
BOA LEITURA!!!



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Retirando de dentro da bolsa os cadernos, Kells olhou para o relógio de parede que estava preso em cima do quadro. Dhiren estava atrasado e nesse tempo o professor havia passado um trabalho com a metade dos pontos do bimestre e duas tarefas para casa. Desde quando Yesubai morrera a sua conexão com Ren tinha ficado um pouco mais fraca que o normal. Se afastou dele quando Manu a veio visitar e há algum tempo não o abraçava com a mesma intensidade que antes. A vergonha alheia de ficar ao lado de um rapaz tão bonito tinha passado, contudo a vida não lhe dera o presente de ter um tempo sozinha com Dhiren para colocar todos os “pingos nos i’s” sobre a situação deles. Ir na casa dela para conversar formalmente com seus pais estava fora de cogitação, era desnecessário pois, Manu tinha soltado que estavam namorando na frente da família quando estava se despedindo.

— Senhorita Hayes – uma voz metálica ressoou pela sala -, o Sr. Kadam a está chamando na sala da direção.

Instintivamente, Kelsey se levantou e caminhou para fora da sala. Os olhares curiosos a acompanharam até a porta e um frio passou por todo o seu corpo quando entrou no corredor. A lembrança de Nathaniel na cama e de Ren caído ao seu lado agonizado voltou com intensidade. Não tinha mais medo do sobrenatural, somente odiava o fato de tudo o que estava vivendo ser tão perigoso e estressante.

Chegou na sala do Sr. Kadam e viu o ancião no telefone. Em um pequeno monitor, disposto na parede, o noticiário estava anunciando alguma coisa sobre um tigre fugido do circo. O frio que rondava se tornou dor e mentalmente desejou que não fosse o que estava pensando.

— Sente, senhorita Kelsey. Achei que gostaria de saber que Kishan não está mais envenenado – pronunciou com um sorriso no rosto – a notícia ruim é que ele foi pego pela prefeitura. Mas estou lidando com isso.

— Pego? – perguntou com hesitação e remorso. – Ele foi pego como tigre?

— Exatamente, mas isso não é tão alarmante – sua calma era invejável, Kells pensou colocando a mão na boca. – Quando ele e Dhiren estavam na porta do quarto o antidoto se levantou e curou Kishan.

— O antidoto era… - começou imaginando uma pessoa.

— Era a mumificação de uma arrumadeira do hotel em que Yesubai ficou. A garota matou a mulher para implantar o espirito de uma das deusas da cura em seu corpo, bem interessante e difícil de rastrear.

Kelsey estava levemente atordoada. Era estranho o modo como Kadam exibia a história. Ela estava acostumada com tigres, mulheres vingativas, tempestade de neve no verão e amuletos sombrios, contudo múmias era muito surreal para o seu intelecto.

— Enviei meu advogado para que tirasse Kishan da enfermaria do zoológico. Decidi fazer tudo legalmente, assim caso ocorra outro acidente não teremos problemas.

Ficaram conversando por mais um tempo, até que o sinal de troca de horários bateu e ela voltou para a aula. Dhiren apareceu na porta da sala e se apresentava todo despenteado a amarrotado. Sorriu para Kells e murmurou silenciosamente que tudo estava bem. Ela não ficou sem-graça e sorriu em resposta. O olhar de Ambre caiu sobre os dois quando Ren sentou, era fácil adivinhar o que a loira estava pensando. Com toda certeza, não estaria almejando felicidade ao casal.

No recreio começou e Ren correu para o lugar de Kells, a pegou pela mão a fim de conduzi-la para o refeitório. Fany que não tinha ido na aula por conta de uma dor de cabeça, enviou uma mensagem dizendo para aproveitar o máximo de tempo com Dhiren, pois no dia seguinte ela estaria de volta como vela. Sentaram na mesma mesa, a que ficava no fundo longe dos olhares curiosos, e comeram o mesmo lanche peculiar.

— Precisamos conversa, Ren – Kells murmurou para que as pessoas que passavam por eles não escutassem. – Quero dizer…

— Eu sei, também acho que precisamos ter uma conversa definitiva – sua voz forte firme e suave. – Aconteceram muitas coisa e estou sentindo que alguma coisa desabitual acontecerá com nós.

Kelsey o olhou com curiosidade, as palavras escolhidas por Dhiren expressavam exatamente o que ela queria falar. Depois de comerem o sanduiche vegetariano e beberem o chá gelado, caminharam abraçados até o jardim. Se apoiaram em uma árvore em baixo da sombra e esperaram o sinal bater para terem um pouco de privacidade.

— Quero ir a sua casa falar com o seu pai e sua mãe – falou abrindo a boca em um sorriso e brincando com a ponta dos dedos dela.

— Não precisa, eu falei que eles já desconfiavam e agora… Bem, Manu falou que estávamos juntos quando se despediu de mim. Eles aprovaram, principalmente minha mãe que é sua fã.

Ele ficou feliz com o comentário, ter a Sra. Hayes como fã sempre fora seu objetivo.

— Somente quero seguir o costume, priya.

Kelsey o abraçou com força, queria novamente sentir o cheiro refrescante do sândalo. Como era bom ter Ren de volta, inteiro e são. Fechou os olhos e experimentou o toque suave dos lábios dele nos seus. Uma onda quente se espalhou pelo seu corpo e mil borboletas voaram em seu peito com o seu o pulsar acelerado. O beijo agradável e ameno se transformou em um confronto provocante e intenso, onde o mais fraco buscava folego para continuar a batalha. Com os lábios colados, Kells impulsionou Ren na árvore com voracidade e determinação. A chama em seu interior estava novamente acesa e todo o amor que nutria por ele iluminou seu corpo.

Sem dar importância ao que Ren tentara dizer ou com o segundo sinal, ela continuou abraçada a ele beijando cada cantinho do pescoço e rosto dele.

— Acho melhor procurarmos um lugar fechado – Dhiren brincou e Kells, instantaneamente, ficou vermelha como um pimentão.

— O-o que quis dizer com isso? – Perguntou tentando ser rude, mas falhando plenamente.

Dhiren apoiou o queixo dela a obrigando olhar diretamente para os seus olhos azuis. Pode ver a timidez de Kelsey florescendo e se apagando inúmeras vezes, como uma lâmpada presa de forma incorreta. As variações do cobalto na luz do sol, somente refletia a alma curiosa em relação a garota. Até onde ela iria se deixasse seus sentimentos a dominarem por completo? O que tivera na sombra da árvore era somente uma amostra do que Kells era capaz de fazer? Capaz de enlouquece-lo e deixá-lo aos seus pés.

…………………………………..

A semana correra perfeita. Por insistência de Dhiren, Kells o deixou ir até a casa dela informar aos seus pais que estavam namorando. O sr. Hayes não ficou muito contente com a notícia, mas logo, esqueceu de ficar irritado quando Ren explicou que seguia os costumes cristãos, hinduístas e budistas, completou o discursso de bom moço, esclarecendo que quando se conhece o amor de sua vida deve protege-lo e guiá-lo pelos vales sombrios que a rotina entrega. Com todo o ser ar cavaleiro, convidou-os para um jantar na mansão Rajaram. A noite foi calma, Sr. Kadam recebeu os Hayes com maestria e Nilima cozinhou para a família receitas típicas – poori, frango ao curry e chapati. Kishan ficou o tempo todo dentro do quarto, pensava no quanto Kells era importante para o irmão e para ele e o quanto a garota conseguia cativar e aflorar os melhores sentimentos nele.

No final da noite, Kells foi dormir exausta, afinal não era todos os dias que ficava acordada até tarde e que comia tanto. Colocou uma camisola branca, pois o calor tinha chegado com intensidade. Deitou na cama imaginando o seu futuro ao lado de Dhiren e no que faria agora que a maldição estava em seu ápice. A palavra ápice a remoeu inteiramente. Ainda havia um homem capaz de estragar tudo e ele estava solto no mundo, livre para extinguir os tigres.

Fechou os olhos e no mesmo momento se viu em outro lugar. Estava dentro de uma caixa de vidro com transparência celeste. Tocou a fortaleza que a cercava e suas mãos se fundiram ao material com agilidade e rapidez. Percebendo que seus dedos se cristalizaram afastou-se do material e fechou os braços contra o corpo. Ficou paralisada, respirando com dificuldade a cada segundo que se passava. Precisava gritar para alguém quebrar o vidro e tirá-la dali. Precisava de Ren, não sabia como, mas ele poderia puxá-la da caixa e tudo ficaria bem. Uma mão negra, com rubis encrustados nas articulações, surgiu a sua frente do outro lado e passou as enormes unhas de metal no vidro. A canção que construía era capaz de desintegrar qualquer ser vivo. A loucura que surgiu a cada elevação de notas inaugurava uma nova dor em Kells - as pernas, os braços, os olhos e finalmente, o coração.

— Ren! – Kelsey gritou, buscando uma saída para lugar. – Ren!

Sua voz repeliu o som agoniante, mas Dhiren não aparecera para salvá-la. O que está acontecendo? Perguntou-se, afundando o corpo no vidro que a circulava. Tudo se transformou em pedra; o seu corpo se transformara em pedra. Sua carne, macia e úmida, estava azul e rígida. Seu rosto pálido e quente, estava frio e com nuances cobaltos. Hesitando, caminhou para longe da caixa e se deparou com outra imensidão azul. As unhas metálicas a seguiam pelo vácuo, mas era impossível vê-las. O som de pedra contra pedra se estendia a cada passo e atormentava o seu espirito inquieto. Não queria ser uma estátua. Não quero ser o cobalto de um colar.

— Ren! – Repetiu o nome do amado com sede. – Ren! Onde está você?

Uma luz alva e reflexiva apareceu adiante e como se pegá-la fosse necessário para sua sobrevivência, Kelsey a apanhou. A luz, aos poucos, se solidificou e um Dhiren sonolento e dormente sorriu para ela.

— Kells – murmurou lentamente com descaso, passando os dedos entre os olhos. – O que aconteceu com você? Por que está assim?

Sem hesitar e se afastando com medo de tocá-lo, em alto e bom som, disse:

— Estou sonhando! Estou sonhando! Isso não é real!

— Sonhando? Que história é essa?

Em um ato reflexo, Kelsey apertou os braços de Dhiren e o chacoalhou bruscamente.

— Acorda! Acorda, Ren!

Subitamente, todo o azul se desfez e uma sombra emergiu. A sombra, tal como o rapaz, se materializou e um homem com feições coléricas e avessas sorriu maquiavelicamente para os dois. Kelsey reparara que era o dono da mão que tentou a enlouquecer dentro da caixa.

— Olá, meus queridos! – Ele disse o no mesmo instante Dhiren pareceu acordar para o que acontecia. – Achei melhor conversar com os dois juntos, afinal juntos conseguiram destruir minha querida Yesubai.

— Lokesh – o garoto falou entredentes se pondo entre o homem e Kelsey.

— Isso mesmo, príncipe Rajaram. Fiquei sabendo que Yesubai lhe contou como acabar com a maldição – um raiou saiu do cedro em que se apoiava e levitou na sua frente. – Não posso deixar destruir o único amuleto que me faz ser mais forte que Durga. Preciso pegar o amuleto agora!

— Amuleto? Do que você está falando? – Kelsey gritou.

Lokesh a examinou não acreditando na pergunta tola que escutara. Será que não era possível para a garota ver que Durga a colocou no caminho dos príncipes pois era a última peça do quebra-cabeça? Kelsey Hayes era o amuleto que poderia desfazer a maldição. Era a reencarnação do poder que tiraria a maldição dos tigres.

— Você, meu docinho.

Ren a olhou assustado, não tinha imaginado isso. Quando Yesubai lhe contou que Kells sabia onde estava a pedra, não imaginou a possibilidade da garota ser o próprio amuleto. Passando os braços em volta da namorada, pela primeira vez, reparou que ela estava fria e petrificada. Afrontou-a e analisou a coloração azul que se estendia por sua pele. Era a cor mais linda que já vira na vida, contudo ficou apavorada demais para apreciar por mais de cinco segundos. Lágrimas corriam dos olhos de Kells, o que ela mais desejava era poder acordar e sair daquela realidade claustrofóbica.

Um calor surgiu dentro dela e uma voz feminina, suave e delicada, penetrou os seus tímpanos.

Kells não tenha medo de se entregar para a morte… O amor de Dhiren pode curar.

— Príncipe tolo, irá receber o que sempre mereceu. Morrerá dormindo e ninguém saberá o porquê!

O raio que estava ao lado de Lokesh foi direcionado para Ren. Mesmo com uma velocidade digna da luz, Kells se arremessou contra o peito de Dhiren. A pedra azul-cobalto que a cobria explodiu e pequenos pedaços saltaram do seu corpo.

Como se tivesse sido anestesiada, não sentiu quando caiu no piso branco que os cercava. De repente tudo ficou claro; estava na mansão Rajaram de pijama e aos pés da escada. O mármore frio acariciava sua pele e o cheiro irresistível de sândalo afagava suas lágrimas. O mesmo homem que ocupava o seu subconsciente, há poucos segundos, estava agora a olhando de cima para baixo com um sorriso irônico no rosto. Sua vida se extinguia do corpo a medida que o tempo passava. Engasgou-se com algum líquido e sentiu o gosto de sangue na boca.

Toque-o e será o fim.

Sentiu todo o seu corpo doer, mas não desistiria tão fácil. Faria tudo pelos príncipes, era para esse momento que fora escolhida por Durga. Todas as visões. Todos os medos. Tudo fora uma preparação. A deusa sabia o que estava fazendo quando a conduziu para a vida dos Rajarans. Com esforço, direcionou toda a energia que sobrava para a mão direita e pensou em todo o amor que guardava no coração. Mãe. Pai. Dhiren. Kishan. Nilima. Kadam. Manu. Tifany. Precisava ser forte para que não chorassem por ela. Precisava ir além das espectativas. O amor de Dhiren poderia salvá-la, não precisava ter medo. Toque-o e será o fim.

Um impacto dentro de si fez um terremoto de emoções ser ativado. O brilho que antes rodeou Yesubai em sua morte despontou de seus dedos. Os olhos aveludados do homem se tornaram totalmente negros e uma gota de sangue manchou suas vestes. Com a mão colada na perna de Lokesh, Kells inspirou todo o ar que seus pulmões conseguiam. É um adeus?

O último pulsar oxigenou o seu físico e ela pode ver todo o corpo de Lokesh se desfazer em cinzas. Uma brisa avassaladora e quente abriu as janelas e portas da mansão; gritos ecoaram do andar superior e folhas secas adentraram o local. Kishan, que há muito não a via, desceu as escadas e correu para o seu corpo gritando pelo irmão. Lokesh jazia ao lado de Kells, com o rosto desfigurado e a pele definhando como uma tora em fogo. Estava tudo ficando turvo e neblinado. A poeira do feiticeiro bradava por socorro, enquanto o corpo, delicado e levemente frio, de Kelsey dava o último sopro de vida.

Dhiren empurrou Kishan com raiva e tomou nos braços uma Kells de olhos petrificados. Suas lágrimas ardiam e clamava por misericórdia. O que estava acontecendo? Por que Kelsey aparecera em seu sonho e agora estava caída inanimada no chão? Por que o liquido carmesim manava de seus lábios como uma bebida demoníaca e mortal?

— Não! – Gritou para o mundo, apertando ao peito o corpo da amada. Beijou os lábios de Kelsey e sussurrou ao ouvido dela esperando alguma reação. - Não… Diz que é mentira… Diz que me ama… Como fez naquele dia na estufa… Por favor, eu te amo… Por favor… Eu prefiro ser amaldiçoado eternamente… Kelsey…

Uma mão pousou em meu ombro e o olhar marejado de Kadam o atingiu.

— Ela – as palavras que iriam vir rasgavam o seu tórax. – Ela se foi… Meu filho.

Nilima em choque correu de volta para quarto e Kishan foi atrás dela para consolá-la. Sr. Kadam buscou o nó de sua garganta e se afastou de Dhiren para deixá-lo sozinho. O rapaz apoiou a face no peitou da amada e a deitou com cuidado em cima do sofá. A camisola branca estava manchada de vermelho e a pele branca ficara pálida e sem vida.

Kells… Eu te amo tanto.

Abruptamente, uma luz dourada emergiu da lareira e afundou-se no corpo da garota. Uma mulher de cabelos negros e longos, com luminescência e calor, desceu pela escada e parou ao lado de Dhiren. Seus lábios de rubi sorriram carinhosamente e suas mãos pentearam o cabelo dourado da garota. Consecutivamente, o espectro de um tigre branco emergiu das costas do rapaz e pousou ao lado dela. Com os olhos fechados Ren gritou de dor, estava experimentando tudo o que Kells sentiu quando Lokesh a atingiu com o raivo. Parvamente, socou o chão para retirar o sentimento amargo e acre da alma.

Trocaria de lugar com ela.

— Kells – rosnou arduamente e cuspiu uma saliva grossa e purpureja.

……………………………………………

— Isso é impossível! – Tifany gritou com lágrimas nos olhos, quando ouviu a notícia. – Impossível, Kelsey e Ren não fariam isso!

— Minha filha acredite – sua mãe afagou seus cabelos e a abraçou murmurando. – Estão hospitalizados, eles… Não quero que ande com essa menina mais.

Fany engoliu em seco e voltou sua atenção para o choro que a engasgava.

……………………………..

Na escola todos estavam comentando sobre o pacto de morte que os alunos Kelsey Hayes e Alagam Dhiren Rajaram haviam feito. Era impossível para alguns acreditar no fato, contudo outros afirmavam que o casal era muito apaixonado e que era totalmente possível imaginar os dois morrendo junto por livre e espontânea vontade. Romântico e comovente.

No hospital o Sr. Kadam pediu para colocarem Kells e Ren no mesmo quarto, a fim de as duas famílias terem contato. Os jovens tinham os mesmos ferimentos, marcas e ossos quebrados. Os médicos disseram que tudo fora causado por uma queda do segundo andar da mansão Rajaram. Passariam bem, mas os danos psicológicos eram incomensuráveis.

— Ren – Kelsey murmurou quando acordou.

Olhou para o lado e viu os olhos azuis cobalto a admirando. O quarto estava vazio, o único som que preenchia o local era o do monitor dos dois desfibriladores.

O amor de Dhiren pode curar.

— Eu te amo – pronunciou com dificuldade, estendendo os dedos para apertar a mão dele.

O toque… Suave e terno… Como na primeira vez que se tocaram… Afável… Agradável… Como no dia que se beijaram pela primeira vez… Avassalador e empolgante…

Ren endireitou o corpo na cama e retribuiu o gesto acariciando os nós do dedo da garota.

— Eu te amo mais.


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Notas finais do capítulo

Não vou falar mais... Só quero agradecer novamente.
Obrigada.



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