Por Amor escrita por Mrs Darcy


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Por favor, comentem, estou tendo pouca resposta e gostaria de saber se vale a pena continuaremos a história



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Os corredores da escola estavam vazios aquela hora exceto por um monitor ou dois. Eram poucos os que se aventuravam a sair de seus dormitórios depois do toque de recolher no primeiro dia de aula, os professores costumavam aumentar muito a vigilância para pegar qualquer encrenqueiro que estivesse com saudades de seu palco. A exemplo disso, os gêmeos Weasley agora caminhavam na pelos corredores das masmorras atras de Minerva que, como diretora de sua casa, ficara encarregada de aplicar-lhes uma detenção por terem tentado colocar uma poção do amor na bebida de Severus Snape. A severa professora, tamanho era seu desgosto por seu alunos terem se metido em encrenca tão cedo pelo segundo ano consecutivo que nem reparou no vulto escondido atras de uma das estatuas.

Minutos mais tarde essa mesma pessoa entrava nos aposentos privados do mestre de poções de Hogwarts sem nem mesmo bater, como se fizesse isso todos os dias e encontrou seu pai ainda mais raivoso que o habitual. Em todo o caso, Harry não era um menino que acovardava por pouco, apesar da elegância nata, aprendera desde cedo a lidar com aquele comportamento taciturno.

– O que lhe preocupa, papai?- perguntou o garoto para anunciar sua presença. O pai o olhou levemente surpreso, para então dar um meio sorriso, ao reconhecer no filho um comportamento idêntico ao seu: a postura de Harry era firme e seu olhar impassível; a pesar disso era possível ver, para um bom observador, um traço de de determinação que ele herdara de Lilian.

– Apenas alguns alunos inconcequentes.
Snape não costumava falar muito; somente respondia o que lhe era perguntado sem se prolongar em nenhum detalhe que considerasse desnecessário.

– Os Weasley, de novo?

Harry não falou sobre o que vira em seu caminho pelas masmorras. Sabia que isso acarretaria em um discurso sobre o quanto essas visitas noturnas não podiam acontecer assim como em uma carta de sua mãe na manha seguinte.

– Sim- respondeu com uma leve desconfiança sobre o chute acertado do filho que, percebendo, tratou de mudar de assunto.

– Está escrevendo para a mamãe?

– Ela pediu que eu mandasse uma carta logo após a seleção.

– E por que ela não pediu pra mim?-podia-se ouvir a indignação na voz do grifinório.

– Porque ela sabia que você só o faria pela manha. E estava certa, não estava?

Harry sorriu abandonando a postura fria e logo ficando mais a vontade. De outro lado da mesa do grande escritório, Snape também relaxou e sorriu para o filho, como que para mostrar que estava tudo bem.

Sentando-se na beirada da escrivaninha, próximo ao pai, O moreno observou este enrolar pedaço de pergaminho e amarra-lo a imensa coruja negra tão conhecida por ele. Assim que esta alçou voo tratou de tomar coragem para começar a falar.

– Isso quer dizer que você não está decepcionado?
Ele esta realmente preocupado–observou o professor consigo mesmo.- tudo bem que eu preferia que ele ficasse em minha casa, mas não é como se isso fosse mudar nossa situação.

– Harry- repreendeu com delicadeza que não lhe era característica.- Você já esqueceu do que conversamos hoje cedo? Já se foi o tempo em que eu me importava com casas, pureza de sangue e descendências. Você é meu filho. E vai continuar sendo mesmo que não queira- conclui sorrindo.

– Mas você queria que eu entrasse na Sonserina, não queria?

– Eu não vou mentir para você, filho. Eu achava que você iria para minha casa; assim como sua mãe. Você se encaixa mais no perfil dos sonserinos que dos grifinórios. E é claro que eu gostaria que você estivesse na minha casa, mas a Grifinoria tambem forma grandes bruxos- Snape parecia estar admitindo um crime.- E eu já disse e repito que casei com sua mãe, a maior das grifinória...

O volume de sua voz foi diminuindo até morrer e eles ficaram alguns minutos em silencio, apenas pensando no que foi dito.

– Quando vai ser minha primeira aula com você?

– Só na quarta-feira.

Harry fez um biquinho dramático que fez o pai rir.

– Assim você parece o Malfoy- provocou Severus.

– Ei- protestou fazendo uma careta.- Não me compare com a doninha!

Snape ainda estava rindo quando ouviram-se batidas leves na porta.

– Falando no capeta...- resmungou Harry quando o pai foi abrir a porta após os feitiços de reconhecimento revelarem se tratar de Malfoy Jr.

Draco entrou na sala do diretor da Sonserina como se esta lhe pertencesse apenas por ser quem era, direcionado um leve aceno de cabeça para este quando passou pela porta em um sinal de cordialidade que logo foi esquecido ao ver que estavam acompanhados.

– Eu não sabia que tinha visitas, padrinho.

– O que deseja Draco?

– Somente conversar, de preferencia em particular.
Harry pensou que a conversa parecia ainda mais formal do que de costume, mas não comentou, afinal não queria que o pai fosse gentil mesmo.

Severus lançou um olhar interrogativo para o filho, como se perguntasse se a conversa entre eles já havia acabado, e este apenas assentiu.

– Eu vou voltando para a torre, tenho que acordar cedo amanhã e já passa da minha hora. Boa noite, papai.
Saiu da sala ignorando completamente um Malfoy que apenas observou tudo com raivoso sem nada comentar, pois sabia que o padrinho se recusava a intervir nas brigas entre os dois.

Chegando na torre da Grifinória foi até seu quarto onde todos já dormiam e trocou-se, seguindo exemplo dos amigos logo em seguida.

...

Era cedo da manhã, o sol mal havia nascido, quando Harry levantou assustado de um sonho onde recebia um berrador de sua mãe onde essa dizia que ele era um a decepção e que seu pais lhes deixaria por isso. Era uma grande besteira, mas quem pode controlar o subconsciente?

Por isso o menino sentou-se para tomar café antes de qualquer um na casa, exceto por uma menina que ele lembrava vagamente se chamar Granger que estava deitada de bruços em um sofá lendo um livro como se sua vida dependesse disso. Já no salão principal haviam cinco ou seis pessoas que tomavam café tranquilamente alem da prof. McGonagall e uma outra mulher, um pouco gordinha e com os cabelos sujos de terra, na mesa dos professores.

Após tomar seu café tranquilamente e pegar seus horários de aula, Harry voltou para a torre e organizou seus materiais para o dia. Ainda tendo uma hora livre antes da primeira aula, um período duplo de transfiguração, resolveu passa-los passeando pelo jardim da escola.
Ele caminhava pela orla da floresta proibida quando ouviu vozes vindas de uma clareira mais adiante e sua curiosidade Grifindor falou mais alto ao reconhecer a voz gaga do Prof. Quíron.

– Ma-mas m-meu ssseenh-or... Po-pppor favor... É... É imp-possivel. Est-tá mu-muito bem p-protegida, e S-Sssnape...

Harry ficou ainda mais interessado a ouvir o nome do pai. Só queria saber dom quem Quíron estava falando; pela fresta entre as arvores só conseguia enxergar o rosto do seu instrutor de Defesa contra as Artes das Trevas e, percebeu com surpresa, como ele era menor sem o enorme turbante roxo.

– É claro que é possível- por algum motivo a cicatriz de Harry começou a latejar levemente.- E você vai fazer se não quiser sentir a minha irá...- ameaçou a voz gélida. Quíron tremeu e andou alguns passos em sua direção entrando em um feixe de luz e fazendo Harry perceber que estava coberto de algo que parecia muito com sangue de unicórnio.

– S-sim senho-or, mi-milord. Eu vou-u d-descob-brir c-como passarrr pelo c-cão.

– É claro que vai... Agora calado! Estamos sendo observados.- isso foi o que bastou para que Harry voltasse o mais rápido possível para dentro do castelo, só parando para respirar quando sentiu que já estava fora de perigo.

Caminhando pelos corredores em passos largos o pequeno grifindor se perguntava sobre o que eles estavam falando e onde seu pai entrava na história.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem, estou insegura, não sei se a história é boa o bastante!