Como Seguir A Vida?? escrita por Amanda Amaral Pretula Silva


Capítulo 13
Capítulo 13




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Senti um peso sobre minhas pernas de repente, estava no melhor do meu sono e fiquei com preguiça de abrir os olhos, mas senti algo puxando minha camisola como se tivesse escalando meu corpo até chegar ao meu pescoço, aquilo me assustou então resolvi abrir os olhos pra ter certeza se era um sonho ou não.

- Acoida Mamy. – Ouvi aquelas doces palavras então olhei pra baixo e lá estava aqueles lindos olhos cinzentos arregalados pra mim, não consegui conter meu sorriso quando o vi, seus cachos louros caindo em seu rostinho e um grande sorriso. Não existe melhor maneiroa de acordar.

- A mamãe já acordou Philip – Eu o puxei pra ficar mais perto do meu rosto, ele me deu um beijo molhada na bochecha e eu fiz cócegas o que fez dar uma gargalhada muito alta.

- O papai já foi mãe – Disse Prim encostada na porta de pijamas, ela estava agora com seis anos e cada vez mais linda.

- Ele já volta filha pra tomarmos café juntos ok – Fiz um sinal pra ele vir até a cama e nos acompanhar até o Peeta chegar. Ela veio toda feliz e ficamos ali fazendo cócegas um no outro e rindo das próprias risadas.

Toda manhã quase madrugada ainda o Peeta ia até a padaria verificar se estava tudo certo pra começar o dia de trabalho, quando seu gerente chegava ele ia embora a tempo de tomar café da manhã com sua família todos os dias. Escutamos o barulho da porta então levantamos da cama e fomos na direção da escada eu com o pequeno Philip no colo e a Prim segurando a barra da minha camisola, mal terminamos os últimos degraus e as crianças gritavam.

- Papaiiiiiii – Prim logo me soltou e foi correndo na direção do Peeta e o Philip fazia uma dança tentando descer do meu colo, deixei ele no chão e ele foi tentando correr com dificuldade por causa das pernas gorduchas de bebe o que sempre me fazia sorrir. Cheguei próximo ao meu marido que já estava com o menino nos braços e a menina nas costas, eles sabiam o que iria acontecer então os dois esconderam o rosto pra não ver, então dei um beijo em Peeta. Fomos todos pra mesa tomar nosso café como todas as manhãs.

Prim já estava na escola e as perguntas estão começando, os professores dão aulas sobre os Jogos Vorazes na escola e ela já estava aprendendo que seus pais foram muito importantes nessa época e ainda são lendas por toda Panem o que fez só aumentar sua curiosidade sobre detalhes, o assunto era sempre desagradável pra nos e sempre tentávamos desconversar, mas agora estava ficando difícil e hoje não foi diferente.

- Hoje vai ter aula de historia, mal posso esperar pra ouvir sobre vocês – Ela disse com a boca cheia. Olhei pro Peeta, vi sua mandíbula endurecer. Ela vendo que não respondemos nada continuou.

- Meus amiguinhos perguntam sobre os Jogos e não sei oq eu dizer, por que vocês nunca falam sobre isso? – Ela olhava pra mim e pro Peeta, nos trocamos alguns olhares e vi que os olhos de Peeta estavam ficando vermelhos.

- Filha, é complicado falar sobre isso, foi uma época muito difícil e você sabe que perdemos muitas pessoas que amávamos não sabe? – Nós nunca entramos em detalhes sobre os Jogos e nem sobre a guerra, mas falamos sobre as mortes e sobre quem perdemos pra ela poder viver tranquila, e também explicamos o porquê do nome dela ser Prim, e por que escolhemos Philip por que nos faz lembra do nome Finnick.

- Eu sei mamãe... Me desculpe – Ela abaixou a cabeça meio triste.

- Não precisa se desculpar meu amor, um dia você vai saber de tudo, mas não hoje por favor – Peeta disse tocando as mãos de Prim, eu vi que ele ainda estava nervoso, mas não queria mostrar pra ela.

O assunto se encerrou e logo Philip tratou de distrair todos com suas artimanhas, terminamos o café e as crianças foram pra sala brincar antes da Prim ter que se arrumar pra escola, Peeta e eu ficamos na cozinha arrumando e lavando a louça, ele estava quieto algum tempo e vi que ainda estava tenso, era sempre difícil lembrar-se de tudo, mas hoje era especialmente difícil quase insuportável na verdade. Hoje era o dia em que os Pais do Peeta morreram e aquilo estava o torturando eu sabia. Ele ficou alguns minutos parado olhando pra direção da janela, eu vi suas mãos se fechando, seu corpo tenso,sua respiração ficando mais forte e seus olhos ficando vermelho novamente, eu sabia o que aquilo significava, ele ia ter uma de suas crises.

Olhei na direção da sala e vi que as crianças estavam distraídas com algum livro de pintar então larguei a louça, sequei minhas mãos, respirei fundo e fui em sua direção. Ele também sabia o que iria acontecer então se virou de costas pra mim e segurou a ponta da cadeira como sempre fazia, eu passei minhas mãos em volta de sua cintura delicadamente pra não o assustar e depois apertei bem forte, senti que sua respiração estava se acalmando quando de repente nos dois tivemos uma surpresa. Prim se agarrou nas minhas pernas tentando fazer o que eu estava fazendo e logo em seguida nosso pequeno Philip se agarrou na camisola da irmã se esforçando pra fazer a mesma coisa, aquilo surpreendeu tanto Peeta quanto a mim, eu senti que ele se acalmou quase na mesma hora, sua respiração se controlou, seu corpo relaxando aos poucos, ele deu um breve sorriso e em seguida eu sorri junto, nos nunca imaginávamos que aquilo iria acontecer, mas foi perfeito apesar da circunstancia foi mágico e lindo.

Lembrei da vez em que eu me desesperei em saber que estava grávida novamente com medo de algo acontecer com meus anjos, e ele disse que tudo iria ficar bem por que tínhamos um ao outro, provavelmente ele deve te lembrado disso também por que quando eu disse

 – Peeta vai ficar tudo bem – ele nem esperou eu terminar e respondeu

- Eu sei, temos um ao outro.


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Notas finais do capítulo

Gente esse é o penúltimo capitulo.