I Know...it's You! escrita por T Phoenix


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu, entregando minha fic pro amigo secreto. Estou mega insegura pq, como sempre, eu tive que dar as minhas "inovadas". =S
Seguinte: Fic criada em cima de uma música tema (portanto uma songfic) e das duas montagens que estão aqui (uma na capa, outra no final da história, se o nyah permitir -_-').
Bem, nem vou enrolar muito pq eu acredito que já vão descobrir a quem pertence essa fic assim que derem "Play". kkkkk

Link da música:
http://www.youtube.com/watch?v=dUpSREIjapY



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Regina caminhava em meio a uma floresta negra de sombras. O sol se fez presente apenas quando deixaram a mata e ela passou a caminhar no descampado. Aquele lugar se parecia com o Reino Encantado. Seria mesmo de verdade? Há quanto tempo estava ali? Seus cabelos negros estavam compridos outra vez e suas roupas não passavam de um vestido cinza em farrapos. Ela não conseguia se lembrar de nada, apenas de ter seu sono interrompido bruscamente por alguns homens naquela manhã. Ao seu lado, guardas armados de espadas e armaduras a acompanhavam. Ela não era sua rainha. Ela era sua prisioneira. Suas mãos estavam amarradas com uma corda e ela viu um cavaleiro à frente puxando-a. Ela estava exausta, precisava parar um pouco, mas só recebeu um puxão mais forte e a ameaça de fazer o cavalo correr, arrastando-a. A morena não conseguia reconhecer o caminho por onde passava, nem mesmo o castelo ao qual adentrava.

Uma grande multidão se fazia presente naquele lugar e, por onde ela passava, ouvia vaias e objetos eram atirados contra ela. O rapaz montado sobre o cavalo era parabenizado, ovacionado por ter encontrado e trazido a fugitiva para a execução.

Então era disso que se tratava. Regina sempre soube que, ao pisar outra vez no Reino Encantado, não escaparia desse destino. E por que haveria de escapar? Ela merecia aquilo, afinal. Ninguém ali acreditaria em sua mudança, ninguém ali a defenderia. Quem quer que fosse que estivesse agora no poder, não tinha ideia do que aconteceu com ela em StoryBrooke, nem de sua história. Seria lógico que quisessem sua punição.

Ela sentiu um capuz preto ser colocado sobre sua cabeça. Não via mais nada além de alguma pouca claridade pelos buraquinhos entre o linho do saco. Subiu alguns degraus, foram cinco no total. Sentiu seu corpo ser amarrado e preso, temporariamente, contra um poste de madeira e uma corda ser passada através de seu pescoço. Sim, era isso, ela teria uma das piores mortes, seria enforcada. Pediu para que, quando caísse, seu pescoço fino logo se quebrasse, seria uma imensa agonia morrer sufocando-se aos poucos.

O capuz foi retirado bruscamente de sua cabeça e seus olhos castanhos demoraram a se ajustar. Ela viu um homem erguer-se, não o reconheceu imediatamente, mas não se importou. Seus olhos estavam fixos na linda rainha que estava sentada no trono. A rainha cujos olhos verdes demonstravam uma surpresa sem tamanho ao rever Regina. Os cachos loiros caiam sobre os ombros. Acima deles, no topo de sua cabeça, estava uma belíssima coroa, quase tão linda quanto a mulher que a usava. Ela vestia uma espécie de armadura, um manto real num tom lindo de vinho, calças e botas pretas. E tinha uma espada embainhada à cintura. Sim, aquela era mesmo Emma Swan.

Os olhos castanhos finalmente se puseram a encarar os verdes. Havia espanto naqueles olhos, como se não acreditasse no que via. Como se a posição em que Regina estava fosse difícil de aceitar. Também havia lágrimas e um brilho que a morena pensou reconhecer como afeição e temor por sua vida. Não poderia ser.

– Como mão da Rainha, eu acuso esta mulher diante de todos por traição, assassinato, sequestro, roubo e atentado à coroa. A pena para seus crimes é a morte.

Houve um grande alvoroço em comemoração às palavras do homem. O homem ergueu as mãos pedindo silêncio. Emma parecia angustiada com aquela situação.

– Tem algo para dizer em sua defesa? – Ele cuspiu as palavras em direção à morena.

– Não. – Ela baixou a cabeça. – Eu não sou uma pessoa perfeita. Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito.

– Regina... – Ela reconheceu a voz de Emma Swan. A mulher ergueu-se do trono onde se mantinha sentada, Regina viu todas as pessoas presentes lhe menearem a cabeça em respeito e calarem-se. Ela encarou a morena. – Essas serão suas únicas palavras? – O coração da jovem rainha se apertou.

Regina permitiu-se encarar os olhos verdes e lhe dar um meio sorriso triste. Ela meneou a cabeça e fixou os olhos castanhos em Emma.

– Eu nunca quis fazer aquelas coisas a você. – Ela suspirou. – Eu tenho que dizer, antes de partir. Só quero que você saiba... – Ela tornou a abaixar a cabeça, respirou fundo, tomando coragem.

– Diga! – A loira sentia um desespero despontar em seu peito.

– Eu encontrei uma razão para mim... – Sua voz falhou pelo nó que sentia na garganta. Ela se permitiu dar um meio sorriso e continuar. – Para mudar quem eu costumava ser. – Os olhos castanhos não conseguiram impedir as lágrimas de escorrerem pelo rosto da morena. – Uma razão para começar tudo de novo. – Ela ergueu seus olhos e fixou-os no da loira, a voz embargada saindo quase como um sussurro dolorido. – E a razão é você.

As pessoas se entreolharam. Ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo. Eles viram sua rainha cair em prantos com as palavras da prisioneira. Snow White e Charming se aproximaram de Emma e cada um colocou a mão sobre um de seus ombros. Foi a primeira vez que Regina viu os dois após a volta para o reino. A mãe da atual rainha sabia exatamente que as palavras da morena eram sinceras, ela não mentiria daquela forma. Se, em outra ocasião, já havia sido sincera mesmo correndo o risco de perder sua vida, seu arrependimento agora também parecia real.

A loira olhou na direção dos pais e viu um leve sorriso no rosto de David, assim como Snow meneando um sim com a cabeça. Eles sabiam o que a filha queria, sabiam o que ela sentia e desejava. E a estavam apoiando. Imediatamente Emma livrou-se do pesado manto sobre seus ombros, deixando-o sobre o trono, e correu. A morena ficou confusa e impressionada com tamanha habilidade da loira em desviar-se dos obstáculos e das pessoas na multidão. Não fosse pelos lindos cabelos loiros e pela coroa reluzente sobre sua cabeça, Regina poderia tê-la, facilmente, perdido de vista.

Emma subiu a passos largos o pequeno palanque em que Regina estava amarrada e aproximou seu rosto ao da mulher presa.

– Diga-me que não está falando isso apenas para se livrar da pena imposta a você. – A loira tinha os olhos brilhantes de lágrimas.

– Sinto muito por ter te machucado, é algo com que tenho de conviver diariamente.

Emma sorriu, seu coração explodia de amor e ela não conseguia mais conter a vontade de ter Regina em seus braços.

– E toda a dor que te causei? – Ela disse num sussurro, enquanto passava a mão pelo rosto da morena.

Regina deu um meio sorriso, meneando a cabeça negativamente. Não havia dor maior que a que ela mesma se causava. Emma não havia sido culpada de nada e ela sentiu seu coração apertar-se com aquelas palavras. A loira, porém, encheu-se de coragem, abriu um sorriso para a morena e virou-se, decidida, para o povo diante de si.

– Eu gostaria de levá-la embora. – Ela anunciou, sem rodeios, fazendo as pessoas se espantarem.

– Mas, Majestade, ela é uma criminosa. Precisa de uma punição. – Seu primeiro-ministro falou, confuso, enquanto as pessoas cochichavam e um alvoroço ameaçava se formar.

– Respeitem sua rainha. – David gritou com as pessoas abaixo. – Emma é nossa filha, ela é a nossa salvadora, o motivo de estarmos em casa hoje.

– E, sem Regina, não teríamos conseguido. – A voz de Snow se fez presente. – Ela mudou, ela cuidou e amou meu neto por muitos anos. Cuidou de todos nós em um reino desconhecido, que era dela e no qual a mesma tinha total vantagem. Henry a ama, Emma a ama, nós também devemos ter com ela o mesmo carinho. – As pessoas abaixaram a cabeça, como se já soubessem dessa história, mas não quisessem acreditar e agora sentiam-se culpadas.

A morena soluçou mais alto em seu choro ao ouvir todas aquelas palavras. Ela olhou as íris verdes de Emma, que sorria. Então era verdade, Emma também a amava tanto quanto ela. E nem mesmo era segredo para os seus pais. Era real. Por tanto tempo Regina sentiu-se sozinha, foi quase impossível não se deixar apaixonar por Emma, porém ela sempre escondeu o sentimento por medo de não ser recíproco. Só que agora ela sabia que era e a morena não poderia estar mais feliz.

A loira desembainhou a espada e passou pelas cordas que prendiam Regina, soltando seu corpo frágil da prisão imposta a ele. A mulher fraquejou e Emma a pegou nos braços.

– Quero ser aquela que segura todas as suas lágrimas. Por isso, preciso que você ouça... – Ela sussurrou no ouvido de Regina e sorriu. Virou-se para o povo novamente, com sua amada nos braços, limpando a garganta e falando em alto e bom som. – Eu encontrei uma razão para mostrar um lado meu que ninguém conhecia. Uma razão para tudo o que eu faço. – Ela sorriu ao ver o filho se aproximar dos seus pais, correndo, com um olhar de aprovação e empolgação. – E a razão... – Ela encarou os olhos castanhos de perto e continuou no mesmo tom. – É você, Regina.

A rainha juntou seus lábios aos da morena na frente de todos, sem se incomodar com a reação que poderia causar nos súditos. Foi o beijo mais doce e sincero que Regina já havia sentido em sua vida. O beijo mais amoroso que ela já ganhara.

– Mãe! – O garoto correu até as duas, um enorme sorriso no rosto. Ele se jogou contra o corpo de Emma, abraçando ambas as mães ao mesmo tempo. Regina se emocionou outra vez ao vê-lo, agora como um lindo principezinho.

– Quero deixar claro, ouçam bem, Regina será a minha esposa. Ela será sua rainha. – As pessoas se entreolharam outra vez. – Aqueles que seguem lealmente a minha família deverão respeitá-la. – Emma colocou a morena delicadamente em pé no chão, fez gestos com as mãos e Regina viu, sem acreditar, os trapos que vestia tornarem-se um lindo vestido de veludo da mesma cor vinho do manto real da loira.

“Ela já dominou a magia. Quanto tempo estive fora afinal?” – A morena pensou, sorrindo. – Peço desculpas a todos vocês. Peço que me perdoem por todo o mal que já lhes causei. – Ela olhava para o rosto de cada uma das pessoas ali, com lágrimas nos olhos. – Se me permitirem uma segunda chance, eu garanto que serei uma pessoa melhor.

Snow e David se aproximaram das duas, ambos sorriam, principalmente Snow White, orgulhosa de ter provado que estava certa; Regina havia conseguido voltar a ser aquela jovem que salvou sua vida.

– Eu sabia Regina. Quando poupei sua vida daquela vez, eu tinha esperanças de que fosse mudar um dia, eu sempre quis acreditar nisso. – Ela sorriu para a mulher e a abraçou. – Bem-vinda a minha família, outra vez.

Snow a soltou e David afagou o ombro de Regina, sorrindo. Aquele era o modo dele de mostrar que estava ao lado dela.

– Vida longa às Rainhas! – Henry gritou, sorridente, enquanto jogava as mãos para cima e pulava em comemoração.

– Vida longa às Rainhas! – Ele repetiu, com o acompanhamento de seus avós. Snow, David e Henry ajoelharam-se perante Emma e Regina, em uma reverência.

A loira se colocou ao lado dos pais e do filho, olhando fixamente para Regina com um olhar doce e um sorriso nos lábios, enquanto se ajoelhava perante a amada. Ao notar o que ela fazia, a morena tentou detê-la, segurando em suas mãos, porém Emma, delicadamente, soltou-as e terminou de se posicionar no cumprimento.

– Vida longa às Rainhas! – A morena derramou novas lágrimas.

Na terceira vez em que disseram aquelas palavras, Regina pode ver todas as pessoas diante dela reverenciarem-na como Rainha, coisa que nunca antes havia visto sem que fosse pelo medo que causava. Eles ergueram suas cabeças com sorrisos em seus rostos.

Emma ergueu-se novamente, igualmente emocionada, a abraçou pela cintura com carinho e beijou seus lábios com amor e desejo enquanto os sons de aplausos e comemoração das pessoas eram ouvidos. Regina passou seus braços em volta do pescoço de Emma, sem quebrar nenhum segundo o beijo, e a morena teve certeza de que era ali, nos braços da loira, que ela queria ficar. Para sempre.

FIM.


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Notas finais do capítulo

É isso mesmo, essa fic é pra você: Tânia! Espero que tenha gostado xará. Beijos!



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